Renovação!

O mundo gira

Loucamente estranho e desagradável

As coisas não voltam

Novamente a caça

Abertura do sol

Grotescamente oligárquico

Unindo uma força fora do comum

Estetizando a nova forma

Recomeçando a matança

Reiniciando o acabado

Ação desesperada

Instalando uma nova nação

Reintitulado a este ser “eu”

Ameaçado por vocês

Inesperado pelo som do shinigami

Nascendo do céu olímpio

Inadequado a cada morte

Cordial e nunca igual

Inimaginável pela nova caça

Renovando a esperança e a morte!

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Capítulo anterior – Recuperação

Eu estou com... Mas eu me sinto bem doutor! Não tenho nada disso!

Acalme-se Shay! Diga-me tudo e eu lhe direi também.

É você quem morrerá! HAHAHAHAHA!

Pressionar... Esse é o melhor plano contra ele.

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Resultado

P.D.V. Deivid

– Como assim? Não vou poder ficar sozinho?! Só por causa de depressão?! Doutor, isso é exagero! – Resmungo para o doutor, percebo que ele fica vermelho.

– VOCÊ VAI FAZER O QUE EU MANDAR! PORQUE O DOUTOR AQUI SOU EU! ENTENDEU?! – Grita ele se excedendo dos limites, eu daria uma boa resposta... Se não tivesse com a boca toda aberta de tão surpreso. Um agente público? GRITANDO?! O que este médico está achando que é?

Quando percebo o médico sai sem dar uma palavra. Além do fato de ele ter berrado, eu estou assustado com outra coisa... O fato de eu ter depressão. EU NÃO TENHO DEPRESSÃO! Pelo menos acredito que não. Pode ser que eu sinta um pouco da falta da minha irmã. De meu pai. De meu irmão. De estar sentindo uma “falta” de minha mãe, já que não nos falamos como antigamente. De sentir falta das amizades do Brasil. Das amizades do Japão; Sinto-me triste por matar o pai de Letícia, mesmo ele sendo ruim.

A nostalgia há alguns tempos está virando meu êxtase. Viro para o lado onde a porta foi batida há alguns segundos. Tento me sentar, que, com muito esforço, é conquistado em meio de dores. Faço outra pausa para um pensamento. Shay... Ela irá embora hoje, não é? Eu preciso vê-la... Eu preciso! Mas meus pensamentos são cortados por um shinigami que aparece em minha frente. Reez.

– Que isso em?! O Deivid de ferro em um hospital? O que aconteceu? – Diz ele intrigado e com uma feição séria no rosto. O que me deixa enraivado.

– Não fale besteiras Reez, todo humano tem doenças, vão ao banheiro, têm sentimentos, morre. – Falo pensando em algo... Algo longe de tudo que estava pensando... Em Walle.

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P.D.V. Near

( Este momento fica mais adequado com essa música = http://www.youtube.com/watch?v=WJW_ldC7sUA )

Acabo de receber a carta que Walle escreveu antes de morrer. Posso dizer que... É bem a cara de Walle a carta, a não ser por um detalhe, um pequeno detalhe que, por muitos, iriam passar despercebidos. Posso dizer que toda a carta diz a verdade, o amor dele por Shay, a amizade que ele tinha por mim e que ele era tímido com quem amava. A não ser por um único detalhe... A do Deivid. Walle odiou mesmo Deivid pelo que ele fez, porém isso prova que ele queria que este fosse mais investigado que os outros. As pessoas que Walle odeia são as pessoas que Walle mais quer investigar. Pode ser que, inicialmente, isso não era o verdadeiro motivo, mas após ele ver Deivid com Shay, ele ficaria com ciúmes e iria querer observar ele mais ainda.

