My Last Good-Bye

            Minhas ultimas palavras foram:

-Esse, é meu ultimo adeus.

Falei, me inclinando para saltar...

            -Hum? Foi só um sonho.

            Levantei da cama, fui até o banheiro, precisava de um banho, pois estava muito suado, e ainda eram 4h da manhã. Depois do banho, fui até o sofá, peguei um livro, e comecei a ler.

            Tony, um jovem de 16 anos, cabelos escuros e compridos até os ombros, pele bem clarinha. Não tem muitos amigos, alias tem só um amigo, seu nome Nechum Kahii, é um imigrante japonês, muito inteligente, porém usuário de drogas. Tony mora sozinho em uma casa deixada pelo seu pai. E se sustenta com um trabalho nos fins de semana.

            -Nossa, já são 8h, melhor me arrumar para escola, não posso me atrasar!

            Ao sair de casa, resolvi pegar um atalho, pelo parque, tentando esquecer um pouco o sono, resolvi passar pelo jardim do parque, que havia as mais belas flores, mais                               adorava as orquídeas, e só havia uma lá. Sentei perto da flor, e a fiquei apreciando.

            -Meu Deus, me esqueci completamente da escola, melhor eu ir.

            Levantei-me e fui correndo para a escola. Chegando lá Nechum veio falar comigo:

            -Por que demorou tanto? As aulas já vão começar. Melhor entrarmos.

            Foi um dia letivo calmo como outro qualquer, meu único amigo sempre ao meu lado, estudioso, pena que ficou viciado em heroína, mas mesmo com o vicio, continuou estudando bastante. E sempre me dizia:

            -Eu sou diferente dos outros, eu tenho força de vontade.

            Ao sair da escola, me despedi de Nechum, e fui para casa, mas resolvi passar pelo parque. Foi quando vi Nechum conversando com um cara, alto forte, não conseguia escutar nada, até que o cara gritou para meu amigo:

            -Eu te avisei o que iria acontecer se atrasasse mais um pagamento

            O homem sacou uma arma, e sem dó nem piedade deu três tiros na cabeça de Nechum, e saiu andando, calmamente, como se nada tivesse acontecido. Corri para salvar Nechum mais já era tarde, ele já não teria mais jeito. No outro dia fui ao enterro de Nechum, a única pessoa no mundo, quem eu confiava. No enterro só estava eu e a mãe de Nechum. Ela me disse que o filho não tinha mais amigos, somente eu, e me entregou um colar que era de Nechum, disse que queria que ficasse comigo.

            A vida pra mim já não tinha sentido, não havia ninguém em quem podia confiar, foi então que tomei a decisão de me matar. Fui até uma ponte, subi no beiral, uma lagrima caiu de meu rosto, e quando estava prestes a me jogar, escutei uma voz, suave e delicada me chamando, dizendo para não pular.

            -Espere, não pule!

            -Porque não devo pular?

            -Você vai perder tudo o que o mundo tem para lhe oferecer?

            -O mundo não tem mais nada para mim, tudo o que ele me deu até hoje foi desprezo e angustia, e ontem ele tirou de mim, a única pessoa em quem eu confiava no mundo – Falei olhado para o colar – Não quero viver nesse lugar.

            -Espere – Ela me puxou e me agarrou – Não desista de sua vida. Você sempre terá em quem confiar, pois se você quiser, e se me prometer que não vai se matar irei ajudá-lo, sempre.

            -Porque deveria acreditar em você? Eu nem te conheço, nem ao menos sei seu nome.

            -Meu nome é Thais, e eu sei mais do que ninguém, o que você esta passando.

            -Não sei por que, mas acredito em você. Agora me responda. Porque resolveu me ajudar? Você nem mesmo conhece.

            -Não sei ao certo, mas senti que deveria te ajudar.

            Thais é uma menina de 16 anos, cabelos loiros e compridos, pele clarinha, olhos azuis escuros, alegre, sempre disposta a ajudar, mas ela tem um problema, qual você vai saber no decorrer da historia.

            Caminhamos até minha casa, quando chegamos, olhei no relógio e já eram 11h.

            -Thais é muito perigoso você voltar pra casa agora, venha passe a noite aqui, como amanhã é sábado, antes de ir trabalhar eu te levo pra casa.

            -Está bem, só deixe avisar a minha mãe, para que ela não fique preocupada comigo.

            Depois do telefonema, fui tomar um banho, assim que sai do banho avisei a Thais que ela iria dormir no meu quarto e eu na sala.

            A noite passou e no outro dia fui leva – lá para casa, mais no caminho ela disse que queria me contar algo.

            -Tony tem uma coisa que quero lhe falar.