Looking For A Bright Smile escrita por OneThing


Capítulo 15
Capítulo 15: Sem Você


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer muuuuuuuito aos meus leitores lindíssimos! :D É muito importante pra mim que vocês gostem! :D



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Capítulo 15: Sem Você. 

De manhã, levantei com os olhos inchados. Eu não queria ir pra escola. Eu estava muito mau, estava com uma enxaqueca muito forte. Acho que foi porque passei metade da noite chorando –metade porque eu acabei dormindo de tão pesados que meus olhos estavam.

Desci pro café da manhã e parece que todos de casa estavam tristes, mas papai ainda estava com a expressão fria. Todos sentados á mesa, menos mamãe que estava lavando louça.

-Bom dia, mãe.– Disse eu, dando um beijo nela.

-Bom dia, querido.– Ela estava com voz rouca.

-Oi, Coop.

-Fala aí, Blainie.– Cooper deu um toque em minha mão. Sentei na mesa e olhei pro meu pai que lia o jornal.

-Bom dia, pai.– Silêncio. Aquilo foi uma pontada no meu coração. Meus olhos se encheram de lágrimas mas não quis parecer fraco na frente dele. Funguei e esfreguei os olhos, minha mãe permanecia com um olhar piedoso. Cooper parecia estar com pena de mim...

Droga. Minha vida estava um céu e agora se transformou nesse inferno.

Fui na escola e mal conseguia manter meus olhos abertos, eu via as coisas embaçadas e eu estava meio tonto. Olheiras brotavam na minha pele e meu cabelo estava bagunçado. Não estava afim de falar com ninguém, nem mesmo com Kurt. Peguei meu livro no armário e me dirigi para a sala de Sociologia. Vi Kurt vindo em minha direção com o maior sorriso estampado no rosto. Aquele sorriso fez eu me sentir um pouco melhor, mas continuei com a tontura, dor de cabeça... Assim que me viu o sorriso se transformou numa feição de preocupação.

-Blaine... O que aconteceu?– Eu fiquei em silêncio. A família de Kurt me recebera tão bem... Imagina só que grosseria ele saber que meu pai não gosta dele.

Não. Meu pai não gosta do fato de eu estar namorando ele.

-Blaine? Me responde!– Disse ele me chacoalhando. –Está branco... Você bebeu ontem? 

-Não.– Respondi, frio. Eu sei que Kurt não merecia grosseria mas eu não consigo ser o Blaine otimista e alegre de sempre. Desviei dele e continuei seguindo o caminho. Até que tudo começou á ficar embaçado demais, eu não conseguia focar nos rostos das pessoas, não conseguia focar aonde eu estava indo, até que senti meu corpo adormecer e tudo ficou escuro.

Abri os olhos e estava na enfermaria. Me esforcei para virar a cabeça, eu estava muito fraco. Kurt estava do meu lado, de braços cruzados olhando pra frente, do meu outro lado, uma enfermeira, assim que Kurt me viu com os olhos quase abertos, segurou minha mão.

-K-Kurt?

-Eu estou aqui, Blaine.– Disse ele acariciando minha mão e soltando um sorriso. –Fica calmo.

-O que aconteceu?... –Minha voz estava fraca, mas as palavras, com calma conseguiam ficar claras.

-Você desmaiou. Sua pressão caiu. Ainda bem que eu estava te seguindo, se não ouvesse ninguém com piedade você ficaria lá, deitado no chão.– Eu quis me sentar. Eu queria minha mãe, eu queria Cooper, eu queria Kurt... Eu queria alguém.

Tentei me sentar, mas eu estava muito fraco. Kurt colocou a mão sobre meu peito.

-Já liguei pra sua mãe, ela está á caminho. Descansa, Blaine. Você está muito fraco.– Passei a mão levemente sobre meu rosto e ele estava gelado e sentia que eu estava branco. Eu não conseguia me mover direito, não conseguia fazer força, mas me esforcei para apertar a mão de Kurt. Apareceu uma lágrima no seu rosto e ele começou á choramingar.

-O que aconteceu, Blaine?– Ele soluçava. Eu sei que não era nada grave, mas ele devia estar preocupado comigo. Eu sempre fui saudável, nunca desmaiei na minha vida, sempre feliz... E do nada apareço assim, acabado. Entendo sua dor. Eu apertei mais sua mão e me esforcei pra dizer:

-Eu te amo, Kurt.– Saiu um pouco forçado e minha voz estava tremula, tive que fazer força pra minha voz poder sair num tom claro pra ele me escutar. –Não importa... O que aconteça. Eu te amo... Kurt.– Ele sorriu, ainda com as lágrimas e deu um beijo em minha testa. Ele não sabia que eu estava me referindo ao meu pai. Minha mãe entrou na sala e arregalou os olhos quando me viu.