Olho pela janela, o tempo nublado. Se não fosse esse detalhe... Poderia se disser que Walle escreveu aquilo mesmo. Mas então se alguém fez está carta e usou o death note para que Walle escreve-se e se matasse, isso prova que Deivid é Kira, pois é intencional para que parem de investigar ele! Espere... Pode ser que alguém também esteja fazendo com que seja intencional, para que pensem que Deivid é Kira. Uma armadilha. Pois, como Deivid saberia de todas essas coisas? Como saberia que ele ama Shay? Que aquela lagoa, ao lado de onde se matou, foi à primeira festa que ele foi quando entrou na Wammy’s? E que era meu amigo? Isto tudo não pode ser coincidência, e Deivid não sabe de nada dessas coisas. Nem Shay sabia que Walle amava ela, ou seja, não foi ela quem contou nada e provavelmente ninguém, então... Não pode ser Deivid. Esse é o único problema... Eu preciso de mais uma pista mais definida... Só mais uma...

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P.D.V. Deivid

Só isso, um buraco. Se ele descobrisse que já passei várias vezes na Wammy’s... Eu perderia. Tenho certeza que ele não percebeu “quem sou eu” ainda por que eu era miúdo naquela época e também... Nem dava bola pra ele, tanto quanto ele não dava pra mim. E eu nem falava muito com ele.

Passo a mão em meu rosto retirando todo o pensamento que possuía nele. O meu bolso vibra, meu celular está no bolso. Uma mensagem de Letícia. “Você não passou no provão” dizia a mensagem, é, hoje não é meu dia! Desligo o celular que já estava quase no fim de bateria.

Tento levantar e com um pouco de esforço retenho sucesso, volto a sentar só pra dar uma respirada, passo a mão envolta do travesseiro, mais exatamente na parte onde Shay se jogou encima de mim e... Uma folha? Porque tem uma folha aqui? Pego ela e vu logo abrindo em esperança de algo que penso:

“Olá Deivid! Espero que tenha pegado essa folha antes que eu vá embora. Vou ao aertoporto do sul de Paris, Eleviton Paris Centúri. Venha ás 08h00min”

Olho no celular que está no bolso e religo-o... 06h40min! Não vai dar tempo! Levanto correndo e vou para a porta do quarto, sinto uma dor no peito e dou uma parada e então volto a correr. Passo pela porta e dou no corredor. Para onde vou?! Corro pra qualquer lado e escuto um berro.

– EI GAROTO! VOLTE PRO SEU QUARTO! – Grita o doutor quando me vê no corredor, não dou bola alguma.

Chego então no corredor onde está minha mãe e todos os outros, corro então até eles e vejo que todos ficam abismados com eu ali e não no quarto.

– Mãe! Shay vai embora! Eu preciso vê-la antes de ela viajar! – Indago eufórico, ela, por incrível que pareça, reagiu ao mesmo tempo.

– Então vamos logo! – Disse ela me puxando pelo braço e chamando os outros, antes que possamos sair somos esbarrados.

– Senhora, seu filho não pode sair, ele não ganhou alta ainda... – Disse o doutor, mas antes que ele possa terminar o seu looongo discurso minha mãe berrou enfurecida com ele.

– Ele pode sair, se não deixarem vou meter processo nesse hospital! Vocês não terão dinheiro nem para dar aos internados, não terão seu precioso pagamento – Ela chegou mais perto do médico que estava meio encolhido e então arriscou de dar um tapa mais hesitou e deu uma continuada - E terão que vender a porcaria da bun... – Antes que ela termina a frase que seria meio... Ofensiva até de mais ela parou e então todos começaram a olhar para o homem que estava... KKKKKKKK, ele estava se mijando! HAHAHA!

Anita pegou meu braço e voltamos a correr até lá fora que tinha um carro, eram 07h00min! Pode não dar tempo!

– Epa, espera! Eu tenho que voltar, esqueceram de Lily? Ela foi ao banheiro! Podem ir sem mim. – Disse Letícia abaixando a cabeça e ficando do lado de fora do carro.

– Érm... Está bem. Eu digo que você mandou um beijo pra ela, tudo bem? – Digo fechando a porta, mas com a janela aberta.

– Tudo. – Diz ela piscando o olho e voltando pro caminho do hospital

P.D.V. Letícia

Eles entram no carro e saem às pressas para se encontrar com Sha-shay que está para ir embora. Porque Lily está demorando tanto assim? Já fazem... QUASE DUAS HORAS! Meu deus, só agora que dei por falta dela! Corro então para dentro do hospital e vou logo ao banheiro.

