Romeu e Julieta escrita por Yuna Aikawa


Capítulo 7
Ato I


Notas iniciais do capítulo

Cena V



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 - Nervosa? - Sasuke apareceu atrás de Hinata, que espiava a enorme platéia atrás da cortina.
 - Muito.
 - Relaxe... Será nosso primeiro contracenamento, mas.. Eu estarei ao seu lado, okay? - Sorriu - Prometo cuidar de você lá em cima.
 
 A garota corou, mas quando ia falar algo, foi interrompida por Tsunade, que empurrou Neji, Haku, Konan, Sai e três corpos de Pein para o palco, agora representando um enorme salão na casa de Capuleto. Os músicos esperam. Entram os criados.

     Haku — Onde está o Pedro, que não vem ajudar a tirar a mesa? Aquele raspa-pratos!
     Konan — Retira esses tamboretes, arrasta o aparador. Cuidado com a baixela! Amigo, separa para mim um pedaço de massapão. E se me tens amizade, dize ao porteiro que deixe entrar Nell e Susana Grindstone. Pedro!
     Sai — Aqui, rapaz!
     Haku — Estão vos chamando, reclamam vossa presença na sala grande.
     Sai — Não podemos estar aqui e lá ao mesmo tempo.
     Konan — Alegria, rapazes! Ficai lépidos pelo menos uma vez na vida. Quem viver mais tempo, ficará com tudo.

     Os criados afastam-se para o fundo do palco, observando ir à frente Neji, Choji, Hinata e outras pessoas da casa, que se encontram com hóspedes e mascarados.

     Neji — Cavalheiros, bem-vindos. As senhoras que não sofrerem no dedão de calos hão de dançar convosco. Olá, senhoras! Qual de vós há de agora recusar-se a dar uma voltinha? A que mimosa se mostrar por demais, faço uma aposta em como terá calos. Sede aqui bem-vindos, meus senhores! Já vi também os dias em que punha uma máscara e sabia cochichar uma ou duas palavrinhas nuns ouvidos bonitos. E agradavam! Mas já lá vai o tempo... Vinde, músicos! Tocai logo! Abri caminho... Com licença! Meninas, ligeireza! - Os três corpos de Pein, vestidos como grandes músicos, mas vestes diferentes entre si, começam a tocar uma delicada valsa e os convidados figurantes dançam, então Choji fica ao lado de Neji, que o abraça - Sim, sentai-vos, sentai-vos, caro primo Capuleto; nós dois já não estamos na idade de dançar. Há quanto tempo deixamos de pôr máscara?
     Choji — Trinta anos, pela Virgem; trinta anos.
     Neji — Como, primo! Não, não faz tanto tempo; é muita coisa. Foi desde o casamento de Lucêncio. Venha quando quiser o Pentecostes, serão vinte e cinco anos.... Nós, de máscara...
     Choji — Muito mais! Muito mais! O filho dele, senhor, tem mais idade; tem trinta anos.
     Neji — Que dizeis! Somos assim tão velhos? Pois se esse filho dele há uns dois anos maior não era ainda!

 As luzes agora fitam os atores da direita do palco, que vão se aproximando dos demais numa conversa calma.

     Sasuke — Que dama é aquela que enriquece o braço daquele cavalheiro?
     Konan — Desconheço-a, meu senhor.
     Sasuke — Oh! Ela ensina a tocha a ser luzente. Ela é como uma pedra valiosa numa orelha míope, bela demais para o uso, muito cara para a vida terrena. Como clara pomba ao lado de gralhas tagarelas, anda no meio das demais donzelas. Vou procurá-la, ao terminar a dança porque a esta rude mão possa dar ansa de tocar nela e, assim, ficar bendita. Meu coração, até hoje, teve a dita de conhecer o amor? Oh! que simpleza! Nunca soube até agora o que é beleza.
     Lee — Pela voz este aqui é algum Montecchio. Rapaz, vai buscar logo minha espada. Como! Esse escravo atreve-se a, com máscara grotesca, vir aqui, para de nossa festividade rir e fazer pouco? Pela honra do meu sangue e nobre estado, dar-lhe a morte não julgo ser pecado.
     Neji — Que tens, sobrinho? Que se dá contigo?
     Lee — Tio, aquele é um Montecchio, nosso inimigo; um vilão que aqui entrou por zombaria, para nos estragar toda a alegria.
     Neji — Como sabe? Sentidos arranha? Ah! Não é o jovem Romeu? Aquele penteado...
     Lee — O mesmo, Romeu.
     Neji — Gentil sobrinho, fica quieto; deixa-o tranqüilo. Ele se tem mostrado perfeito gentil-homem. Para ser-te franco, Verona tem orgulho dele, como rapaz virtuoso e muito polido. Nem por toda a riqueza da cidade quisera que ele aqui fosse ofendido. Acalma-te, portanto, e fica alegre; essa é a minha vontade.
     Lee — Vai, sim, quando um vilão se mete nela. Não o suporto.
     Neji — Terás de suportá-lo. Estou mandando: deixa-o! Quem manda aqui, acaso; vós ou eu? Ora, não o suportais! Deus me salve a alma. Quereis fazer barulho entre meus hóspedes? Provocar briga? Ser mandão na festa?
     Lee — Mas, tio, é vergonhoso...
     Neji — Ide, ide. Sois petulante e sobrancelhudo, não? Você ainda pode prejudicar esta história. Sei de tudo. Procurais contrariar-me? Eis o momento. Assim, meus caros! Alegria! Alegria!
     Lee — A paciência e o furor, equilibrados, inativos me deixam com seus brados. Vou sair; mas o intruso que hoje é mel, será amanhã o mais amargo fel.

