Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Depois de um mês e cinco dias da estreia mundial de Amanhecer parte 2 o bendito filme chegou em minha cidade e eu fui ver pela milionésima vez, já tinha ido para outra cidade ver o filme, vi pela internet, no dvd pirata na casa de amigos e por fim no cineminha desatualizado da minha cidade mas enfim...
Depois deste capítulo eu não sei o que será de mim, mas.... Boa leitura!



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O dia havia acordado com um tom de cinza triste, uma cor feia julgada por todos e a sensação ruim não saia do peito de Alice, havia acordado tomado um belo de um café da manhã e ido para o trabalho, ela estava conversando com Alexia sobre a nova coleção, suas novas fotografias, analisando cada roupa juntamente com Derek que também participaria do ensaio juntamente com mais três modelos, sendo os outros três adolescentes entre 15 e 18 anos.

                - A nova coleção de verão será magnificamente perfeita. – Alexia dizia distribuindo os panfletos mostrando algumas roupas de cada um.

                - Ótimo e quando começamos? – Derek foi o único a se manifestar. Alice olhava quietamente as roupas, folheando cada papel e pensando em como faria aquelas fotos.

                - Vamos preparar tudo para daqui duas semanas, precisamos que vocês experimentem as peças para que elas sejam ajustadas. – Alice voltou a olhar para Alexia novamente, lembrando-se que estava ouvindo a conversa vagamente, com seus pensamentos em outro lugar.

                - Beleza, isso vai ser fácil. – Derek disse olhando para Alice que logo percebeu que alguém lhe encarava olhou na direção recebendo um sorriso amigo, ela se sentiu na obrigação de corresponder.

                Alice estava cansada e isso estava aparente em seu olhar, as noites sem dormir e a preocupação com Kath estavam maltratando sua beleza. Ela estava perdendo peso por não comer direito e sua pele estava mais branca que o normal.

                - Então encerramos a reunião aqui. – Alexia disse percebendo que Alice não estava prestando a mínima atenção, os outros três modelos saíram ficando naquela enorme sala de reuniões apenas Alexia, Alice e Derek.

                - Hei você não está nem um pouco legal. – Derek arrastou a cadeira para perto dela pegando em sua mão. – Seriamente a bruxa de João e Maria não iria gostar desses dedos finos. – Ele disse fazendo Alice sorrir um pouco. – Há quanto tempo você não come?

                - Eu estou comendo.

                - Está bem me deixa reformular a pergunta para o modo correto. – Ele suspirou antes de voltar a falar qualquer coisa. – Há quanto tempo você não come corretamente?

                - Bem... Eu...

                - Alice, Alice... – Desta vez quem se manifestou foi Alexia olhando para a sua modelo excelente que tinha a melhor particularmente. – Você tem que cuidar do seu corpo, principalmente para sua saúde. Olhe só para você, quantos quilos perdeu desde que aconteceu aquele incidente?

                - Bem... – Ela abaixou o olhar envergonhada. – Foram sete quilos. – Ela disse rápido, na tentativa de que aquilo tudo acabasse ali.

                - Meu Deus... Alice. – Derek girou a cadeira dela para que ela ficasse de frente para ele. – Você precisa se cuidar, deste jeito você não irá agüentar e Kath irá precisar da mãe dela bem.

                - Eu sei só que... Está sendo tudo tão difícil Derek, eu... – Ela voltou a abaixar a cabeça novamente. Derek segurava ambas as mãos de Alice, Alexia havia se aproximado e colocado sua mão no ombro de Alice e abaixando até que ficasse na altura de seus ouvidos.

                - Nós estamos aqui querida para lhe ajudar no que precisar.

                - Obrigada Alexia. Eu sou realmente grata pela força que vocês me dão. – Ela sorriu olhando para os dois, Derek a puxou para um abraço e pôde ver o quanto Alice estava leve.

