The Other Side escrita por Looh Hernandez


Capítulo 53
Ma-Ma-Marry


Notas iniciais do capítulo

"Só conseguia ouvir as batidas do meu coração. Olhava para as pessoas que estavam em seus bancos de madeira, agora levantadas. Todas conhecidas, que eu não via a mais de um ano, com toda certeza. Alguns que eu não via desde a faculdade. Alguns com quem eu nunca me dei muito bem.
Minha respiração estava pesada, aquilo era muita tortura. O altar agora deveria estar mais próximo, porém parecia estar a quilômetros de distância, aquele tapete vermelho era beeeem longo.
Meu pai me entregou a Bruno quando finalmente chegamos lá.
- Cuide bem dela. sussurrou para Bruno."



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No Dia Do Casamento

- Ai meu Deus, o vestido tá bom mesmo, Soph? – perguntei pela quinquagésima nona vez.

- Aff Malu, eu já disse que tá bom. – ela repetiu.

- Mas não acha que precisa de um ajuste aqui? – apontei para a minha cintura.

- Não c@r@lh#, não precisa de p#rr@ nenhuma de ajuste, tá ótimo, você tá linda sua p#t@, agora fica quieta! – ela explodiu.

- Que bom poder contar com você para ME ACALMAR!

Ela riu.

- Você tá linda vadia, para com isso. – ela me abraçou.

- Aw, você também vadia! – abracei-a de volta. – Agora, vê se pega o buquê, vaca.

- Aw, quanto nome lindo, vadia! – ela brincou.

Meu pai estava lá, olhando o vestido e me rodopiando.

- Você está linda. – ele disse para mim.

- Obrigada papai. – abracei-o.

Olhei por sobre seu ombro e não vi ninguém. Óbvio, a vaca... digo, a Jessica estava me evitando.

- Ela está aqui? –perguntei para meu pai.

- Não, ela não está. – ele disse. – Ela ficou em L.A., achei melhor te poupar disso no seu dia. – ele sorriu ao me rodopiar mais uma vez.

- Bem, vou ver os convidados. – ele beijou minha testa.

Quando meu pai sumiu de vista, Soph voltou a falar:

- Me conta tudo! Sobre tudo! Eu fiquei por fora por tempo demais tá legal?! Quero saber de tudo. Seus SMS’s nunca diziam nada demais. Tudo que eu já sabia. Que seu boy magia era gostoso e blábláblá. – ela se sentou ao meu lado apertando minhas mãos.

- Meu boy magia é tudo de bom! Ele é perfeito... é romântico, safado, sabe o que tá fazendo, não tem uma noite que eu não tenha nem um brunorgasm só de olhar para ele, para àqueles olhos lindos, para àquele corpo... aaai! – me abanei com a mão, sentindo o calor rondar meu corpo só de pensar na perfeição que tinha em casa.

- Aaaaaaaaaaw! – ela disse apertando minhas mãos mais uma vez. – Você é tão sortuda! Nem sou Hooligan, mas só de olhar as imagens que você me mostrava, dá pra imaginar o poder da carrot. – ela disse.

Eu ri.

Faltava pouco para me tornar definitivamente a mulher mais feliz do mundo. Eu só queria ter ele perto de mim para me acalmar.

Minha respiração ficou pesada quando senti que já tinha que estar pronta para entrar na Igreja.

A marcha nupcial começou a tocar.

Respirei fundo pela última vez antes de entrar na Igreja e deixar de ser a Srta. Groeff para ser a Srta. Hernandez.

Coloquei o pé direito na Igreja, o salto alto fazendo um barulho que não seria tanto incômodo, talvez. De véu e grinalda longos eu estava. Com o vestido mais lindo que qualquer um desejaria ter ou já viu.

Um passo de cada vez.

Tanananan, tananan, tananan. Mais um passo.

Só conseguia ouvir as batidas do meu coração. Olhava para as pessoas que estavam em seus bancos de madeira, agora levantadas. Todas conhecidas, que eu não via a mais de um ano, com toda certeza. Alguns que eu não via desde a faculdade. Alguns com quem eu nunca me dei muito bem.

Minha respiração estava pesada, aquilo era muita tortura. O altar agora deveria estar mais próximo, porém parecia estar a quilômetros de distância, aquele tapete vermelho era beeeem longo.

Meu pai me entregou a Bruno quando finalmente chegamos lá.

- Cuide bem dela. – sussurrou para Bruno.

- Pode deixar. – disse Bruno, afagando o ombro de seu sogro.

O padre pigarreou antes de começar.

- Sim, eu aceito Peter Gene Hernandez, como meu marido, para amar e respeitar, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, em qualquer circunstância, até mesmo quando suas piadas não tiverem graça... Até que a morte nos separe. – eu disse. Todos riram inclusive Bruno e eu. O padre soltou uma risadinha baixa.

“Bruno, sua vez.”, pensei.

- Sim, eu aceito Isabella Maria Luísa Groeff, como minha esposa, para amar e respeitar, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, em qualquer circunstância, até mesmo quando ela fizer greve e eu ficar na seca... Brincadeira, brincadeira. – tarde demais, todos nós rimos. – Até mesmo quando ela me obrigar a levantar cedo, me obrigar a parar de comer no Mc Donald’s... Até que a morte nos separe... A não ser que eu seja um vampiro e vá te morder depois de quebrar a cabeceira da cama na nossa lua de mel e você engravidar e então eu ter que te transformar. – ele disse.

Rimos de novo.

- Pode beijar a noiva. – disse o padre.

Bruno me puxou pela cintura rápida e ferozmente para um beijo demorado e apaixonado, totalmente sedutor.

- Gostosa. – sussurrou no meu ouvido.

- Safado. – sussurrei de volta. – Meu gostoso safado.

Cumprimentamos todos que na festa estavam.

- Hora de jogar o buquê?! – perguntei. As solteironas ou que namoravam ficaram em alerta. – Um. Dois. Três! – e joguei-o.

Ouvi  gritos histéricos.

- YEAAAAAAAAH, EU PEGUEEI! – gritou Soph. – VEM CÁ! – e puxou Cam para um beijo.

Comecei a rir.

- Boa amiga! – disse, sentindo dor no estômago de tanto rir.

Dançamos algumas músicas.

Tudo tão especial que chorei mais algumas vezes. Vídeos com fotos/vídeos que fizemos ao longo do nosso relacionamento, os lugares para quais fomos, as coisas idiotas que já fizemos juntos... Tudo isso numa música que Bruno compôs para mim.

Impossível não  chorar não é?

- Vamos? – perguntou Bruno pegando meu braço gentilmente.

- Peraí! Ainda tá cedo. – eu disse.

- Os noivos podem escapar meu amor.

- Aw, só mais um pouco, vai! – eu disse sorrindo.

Acabamos ficando até quase o final da festa.

- Agora os noivos têm que ir! – anunciou Bruno.

Jogaram aquele “arroz” em nós e então entramos na limusine preta que nos esperava na porta da incrível mansão de Bruno no Hawaii.

Ele apertou minha mão.

- Vai ser a melhor noite de nossas vidas... Vamos fazer coisas que nunca fizemos, vamos inovar... Vai pra lista das melhores noites. – ele piscou para mim.

- Com certeza. – disse e beijei-o lentamente, tentando acalmar minha ansiedade.


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Notas finais do capítulo

Looh
xoxo
@looh_reis



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