Vingança

- Vamos começar a rezar? – Disse Anita olhando para os dois filhos, estavam reunidos em volta de uma mesa –

- Vamos! – Disse Deivid finalizando –

- Ave Maria cheia de graça (...) Agora e na hora de nossa morte. Amém – Falaram todos juntos, Deivid, Davi e Anita –

- Deivid segunda-feira você vai para a escola?

- Não sei mãe, tanto faz.

- Acho que não precisa, nós vamos nos mudar pra frança, eu já arrumei tudo. Não quero mais saber desse Japão! – Disse ela entristecida –

- Mas mãe! De novo? Nós mudando de país ou não vai acontecer o que tiver pra acontecer!

- M-mas... Mas, tudo bem você está certo. – Foi quando a campainha da porta tocou –

- Eu atendo – Disse Deivid saindo da conversa –

Abriu a porta e ficou espantado no ser que estava diante dele, era Letícia, ela olhava pra ele de uma forma triste, ela olhou em seus olhos e abraçou-lhe Deivid ficou espantado! O que ela está fazendo?!

- Meus pêsames Deivid, seu pai era... Um bom homem. – Disse ela quase derramando uma lagrima –

- Ah, obrigado. V-você não estava braba comigo?

- Mas é claro que não, eu achei que você estava brabo comigo por eu não ter falado que eu era... Sabe né. Mas parece que agora você é o rico.

- É o que parece, mas o que adianta se quanto mais fico feliz mais coisas ruim me aparece.

-Pois é... Posso entrar? – Deivid disse que sim e ela entrou foram os dois para o quarto dele e lá começaram a conversar –

- Como está aqui no Japão?

- Ah, está bom até! Fiz alguns amigos novos e tal, mas eu senti saudade de alguns do Brasil. – Disse olhando pra ela –

Neste momento Luis, Lily e Patrícia entraram no quarto.

- Ops, voltamos depois – Disse Luis envergonhado, mas então olhou para Letícia e se espanto com a beleza dela –

- Não, podem entrar, não é nada sério. – Disse Deivid olhando e dando um sisinho -

- Deivid sentimos muito pelo seu pai – Disse Lily olhando pra ele –

- Obrigado. Vou apresentar. Letícia, esses são Luis, Lily e Patrícia, e essa é Letícia. – Todos falaram oi um pro outro e a pessoa que mais se encanto foi Luis por Letícia, ele achou a moça muito bonita, já Lily não gosto muito de Letícia –

- Deivid e Letícia vocês são namorados – Disse Luis sucumbido pelo momento em que viu os dois muito íntimos quando os viu –

- Não, somos bons amigos do Brasil apenas – Disse Letícia e Deivid concordou com a cabeça –

Era sábado e então eles começaram a conversar até tarde e sua mãe iria à missa que iria acontecer por perto da sua casa então saiu dizendo por um berro para seus filhos que estava saindo. Na igreja ele reconheceu o padre seu nome era Jackson, ex-marido de Joice lá do Brasil, após a morte de Joice Jackson acreditava que tinha um demônio o perseguindo por acontecer tantas coisas a sua volta e então virou padre, foi ao Japão para se tornar padre, após a missa Matilde começou a conversar com Jackson:

- Nossa eu não sabia que você já estava dando missa Jackson.

- Pois é, estou me esforçando muito para conseguir alcançar Deus.

- Isso é muito bom! – Disse Anita muito feliz por ele ter recuperado o trauma mesmo que tenha passado anos já –

- Anita eu tenho uma dica para você... Eu sei que é estranho, mas parece que um demônio deve estar rondando sua família também.

- Como assim? Um demônio?!

- Sim, eu não o vejo como o meu, mas acontecem tantas coisas com você e sua família, deve ser isso...

- Ai meu deus! Isso é terrível – Disse ela abismada com toda a conversa – E como faço para ele desaparecer?

- Há dois jeitos, direi só o primeiro que é a melhor opção. Você terá que rezar muito e muito, noite e dia, se não der certo amanhã traga seus filhos e faremos a segunda opção.

- Entendi. Obrigado Jackson, quem sabe assim essas coisas ruins acabem – E então deu um tchau e saiu em rumo sua casa, já eram 18h00min –

_-_-_-_-_ -_

- Vocês já ficaram sabendo sobre a Lenda de Kira? ele era um Deus para alguns daqui do Japão há 2 anos, ele matava todos os bandidos com apenas um piscar de olhos, foi o que me disseram pelo menos, mas depois a polícia disse que isso não existia, era apenas boato, não era alguém de verdade, as mortes dos bandidos vinham de causas naturais... Muito estranho né?

- Eu acho que Kira se existisse mesmo era um besta, ele só matava bandido, ele podia matar gente chata, por isso acho ele besta.

Deivid ficou muito pensativo sobre essa história, Que lenda mais fora do comum... Com apenas um piscar de olhos... Mas ele ficou mais pensativo é que o Kira só matava bandidos, ele faria a mesma coisa... Vingar-se sobre uma pessoa.

- Deivid já vou indo está ficando tarde e acho que você tem que dormir cedo, né? – Falou Letícia olhando pra ele e de canto pro resto do pessoal -

- Sim, amanhã irá ser o funeral do meu pai, vocês irão?