-O que aconteceu, Meu Deus?!– Disse minha mãe correndo em minha direção e acariciando meu rosto.

-Blaine desmaiou. Ele chegou tão sonolento, estava pálido... Depois desmaiou e eu o trouxe pra enfermaria.

-Obrigada, Kurt.– Disse minha mãe sorrindo pra ele, ele secou as lágrimas e sorriu.

-Blaine... Foi por causa daquilo com seu pai?– Eu não conseguia falar, a única coisa que me restou foi assentir com a cabeça, os olhos de minha mãe se encheram de lágrimas. –Meu Deus, eu nunca imaginei que ele agisse assim...

-O que aconteceu?– Perguntou Kurt.

-Vamos levar ele pra casa e enquanto ele descansa conversamos.

-Mas eu tenho aula.

-Então fique na aula e depois passe lá em casa, ta bom?– Kurt assentiu com a cabeça e saiu da enfermaria. Fiquei um tempo em repouso e conseguia falar de novo, mas ainda doía minha garganta. Minha mãe me ajudou á me levar até o carro e encostei a cabeça no vidro e comecei á chorar. –Blaine... Querido.– Disse minha mãe passando a mão no meu cabelo.  –Calma... Seu pai ainda vai aceitar Kurt. Ele ainda não o conheceu. Eu sei que você merece ele, e ele merece alguém como você...– Minha mãe passou a mão no meu rosto e sorriu. –Vai dar tudo certo, confia em mim.– Me lembrei quando disse isso pra Kurt e ele confiou em mim.

-Confio... – Disse eu com a voz rouca. –Eu confio em você, mãe.– Eu a dei um abraço, e parece que senti minhas energias melhorarem, mas continuei fraco. Cheguei em casa e deitei na cama, mas não conseguia dormir. Ouvi a campainha tocar, me levantei da cama, com as pernas tremendo e eu lutava para conseguir ficar em pé. Quando consegui chegar no corrimão da escada, me escondi e fiquei observando a conversa da minha mãe e de Kurt. Kurt estava sentado no sofá e depois, minha mãe chegou com duas canecas de café na mão e entregou uma para Kurt. Ele pegou a caneca e deu um gole.

-Kurt... Blaine desmaiou porque estava muito triste, ele estava fraco, ele precisava descansar porque...

-Por que? Diz logo, eu estou muito preocupado com ele.

-Porque o pai dele não aceitou ele estar namorando com você.– Não! Minha mãe não podia ter dito isso pra ele! Ele iria ficar magoado! Consegui ver Kurt abaixando a cabeça.

-É melhor eu me afastar de Blaine...

-Não, Kurt. Blaine vai piorar sem você. Ele te ama muito, ele não quer te perder.– Por favor, Kurt. Ouça minha mãe...

-Não... Se eu não estivesse com ele nada disso teria acontecido.

-Kurt, por favor... Eu falo pelo Blaine, não o abandone. Ele nunca vai amar alguém do mesmo jeito que ele te ama.

-Eu faço isso porque eu o amo. Faço isso porque não quero atrapalhar a vida com a família. Eu quero vê-lo feliz.– Não... Isso não pode estar acontecendo. Eu devo estar sonhando... Lágrimas já escorriam dos meus olhos fracos.

-Kurt...

-Por favor, me entenda, Renata. Faço isso pra que tudo fique bem. Faço isso porque eu não agüento ver ele assim.

-Eu não concordo com o que você vai fazer, mas já que insiste... Eu queria muito ter você na família, Kurt.– Minha mãe fungou, acho que ela estava chorando. –Mas deixe pra conversar com ele assim que ele melhorar.

-Ta bem...– Eles se despediram e Kurt foi embora. Não pode ser verdade... E-eu não podia acreditar. Joguei-me no chão e comecei á chorar. Acho que meu choro estava tão alto, que minha mãe veio em minha direção e me ajudou á me levantar.

-Blaine! O que você esta fazendo fora da cama?- Eu não conseguia falar por causa do choro.– Blaine, não devia ter ouvido a conversa...

-E-eu não c-consigo viver s-sem ele...– Disse eu com a voz fraca. –E-eu não quero f-ficar sem o K-Kurt, mãe... J-já não basta o p-pai não falar c-comigo, agora K-Kurt vai terminar comigo, pra m-me deixar mais a-arrasado ainda...– Ela me envolveu em seus braços. –E-eu quero o Kurt, m-mãe... Não consigo ficar s-sem ele!

