Outtake I - Parte II

– Alice, fique calma! – Rosalie exclamou pela quarta vez em dez minutos.

– Estou tentando! – rebateu a morena baixinha enquanto segurava nas mãos das amigas para sair do carro com cuidado. Estavam vindo da casa da mãe de Alice, onde haviam passado boa parte do dia com suas respectivas mães e algumas outras amigas próximas arrumando-se e ajudando a noiva a se arrumar. – Está tudo tão lindo! Acho que vou chorar! – declarou ao ter uma pequena visão da decoração do imenso jardim de sua casa.

– Não, Alice, nada de choro – avisou Bella. – Se você chorar vai borrar a maquiagem – completou.

– Eu sei, mas eu me sinto tão...

– Eu sei – disse Rosalie. – É uma experiência emocionante, mas você pode deixar para chorar depois. Agora vamos antes que o noivo desista – brincou, mas Alice congelou no caminho, com os olhos arregalados. – É brincadeira, Alice – revirou os olhos ao puxar Alice pela mão mais uma vez.

Estavam perto do portão de entrada quando Edward apareceu, fazendo Bella prender a respiração. Ele usava um terno escuro, com uma camisa branca por dentro e uma gravata preta. Era a primeira vez que ela o via em trajes tão formais. O pensamento que a atingiu era que ele estava muito... gostoso. O ruivo também se surpreendeu ao vê-la. Para ele, ela era linda de qualquer jeito, mas naquele momento, com aquele vestido longo azul-escuro e brilhante marcando suas curvas na medida certa, os cabelos castanhos presos em um coque alto com alguns fios caindo por seu rosto e pescoço, e com um par de sapatos preto de salto alto ela estava espetacular.

– Por que estão demorando tanto? – indagou calmamente, ignorando a sensação que o atingiu entre as pernas com a visão de sua namorada.

– Ah meu Deus, Edward, não me diga que Jasper não aguentou mais esperar e foi embora? – perguntou Alice dramaticamente. Edward juntou as sobrancelhas.

– O quê? Não, claro que não. Mas você está atrasada – respondeu. – Vamos, estão todos esperando – chamou e as meninas o acompanharam.

Os casais de padrinhos se posicionaram e esperaram até que Jasper entrasse acompanhado de sua mãe antes dos outros entrarem logo em seguida. Edward e Bella entraram primeiro e posicionaram-se no altar, de mãos dadas, e viraram-se para observar os outros padrinhos e os pais dos noivos entrarem, até que começou a marcha nupcial anunciando a entrada da noiva ao lado de seu pai.

Bella sorriu ao ver a expressão de pura felicidade que estampava o rosto de Alice enquanto ela percorria o caminho que a levaria até Jasper, que a esperava no altar com a mesma felicidade evidente. Ela apertou a mão de Edward ao mesmo tempo em que o olhou, encontrando os lindos olhos verdes do namorado e sorriu, recebendo um sorriso de volta.

A tarde estava linda. Uma cerimônia simples e sofisticada, que declarou Alice e Jasper como marido e mulher, arrancando algumas lágrimas das mulheres presentes. O casal não escapou da chuva de arroz que os esperava no fim da passarela ao saírem do altar e foram logo em direção ao local onde se daria a pequena festa. Após receberem cumprimentos, fazerem a tradicional dança dos noivos, cortarem o bolo, tirarem várias fotos e agradecerem a todos os convidados, o casal de recém-casados sentou-se na grande mesa onde se encontravam seus familiares e amigos.

Bella já não sentia o nervosismo da noite anterior, uma vez que não foi tão ruim como pensou que fosse ser quando reencontrasse alguns velhos conhecidos ou desconhecidos que poderiam reconhecê-la devido à sua fama. A morena tratou logo de sorrir e cumprimentar a todos, que se mostraram simpáticos e receptivos, apesar de nunca saber se estavam sendo sinceros. Mas então ela se lembrava do que Edward havia lhe dito e simplesmente não se importava com o que eles pensavam ou deixavam de pensar a seu respeito, pois estava sendo ela mesma. E sabia que seus verdadeiros amigos, sua família e seu namorado a conheciam e a admiravam daquela maneira.

