Apenas Um Jogo... escrita por Mari Conchinha


Capítulo 2
O "lindo" jantar em "Familia"


Notas iniciais do capítulo

Heeeey pessoas, sei que não teve muitos reviews, na vdd so dois, mas eu me empolguei e ta ai mais um capitulo UHUU o Okay vou parar com tanta felicidade... Se gostarem PELO AMOR DOS DEUSES deixem um review para eu saber se realmente gostaram ou não... Obrigada
~Accio di Angelo~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/235372/chapter/2

Eu elevava e batia minhas pernas contra o chão de madeira escura. Eu me encontrava em uma pequena sala no Edificio da justiça.
Como o mar era muito próximo, conseguia sentir o gosto do sal em minha boca e acho que as paredes e a madeira também pois ja tinham sinais de podridão.
Eu estava sem expressão. Tudo rondava minha cabeça. Apoiei meu cotovelos na minha perna, agora sem movimento, e escondi a minha cabeça nas mãos. Não sabia ao certo se alguém ia me ver, afinal todos aviam sido sedados, mas assim que o pacificador abriu a porta minha irmã correu ate mim e eu fui no impulso de me jogar a ela. Nos abraçamos no chão.
Ela passava a mão pelo meu rosto, talvez procurando alguma marca de ferimento e perguntando se eu estava bem. Balancei a cabeça em concordancia e ela me levou a seus braços de novo.
Nosso elo de familiaridade cresceu muito depois da morte de minha mãe. Como meu pai e meu irmão ficam quase o dia inteiro trabalhando para suprir as necessidades da pobre Capital, minha irmã virou uma mãe para mim. Me ajudando em tudo.
-Esta tudo bem- Afirmei tentando não chorar.
-Vai ficar tudo bem- Exclamou ela- Você vai vencer, tenho certeza…Minha pequena sereia.
-Como pode ter tanta certeza? Eu tenho apenas 12…
-A idade não corresponde a capacidade. Você é forte, sabe pescar. Se tiver um lago ou coisa parecida, que sempre tem nas arenas, você vai ganhar. Eu confio em você- Ela me abraçou fortemente.
-Vou tentar não te decepcionar- Respondi
-Você não vai, você nunca vai- Disse ela com os olhos lagrimejando.
Estendi a ela o novo bracelete que eu criara mas ela me deu de novo.
-Fique- insisti- Você pode lembrar de mim
-Nunca poderia te esquecer. Fique isso vai te dar forças nos jogos- Agarrei o cordão de alga, ate abrirem a porta.
-O tempo acabou- Disse o pacificador
-Papai e Louis não vão poder vim, ainda estão sedados. Mas eles te amam, você vai ganhar. EU PROMETO- A porta se fechou e eu comecei a chorar silenciosamente  Ninguem mais viria. Eu so tinha eles no mundo inteiro. A única pessoa que sem ser da minha familia que poderia um dia me visitar era Ron, mas ele também havia virado um peão dos jogos da Capital.
O dia ja estava em uma tonalidade azul marinho quando entrei no trem que me levaria a Capital. Entrei no vagão do trem, ele era maior que minha casa. Ron estava sentado ao lado de um homem de mais ou menos 19 a 21 anos. Ele era loiro e tinha cabelos mais ou menos na altura do ombro encaracolados. Tambem possuía olhos verdes estonteantes, que me lembrava muito o mar, mas não tanto quanto os olhos de Ron, mas me lembravam muito.
- Ola- Disse o cara- Meu nome é Eliot Odair
-Odair? Hmm é vitorioso?- Perguntei ao receber o sobrenome
-Sou…assim como meu avô. Finnick Odair- Disse ele exibindo um belo sorriso prata
- Ja ouvi falar dele- Disse Ron e pela rouquidão em sua voz, parecia ter sido a primeira vez que falava em horas.- Vitorioso a anos, porem o mais novo a vencer todas as edições de Os Jogos Vorazes.- Acrescentou
-O mais novo ate agora. Quantos anos vocês tem?
-Eu tenho quatorze e a azarada ali tem doze- Disse Ron. Apesar da ironia sua face não exibia o mínimo humor.
-Depois que os jogos começaram, acredite, todos somos azarados- Disse Odair.
Me sentei na mesa. Eliot disse que o jantar ja ja estaria sendo servido.
-So precisamos esperar por…- Um grito de uma mulher me fez pular da cadeira- E ai esta a estonteante Loyanne minha gente
Ela não tinha nada de estonteante. Ainda mais agora que sua peruca havia embolado em um ninho de ratos. Ron passou a língua sobre os lábios afim de não rir, fiz o mesmo. Eliot, porem, parecia não se importar e dava uma bela gargalhada.
