Pov. Bella

Eu estava sentada na varanda de casa, lembrando o porquê de eu estar tão deprimida nos últimos 2 meses. Eu não sabia o motivo dele ter feito isso. E eu não entendia, ele simplesmente terminou comigo. Eu lembrava com clareza de suas palavras. E por mais que eu não quisesse lembrar, os momentos que eu passei com ele vinham a minha mente a todo tempo. Eu sentia saudades dele, saudades de tudo. E eu sabia que sempre sentiria saudades, e sabia que sempre lembraria dele.

Acariciei de leve meu ventre, e senti a confirmação das minhas palavras. Mesmo que eu quisesse esquece-lo, meu - nosso–bebê estaria sempre ali para me lembrar. Senti as lágrimas caindo pelo meu rosto. A saudade que eu sentia dele, a falta que ele me fazia, isso estava acabando comigo. E se não fosse o bebê, talvez eu já tivesse desistido de tudo. Meu amor por Edward é maior que a minha vida. Mas pelo que aconteceu, eu tinha certeza de que ele, deve sequer se lembrar do meu nome.

–Bella- ouvi alguém me chamando. A voz era muito parecida com a dele, mas talvez eu estivesse ficando louca, ele tinha me deixado, provando que não se importava comigo. Então era realmente possível que eu estivesse enlouquecendo.

– Bella, abre a porta, por favor, esta frio e chovendo aqui fora sabia?- Novamente eu ouvi aquela voz. Vencida pela curiosidade abri a porta.

E qual não foi minha surpresa ao ver Edward Cullen parado na porta da minha casa.

– Pensei que nunca fosse abrir a porta- disse ele sorrindo e entrando.

“E eu pensei que estivesse ficando louca" falei em pensamento.

–Entra- disse tentando não deixar transparecer a minha emoção de ter ele perto de mim, mesmo pelo menor espaço de tempo.

– Bella, eu sei que você deve me odiar, por eu ter terminado assim com você, mas eu vim aqui, pedir pra você me perdoar, é claro que primeiro eu vou contar o porquê de tudo, e vou entender caso você queira nunca mais olhar pra mim. Mas primeiro me deixe explicar meus motivos sim?

– Tudo bem.

– Bom tudo começou no dia da festa de aniversário da Alice. Meu pai me chamou pra conversar e disse que era assunto serio. Eu disse "ok, mas... agora?" então ele disse" não, almoça comigo amanha que eu te conto". Quando eu fui almoçar com meu pai, eu vi Tanya Denalli, filha do Aro, que é o melhor amigo do meu pai. Nesse almoço, eu fique sabendo, que ele e Aro tinham feito um trato para continuar a empresa, e que eu tinha que casar com Tanya, para cumprir a parte do meu pai do contrato. Lógico que eu tentei reivindicar, dizer que não, mas ele não aceitou. Então eu tentei juro que tentei de todas as formas fazer com que meu pai desistisse desse contrato, mas não deu certo.

"O problema é que eu sempre fazia tudo o que meu pai mandava, porque eram coisas que não valiam a pena. Só que você vale a pena Bella. Talvez você não tenha reparado, mas eu estou usando esse Smoking, e estou desse jeito, porque há essa hora era pra eu estar casando com a Tanya.”

"Só que eu cansei de ser um fantoche pro meu pai, de ter que fazer tudo que ele manda. E quando ele tentou mandar no que eu sinto por você... Bella, você não faz noção do quanto eu te amo. Eu decidi, que não vou mais deixar meu pai mandar nas minhas escolhas, nas minhas decisões. Bella, eu decidi mudar, mudar por sua causa. Sei que demorei a fazer isso, e peço desculpas, mas... Eu te amo Bella, e nada nem ninguém podem mudar isso."

Minhas lágrimas rolavam pela minha face, eu não fazia ideia do motivo, mas nem nos meus pensamentos mais subconscientes eu poderia imaginar algo assim. E tudo o que ele falou, sobre ter mudado por mim... Com toda certeza eu o perdoaria, na verdade ele não teve culpa de nada. O único culpado dessa história é o pai dele, Carlisle Cullen, que eu sempre desconfiei que não gostasse de mim. Agora eu tenho certeza desse fato, e também sei o motivo.

Mas nada disso importava, porque Edward estava ali comigo. Na minha frente, pedindo pra que eu voltasse para ele. E é claro que eu aceitaria qualquer coisa que ele pedisse, e é claro que eu o perdoaria. Mesmo que não tivesse um motivo bom, eu ainda assim o perdoaria. Ele é a minha vida.

–Ah Edward, eu não fazia ideia de que era esse o motivo. E é claro que eu te perdoo. Você é minha vida. Na verdade, vocês são.- disse referindo a ele e ao nosso bebê.