Entretanto, ela não estava muito contente com certos olhares maliciosos de algumas mulheres no local em direção ao seu namorado. Apesar de saber e sentir que ele não dava a mínima, fazia questão de estar sempre perto dele, o tocando ou fazendo carinhos, reforçando a ideia de que ele não está disponível. Edward reparou que Bela estava mais atenciosa do que o normal, mas não reclamou nem comentou nada. Quem estava levando a melhor era ele, afinal.

– Nossa, a noite nem começou direito ainda e já estou cansada. Esses sapatos estão muito apertados – reclamou Alice, retirando seus pés dos calçados por um instante para relaxá-los um pouco.

– Nunca pensei que fosse ouvir isso de você, Alice. Você é quem sempre continua pulando quando todos já estão esgotados – comentou Emmett. Arrancando leves risadas de alguns na mesa.

– Cala a boca, Emmett. Posso fazer a diferença uma vez na vida. Hoje o dia é meu e eu fico cansada a hora que eu quiser – retrucou com um sorriso, e Emmett levantou os braços em rendição. – Rosalie, vamos comigo até meu quarto para eu trocar de sapato? – pediu Alice à amiga, que prontamente levantou e seguiu para o interior da casa com a baixinha.

Enquanto isso, do outro lado da mesa, Bella conversava animadamente com sua mãe e sua tia depois da quinta taça de champanhe. Ela se sentia leve e suas bochechas já estavam um pouco doloridas por conta de tantas risadas. Edward estava sentado ao seu lado, sentindo seu rosto pegar fogo. O motivo era o seguinte: mesmo estando engatada em um bate-papo com as duas mulheres, Bella tinha sua mão direita alisando a perna do rapaz, indo repetida e vagarosamente de seu joelho até próximo à virilha. Ele não sabia se ela estava consciente daquilo e fazendo de propósito ou se o efeito do álcool a deixava distraída. Mas ele obteve essa resposta assim que Renée e Sarah, mãe de Alice, pediram licença para irem falar com um casal de amigos que estavam indo embora.

Bella virou-se para o namorado, chegando um pouco mais perto, e olhou-o inocentemente, sorrindo um pouco quando sua mão fez mais pressão na coxa dele. Edward já se sentia desconfortável e quase engasgou quando sua namorada fez aquilo.

– Bella... – assobiou, tentando formular uma pergunta. O que era difícil quando ela o provocava daquele jeito. – O que... o que você está fazendo? – indagou e ela franziu a sobrancelha, fingindo estar confusa.

– Eu? Não estou fazendo nada – respondeu simplesmente, sem cessar os movimentos com a mão.

– Eu... acho melhor você parar... com isso – murmurou, olhando em volta, sentindo seu rosto esquentar mais ainda ao ver seus sogros agora sentados no lado oposto da mesa.

– Parar? Mas por quê? – questionou, dessa vez ousando mais um pouco e deixando sua mão encostar de leve no membro excitado de seu namorado. – Acho que isso significa que você está gostando. Não está? – perguntou baixinho, levando seu rosto até à orelha de Edward e depositando um beijo leve logo abaixo dela. O rapaz apertou um pouco os olhos e respirou fundo antes de falar.

– Por mais que eu esteja adorando... não estamos em hora nem lugar apropriados para isso. E... Oh, meu Deus – disse a última frase num sussurro quase inaudível quando sentiu a pontinha da língua de Bella tocar o lóbulo de sua orelha brevemente antes de se afastar bruscamente.

– Tem razão. Me desculpe – pediu, mudando sua postura repentinamente, deixando Edward ainda mais assustado. – Tinha esquecido o estado meio sem noção em que fico com uma dose de álcool a mais no sangue – comentou rindo bobamente. – Vou ao banheiro. Volto já – anunciou antes de beijar a bochecha do namorado e levantar-se em direção à entrada da casa.

