Suas mãos e seus braços agarravam minha cintura, meu rosto e minhas mãos, de um modo que parecia ser impossível haver sequer algum espaço entre nós. Acho que tentei lutar contra isso no inicio, não, nós com certeza lutamos no inicio.  Devo ter bebido álcool em algum momento, pois não consigo se quer formular uma frase, ou algum plano de fuga. Apesar essa se umas das ultimas coisas que eu queira fazer agora.

Chega disso. Liberto um de meus braços, e dou-lhe um belo soco no nariz. Lembro-me de aprender na aula de autodefesa que o nariz é umas das melhores partes para se bater, quero dizer, para se “salvar”, por fazer a pessoa se sentir sufocada, assim, sem defesa.

Em minha opinião é por ser um alvo difícil de errar.

- Que diabos? – Ele grita como se tivesse quaisquer direito disso. – Você acaba de me socar?

- Fico feliz que tenha percebido. – digo sarcástica. – Porque me beijou do nada? – aponto, e percebo que havíamos ganhado espectadores.
 

- Você respondeu.

- Acho que precisa de outro soco. Nessas horas a pessoa deve se sentir ameaçada. Não começar a rir. – Ótimo agora sim ele surtou de vez. Do nada o ser de cabelo rosa, chamado Natsu, começa a rir histericamente junto com alguns inquilinos. – Olha agora eu quero muito ir embora, então...

O rosado simplesmente voa. Uma hora estava rindo, e de repente “bam”, e ele está do outro lado deitado sobre estilhaços da antiga cadeira. Quer dizer, era nova, assim como o resto dos móveis no quarto devido às reformas. O problema é que o impacto foi tão forte que ele conseguiu quebra-la.

- Você... Beijou a minha noiva? – A audiência estava totalmente pasma, tentando processar a nova informação, e logo cochichos preencheram o ambiente.

- Noiva? – O cara que devia ter aprendido a lição depois do segundo soco, que agora deixaria hematomas bem feios por todas as partes do corpo, atravessa o quarto em um piscar de olhos, se lançando contra meu “noivo”, agora que todos sabiam não havia motivos para não chama-lo assim.

 Devo começar a usar a aliança ou aprender a cozinhar? No momento é melhor eu ajudar o rosinha a quebrar a cara del... Quer dizer, separar a briga. Eles lutavam incrivelmente bem, Loke eu já sabia, minha surpresa é com o rosinha que tá arrasando com o meu ex-futuro-marido se ninguém, eu, separa-los imediatamente.

- Ei, ei. – Tento inutilmente afasta-los. – EI! – Seguro o braço de um o derrubando no chão, fazendo o mesmo movimento com o outro, só que um pouco mais forte. (In) Felizmente, foi Loke. Enquanto os dois me olhavam surpresos, percebo que não era para mim que eles estavam olhando. E sim para os professores atrás de mim. Então eles não acordam com a música, mas sim com uma cadeira de quebrando? E nem fez tanto barulho assim, se comparado com a música...  – Gildarts?  Achei que não viria nunca. O ponche parece gostoso. – Acho que esqueci de dizer antes, Gildarts foi uma das primeiras pessoas que conheci chegando aqui. Na época ele era mais jovem e havia acabado de começar à dar aulas, e na época era professor de historia. Não que ainda não seja, porém os o “ensino médio” é realmente diferente do fundamental. Ao menos na Fairy Tail.

- Voltou a causar problemas? Estávamos apostando quanto tempo duraria. – Apesar de nos conhecermos a tanto tempo, não signifique que nossa relação vá além de aluna e professor, então quando me meto em encrenca ele bota mais lenha na fogueira em vez de apaga-la.

- Aposto que acaba de ganhar. – Um sorriso se forma em seus lábios.

- Eu sempre ganho. Hm, tem dois garotos disputando por você? – Antes de dar chances de qualquer um dos três negar, ele continua. – Lamento, é proibido qualquer demonstração de luta fora do treino, ou seja, serão punidos. A piscina está precisando ser lavada, e a professora Aquarius adoraria a ajuda. Não precisa me agradecer, sei o quanto se adoram. E o resto de vocês? Para o quarto imediatamente.  É incrível como a senhorita sempre age como o esperado.

- Não há de quê. – digo sínica, e finalmente volto para meu quarto. Lugar onde definitivamente não deveria ter saído.