The Other Side escrita por Looh Hernandez


Capítulo 47
Terror / Brincadeira


Notas iniciais do capítulo

Terror / Brincadeira = uma parte do capítulo é como se fosse algum filme de terror, algo terrível para Malu, alguém tentando se matar! A outra parte é caracterizada pela brincadeira de Bruno e Ryan com Malu e Gabbe.



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Mary.

Olhei furiosamente para ela, sentindo um impulso tremendo de pular no pescoço dela.

Ela matou minha mãe.

– Você matou minha mãe... sua louca. - disse me segurando para não desabar.

– E vejam só, estou livre de novo. - ela sorriu.

– Eu vou cometer o crime essa noite. - disse estridentes.

Ela gargalhou e Bruno segurou minha cintura.

– Toma. - e apontou uma arma para mim. - Ou você faz isso, ou eu faço.

Bruno ficou tenso.

– Fazer o quê? - ele perguntou parando de respirar.

– Acabar... - ela andou pelas bordas da piscina. - Mas com quem? Comigo ou com ela? - ela apontou para mim.

Engoli em seco.

Não podia ficar longe de Bruno e acho que ele sentia o mesmo.

Eram muitas coisas para poucos dias, o que aquilo parecia?!

Um filme... de terror.

– Sai da minha vida. - comecei a chorar.

– Certo. Comigo. - ela suspirou. - Sabe... eu infringi váaaarias regras e então podem me condenar a pena de morte... Não quero aqueles choques elétricos atravessando meu corpo, me fazendo sofrer e desmanchar meu penteado. - ela sorriu. - Ok, não sou tão superficial assim. Mas eu não quero morrer por mãos podres e nojentas de tiras. E mesmo que a pena de morte não seja a minha pena, não quero ficar na cadeia.

Ela esticou a mão para mim.

– Vamos! Se vingue da sua mãe! Faça isso. - ela sorriu. Cobra. - Vamos.

NÃO! Não faça isso, Isabella!

– E-Eu não posso.

– É isso que há de errado com vocês, mocinhas que parecem sair de novelas ou filmes. Cadê a coragem?! Faça isso, VINGUE SUA MÃE. - ela disse sorrindo.

Permaneci imóvel.

– Ok. - ela suspirou e apontou a arma para a própria cabeça.

Click.

Estava pronta para atirar. Fechei os olhos, me obrigando a mantê-los fechados.

– Não se aproximem, por favor, a única que morre hoje, sou eu. - ela disse.

Pow.

Fechei os olhos com mais força.

Quando resolvi abrí-los, Mary estava jogada em frente à piscina, resmungando:

– Droga!

Um policial havia sido chamado e havia atirado na perna dela.

Por quem?

– De nada. - sussurrou Ryan aparecendo atrás de nós.

É óbvio, ele tinha sumido.

– Até mais. - disse Mary, sendo puxada pelo policial, acenando para nós.

Puxei Bruno para um abraço demorado.

– V-Vamos. - eu estava em choque.

No quarto, tranquila, depois de um banho demorado e quente, me deitei ao lado de Bruno e me debrucei em seu peito.

– Eu te amo, tá? - sussurrei.

– Eu mais... - ele beijou minha testa. - Você não iria matá-la, ia?

– Não! Eu fiquei nervosa e realmente tentada a pegar a arma, mas jamais atiraria em ninguém. Sabe que sou medrosa. - disse olhando para cima para ver sua expressão.

Era tranquila, o que me tranquilizou mais.

Fechei os olhos. Estava muito cansada.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - ouvi gritos vindo do quarto ao lado.

– Merda, deixa eu dormir c@r@lh#! - disse Bruno.

Eu ri.

Só vi Gabbe pulando de um pé para o outro e subindo em nossa cama, esmagando minha perna e a de Bruno.

– AII! - gemi.

– O RYAN TÁ COM UM RATO NA MÃO! - ela disse parecendo estar sufocando.

Pegou aquele 'spray' para quem tem asma.

– Tá tudo bem? - disse levantando, ficando de pé na cama, e afagando seu ombro.

– S-Sim. - ela gaguejou.

Quando Ryan veio com o rato na mão, comecei a gritar feito louca.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH TIRA ISSO DAQUI! - joguei almofadas, tudo que pude em cima dele. - LOUCOOOOOO!

– Qual é, é só um ratinho! - disse Ryan com aquele jeito "surfista" dele.

Bruno pegou o rato na mão.

– Bora tocar o terror nelas, bro! - disse Bruno rindo.

Sempre fora palhaço, agora fazer isso era demais!

– OK, agora você dorme na sala, senhor Bruno, e você no seu quarto Ryan... - eu disse, pulando para longe deles.

– Nada disso, a casa é minha, o Ryan que durma na casinha do Gerônimo. - Gerônimo, o cachorrinho do Bruno.

Dormi no quarto com Gabbe lá, e então, tive bons sonhos.

Bruno's POV

– Então, o plano é jogar baratas na cama das meninas. - eu disse, repetindo pela quinta vez o plano para o lerdo do Ryan (olha só quem fala).

– Ok, entendi.

– Glória a Deus né, bro. Tu é lerdo, hein.

– Disse o expert em computadores.

É, eu sou muito ruim com essas tecnologias, mas e daí?

– Vamos fazer isso logo que eu quero dormir. - disse, tendo risadas maléficas internas pensando no nosso plano.

Recolhemos baratas e insetos que andavam pelo jardim dos vizinhos - Ryan tinha pegado o rato na porta da casa da vizinha Emma, que era uma senhora de idade que sofria de problemas na visão.

Ela pensava que eu era um gnomo de jardim e sempre que me via dizia: "Albert, volte já para seu espaço no jardim!".

Entramos no quarto e acordamos as meninas.

– Que foi? - perguntou Gabbe bocejando.

– Toma, presentinho pra vocês. - e então jogamos os insetos na cama.

Ouviu-se gritos histéricos até que tiramos todos os bichos de lá.

– ARGH, DEDETIZA ISSO, SÓ DURMO AÍ QUANDO UM DEDETIZADOR TIVER PASSADO POR AQUI! - disse Malu.

– OK, vamos dormir na sala, amor. Bora fazer uma sessão de filmes! - sugeri.

Coloquei um filme de terror, para que pudesse proteger Malu - típico clichê.

Depois uma comédia, para acalmar os ânimos e, quando eu coloquei o último, que era outro filme de terror, as meninas já tinham dormindo.

Cutuquei Ryan com o cotovelo:

– Já dormiram? Vixi. - até perceber que a marica já havia dormido também. - É brincadeira viu! - joguei uma almofada em cima da cabeça dele.

– Eu dormi com a Gabbe no seu carro, desculpa bro! - disse ele se alarmando. - Ah, bota o filme aê, bro.

– O QUE?! - disse alto demais. - Eu disse pra você não fazer isso! - sussurrei dessa vez.

"Droga, dedetizador pro meu carro também".

Que nojo, velho.


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Notas finais do capítulo

@looh_reis
xoxo
Looh



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