Edward observou-a sumir pela porta principal e mais uma vez tomou uma grande quantidade de ar pelo nariz, olhando discretamente para baixo para checar se sua ereção estava muito evidente. Deu graças a Deus que estava sentado, caso contrário todos ali poderiam vê-lo com a barraca armada.

Após alguns minutos, quando o ruivo já estava se perguntando o porquê de Bella estar demorando tanto, sentiu seu celular vibrar em seu bolso. Assim que o pegou, viu uma cartinha piscando na tela, indicando que havia recebido uma mensagem. Ele ficou nervoso assim que a abriu.

Edward, vem rápido! Preciso de você. ~ Bella

O rapaz, primeiro tomando o cuidado de verificar se podia ficar de pé sem passar vergonha, levantou-se e seguiu rapidamente em direção ao interior da casa, lembrando-se de que Bella havia dito que iria ao banheiro. Mas uma dúvida surgiu em sua cabeça: em qual dos banheiros sua namorada estaria? Decidiu procurar primeiro no banheiro do quarto que ocupavam, mas enquanto caminhava apressado pelo corredor, foi surpreendido quando uma porta se abriu de repente e uma mão pequena, porém forte, o puxou abruptamente.

Ele mal pôde registrar o que estava acontecendo quando sentiu os lábios de sua namorada chocarem-se contra os dele com força. Bella fechou a porta com os pés e em seguida encostou-se nela, puxando Edward para junto de seu corpo. A morena ergueu sua mão para trás a fim de trancar a porta com a chave enquanto continuava a atacar a boca de seu namorado. O rapaz acabou correspondendo, enlaçando a cintura de Bella e beijando-a de volta com a mesma vontade. Ele gemeu baixinho contra a boca da namorada quando ela puxou seus cabelos e impulsionou seu corpo de encontro ao dele, roçando em seu membro já excitado. Contudo, o ar ficou escasso e os dois tiveram que se separar por um instante. Edward olhou Bella nos olhos, um sorriso satisfeito brincando em seus lábios.

– Você me assustou – disse o rapaz um pouco ofegante. – Achei que estivesse passando mal, tivesse levando um tombo ou algo assim. Disse que precisava de mim.

– E eu preciso – a morena mandou de volta, mordendo o lábio e passando sua mão pelo peito do namorado coberto pela roupa, esperando que ele entendesse o recado.

– Você é louca – comentou Edward rindo, arrancando uma risada da morena também. Ele pensou que ouviria o velho clichê “louca por você”, mas o que saiu dela foi:

– Eu sei – assentiu, ainda rindo, e aproximou-se do ouvido dele. – A verdade é que eu estava louca para te agarrar desde o momento em que te vi com esse terno. Você ficou tão... Sexy – sussurrou antes de mordiscar lentamente o lóbulo da orelha do rapaz, que apertou os quadris dela em resposta, fazendo com que os dois gemessem em uníssono.

– Bella... Você vai me enlouquecer – assobiou Edward, abaixando o rosto para encontrar a pele macia do pescoço da morena com a boca e os dentes.

– Talvez seja essa a ideia – rebateu Bella, fechando os olhos para as sensações que Edward causava nela quando ousava nas carícias.

– Cuidado com o que você deseja, baby. Não tenho certeza se posso ser gentil se estiver louco – advertiu, escorregando suas mãos para a bunda da namorada e apertando com vontade.

– Não precisa ser – sussurrou de volta. Ela o segurou pela gravata e olhou-o bem nos olhos. – Eu quero você, Edward. Aqui. Agora.

