Prazer, Meu Nome É Robert. escrita por Bianca Moretão


Capítulo 11
Uma paixão ardente.


Notas iniciais do capítulo

Resolvi colocar um pouco de romance na história, para não ficar muito parada. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/236236/chapter/11

Saiu do banho com calma, mais relaxada do que antes, porém ainda bastante irritada.

Como um cachorro Anne se sacudiu, tentando tirar o máximo de agua do corpo já que não havia pegado uma toalha. Vestiu-se ainda molhada e saiu descalça até seu quarto. Estava usando uma camiseta larga e comprida o bastante para cobrir seu corpo até parte da coxa.

Jogou a roupa imunda em um canto no quarto e se jogou na cama que ainda cheirava a mofo, apesar do cheiro estar mais fraco.

Fechou os olhos e pensamentos sobre Luck lhe invadiram na hora.

O modo como a olhava, como tocava seu rosto, como falava com ela, tudo isso fazia seu coração agitar-se e bater acelerado.



Anne levantou-se sem sono e se sento sobre os lençóis bagunçados de sua cama. Olhou através da janela que ainda era noite, levantou-se e foi olhar.

Escorou-se sobre o parapeito da janela e olhou para fora.

A neblina não estava tão densa quando no dia anterior, mais ainda assim atrapalhava a visão de Anne.

Olhou em volta a procura do ser que a levou para a floresta ontem, mais não o via. Mais no fundo a garota sabia que ele estava ali, em algum lugar, olhando-a, vigiando-a, isso ela tinha certeza.

Olhou em volta analisando os topos das casinhas ao longe, e resolvendo voltar a dormir saiu da janela.

A árvore...

Anne pulou de susto.

Tinha certeza que viu aquele mesmo ser que sempre vê. Encapuzado e inteiro coberto. Ela tinha certeza do que havia visto.

Olhou em volta e voltou à janela para ter certeza que ele não estava mais mesmo ali.

Voltou para a cama, e cobrindo-se o máximo que podia como uma criança faz quando está com medo, adormeceu.




Anne abriu os olhos sentindo-se sendo cutucada. Abriu os olhos lentamente e viu á sua frente à empregada a lhe chamar.

– Senhorita. – ela falava percebendo que Anne acordou. – Desculpe te acordar. O senhor Robert pediu para conversar com você.

A empregada se afastou e com o sono que Anne estava só conseguiu murmurar um ‘’ta bom’’ enquanto esfregava os olhos.

Já sozinha no quarto a garota levantou-se, espreguiçou-se e foi até a sala onde Robert deveria estar.

– O que você quer? – falou ainda com raiva.

– Ei. Calma lá. – ele sorriu. – Quero me desculpar por ontem.

Anne olhou-o de cima a baixo.

– Já acabou? Posso ir? – falou.

– Por favor, Anne me escute. Nada do que eu disse ontem era verdade. Sou seu pai, nunca nada daquelas coisas sobre te matar ou te deixar morrer passou pela minha cabeça. Foi tudo porque eu estava de cabeça quente. Estava preocupado com você, afinal não apareceu a noite inteira e quando voltou, voltou toda imunda, fiquei extremamente preocupado.

Percebendo que a garota não havia acreditado em uma única palavra continuou:

– De verdade Anne. Preocupo-me com você, sou seu pai e te amo. – falou abaixando a cabeça.

Ela olhou-o com frieza.

– Você tem uma forma estranha de amar não? – ela sorriu sarcasticamente.

– Para você pode ter parecido isso, mais te amo tanto que me descontrolei. – ele desculpou-se.

Cansada de discutir e de ouvir as desculpas de Robert a garota se deu por vencida.

– Ok, ta tudo bem. – mentiu. – Acho que eu também exagerei.

Anne suspirou e juntou as letras para dizer:

– Desculpe.

Ele olhou-a com ternura. Mais uma ternura que, aos olhos de Anne, de nada parecia ternura, mais parecia uma raiva mascarada. Anne sentia que ele ainda morria de raiva dela, mas por algum motivo se desculpou.