-Eu sei, filho... Eu tentei convencê-lo, mas ele achou que você ficaria melhor sem ele.

-N-NÃO! EU NÃO CONSIGO!– Gritei. Eu fiz muita força com a voz e senti meu corpo adormecendo de novo, dei uma recaída, mas minha mãe me segurou e me levou pra cama.

-Descansa, Blaine. Você precisa descansar.– Tentei dizer para ela que eu queria Kurt aqui, mas não consegui, minha voz não saiu. Ela saiu do quarto e apagou a luz, tentei ficar acordado, eu não queria dormir, mas meus olhos estavam pesados por causa das lágrimas e acabei adormecendo.

Quando acordei era de noite. Meu corpo estava mais forte, ainda sentia fraqueza nas pernas, mas eu estava bem melhor. Me levantei e fui para a escada. Vi minha mãe e meu pai sentados no sofá, parecia que minha mãe estava discutindo com meu pai. Acho que era sobre Kurt. A campainha tocou, recuei para o canto da escada, para minha mãe não me ver, ela ficaria brava se me visse fora da cama. Quando atendeu a porta era Santana. Ela falou com minha mãe e depois vinha na direção da escada, voltei rapidamente pra cama. Ela entrou no meu quarto com um sorriso torto e sentou ao meu lado.

-Oi, Blaine.

-Oi, Sant. Por que veio?

-Vim ver como estava. Fiquei sabendo que desmaiou no corredor.

-Meu pai não aceitou meu relacionamento com Kurt.– Santana mordeu o lábio inferior e olhou para o teto arrumando o cabelo.

-Minha “abuela” também nunca aceitou Britt. E eu a amava.

–Amava?

-Eu a amo.  Mas o que posso fazer? Eu amo a Brittany, todos da minha família aceitam menos minha “abuelita”... Eu queria continuar á falar com ela, mas...

-Ela conhece Britt? É uma garota tão gentil...

-Não. Ela não a conhece.

-Apresente-a.

-Ela não me deixa entrar na casa dela.

-Insista. Apresente Britt. Não tem como não gostar dela.

-O mesmo com Kurt.– Abaixei os olhos e senti as lágrimas descendo novamente.

-Kurt vai terminar comigo.– Ela franziu a testa.

-Como você...

-Eu ouvi ele falando com minha mãe. Ele disse que não quer causar problemas entre mim e minha família então era melhor se afastar...– Só de pensar Kurt se afastando de mim comecei á chorar. Não queria chorar na frente de Santana, mas ela segurou minha cabeça e a ajeitou sobre seus ombros.

-Calma, Blaine... Tudo vai dar certo.

-Eu não vou conseguir prosseguir sem Kurt!

-Aquele idiota... Fez você piorar.

-Não diga assim...

-Ele não percebe que você sem ele sofre? O que você fez quando ele mais precisou? Você ficou ao lado dele! Mas e quando você precisou dele? Ele foge, é isso?– Realmente... Mas minha saudade falava mais alto.

-Mas ele fez isso porque me ama.

-Não faz sentido.

-Ele acha que se afastar eu e meu pai vamos voltar a nos falar.– Santana piscou e acariciou meu braço.

-Eu vou te ajudar.

-Como? Dizendo para Kurt voltar comigo? Fazendo meu pai aceitar eu ser apaixonado por Kurt? Isso você não vai conseguir mudar.

-Ah, é? E como o pai do Kurt o aceitou? Como Kurt conseguiu superar tudo aquilo que estava passando? Será que não é porque ele tinha você pra ajudar?– Fiquei em silencio –Eu vou te ajudar, Blaine.– Eu dei um sorriso e a abracei. –Agora, tenho que bater um papo com um certo papai.

-Santana...– Ela ergueu a sobrancelha e eu sorri –Pega leve com ele, ta?– Ela riu e desceu as escadas, fiz um esforço e me escondi perto da escada, queria ouvir ela conversando com meu pai. Ela se aproximou e sentou no braço do sofá, próxima a meu pai.

-Sr. Anderson, meu nome é Santana Lopez, sou amiga do seu filho –disse ela estendendo a mão, meu pai a apertou e deu um sorriso forçado– e eu gostaria de falar com o Sr.– ele assentiu com a cabeça. –Você tem preconceito com gays?– Meu pai suspirou.

-De novo esse assunto?