Sem perder mais tempo, Edward puxou Bella pela cintura até encostá-la no balcão da pia do banheiro. Suas mãos deslizaram pelas pernas da morena, subindo seu vestido enquanto voltava para sua cintura. O rapaz ergueu a namorada pela cintura, colocando-a sentada sobre o balcão de mármore. Bella passou suas pernas pela cintura de Edward, puxando-o para perto dela e beijando-o furiosamente mais uma vez. As mãos impacientes da morena retiraram o paletó do ruivo e afrouxaram sua gravata, dando a ela a oportunidade de abrir os botões da camisa branca que ele vestia. Edward, por sua vez, continuava a apertar e deslizar suas mãos pelas coxas e quadris de Bella, subindo por sua barriga até chegar aos seios, massageando-os com desejo. Suas bocas ora se devoravam, ora devoravam o pescoço e orelha um do outro, enquanto seus sexos se friccionavam através das roupas.

Bella levou suas mãos até à calça de Edward, livrando-se do cinto e abrindo o botão e o zíper com pressa. O rapaz levou sua mão para o local entre as coxas da morena e massageou seu ponto sensível por cima da calcinha, que estava completamente úmida naquele local, fazendo-a morder os lábios para reprimir o gemido de prazer. Bella sentiu urgência em ter Edward dentro dela, abaixando rapidamente sua calça.

Entretanto, quando a morena estava prestes a libertar o membro do rapaz de dentro da cueca, alguém bateu com força na porta do banheiro, interrompendo-os.

– Bella? Bella, você está aí? – Era a voz de Rosalie. Os dois congelaram no lugar, olhando um para o outro com olhos arregalados. Bella limpou a garganta antes de falar.

– E-estou. O que você quer, Rose? – indagou, levando sua mão até à boca de Edward quando viu que ele pretendia falar alguma coisa.

– Alice está te procurando. Ela vai jogar o buquê e quer que você esteja lá – respondeu a loira do lado de fora.

– Tudo bem, já... Já estou indo – disse a morena de volta, decepcionada.

A cena seria muito engraçada, se não fosse um pouco trágica. Bella olhou novamente para Edward, sua mão ainda cobrindo a boca do rapaz. Ele murmurou alguma coisa, mas a morena não conseguiu entender. Até que ele apontou para a mão dela que estava tapando sua boca e impedindo-o de falar e ela retirou-a imediatamente.

– É melhor você ir – disse ele meio entristecido, ajudando a morena a descer do balcão frio e depois virando-se para subir sua calça que estava em seus pés.

Bella aproveitou para ajeitar seu vestido e passar a mão no cabelo, não obtendo muito sucesso na tentativa de arrumar o coque. Quando ela virou para Edward novamente, ele terminava de vestir o paletó. Agora que estavam mais recompostos, foi difícil não gargalhar da situação.

– Não acredito nisso. Graças a Deus eu me lembrei de trancar a porta – comentou Bella, apoiando-se no namorado do tanto que ria.

– Você acha que ela desconfiou? – questionou Edward, rindo também.

– Eu espero que não. Já vai ser um tanto constrangedor olhar para a cara dela depois que eu sair daqui, acho que sou capaz de desmaiar se ela descobrir e sair contando para os outros.

– Então vai logo ou então ela vai desconfiar mesmo.

– Ok – concordou a morena, aproximando-se para dar mais um selinho em Edward. – Espera uns minutinhos antes de sair também, ok? – orientou-o e ele assentiu. Antes que ela saísse, o ruivo aproveitou para dar uma palmada na bunda da namorada, que soltou um gritinho com a surpresa. Ele piscou para ela quando ela o olhou novamente, tornando sua tarefa de sair do banheiro um pouco mais difícil.

Bella abriu a porta devagar e quase pôs seu coração pela boca ao ver que Rosalie estava encostada na outra parede, esperando por ela.

– Nossa, você demorou. Você está bem? – inquiriu a loira, aproximando-se da amiga. A morena ignorou suas mãos tremendo incontrolavelmente e pigarreou.

– Agora estou. Acho que alguma coisa que comi me fez mal – inventou.