- Eu vou – Disse Luis, e o resto concordou com a cabeça dizendo que iam também –

- Então ta vejo todos vocês amanhã – Disse-o falando pra todos e então todos começaram a ir embora se despedindo, o que eles não sabiam é que Deivid ainda iria sair para fazer algo muito importante –

Não demorou muito para sua mãe chegar, assim que ela chegou Deivid desceu e escondido pegou uma faca grande da cozinha e botou numa sacola preta e disse para a mãe que iria sair.

- Pode sim, mas não chegue tarde em?

- Pode deixar só irei à casa de um amigo que ligou quando soube que o pai... – Disse Deivid olhando pros lado, ele parecia um ator -

- Ah, tudo bem então.

E então ele saiu sem se dar conta que um pedaço do pacote preto estava visível, mas sua mãe nem percebeu. Ele saiu e foi de rumo ao depósito... O depósito que seu pai morreu, na demorou muito e ele chegou, entrou pelo portão e depois a porta do depósito, dentro dela estava muito escuro e silencioso, É aqui o local, agora vou procurar, o bandido sempre volta ao local do crime e então vingarei meu pai! Com minhas próprias mãos! Aquela polícia tinha achado que todos os bandidos estavam mortos, mas nem perceberam que eram três bandidos e não dois e no local só havia dois cadáveres, ele fugiu, e morrerá por mim mesmo! Olhou pro bolso e retirou a sacola e depois pegou a faca de dentro da sacola, em seguida começou a observar o local e em um de seus suspiros temerosos pelo local tão tenebroso um barulho aconteceu no canto do galpão, uns baldes haviam caído ele correu pro local para haver se alguém estava lá, mas quando chegou perto viu um gato brincando com os baldes, ele se aliviou mas ao mesmo tempo ficou bravo, chispou o gato e continuou a procurar, quando de repente ele se assustou com a cena em que viu, um canto do depósito estava todo marcado por sangue, mas já devia ter sido ensangüentado aquele local a muito tempo, chegou mais perto e pode observar melhor o sangue estava fazendo uma trilha e por um simples instante de pensar foi indo em direção onde a trilha de sangue parava, mas ela não parou cedo, a trilhava foi para fora do depósito e ele continuou seguindo foi então que a trilha entrava dentro de um outro depósito menor fora daquele em que ele estava, ele entrou e a trilha terminava numa escada, numa simples escada, a única coisa que havia encima da escada era um relógio num degrau, ele pegou o relógio, o relógio estava meio ensangüentado, mas o sangue já estava seco e se descascando, ele pôs no pulso mesmo assim, e retirou o sangue apenas e então resolveu sair dali e ir embora que já passava da hora de ele voltar para casa, saiu e se deparou com uma pessoa em sua frente, era um homem não jovem e não velho, quando ele olhou para seu rosto Deivid ficou pálido, Não pode ser! É ele! É ele! Era o bandido, justo o que tinha atirado em seu pai, o próprio, Cadê minha faca? Aonde deixei! Não pode ser, eu a deixei no chão quando os baldes tinham caído!

- Garoto o que você está fazendo aqui? – Disse ele com uma voz exaltada fazendo cara de mal –

- E-eu me perdi senhor, por favor, como eu saio desse lugar? – Fingindo novamente, pois não havia escapatória –

- É por... – Foi quando o bandido se lembrou – Espera aí, você é o garoto, filho daquele que nós seqüestramos e ele não pagou!

- N-não, você está me confundindo. – Deivid não sabia mais o que fazer, ou era brigar e matar ou morrer ali, ele não iria morrer, ele queria se vingar! –

- É sim! Você pagará as contas do seu pai mortinho pelos socos que eu te darei! – O bandido foi para dar um soco em Deivid, mas Deivid colocou a mão na frente e então tentou revidar o bandido segurou sua mão e o lançou Deivid, pois a mão antes de se machucar no chão, ele saiu correndo para dentro do outro depósito onde deixou a faca e o bandido correu atrás dele, Deivid não pensou duas vezes pegou a faca e se virou e quase acertou o bandido, mas o bandido deu um pulo para atrás se escapando da facada.

- Ora seu desgraçado! Você quase me cortou.

- Isso não é comparado ao que vou fazer com você! – E então foi em direção ao bandido tentando acertá-lo, o bandido se escapou de novo e tentou dar um soco em Deivid com que fez o relógio quebrar e a faca cair, Deivid deu uma voadora (ele aprendeu isso no Brasil) e acertou a barriga do bandido, o bandido não perdeu tempo e deu um soco na barriga de Deivid assim que se recuperou da pancada anterior, Deivid se ajoelhou mas levantou-se rapidamente segurando a faca e deu lhe uma facada acertando no coração, o bandido começou a babar sangue e caiu se engasgando com o próprio sangue, Deivid olhou para sua mãe e estava coberta de sangue olhou para o lado e viu o relógio todo quebrado no meio havia um papel que também estava cheio de sangue, ele pegou o papel e botou no bolso e quase chorando em pensar que matou alguém se virou e foi correndo pra sua casa. O que está acontecendo comigo?!