13 de fevereiro de 2009

Josh’s POV

Marquei com ela às sete horas, eram vinte para às sete e eu já estava esperando na frente do prédio dela. Estava mais nervoso que o normal dessa vez; havia ficado muito tempo pensando sobre o que sentia sobre Elizabeth. E, é claro, não tinha chegado há conclusão alguma.

Mal consegui dizer “Já estou aqui” às sete em ponto. Ela disse que já estava vindo e logo a vi saindo pela porta. Sorri. Ela sorriu de volta.

“Oi”, ela disse.

“Oi”, foi tudo que respondi. Ela riu quando tentamos abrir a porta ao mesmo tempo. Gosto da risada dela.

Meu Deus, tenho que parar de enumerar todas as coisas que gosto nela.

Porque, sabe, são muitas.

Argh.

 “Então... Já pode me contar qual é a surpresa?”

“Você verá...”, ri. Nisso, já estávamos chegando. Saímos do carro e bati na porta. Logo, foi atendida.

“Josh!”

“Ei, John”, disse. Então, ele viu Liz. “Ah, John, esta é Elizabeth. Minha, hum... amiga. Liz, este é John, John Frusciante”.

“Então você é John!”, ela disse, sorrindo e apertando a mão de John, que também sorria, “Minha amiga é uma grande fã sua...”

“Oh, legal”, John não era muito apreciador da fama que tinha. Talvez ele estivesse feliz por eu ter trazido Liz e não a “amiga” dela. Ou não. “Vamos, entrem”.

“Esta é a surpresa, Josh?”, Liz cochichou para mim enquanto entrávamos na casa.

“Hum, não a parte principal”, ela me olhou com um olhar desconfiado. Só estava ali pois tinha alguns assuntos para tratar com John. Tentaria fazê-lo o mais rápido.

Sentamo-nos na sala. Liz observava tudo como uma criança “descobrindo território novo”. Rapidamente comecei a falar sobre o que precisava; queria acabar com isso logo. Mas uma parte de mim estava nervosíssima pelo que faria depois dali.

Percebi que John aparentemente gostou de Liz. Ela parecia nem estar ali, de tão quieta que estava. Ele talvez tenha gostado da calmaria que ela era.

Assim como eu.

Quando já estávamos saindo, Liz, parecendo nervosa, tirou um pedaço de papel da bolsa que carregava e falou.

“Hum, Sr. Frusciante, John? Você se importaria em assinar um autógrafo para minha amiga? Não sei se sobreviveria depois de falar pra ela que conheci você e não a levei nada, entende... Desculpe incomodá-lo, sabe...”. Sr. Frusciante? Ela poderia ser mais... perfeita?

John riu. Pegou uma caneta que estava em algum lugar e rabiscou no papel que Liz lhe entregara.

“Sr. Frusciante... Gosto de você. Parece que há um clone do Josh ou algo do tipo... Vocês, sabe, combinam”, sorriu ao final. Senti meu rosto corar fortemente e olhei para o chão. Não tive coragem de olhar se Liz também havia corado.

Despedimo-nos e voltamos para o carro. Percebi Liz me encarando de um jeito... diferente. Não sei muito bem como descrever, já que novamente não houve coragem em mim para olhá-la.

Então finalmente estávamos indo para onde planejei. Já começava a suar frio... Respirei fundo.

E lá estava. A praia. Desci do carro antes de Liz, fiz a volta e abri a porta para ela. Ela sorriu sem graça. Estava um pouco corada. Corei mais uma vez.

“Então... É isso?”

“É... isso. Não gostou?”, engoli em seco.

“Não, não, é claro que gostei”, deu um sorriso e começamos a caminhar pela areia. Ela tirou os saltos e carregou-os. “É uma bela vista... A lua está linda hoje...”

“Assim como você...”, sentia que meu coração iria sair pela boca. Paramos de caminhar. Virei-me para ela.

Olhava em seus olhos e ela olhava nos meus. Aos poucos, quase imperceptivelmente, nos aproximávamo-nos.  Já podia sentir sua respiração pesada junto da minha. Eu precisava daquilo. Precisava dela.

Naquele momento eu tive a certeza que buscava.

Eu estava apaixonado por Liz.

Então... Finalmente colei nossos lábios. Esperei a permissão para aprofundar o beijo. Logo a recebi. Liz brincava com meu cabelo enquanto eu ficava com as mãos paradas em sua cintura sem saber o que fazer.

Ficamos com as testas coladas depois do término do beijo. Apenas olhando nos olhos um do outro.

Podia ver nos olhos dela que ela também havia encontrado aquela “certeza”. Poderia ficar assim para sempre.

Poderia ficar com ela para sempre.