– Ah. – Rosalie assentiu. As duas começaram a andar em direção à escada e Bella já estava dando graças a Deus pelo fato de Rosalie não ser tão observadora quanto Alice quando a loira comentou: – Nossa, o que aconteceu com seu pescoço? – indagou um pouco horrorizada. A morena levou sua mão ao local imediatamente.

– Como assim? – fez-se de desentendida.

– Tem umas marcas vermelhas aqui perto da orelha – explicou, apontando para o local.

– Oh, sim, é que... Tinha um mosquito e eu cocei com muita força – disse a primeira desculpa esfarrapada que surgiu em sua mente. Rosalie estreitou os olhos.

– Onde está o Edward? – perguntou de repente.

– Lá embaixo – respondeu a morena rapidamente.

– Tem certeza?

– Sim. Eu o deixei na mesa quando vim até o banheiro.

– Ok – assentiu mais uma vez e voltou a andar, Bella a acompanhando. Entretanto, a morena ouviu a loira murmurar algo como “pensa que me engana”, mas resolveu ignorar.

Ao chegarem ao jardim, havia um grupo de mulheres um pouco histéricas reunidas perto de uma cadeira, onde Alice estava em pé segurando o buquê. Assim que viu as amigas, a baixinha acenou para que elas se aproximassem, mas Bella fez um sinal dizendo que não iria. Ignorou a expressão de decepção e mais gritos de Alice e voltou ao seu lugar na mesa, notando que Edward saía da casa nesse momento, indo em direção à ela. Sentiu vontade de rir ao lembrar-se do acontecido de minutos atrás e abaixou a cabeça, corando um pouco, assim que seu namorado sentou-se ao seu lado. A morena ouviu sua amiga chamá-la mais uma vez, mas ela tornou a recusar. Edward franziu a testa.

– Por que você não quer ir? Está com medo de pegar? – o ruivo quis saber.

– Não é isso. Não estou com vontade de ser empurrada naquela multidão furiosa. E não acredito nessas coisas – explicou, dando de ombros.

Edward sentiu-se um pouco decepcionado ao ouvir aquilo. Bella era uma mulher maravilhosa, e ele sabia que se alguém perguntasse a ele como ele se vê daqui a dez anos, responderia sem hesitar que se via com ela ao seu lado. A possibilidade de ela não querer o mesmo o entristeceu.

– Então... Você não quer... Casar? – perguntou cautelosamente. A mulher o olhou, sorrindo um pouco.

– Bom... eu quero. Mas isso vai depender de quando você pedir, não de pegar o buquê – disse, e Edward sentiu um imenso alívio ao ouvir aquilo. Ele abriu um sorriso e estava prestes a inclinar-se para beijá-la quando ouviu os gritos de Alice.

– Eu vou jogar! – esbravejou, virando-se de costas para as mulheres histéricas que empurravam uma a outra. – TRÊS! DOIS! UM!

Ao terminar a contagem, a baixinha lançou o buquê no ar com bastante força. Todos no local voltaram a atenção às flores lançadas ao ar e as mulheres pularam e se empurraram mais ainda para tentar alcançá-las, mas foi em vão. O buquê acabou indo mais além e ninguém esperava pelo que aconteceria a seguir.

As flores bateram no rosto de Edward, antes de caírem no colo de Bella. Os dois olharam para aquilo atordoados, assim como as loucas que estavam brigando tanto pelo buquê. A risada alta e fina de Alice ecoou pelo ambiente, logo sendo acompanhada dos demais convidados, que bateram palmas para o casal ainda espantado. Bella piscou e olhou para a prima, que ainda ria histericamente em cima da cadeira. Alice, ao perceber o olhar da morena, lançou-lhe um beijo no ar e uma piscadela. A mulher balançou a cabeça, sorrindo, e moveu a boca, dizendo “você não presta”. A baixinha pôs a mão no peito teatralmente e mandou de volta “eu não fiz nada!”.

