Depois de 16 anos, Natália, em um sonho, ouve uma voz distante chamando por ela:

– Natália, Natália.

– Quem é. – Respondia a garota.

Foi quando de repente estava em outro lugar. Em uma casa, o ambiente era bem decorado, parecia ser uma sala, com lareira, sofás, pequenos abajures e um tapete de alto valor, que agora estava manchado pelo sangue de seu dono.

A garota estava se movendo sem vontade própria, como se estivesse revivendo aquele momento. Ela vai em direção à saída e, quando passa em frente ao espelho, fica a se admirar. Porém, a verdadeira Natália que está sonhando com aquilo fica horrorizada. Ela vê a si mesma coberta de sangue, com dois cutelos em mãos igualmente avermelhados pelo sangue. Enquanto o olhar da sua outra eu brilhava com tanta maldade, para ela aquilo era traumatizante, como ela poderia ter feito uma coisa daquelas? Agora a única coisa que queria era poder sair daquele sonho, acordar e...

Estava desesperada, não conseguia saber o que a esperaria quando acordasse! Definitivamente sentiu-se solitária. Tão solitária que a fez acordar.