–Vocês?? Como assim vocês?

Peguei a mão dele e levei até o meu ventre que já estava um pouco dilatado, afinal eu já estava com quase cinco meses, e quando sua mão tocou meu ventre ele demorou um pouco a entender, mas logo um misto de surpresa e emoção tomou sua face.

– E-e- é verdade?- perguntou ele com a voz trêmula de emoção. Lágrimas já rolavam pela minha face, e percebi que os olhos dele já tinham pequenas pocinhas de lágrimas, e não demoraria muito para ele chorar também.

–Aham- foi tudo o que eu disse. E não precisei de mais nada, pois seus lábios foram urgentes para os meus. Ele me beijava com paixão, saudade, emoção e felicidade. Nossos lábios faiam uma dança apaixonante e sensual ao mesmo tempo. A luxúria tomando conta de nossos sentidos, e logo estávamos nos amando no chão da minha sala de estar. Assim que chegamos ao ápice, caímos exaustos um do lado do outro, com nossos corpos entrelaçados.

Aos poucos fui recobrando os sentidos, e me lembrei do ocorrido na noite anterior, mas ao que parecia tudo não passava de um sonho, pois o lado do colchão em que ele deveria se encontrar estava vazio. Escutei uns barulhos vindos do andar debaixo, e desci assustada para ver do que se tratava.

–Bella, faça o favor de voltar para a cama sim? Isso era para ser surpresa, droga.

– então não foi um sonho? Você passou mesmo a noite aqui? Tudo aquilo aconteceu mesmo?

– Claro que não foi um sonho meu amor, eu passei a noite toda aqui na sua casa, e sim, tudo aquilo que eu te falei ontem é verdade. E trate de voltar para a cama e finja que esta dormindo sim? Quero te levar um café na cama, mas você está mais teimosa que nunca. Deve ser alguém efeito da gravidez, mas por favor Bella, volte para a cama e finja que não estragou minha surpresa.

Subi as escadas rindo da maneira de como ele se expressou, mas obedeci. Ele estava tão fofo querendo fazer surpresa para mim.

Esperei mais alguns minutos e logo ouvi subindo as escadas, fingi que estava dormindo. Logo eu o ouvi tentando me acordar.

–Vamos, levante porque acordada eu sei que você está. Então por favor, amor, acorde logo.

–Uhg, que preguiça de levantar amor. - disse sonolenta, e era verdade, depois da gravidez qualquer minutinho que eu deitava eu já tirava um cochilo.

– Sem preguiça carinho, quero manter você e nosso filho bem saudáveis, então trate de comer tudinho o que eu preparei.

Olhei para a bandeja de café da manhã que ele havia trazido, estava repleta de ovos com bacon, cereal, frutas, achocolatado, sucos.

–Você vai comer também né? Porque sozinha eu não vou dar conta de comer isso tudo não.

– É claro que trouxe para mim também, mas a maioria é para você. Todo mundo diz que gravidas sentem muuuita fome, então fiz bastante coisa.

Ri da empolgação dele, mas estava realmente com fome. O que ele havia dito sobre a fome aumentar na gravidez é verdade, meu apetite tinha triplicado, e eu podia apostar que não demoraria muito e eu estaria uma bolinha.

Quando terminamos o café da manhã, fui tomar banho enquanto ele levava a louça para a pia e lavava. Quando terminamos, fomos assistir a um filme qualquer que estava passando na TV a cabo. E foi assim que passamos o resto do dia. Juntos, apaixonados, e nos amando, e sentindo nosso filho no meu ventre. E era assim que provavelmente ficaríamos para o resto de nossas vidas. Apaixonados.

1 ano depois...

– E eu vós declaro, Marido e Mulher. Pode beijar a noiva.- Mal o padre disse isso, e os lábios de Edward vieram urgente sobre os meus. Apenas percebemos aonde estávamos quando ouvimos um pigarro, que era provavelmente de Emmett, o irmão mais velho de Edward. A família quase toda de Edward viera, menos o seu pai, que se opôs veementemente ao nosso casamento. Antony de oito meses estava no colo da mãe de Edward, Esme Cullen, que ao contrario do marido era uma pessoa extremamente amável, carinhosa, e todas essas coisas boas que uma pessoa pode ser.

Falar de Antony, me lembrava do dia do nascimento dele.

#Flashback#

Estava sozinha em casa, Edward tinha ido para o trabalho. Eu já havia completado nove meses, e meu pequeno Antony nasceria a qualquer momento. Edward não queria me deixar sozinha, mas eu praticamente o obriguei a ir trabalhar.

Estava vendo um filme de romance adolescente qualquer, quando sinto uma fisgada forte na minha barriga, eu sabia quais eram os sinais, tinha total consciência de que aquilo era uma contração. Tentei levantar, e pegar o celular, disquei o numero de Edward, mas caiu na caixa postal. Tentei de novo e no segundo toque ele atendeu.