Jasper ajudou sua esposa a descer da cadeira e Bella ignorou os olhares das solteironas fuzilando-a e virou-se para Edward, que agora sorria também.

– Será que isso quer dizer alguma coisa? – questionou divertida, apontando para o buquê. Edward torceu um pouco a boca, fingindo pensar.

– Hm, talvez. Quem sabe significa “você não tem para onde fugir, mulher” – brincou, e os dois riram.

– Isso não soa ruim. Na verdade, eu gosto dessa ideia. Gosto muito – disse Bella, levando sua boca até a de Edward, beijando-o docemente.

(...)

Já era um pouco tarde da noite quando Edward e Bella resolveram subir para o quarto que ocupavam. Alice já havia partido para sua lua-de-mel com Jasper e alguma pessoas já havia ido embora. A morena estava sentada na cama, olhando para seus pés enquanto os mexia um pouco para aliviar a dor causada pelos saltos. Retirou os grampos que prendiam seu cabelo e deixou os fios caírem por suas costas antes de encostar sua cabeça contra a cabeceira da cama e fechar os olhos por uns segundos.

– Cansada? – Abriu os olhos novamente ao ouvir a voz de Edward, que saía do banheiro, aproximando-se dela a passos lentos. Bella sentiu seu coração acelerar ao ver o namorado também descalço, usando agora apenas a calça e a camisa branca com os primeiros botões abertos.

– Não muito – respondeu ela, não conseguindo desviar o olhar para longe dele enquanto ele sentava-se perto dela.

A morena mordeu o lábio quando sentiu a mão quente de Edward tocar seu joelho, logo subindo por sua coxa, levando o vestido junto. Ele juntou-se mais a ela e a beijou com desejo, enlaçando sua cintura firmemente. Bella logo correspondeu, subindo suas mãos pelos braços do namorado e chegando à sua nuca, acariciando e imiscuindo seus dedos por entre seus cabelos desordenados. Continuaram se beijando até que precisaram respirar, e Edward descolou seus lábios dos de sua namorada para migrá-los até seu pescoço, sugando a pele ali.

– Hm... Acho que alguém está querendo continuar o que começamos no banheiro – comentou Bella com um risinho. Edward levou sua boca até à orelha da morena, onde passou a língua vagarosamente pelo lóbulo, arrancando um gemido baixo de sua namorada, antes de sussurrar:

– E eu tenho certeza de que outro alguém concorda plenamente com essa ideia.

Bella soltou uma risadinha antes de agarrar o cabelo de Edward e puxá-lo para mais um beijo. Enquanto suas bocas se devoravam, a morena aproveitou para levar suas mãos até à camisa de Edward, abrindo os botões restantes e logo passando-a por seus ombros, retirando-a e jogando-a de qualquer jeito no chão. Ela afastou-se um pouco para tomar ar, empurrou Edward de modo que ele caísse deitado na cama, e levantou-se. Entretanto, o ruivo não permaneceu deitado por muito tempo, pois assim que viu Bella morder o lábio inferior e levar suas mãos até suas costas para abrir o zíper do vestido, sentou-se novamente, observando hipnotizado o tecido deslizar pelo corpo que ele tanto adorava até cair no chão.

Bella não pôde evitar corar um pouco diante do olhar devorador de seu namorado em direção a seu corpo, coberto apenas por um conjunto de lingerie preto. Edward levantou seu olhar até o rosto da morena, sorrindo um pouco antes de esticar os dois braços e enganchar seus dedos na calcinha da namorada, puxando-a mais para perto dele, de modo que seus lábios pudessem apreciar a pele alva da barriga plana de Bella com a boca.

A mulher, por sua vez, levou suas mãos ao cabelo bagunçado do ruivo, fechando os olhos ao sentir a boca quente dele subir por sua barriga e passar por seus seios, colo e pescoço conforme ele se levantava. Assim que ficou completamente de pé, Edward rapidamente desabotoou sua calça e a empurrou para baixo, ficando também apenas de roupa íntima. Abaixou sua cabeça novamente ara colar seus lábios aos de Bella e logo encontrou o fecho de seu sutiã, desfazendo-o e retirando a peça, deixando os belos seios de sua namorada livres.

