The Other Side escrita por Looh Hernandez
Notas iniciais do capítulo
Terror / Brincadeira = uma parte do capítulo é como se fosse algum filme de terror, algo terrível para Malu, alguém tentando se matar! A outra parte é caracterizada pela brincadeira de Bruno e Ryan com Malu e Gabbe.
Mary.
Olhei furiosamente para ela, sentindo um impulso tremendo de pular no pescoço dela.
Ela matou minha mãe.
– Você matou minha mãe... sua louca. - disse me segurando para não desabar.
– E vejam só, estou livre de novo. - ela sorriu.
– Eu vou cometer o crime essa noite. - disse estridentes.
Ela gargalhou e Bruno segurou minha cintura.
– Toma. - e apontou uma arma para mim. - Ou você faz isso, ou eu faço.
Bruno ficou tenso.
– Fazer o quê? - ele perguntou parando de respirar.
– Acabar... - ela andou pelas bordas da piscina. - Mas com quem? Comigo ou com ela? - ela apontou para mim.
Engoli em seco.
Não podia ficar longe de Bruno e acho que ele sentia o mesmo.
Eram muitas coisas para poucos dias, o que aquilo parecia?!
Um filme... de terror.
– Sai da minha vida. - comecei a chorar.
– Certo. Comigo. - ela suspirou. - Sabe... eu infringi váaaarias regras e então podem me condenar a pena de morte... Não quero aqueles choques elétricos atravessando meu corpo, me fazendo sofrer e desmanchar meu penteado. - ela sorriu. - Ok, não sou tão superficial assim. Mas eu não quero morrer por mãos podres e nojentas de tiras. E mesmo que a pena de morte não seja a minha pena, não quero ficar na cadeia.
Ela esticou a mão para mim.
– Vamos! Se vingue da sua mãe! Faça isso. - ela sorriu. Cobra. - Vamos.
NÃO! Não faça isso, Isabella!
– E-Eu não posso.
– É isso que há de errado com vocês, mocinhas que parecem sair de novelas ou filmes. Cadê a coragem?! Faça isso, VINGUE SUA MÃE. - ela disse sorrindo.
Permaneci imóvel.
– Ok. - ela suspirou e apontou a arma para a própria cabeça.
Click.
Estava pronta para atirar. Fechei os olhos, me obrigando a mantê-los fechados.
– Não se aproximem, por favor, a única que morre hoje, sou eu. - ela disse.
Pow.
Fechei os olhos com mais força.
Quando resolvi abrí-los, Mary estava jogada em frente à piscina, resmungando:
– Droga!
Um policial havia sido chamado e havia atirado na perna dela.
Por quem?
– De nada. - sussurrou Ryan aparecendo atrás de nós.
É óbvio, ele tinha sumido.
– Até mais. - disse Mary, sendo puxada pelo policial, acenando para nós.
Puxei Bruno para um abraço demorado.
– V-Vamos. - eu estava em choque.
❊
No quarto, tranquila, depois de um banho demorado e quente, me deitei ao lado de Bruno e me debrucei em seu peito.
– Eu te amo, tá? - sussurrei.
– Eu mais... - ele beijou minha testa. - Você não iria matá-la, ia?
– Não! Eu fiquei nervosa e realmente tentada a pegar a arma, mas jamais atiraria em ninguém. Sabe que sou medrosa. - disse olhando para cima para ver sua expressão.
Era tranquila, o que me tranquilizou mais.
Fechei os olhos. Estava muito cansada.
– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - ouvi gritos vindo do quarto ao lado.
– Merda, deixa eu dormir c@r@lh#! - disse Bruno.
Eu ri.
Só vi Gabbe pulando de um pé para o outro e subindo em nossa cama, esmagando minha perna e a de Bruno.
– AII! - gemi.
– O RYAN TÁ COM UM RATO NA MÃO! - ela disse parecendo estar sufocando.
Pegou aquele 'spray' para quem tem asma.
– Tá tudo bem? - disse levantando, ficando de pé na cama, e afagando seu ombro.
– S-Sim. - ela gaguejou.
Quando Ryan veio com o rato na mão, comecei a gritar feito louca.
– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH TIRA ISSO DAQUI! - joguei almofadas, tudo que pude em cima dele. - LOUCOOOOOO!
– Qual é, é só um ratinho! - disse Ryan com aquele jeito "surfista" dele.
Bruno pegou o rato na mão.
– Bora tocar o terror nelas, bro! - disse Bruno rindo.
Sempre fora palhaço, agora fazer isso era demais!
– OK, agora você dorme na sala, senhor Bruno, e você no seu quarto Ryan... - eu disse, pulando para longe deles.
– Nada disso, a casa é minha, o Ryan que durma na casinha do Gerônimo. - Gerônimo, o cachorrinho do Bruno.
❊
Dormi no quarto com Gabbe lá, e então, tive bons sonhos.
Bruno's POV
– Então, o plano é jogar baratas na cama das meninas. - eu disse, repetindo pela quinta vez o plano para o lerdo do Ryan (olha só quem fala).
– Ok, entendi.
– Glória a Deus né, bro. Tu é lerdo, hein.
– Disse o expert em computadores.
É, eu sou muito ruim com essas tecnologias, mas e daí?
– Vamos fazer isso logo que eu quero dormir. - disse, tendo risadas maléficas internas pensando no nosso plano.
Recolhemos baratas e insetos que andavam pelo jardim dos vizinhos - Ryan tinha pegado o rato na porta da casa da vizinha Emma, que era uma senhora de idade que sofria de problemas na visão.
Ela pensava que eu era um gnomo de jardim e sempre que me via dizia: "Albert, volte já para seu espaço no jardim!".
Entramos no quarto e acordamos as meninas.
– Que foi? - perguntou Gabbe bocejando.
– Toma, presentinho pra vocês. - e então jogamos os insetos na cama.
Ouviu-se gritos histéricos até que tiramos todos os bichos de lá.
– ARGH, DEDETIZA ISSO, SÓ DURMO AÍ QUANDO UM DEDETIZADOR TIVER PASSADO POR AQUI! - disse Malu.
– OK, vamos dormir na sala, amor. Bora fazer uma sessão de filmes! - sugeri.
❊
Coloquei um filme de terror, para que pudesse proteger Malu - típico clichê.
Depois uma comédia, para acalmar os ânimos e, quando eu coloquei o último, que era outro filme de terror, as meninas já tinham dormindo.
Cutuquei Ryan com o cotovelo:
– Já dormiram? Vixi. - até perceber que a marica já havia dormido também. - É brincadeira viu! - joguei uma almofada em cima da cabeça dele.
– Eu dormi com a Gabbe no seu carro, desculpa bro! - disse ele se alarmando. - Ah, bota o filme aê, bro.
– O QUE?! - disse alto demais. - Eu disse pra você não fazer isso! - sussurrei dessa vez.
"Droga, dedetizador pro meu carro também".
Que nojo, velho.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
@looh_reis
xoxo
Looh