The Other Side escrita por Looh Hernandez
Notas iniciais do capítulo
Hot :p | Só uma adaptação... A diversão na casa alugada foi duas semanas depois da Malu ter voltado do hospital, para ela ter podido se recuperar completamente :D
Suspirei enquanto Bruno e eu arrumávamos nossas malas. Tinha ido ao médico no dia anterior para ver se estava tudo ok para o voo.
A chuva caía intensamente no Havaí, o que para mim era algo inédito, já que todos os outros dias foram bem quentes.
- Bruno?
- Sim? - ele disse sorrindo.
- Quanto tempo fiquei em coma? - era a primeira vez que perguntei depois de tantos dias.
- Um mês. - a voz dele falhou e ele engoliu em seco, voltando a arrumar as malas.
Tanta coisa que podíamos fazer em um mês e não fizemos... Como o dia estava chuvoso, as aulas de surf foram adiadas para outra época do ano quando tivermos tempo para voltar ao Havaí.
Nos despedimos de todos e entramos no avião.
Bruno acariciava minha barriga e me beijava, o que me deixava mais tranquila.
Deitei-me no espaço que existia entre seu ombro e acabei adormecendo.
Abri os olhos e estávamos pousando.
- Vamos? - perguntou Bruno.
- Vamos. - disse fechando e abrindo os olhos por conta da claridade. O dia estava totalmente ensolarado em Los Angeles.
Meu humor não estava bom, tinha um pressentimento ruim.
Coloquei a mão no peito.
- Preciso ligar para minha mãe... - senti Bruno engolir em seco novamente, tentando falhamente disfarçar algo de mim. - O que aconteceu com a minha mãe?! - perguntei já apavorada.
- Não... Nada físico aconteceu com sua mãe. - o que não amezinava minha dor.
- O que aconteceu?! - perguntei de novo querendo respostas que faziam sentido.
- Ér... Seu pai traiu sua mãe. - disse rapidamente.
Não consegui me manter em pé.
- É por isso que não tinha um humor daqueles... Não sou mal-humorada, nunca fiquei... Nem hoje... Hoje eu estava ruim, abalada de algum modo. - disse já sentindo vontade de vomitar.
Levei a mão à barriga e comecei a chorar.
- Onde eles estão? - eu disse soluçando.
- Vieram te esperar aqui em L.A. para te darem tchau... - ele disse ma abraçando.
- Me leva para lá. - disse apertando seu ombro para tentar amenizar minha dor.
Cheguei no Hotel em que minha mãe se encontrava. Não disse uma palavra à ela, Bruno muito menos.
Ela entrou no carro e fomos até o hotel de meu pai.
Antes de batermos à porta, eu disse:
- Quem era e onde isso aconteceu?! - perguntei rapidamente.
- Aconteceu um tempo antes de seu acidente... Era uma garota jovem chamada Mary. - sentiu como se facas perfurassem seu corpo.
Bateu à porta violentamente, sentindo seu pulso recém-recuperado doer cada vez mais, mas isso não importava.
Explicou quem era Mary realmente irritada para seu pai.
- E-Eu não sabia... - ele disse com olhar suplicante, pedindo desculpas. - Me desculpe meu amor.
Ela cedeu, não podia se revoltar com seu pai. Foi sempre muito rígido mas seu melhor amigo nas horas em que precisava.
Começou a chorar.
- Eu te desculpo, papai. - e o abraçou forte.
- Marília... Sei que não vai me perdoar, mas quero tent...
- Eu te desculpo Jean. - disse mamãe rapidamente.
Ele ficou surpreso, obviamente.
- E isso significa? - ele perguntou.
- Não significa que vou voltar com você, mas significa que pode ter a consciência tranquila. - ela sorriu calmamente, com uma expressão de paz.
Seu pai pareceu mais confortável.
- Volte comigo Marília... - disse uma última vez.
Ela só balançou a cabeça negativamente e desceu as escadas.
Fui atrás dela e Bruno me seguiu.
- Podemos te levar. - insisti.
- Não, vão para casa e aproveitem meninos. - e beijou nossas testas. Entrou em um táxi e foi embora.
Abracei Bruno fortemente querendo que aquilo fosse mentira e do nada, começou a chover.
- Clichê, não? - eu disse rindo em meio às minhas lágrimas.
- Sim... - ele riu. - Mas é romântico. - e me abraçou mais forte.
Ficamos todos ensopados até que Bruno me tirou de lá:
- Vai ficar gripada... - disse me colocando no carro.
- O estofado vai molhar. - suspirei me sentindo culpada.
- Não tem problema, só quero que vocês fiquem bem. - era estranho ouvir a palavra no plural.
Agora ela carregava um ser em meu ventre.
Chegamos em nossa casa.
Bruno me agarrou pela cintura e me levou até o quarto.
O bebê chutava a barriga quando Bruno tirava sua calça.
Sua cueca, da marca "Fruit Of The Loom", era de cor branca e tinha um grande volume.
Bruno riu ao ver meu olhar e ao perceber os chutes do bebê.
- Caraca, já tá chutando... Acho que dá pra saber se é menino ou menina na próxima consulta. - ele riu feito bobo.
Eu não fiquei atrás.
- Shh... - disse para o bebê. - Sua mãe e seu pai têm que resolver suas coisas... - ele riu.
Bruno mordeu minha pele e eu me segurei no travesseiro.
Começou com seus movimentos rápidos que me levavam ao delírio e meu bebê chutava minha barriga. Era estranho fazer aquilo com o bebê dentro de mim.
Respirei fundo e deixei-me levar pelo momento.
Mordia a pele quente de Bruno, com um aroma tão... único.
Pulei por cima dele e comecei a beijar cada extensão de seu corpo, sentindo-o cada vez mais.
Bruno acelerou seus movimentos, cada vez mais rápidos, inovadores, coisas que só Bruno sabia fazer.
Deixava-me louca como só ele sabia... só ele.
Bruno caiu ao meu lado, cansado depois de termos chegado ao nosso ápice, apesar de morder meus lábios e ainda beijar minha boca.
O bebê chutou de novo.
- Acho que ele gostou. - ele riu. Soquei seu ombro de leve.
Vi sua carrot antes de Bruno buscar sua cueca pelo quarto.
- Ai meu Deus, a carrot cresceu três vezes mais. - disse boquiaberta.
Ele riu:
- E você fica cada vez mais gostosa e boa no que faz... - ele me beijou cada vez mais.
Deitou-se ao meu lado e me cobriu com o lençol.
Me abraçou e massageou minha barriga.
Depois fez cafuné em minha cabeça, e eu deitei em seu abraço.
Acabei dormindo e sonhando que éramos "vampiros" - sempre quis ser uma - e que tínhamos uma filha linda, e um filho que era mais velho.
Logo seria verdade. Dois filhos é o que quero ter.
"Logo seria verdade", repeti nos meus sonhos.
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Comentários: @looh_reis & reviews
Looh
xoxo