– É claro que te desculpo. – ele sorriu. – Até porque o erro inicial foi meu. – ele olhou-a. – Alias. – ele repensou. – Nosso.

– Sim. – ela tentou sorrir sem muito sucesso.

Anne saiu sem dizer mais nada e foi até a cozinha. Pegou um copo de suco que estava sobre a mesa e virou quase que em um gole só.

Saiu com uma torrada na mão e foi para o seu quarto.

Procurou por uma roupa no guarda-roupa velho.

Pegou uma regata azul e um short jeans branco. Vestiu-se rapidamente e se olhou no espelho. Ajeitou o cabelo para melhorar sua aparência e soltou um sorriso bobo.

Saiu de seu quarto e foi até o quintal já pronta pra sair.

– Aonde pensa que vai? – Robert estava atrás dela.

– Eu... – ela parou. – eu só ia dar uma v...

Ele riu. – Estou brincando. Você merece depois de ontem. Só não volte tarde está bem?

– Ta bom. – Anne se forçou a sorrir.

Saiu apressadamente de casa e só desacelerou o passo quando já estava longe o suficiente para não ser vista nem ouvida.

Foi caminhando distraída com as folhas secas que revestiam o chão.

Quando se deu conta já estava na pequena vila. Como no dia anterior estava vazia, sem sinal da feira.

Sentou-se no banco onde conheceu Luck. E esperou.

‘’Estou numa vila, esperando um garoto que eu mal conheço que não sabe que estou aqui. Mais pra que eu vim aqui?’’ pensou arrependida de ter ido.

– Estou atrapalhando? – Alguém sorriu atrás de Anne. Era Luck.

Anne virou-se e olhou-o. Estava lindo.

– Não. – ela sorriu de volta.

Ele sentou-se ao lado dela e encarou-a.

– Você fica sempre me esperando ou é só impressão minha? – Anne não se segurou para perguntar. Afinal sempre que ela ia lá ele de alguma forma aparecia.

– Ei calma. – ele disse percebendo a expressão confusa de Anne. – Minha casa é aquela ali – ele disse apontando para a primeira casa, uma amarela com uma pequena varanda. – e eu fico quase sempre na janela. Qualquer barulho de movimento eu vou e vejo o que é. Por isso sempre sei quando está aqui. – ele sorriu.

– Ah. – ela corou. – desculpe a desconfiança, é só que...

– Não precisa dizer nada. – disse ele levantando a mão.

Ambos se olharam, Luck sorriu e Anne também.

Luck se levantou e olhando para Anne disse:

– Levanta, por favor?! – disse esticando a mão para que Anne a segurasse.

Anne aceitou e levantou-se.

Ele olhou-a de cima a abaixo, e com um sorriso no rosto disse:

– Você está linda. – ele sorriu.

– Ontem você me disse que eu estava linda. – ela disse. – Não nota nenhuma diferença de ontem para hoje? – ela riu.

– Você é linda de qualquer jeito, com qualquer roupa. – ele puxou-a para perto.

Sem resistir Anne se aconchegou no peito coberto pela camisa de Luck. Ele era forte e dava a Anne a sensação de segurança.

Ele sorriu e aconchegou-a em seus braços, abraçando-a de modo que os dois ficassem o mais unido possível.

Anne levantou a cabeça para que pudesse vê-lo.

Os olhos verdes dele brilhavam e ele sorria para ela.

A garota se colocou na ponta do pé, mais ele apenas riu.

– Não precisa. – ele sussurrou em seu ouvido.

Ele abraçou-a pela cintura e levantando-a no alto a girou e sorrindo aproximou-a de seu rosto.

Com a mão dela em seu rosto ele aproximou-se dela.

Seus lábios se tocavam, num desejo ardente de ambos, uma paixão sem explicação, sem motivos.

Anne pressionou seus lábios no dele, tentando manter o máximo que pudesse aquela sensação maravilhosa. Em seus braços sentia-se segura, feliz. Seus lábios se tocavam e num beijo ardente ambos se entrelaçavam em uma promessa silenciosa de amor.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prazer, Meu Nome É Robert." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.