Lembranças De Uma Assassina escrita por Tsukkiame


Capítulo 6
Chegando em Moscou


Notas iniciais do capítulo

Para variar meu título super criativo.
Desculpem algum erro de português/pontuação/paragrafação(essa palavra existe? O_o), ficar três meses de férias anda me tirando essas noções básicas que nem sempre tive.
Enfim, o capítulo está razoável, já que eu escrevi ele no caderno e depois digitei.
Boa leitura!



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– Klaus? Klaus! – A garota gritava.

De volta a casa, a chuva começou a cair, os trovões iluminavam os cômodos com flashes rápidos de luz. Natália estava tão perturbada que não percebeu o tempo mudar enquanto corria do mascarado. Sem resposta de Klaus resolveu ir para o seu quarto. Depois de um banho, pouco calmante para os nervos a garota, foi para a sala de estar. Deitou-se no sofá de veludo, exausta por tudo o que havia acontecido, e dormiu.

Natália só acordou na manhã do dia seguinte com o barulho de Klaus mexendo nas panelas. Despreguiçou-se e foi para a cozinha.

– Onde você estava ontem à noite?! – Natália estava nervosa. – A única pessoa que eu achava que podia confiar some quando mais preciso!

– Calma. O que houve? – Respondeu o loiro. – Eu cheguei, você estava dormindo tão profundamente que subi e fiz o mesmo.

– Pois um mascarado francês apareceu e fiquei sem reação, dei duas investidas com os cutelos e ele bloqueou sem nenhuma dificuldade!

– Não acredito que já começou. – Disse Klaus em um muxoxo. – Certo, ele te fez alguma coisa?

– Ele surgiu do meio da floresta! – A garota não havia se recomposto do ataque.

– Se acalme, ninguém pode te fazer mal algum aqui. – O garoto abraçou Natália, que ainda hesitava perante a ele.

– Mas, mas...

– Venha, vou te fazer algo para comer.

Terminado o café da manhã Klaus começou a explicar:

– Lembra que eu havia dito que a Jockus vem nos perseguindo de uns tempos pra cá? Acho que eles nos encontraram e é uma questão de tempo até que eles chegarem nessa casa.

– Então quem me atacou é da Jockus? – O ataque começava a fazer sentido na cabeça da garota.

– É o mais provável. – Respondeu. – O que significa que precisamos sair rápido da cidade.

A notícia pegou Natália de surpresa, mal tinha se acostumado ao lugar e já teria que deixa-lo.

– Mas não é certeza que sejam eles, certo? – Perguntou relutante.

– É melhor prevenir do que remediar, Natália. Não quero corre o risco de aparecer alguém aqui.

Klaus arrumou tudo até o começo da tarde. Levaram as malas até a estação que havia na pequena cidade, compraram as passagens para Moscou. O trem era um dos poucos serviços que movimentavam as pequenas cidades do leste europeu. Por ser um dos poucos transportes disponíveis, ele era substancialmente caro. Entretanto, o trem fazia jus ao preço. Transportava cerca de trezentas pessoas em seus seis vagões. A grande máquina que puxava os vagões e o carvão de combustível tinha seus detalhes em vermelho e dourado. Os que levavam os passageiros eram verde escuro com detalhes também vermelhos.

Ao longe era possível ver a luz da locomotiva em meio às árvores da densa floresta. Não demorou muito para o trem chegar. Poucos passageiro desceram na estação .Um funcionário avisou o horário de partida. Natália e Klaus subiram depois de alguns minutos. Os bancos entalhados na madeira e presos no vagão tinham acabamento em couro e detalhes de rebites que pareciam ser ferro polido. Sentaram-se no confortável assento e esperaram o trem partir, de acordo com o aviso, sairiam dali a pouco tempo.

No caminho para Moscou o bilheteiro checou as passagens de todos.

– Posso ver suas passagens? – Perguntou. Entregaram os bilhetes e o homem checou a veracidade de ambos. – Certo, aproveitem a viagem. – Disse enquanto fazia dois furos em cada passagem.

O trajeto para Moscou foi tranquilo, a paisagem de montanhas com neve nos cumes, as florestas de lariços, pinheiros e abetos balançavam com o vento, a brisa fresca entrava pelas janelas do vagão e as nuvens passando no céu ajudou a acalmar Natália.

– Ainda está chateada por ter ido embora? – Perguntou Klaus com um meio sorriso.

– Não sei, tudo parece tão confuso para mim – Disse a loira encarando a janela.

– Eu queria muito poder trazer sua memória de volta, mas não sei nem ao menos por onde começar.

– Tenho a sensação de que não perdi tudo, por exemplo, eu consigo manejar as lâminas mesmo sem você ter me explicado como fazer isso. Também tem os pesadelos que venho tendo, na maioria deles eu estou com os cutelos em mãos e alguém morto numa poça de sangue no chão.

– Esses pesadelos podem ser lembranças das pessoas que você matou.

A conversa terminou com a chegada do trem na estação de Moscou e o cair da noite.


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Notas finais do capítulo

A ideia para o próximo capítulo está quase pronta.
Bem, acho que é só.