–Alô, Bella, esta tudo bem?

–Edward- nesse momento senti outra contração- Ugh não, não estou bem, acho que nosso filho quer nascer.

–O-o-o que? Bella, se acalme, respira, eu já to chegando, não fica nervosa, senta e me espera ok? –Disse ele todo nervoso- AH MEU DEUS, MEU FILHO VAI NASCER. – Ouvi ele gritando. Subi com dificuldade até o quarto, e peguei o vestido que tinha separado para o nascimento de Antony. Resolvi tomar meu banho antes que Edward chegasse em casa e não me deixasse fazer isso, alegando que não tinhamos tempo.

Terminei meu banho e estava terminando de me vesti quando ouvi a porta de casa sendo aberta.

–Bella, você está bem? Onde você tá?.

–To bem sim Edwaaaaaaaaaaaaard- outra contração- estou terminando de me vestir.

Ele veio correndo para o quarto. E me ajudou a pegar minha bolsa e a bolsa de Antony, o quartinho dele já estava pronto desde os sete meses, e cada vez que eu entrava lá, tinha uma gostosa sensação de paz.

Quarto Antony: http://images.quebarato.com.br/T440x/jogo+de+quarto+para+bebe+menino+pinhais+pr+brasil__5FC119_1.jpg

–Vem Bella, já coloquei tudo no carro, vamos. - ouvi Edward me chamando.

Chegamos na maternidade e prontamente fui atendida. Um pouco mais de uma hora depois, o chorinho de Antony preencheu o espaço da maternidade onde eu estava. Edward não havia saído do meu lado nem um minuto.

–Quer cortar o cordão umbilical papai?- perguntou a medica docemente. Edward foi, e quando terminou, a medica passou Antony para seus braços.

Antony Recém nascido: http://oqueeh.com.br/wp-content/uploads/2012/03/recem-nascido.jpg

Edward veio para o meu lado com Antony no colo. O sorriso estampado em sua face refletia em mim. Agora sim nossa família estava completa. Antony estava ali conosco, para completar nossa felicidade.

–Sou lindo né mamãe- Disse Edward com voz infantil. A voz embargada pelo choro..

–Sim, você é lindo Antony. Nosso bebê amor. - disse a Edward. Logo Antony foi levado pelas enfermeiras para ser medido, pesado, e essas coisas que fazem com recém-nascidos. Agora eu podia dizer que minha família estava completa. Edward estava comigo. E agora Antony também. E eu não podia estar mais feliz.

#Fim do flashback#

O casamento corria normalmente. É claro que nossa lua de mel seria um pouco diferente, já que eu não deixaria Antony aqui e passaria “férias” curtindo com Edward. Então levaríamos nosso bebê. Mas Antony era um bebê calminho, quase não acordava de noite, e só chorava se tivesse alguma necessidade.

Edward e eu tivemos a nossa costumeira primeira dança, cortamos o bolo, e fizemos todas as tradições de praxe de um casamento. Estava perto da hora de jogar o buquê, mas Antony começou a chorar, e como boa mãe de primeira viagem que sou, esqueci a mamadeira com leite que tinha tirado para ele no dia anterior. Fui para o banheiro, com dificuldade consegui tirar meu seio do vestido, e comecei a amamentar Antony.

Vestido Bella: http://euteajudo.net/wp-content/uploads/2011/02/Aluguel-Vestido-de-Noiva.jpg

Antony: http://www.wikinoticia.com/images/embarazo10/embarazo10.com.wp-content.uploads.bebe_comiendo_thumb.jpg

– Bella? É você que está ai?- ouvi Edward me chamar.

–Sim Edward sou eu.

– O que está fazendo ai? Não era para jogar o buquê?

-Era, mas Antony resolveu ficar com fome bem agora. Avise as garotas que eu já vou.

Assim que Antony terminou de mamar, eu sai. Fui para a área que tinha sido reservada apenas para jogar o buquê, entreguei Antony a Edward, fingi que jogava algumas vezes e depois realmente joguei. O buquê caiu nas mãos de Alice, irmã de Edward. Logo Edward me chamou e disse que já estava na hora de irmos para o aeroporto.

Rapidamente eu troquei de roupa, e fomos nos despedir deles. Logo terminamos e fomos para a nossa lua de mel, levando nosso pequeno Antony. Fruto do nosso amor. Amor esse que passou por dificuldades, mas agora está mais forte que nunca. Pois fomos provados, vencemos e agora estamos desfrutando o nosso amor. A nossa família era pequena, mas era feliz. E era assim que seriamos para o resto de nossa eternidade. Felizes.