-Não tem graça- Brandiu ela- Como eu vou chegar na frente da imprensa com esse cabelo?
-Facil…Tire essa droga de peruca.- Disse Eliot- Vai por mim, parece que você pendurou todo o lixo do mar em seu cabelo. Não é mesmo Ron?
-Eu não sei, pergunte a Marinne ela que passou a vida inteira debaixo da agua- Disse ele com um sorriso torto.
-E então?- Insitiu Loyanne
-Então o que?- Perguntei
-Parece ou não?
-O que? Que você pendurou o lixo do mar em seu cabelo?
-Exato.- Afirmou ela me fazendo exilar. Não queria ser indelicada.- Por favor fale o que pensa
- hmmm…Não
-Esta mentindo- Encarou Odair- Ela esta mentindo
-Não estou
-Esta- Ron entrou na rodada
-Não se meta, Ron
-Me meto. Sei que esta mentindo
-TA. PARECE QUE O MAR REGURGITOU EM VOCÊ.- Quando percebi eu ja tinha falado- Não era…Não era o que eu…
-Não, tudo bem. Eu sei que não sou bonita- Disse Loyanne-Nunca vou conseguir…ficar
Ela correu para um dos cômodos. Olhei para os dois raivosa.
-SATISFEITOS???? Vou la desmentir o que falei- Disse me levantando mas Odair me sentou
-Esta brincando? Foi demais, talvez em fim ela pare de usar esse produtos ridículos e vire mais…mais humana quem sabe- Disse ele se levantando- Vou falar com ela, ja volto.
Ele saiu da mesa e eu cruzei os braços. Silencio.
-Então eu…
-Cale a boca, Ron. Se não fosse por você, ela não estaria chorando
-Não fui eu quem disse que o oceano regurgitou nela
-Não fui eu quem ficou me pressionando a dizer- Reclamei
-Não fui eu quem mentiu- Retrucou ele
-Não fui eu quem me meti onde não era chamado- Dei um soco na mesa. Ele se calou. Ele estava realmente conseguindo me irritar. Nós nunca se víamos, ao menos pelo treinamento de carreirista que de vez em quando nós encontrávamos.
A Adrenalina se foi de me corpo e comecei a sentir dor no punho, mas é claro, não demonstrei.
Me virei de frente para o banco. Atras de mim ouvi a porta da cozinha se abrindo, e alguém colocando os pratos de comida na mesa. Não me virei, nem ao menos para agradecer. Minha raiva era tanta que o meu agradecimento seria mais como um xingamento, ou seria mais ou menos "A Ja não era hora ne??? Não poderia trazer antes do pateta e o pateta Jr. me fazerem falar o que eu não queria? ANTES DE FAZER LOYANNE CHORAR?? NÃO PODIA TRAZER ANTES SUA LESMA IDIOTA" por isso resolvi não abrir a boca.
Na mesa tinha um prato de lagosta, que novidade, e diversos frutos do mar, que eu nunca tinha experimentado, sabe? E outras coisas enroladas com algas marinhas. Aleluia, uma coisa que eu nunca comi em meu distrito. Mas não reclamei, pelo contrario comi um pouco de tudo da mesa e ate elogiei o prato. Não dava para não elogiar. Aquilo era realmente magnifico.
-Prontinho, voltei- Disse Odair se sentando- E bem na ho…Puxa que originalidade. Lagostas, hmmm. Amo lagostas.
-As lagostas estão otimas- Acenti
-Eu iria me espantar se você dissesse que não estavam, afinal ja é o segundo prato que come- Reclamou Ron.  Minha vontade era de voar em seu pescoço e por em pratica todas as artes marciais que fui obrigada a aprender, mas ao invés disso apenas apertei o garfo na minha mão e empurrei o prato vazio para longe- Finalmente terminou.
Engoli seco.
-hmm bem… Loyanne esta melhor, ela finalmente vai abortar a missão de usar aquela peruca ridic… da capital.- Disse ele pegando um pedaço da lagosta- Ja ja ira se juntar a nós. Ja se conheciam antes?
-Infelizmente- Revelei com uma voz ainda raivosa. Depois que eu percebi o duplo sentido que a palavra causava.
-Sei como é duro ir para os jogos com alguém que você conhece- Lamentou-se Odair. Pela sua voz de tristeza, não tive coragem de desmentir meu "infelizmente"
-Ou com a única pessoa que você conhece- Disparou ele. A adrenalina e a raiva me dominaram. Sem ao menos saber o que fazia. Quando vi. Meu garfo não estava mais em minha mão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? MANDEM REVIEWS... Vlwwww *--*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas Um Jogo..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.