 "Jogando praga, hein?", Sai comenta assim que Lee volta para cochia. Os dois apenas riem, ansiosos pelo sinal do término do primeiro ato. As luzes voltam para Sasuke, que agora está ao lado de Hinata, com um sorriso mais meigo que o normal.

     Sasuke — Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência. - Faz reverencia e beija a mão de Julieta.
     Hinata — Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente.
     Sasuke — Os santos e os devotos não têm boca?
     Hinata — Sim, peregrino, só para orações.
     Sasuke — Deixai, então, ó santa, que esta boca mostre o caminho certo aos corações.
     Hinata — Sem se mexer, o santo exalça o voto.
     Sasuke — Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados - Beija-a.
     Hinata — Que passaram, assim, para meus lábios.
     Sasuke — Pecados meus? Oh! Quero-os retornados. Devolve-mos.
     Hinata — Beijais tal qual os sábios.
     Temari — Vossa mãe quer falar-vos, senhorita - Interrompe.
     Sasuke — Quem é a mãe dela?
     Temari — Ora essa, cavalheiro! A dona desta casa, certamente, uma digna senhora, honesta e sábia. Amamentei-lhe a filha, a senhorita com que falastes. E uma coisa eu digo, com certeza: quem vier a desposá-la, ficará cheio de ouro.
     Sasuke — É Capuleto? Fodeu! Minha vida é dívida de hoje em diante no livro do inimigo.
     Naruto — A festa já acabou, amigo; vamos embora.
     Sasuke — Acabou? Para mim começa agora.
     Neji — Não, cavalheiros, não saiais tão cedo; ainda teremos uma ceiazinha. Mas partis mesmo? A todos, obrigado. Muito obrigado, honesto cavalheiro. Boa noite. É certo, amigo: já está ficando tarde. Vou deitar-me.

 Todos saem de cena, sendo recebidos por um largo sorriso de Tsunade. "Finalmente! As falas certas", exclama a loira, mas logo seu sorriso é apagado quando os atores-mirins tiram de suas mangas pedaços de papéis com suas respectivas falas. Hinata e Temari continuam no palco, continuando com suas falas decoradas.

     Hinata — Ama, quem é aquele gentil-homem?
     Temari — Herdeiro e filho de Tibério, o velho.
     Hinata — E aquele que ora passa pela porta?
     Temari — Se não me engano, é o filho de Petrucchio.
     Hinata — E aquele que ali vai, que não dançou?
     Temari — Não sei quem seja.
     Hinata — Então vai perguntar-lhe como se chama.
     Temari — Okay, eu menti. Romeu é o nome dele; é um dos Montecchios, filho único do vosso grande inimigo.
     Hinata — Como do amor a inimizade me arde! Como esse monstro, o amor, brinca comigo: apaixonada ver-me do inimigo!
     Temari — Como assim? Como assim? COMO ASSIM?
     Hinata — Não grite. Isso é uma rima que aprender fui com quem dancei há pouco.
     Temari — Está na hora de dormir, talvez você só esteja cansada; já se foram os hóspedes embora.
    
 Temari guia Hinata até a cochia, fingindo que a leva ao quarto. Assim acaba o ato I, com os vivas de Tsunade, que abraça Naruto por não estragar tudo.

- Erh.. Sasuke? - Hinata puxa o garoto pela manga novamente.
- Sim?
- Você sabe que poderia ter me beijado na bochecha aquela hora, não sabe? - Cora.
- Sei.


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Notas finais do capítulo

Amém irmãos, o ato I acabou xD
Go Go ato II ^^v



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