Noto que a maçaneta da porta tem sangue... O que isso significa? Abro a porta rapidamente e...

– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! – Berro desesperada! MEU DEUUUUUUS! O que isso significa! E-eu... O que é isso?!

Vou andando em passos largos e lentos, ofegante, respiração muito fraca. LILY! LILYYY! LILYYYYYYYYYY?! Grito em meu pensamento. Chego perto do corpo que está amordaçado, vendado, com amarras nas pernas e braços e cerca de 50 ou mais furos no peito, que foi feito por uma lâmina fina e grande.

Começo a chorar... Já estou cansada de tanto chorar. Choro toda hora! Por meu pai, por namorado, por amigo, por amiga. Eu não agüento mais!

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• Se uma pessoa perder a posse de um Death Note, não reconhecerá o Shinigami e nem saberão de sua existência. Porém se a pessoa tocar em um Death Note ela irá ver o Shinigami e lembrará dele;

• De acordo com a regra acima, o ser humano que tocou no Death Note e começou a ver e ouvir o Shinigami, continuará a reconhecê-lo até que esse ser humano possua realmente o Death Note e perca a posse dele;

• O usuário de um Death Note não pode ser morto por um Shinigami que se encontra no mundo da morte;

• Também, um Shinigami que vem ao mundo humano, no objetivo de matar o proprietário do Death Note, não poderá fazer isso;

• Somente um Shinigami que passou seu Death Note para um ser humano pode matar o proprietário do Death Note;

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P.D.V. Deivid

Chegamos ao aeroporto, entro correndo, minha mãe fica no carro e Luís vem comigo. Entramos correndo por portões e fomos à ala de aviões que iam para Inglaterra. Por sorte Ainda não tinha decolado e Shay estava sentada olhando para o portão fechado que dava para o avião dela.

– Shaaaaaay-chaaaan! – Berro saracoteando minha mão, logo parto a corrida novamente em sua direção.

– Deivid? Deh-chaaaaaaan! – Berra ela olhando pra trás e vendo um doido varrido indo em direção a ela, que nesse caso sou eu. Chegamos um na frente do outro e nem perdemos tempo pra papos, logo um abraço surgiu e eu apertava muito ela, de uma forma que pensava que nunca mais ela sairia dos braços, mas isso era impossível, ela sairia...

– Queria tanto que você ficasse... Sentirei sua falta! – Sussurro no ouvido dela e depois dou um beijo na sua bochecha lisa e delicada. Com aquele cheirinho de morango e tutti frutti.

– A gente ainda vai se ver... Meu... Kira. – Diz ela no meu ouvido bem baixinho para que ninguém mais pudesse ouvir, saio do abraço e fico olhando para ela surpreso, com as sobrancelhas levantadas, boca aberta.

– C-c-como é? – Digo soletrando letra por letra, isto não pode ser real... Como ela descobriu! COMO?!

– Está achando que sou burra? Mas não precisa se preocupar, ninguém saberá... – Diz ela sorrindo de canto, o que me faz estremecer.

Paro e penso, ela tem razão! É óbvio isso! Ela sabe muito bem que eu ia ao Wammy’s e sabia de muita coisa que acontecia lá. Ushio contava-me tudo de lá, foi assim que descobri que Walle amava ela e também de muitos outros detalhes. Provavelmente, Near também pode descobrir disso.

“Atenção! A porta de entrada do avião está aberta. A porta do avião para Inglaterra está aberta, por favor, todos entrar. Atenção! A porta...” – Dizia a voz saindo de auto-falantes nos cantos das salas.

– É o meu avião, acho que vou indo... – Disse ela sorrindo, o que foi retribuído por mim dessa vez, passei a mão no canto de seu rosto, colocando um pouco de seu cabelo atrás da orelha.

– Tudo bem... Near sabe sobre isso? – Pergunto, Luís que está atrás de nós até agora não deve ter escutado nada.