-Não adianta fugir, porque Blaine ainda é seu filho, Blaine ainda é o Blaine de sempre! Eu também sou lésbica, sim, você pode achar estranho, mas eu namoro uma garota chamada Brittany e eu a amo muito. Minha avó pensa como você, não aceita eu e Britt juntas, mas ela nem sequer conhece ela. E ela é uma garota incrível, assim como Kurt. Kurt é talentoso, ele é determinado, com atitude e acima de tudo, ele faz Blaine feliz.– Santana me lembrou quando eu discuti com o pai de Kurt. Mas ela falava calmamente e docemente, como se não quisesse briga nenhuma. –Não é suficiente? Você ama seu filho! Não ama?– Meu pai ficou em silencio. –Não ama?– Insistiu Santana. Minha mãe ouvia a conversa atentamente sem se intrometer.

-Amo.

-Então não tente fugir desse assunto porque um dia, vocês terão que conversar sobre isso. Minha mãe no começo, achou ruim eu estar namorando uma garota, queria que eu me casasse, tivesse filhos... Mas quando ela conheceu Britt percebeu que ela era doce, meiga... Ela aceitou Brittany e teremos um futuro brilhante! Iremos ter filhos, compraremos uma casa, trabalharemos, como um casal normal. Então, aceite seu filho com Kurt, porque Kurt é um garoto de ouro, nunca você vai achar alguém bom o suficiente para Blaine como Kurt é. Por favor, não fique sem falar com o seu filho, porque ele te ama muito. E ele não vai ser feliz sem você e sem Kurt. Pensa no seu filho...– Ela pegou na mão de meu pai. –Pense em vocês.– Meu pai começou á chorar e depois de uma pausa abraçou Santana.

-Obrigado, Santana.

-Quer dizer que vai aceitar Blaine?

-Eu sei que fui um pouco frio no começo... Mas eu me choquei porque nunca imaginei que Blaine pudesse ser gay. Claro. Vou continuar amando-o. Mas se vou aceitar Kurt... Tenho que conhecê-lo.

-VAMOS CONVIDÁ-LO PRA JANTAR!– Gritei lá de cima, acho que eu fiquei tão animado que minha energia voltou e me senti renovado. Minha mãe sorriu e pegou o telefone.

Kurt chegou em casa e eu fui recebê-lo na porta. Ele estava sério, mas assim que me viu sorrindo e mais saudável ele sorriu.

-Já esta melhor, Blaine?– Não perdi tempo, peguei em seu pescoço e o dei um grande beijo.

-Me sinto ótimo!– Kurt franziu as sobrancelhas ainda sorrindo. Peguei em sua mão e o trouxe para dentro. Santana estava sentada no sofá com as pernas cruzadas sorrindo e acenou levemente para Kurt.

-Sant? O que faz aqui?

-O que foi? Também não posso jantar na casa do gravatinha?– Disse ela rindo e dando um abraço em Kurt. Kurt cumprimentou minha mãe e Cooper tinha acabado de chegar de seu teste pro filme. Kurt o cumprimentou.

-Como foi, Coop?

-E você ainda pergunta? Fui muito bem, esse papel esta no papo!– Disse Cooper abraçando Kurt. –Veio conhecer meu pai?

-Aham. Aonde está ele?

-Ele ainda está se arrumando,–Disse minha mãe –daqui á pouco ele desce!

-Quem é essa gata?– Disse Cooper apontando para Santana.

-Cooper Anderson, que prazer conhecê-lo. Santana Lopez, de Lima Heights Adjacent, á seu dispor.– Disse Santana estendendo a mão e Cooper beijou-a.

-O prazer é todo meu, Santana Lopez.

-Ei ei ei! Santana, você tem namorada lembra? E Cooper, você é muito mais velho que ela!

-Calma, maninho! Só estou me apresentando de um modo gentil, como uma dama deve ser tratada!

-Sei... Gentileza demais.– Kurt riu. Até que papai desceu das escadas, ele estava sorrindo levemente, mas com um ar doce, ele mediu Kurt da cabeça aos pés, Kurt sorria docemente, estendeu a mão em direção ao meu pai e começou á dizer:

-Boa tarde, Sr. Anderson! Sou Kurt Hummel, muito prazer!– Kurt estava se saindo muito bem.

-O prazer é meu.– Disse meu pai apertando a mão de Kurt. Kurt sorriu e nos sentamos na sala enquanto mamãe e Cooper preparavam o jantar. –Então... Você também é do Glee Club?

-Sim, eu entrei depois de Blaine com a ajuda dele.– Disse ele olhando pra mim sorrindo.

