A moeda girou no ar. Em frente aos olhos das duas trolls, o destino alternava-se entre ir e ficar. Terezi apertou o sabre entre as mãos. Por detrás dos óculos vermelhos, ela podia ver todos os finais possíveis. Não havia outra opção. Vriska tinha de morrer.

Com um tilintar, a moeda caiu no chão.

O rosto riscado.

Ela teria de ir.

–Então, vai ser assim – Vriska sorriu, exibindo os afiados dentes.

A aranha aproximou-se de Terezi. Ela podia farejar seu cheiro familiar chegando cada vez mais perto.

–Vou deixar uma última marca em você, como um adeus – Vriska passou a língua pelos lábios cor de cobalto. – Pelo nosso velho time, Redglare.

Havia menos de um centímetro entre as duas. Era possível sentir a respiração quente de cada uma. Terezi quis dar um passo para trás, se afastar, mas mal conseguiu se mover. Vriska encostou levemente os dentes em seu pescoço, pressionando-os até sentir o sangue verde azulado escorrer. A aranha lambeu-o, o canto do lábio contraindo-se na sombra de um sorriso ao sentir Terezi estremecendo.

Vriska afastou-se alguns passos, virou-se e deu um último aceno. Terezi desembainhou o sabre.

A lâmina transpassou Vriska.

Sangue azul pingou.

Uma lágrima verde azulada caiu no chão.