Edward pegou Bella pela cintura e a colocou de volta na cama, cobrindo o corpo dela com o seu logo em seguida, buscando novamente pela boca que tanto adorava sentir contra a sua. A morena automaticamente separou as pernas, acomodando Edward ali e sentindo seu membro rígido roçar contra seu sexo através das roupas íntimas. Ela não pôde evitar o gemido quando a língua do rapaz foi de encontro a seus mamilos, passando de um para outro, sugando e mordiscando de leve enquanto as mãos dele retiravam sua calcinha e tocavam seu sexo úmido, estimulando-o mais ainda.

Bella estava inebriada de tesão. Ela queria Edward, e logo, por isso, o agarrou pelos ombros e juntando força, os virou na cama, ficando por cima dele. Depositou um beijo rápido na boca dele, que a olhava um pouco espantado, e esticou-se para alcançar sua nécessaire que estava perto da cama, vasculhando-a por alguns segundos até encontrar um preservativo. A morena puxou a cueca do namorado rapidamente, sentando-se sobre suas pernas e desenrolando a camisinha pelo comprimento ereto dele. O rapaz emitiu um som semelhante a um rosnado quando Bella voltou a pairar sobre seu corpo, o sexo dela encostando de leve contra sua ereção dolorida.

Ela apoiou uma mão de cada lado da cabeça de Edward, seu cabelo formando uma cortina ao redor de seus rostos. Sorriu maliciosa antes de beijar o namorado com vontade mais uma vez, e ele agarrou-a pelos quadris, apertando-os um pouco e guiando-a até ela descer sobre ele, deslizando seu membro para dentro dela, e os dois gemeram em uníssono. Não demorou muito e Bella começou a mover os quadris, para frente e para trás, para cima e para baixo, rebolando, levando os dois à loucura, enquanto Edward passava suas mãos por todo o corpo dela.

Mantiveram aquele ritmo até que começaram a sentir o orgasmo chegar. Bella mordeu os lábios com força e gemeu alto quando um formigamento delicioso já se formava em seu baixo ventre, e nesse momento Edward tornou a inverter as posições, ficando por cima dela e investindo mais rápido e mais forte, fazendo com que Bella gozasse e ele viesse logo em seguida.

Edward rolou de lado e deitou-se barriga para cima, ofegante, assim como Bella, com um sorriso idiota no rosto. Ela olhou para o lado ao mesmo tempo em que ele, sorrindo, e ele aproximou-se para dar um selinho nela antes de levantar-se e ir até o banheiro.

Bella sentiu-se sonolenta e fechou os olhos por um instante, sentindo minutos depois o corpo de Edward cobri-la novamente, seus rostos a poucos centímetros de distância. Ela passou seus braços pelo pescoço do rapaz e ficou acariciando sua nuca, enquanto ele encostava seu nariz no dela, fechando os olhos também. Por alguns minutos eles ficaram apenas apreciando o contato, até que o silêncio foi quebrado pelo ruivo.

– Bella...

– Hm...

– Eu te amo – sussurrou com os lábios próximos aos da mulher, que sentiu um nó na garganta ao ouvir aquilo. Era a primeira vez que ele se declarava daquele jeito. Era a primeira vez que alguém se declarava para ela. Sua boca se repuxou em um sorriso e ela abriu os olhos, fitando Edward fixamente. Seu coração acelerou e ela nunca havia se sentido tão feliz.

– Eu te amo, Edward – disse de volta. E era a primeira vez que ela dizia isso a alguém.

Porque pela primeira vez, era verdadeiro.

E a última coisa que ela viu antes de acomodar-se nos braços do amado e cair no sono foi o buquê de casamento que descansava sobre o criado-mudo ao lado da cama.