-Realmente, você canta e dança muito bem.

-Como sabe?

-As Regionais, eu reparava em você ás vezes.– Kurt sorriu. –E você é gay desde...?

-Eu descobri com mais ou menos 15 anos... Eu sei que parece estranho falar sobre isso, mas me sinto um guerreiro por ter superado todas as dificuldades, com a ajuda de alguém muito especial pra mim...– Kurt olhou pra mim e pegou na minha mão. –Sim, seu filho mudou minha vida. Quando eu mais precisei ele estava lá pra mim, eu procurei por um sorriso o tempo todo, o sorriso de Blaine foi o que eu estava procurando, e sem ele... Eu acho que hoje eu estaria perdido. Se não fosse por ele, meu pai não teria me aceitado, se não fosse por ele, eu estaria triste, passando por milhares de dificuldades... Sou eternamente grato ao que ele fez por mim, e eu o amo muito por isso e por ele ser quem ele é.  Eu prometo ao Senhor, se me aceitar, eu juro tratar Blaine com carinho, amor, fieldade e farei ele feliz.– Meu pai nos fitava atentamente. Santana em silêncio, mas sorria por ver Kurt se saindo bem.

-Você é realmente um bom garoto, Kurt. Diferente dos outros.

-Obrigado. Minha família gostou muito de Blaine. Minha mãe morreu á anos atrás, meu pai é casado com Carole que é a mãe de um dos nossos amigos, Finn. Acho que você o viu, ele é um garoto alto dançando com a vocalista do meio.

-Ah, sei quem é. Um moreno?

-Sim. Ele é meu meio-irmão e por causa de Blaine também, estamos muito mais amigos do que éramos antes. Finn também contribuiu para eu conseguir a atenção de meu pai de novo. Mas foi tudo idéia do Blaine.

-Você realmente mudou a vida desse garoto, Blaine.

-Sim, e-eu...– Fiquei com medo de dizer algo errado e estragar tudo, mas pensei um pouco e  prossegui –eu o amo muito. Eu sei que pode ser estranho falar isso... Mas eu não me sinto gay, eu nunca senti atração por nenhum outro garoto, eu sentia atrações por garotas, mas acho que Kurt tirou todas as minhas dúvidas. Eu hesitava se eu realmente gostava de beijar uma garota, ou sei lá... Mas Kurt é quem eu quero pra minha vida toda. Eu sou feliz com ele.– Meu pai sorriu –Eu o amo, pai. –Meu pai olhou para Kurt, mamãe e Cooper entraram na sala e ficaram observando. Meu pai levantou, se dirigiu até mim e me deu um abraço.

-Você merece Kurt, Blaine. Você o ama, e o que eu quero é vê-lo feliz.– Eu não pude evitar e algumas lágrimas desceram de meus olhos. –Eu te amo, filho. –Depois que se afastou, abriu os braços para Kurt sorrindo, Kurt se levantou e o abraçou forte, igualmente sorrindo. –Bem-vindo á família Kurt.– Eu olhei para Santana que estava enxugando as lágrimas, depois revirei meus olhos e vi mamãe e Cooper com os olhos brilhando e grandes sorrisos no rosto.

-Obrigado, Sr. Anderson.– Eles se afastaram e meu pai deu um tapinha nos ombros de Kurt que sorria. Aquele sorriso... Era lindíssimo.

-Bem, vamos jantar para comemorar! –Disse minha mãe entrando na cozinha. Eu, Santana, Kurt e meu pai entramos na cozinha para jantarmos. Conversamos o tempo todo, e meu pai pareceu gostar bastante de Kurt.

Depois de um bom tempo, Kurt foi embora junto com Santana. Assim que eles saíram e eu fechei a porta, meu pai me fitou bem nos olhos e depois me deu um sorriso torto.

-Filho, eu...– Ele segurou na minha mão delicadamente e suspirou –me desculpe. Eu não conhecia Kurt e não devia ter o julgado. Ele realmente te ama, e mesmo eu preferindo que você se case, tenha filhos... Saiba que estou feliz pelo Kurt fazer parte da família.– não consegui resistir ao impulso de sorrir.

-Eu vou ter minha família, pai. Vou me casar com Kurt, planejaremos adotar uma criança quando já estivermos trabalhando... E o mais importante– vi os olhos da minha mãe e de Cooper brilharem -seremos eternamente felizes. Juntos.


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Notas finais do capítulo

Todos os tipos de comentários são aceitáveis! :D (menos ofensivos, pfvr! ;D)