– Não. Fique tranqüilo. – Diz ela, Luís agora se aproxima de mim, pois percebe que o tempo dela agora é pouco e que logo sairá.

– Bem, foi bom te conhecer Shay. – Diz Luís beijando a bochecha dela, ela retribui o beijo e então parte para o portão deixando-nos lá, penso em tudo que Shay proporcionou a mim até seu último Adeus.

P.D.V. Shay

Respondo o garoto e então me viro indo para meu embarque. Entro no avião, vou para minha poltrona e pego uns morangos que estão na bolsinha que levo, é uma caixinha com morangos. Pego meu celular e então disco um número.

– Oi... Ushio? Tenho novidades pra te contar... – Digo no celular e penso em todas as loucuras que aconteceu até agora. – O Deivid... Está um gato!

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P.D.V. Deivid

Voltamos para o carro que estava no estacionamento do aeroporto, um lugar até imenso, mas que passou despercebido antes pela minha correria Eu e Luís então entramos no carro e sentamos nos lugares. O carro não demorou muito para se mexer e logo voltamos para o hospital. Quando entramos... Gente correndo, desesperados e alguns cochichos diziam “Viram? Uma menina morreu no banheiro!”. Olhei para o Luís assustado com os rumores e parti a correr novamente, mas agora para o banheiro.

“Eu não agüento mais! NÃO AGUENTO MAIS!” – Digo em meu pensamento, começo a me lembrar então de quando Lily foi ao meu quarto, ela me disse, me disse! Estava com medo de que algo poderia acontecer com ela! E eu prometi... Prometi que estaria com ela, que nada aconteceria com ela.

Entro no banheiro correndo e vejo Letícia encostada na parede chorando alto e com a cabeça abaixa. Uma lágrima no canto do meu rosto sai por medo do que possa ter ocorrido com Lily. Chego perto da parede e olho pelo canto da parte (O banheiro tem um formato de L) onde é possível ver o resto do banheiro, lá está Lily caída, cheia de sangue na barriga até a altura de seu pescoço.

Não... Não! Não pode ser! Já chegaaaaaaaaaaaaa... Eu não agüento mais! Ponho a mão no meu cabelo e puxo forte pra cima, acreditando que tudo aquilo era um sonho. A outra mão fica receptando as lágrimas que desabam dos olhos. Me ajoelho diante do corpo dela.

– Não... Não... Não... - Começo a repetir essa mesma palavra umas dezenas de vezes, altamente e fortemente desejando tudo aquilo apenas ser um desprezível pesadelo. Eu prometi! PROMETI! Lily, me desculpa! Eu... Não consegui cumprir a promessa.

Chego perto com minha mão do rosto de Lily e passo no canto onde não tem um pano cobrindo seus olhos. Porque mataram ela?! O que ela fez para matarem? Ela não possuía inimigos algum! E porque teriam de cobrir seus olhos? Retiro então a venda de seus olhos e berro mais uma vez, um grito de susto. Uma folhinha caiu de trás da venda, mas o que me chama atenção não é a folhinha e sim que retiraram os olhos dela! Porque?! Pego o papelzinho gemendo de medo e tremendo de susto.

“Near”, isto está escrito no papel, porque ele mataria alguém inocente? POR QUÊ?! EU... EU... EU MATAREI VOCÊ! NEAR!

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Renovação!

O mundo gira

Loucamente estranho e desagradável

As coisas não voltam

Novamente a caça

Abertura do sol

Grotescamente oligárquico

Unindo uma força fora do comum

Estetizando a nova forma

Recomeçando a matança

Reiniciando o acabado

Ação desesperada

Instalando uma nova nação

Reintitulado a este ser “eu”

Ameaçado por vocês

Inesperado pelo som do shinigami

Nascendo do céu olímpio

Inadequado a cada morte

Cordial e nunca igual

Inimaginável pela nova caça

Renovando a esperança e a morte!

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Próximo capítulo – Morte

Deivid se lembra do Gerald? Ele parece estar aqui.

Você sabia que seu ex-priminho querido era Kira?!

Nunca faremos o pacto dos olhos!

Filho, estou com medo do medo!