                - Eu nunca vou deixar você cair... Eu sou seu amigo, vou estar aqui para lhe segurar quando você estiver desabando. – Ela permaneceu ali nos braços de Derek por um bom tempo, sim ele lhe trazia uma calma jamais vista, parecia até mesmo que suas palavras poderiam ser reais.

                Em seguida depois de uma longa conversa com eles, ela decidiu voltar para casa, pegou o elevador indo para a garagem, chegando perto do seu carro desativou o alarme e antes de entrar no carro jogou sua bolsa no banco do passageiro, ligou o carro deu uma olhada nela no espelho, colocou o sinto de segurança e deu a partida.

                Quando chegou em casa encontrou Jasper por lá, ela o cumprimentou mesmo achando estranho ele estar ali naquele horário.

                - O que aconteceu?

                - Eu estou com uma dor de cabeça tremenda. – Ele disse em um sopro de voz quase inaudível.

                - Oh me desculpe. – Ela disse ao perceber o tanto de barulho que fez quando chegou.

                - Pedi para trocar de turno com Marcus. – Ele passou a mão no rosto e em seguida massageou a têmpora. – Volto lá só amanhã de manhã.

                - Você fica tão cansado quando trabalha assim... Você ficará com dois dias sem descanso.

                - Eu sei meu amor, mas é preciso.

                Ele sentou-se no sofá e Alice foi para o lado dele, lhe acariciou os cabelos que agora estavam mais curtos e não deixavam seus cachos em evidência.

                - Isso é bom. – Ele fechou os olhos e encostou sua cabeça nos ombros de Alice. – Adoro o jeito como você cuida de mim. – Ele sorriu.

                - Você parece ser mais criança do que seus filhos. – Por mais que Katherine não estivesse mais presente já fizesse um pouco mais de um mês ela ainda tentava levar sua vida como se ela estivesse ali perto deles.

                - Eu sei, acho que sou um pouco carente de atenção. – Ele riu e Alice fez o mesmo. Mas Alice não estava conseguindo permanecer com nenhum sorriso por muito tempo nos lábios, hoje ela acordara triste assim como a cor do céu, não estava conseguindo ser feliz, ou fingir estar feliz como fazia sempre para todos, ela não estava conseguindo mais fazer isto.

                Ela soltou um suspiro pesado ao sentir uma dor aguda no lado esquerdo de seu peito, fazendo uma leve cara de dor, mas a desmanchando assim que ela passou.

                As horas foram passando, eles já haviam almoçado e Jasper decidiu dormir um pouco. Alice foi para a varanda ver o movimento da rua e apenas voltou para dentro quando começou a chover. Sentiu um pouco de frio e decidiu ir procurar algo leve para se vestir, deu preferência ao seu cardigã bege, quando voltou para sala tendo saído sorrateiramente do quarto, Alice recebeu uma notícia de Milena.

                - Alice ligaram para Sra. Querem que você e o Jasper compareçam por lá o mais rápido possível.

                - Eles não disseram o que era? – A babá apenas fez um sinal de negação com a cabeça e em seguida se retirou. Alice correu até o quarto e delicadamente chamou Jasper, sussurrando seu apelido.

                - Jazz...

                - Huum...

                - Levante-se temos que ir a delegacia.

                - O que ouve? – Ele se sobressaltou da cama tão rápido quanto um raio.

                - Não sei, mas disseram que eram para comparecermos lá imediatamente.

                - Meu Deus... Vou trocar de roupa será rápido. – Ele disse já tirando a calça de moletom que ele dormia e colocando uma de suas calças jeans e como estava sem camisa foi mais rápido do que ele imaginava. Calçou os sapatos e foi de encontro à Alice na sala. Em seguida desceram para a garagem e voaram para a delegacia.

                Quando Alice parou o carro no estacionamento, ela não conseguiu sair do carro, seu peito arfava e sentia ainda o mesmo incomodo que sentia mais cedo. Ela apenas queria que sua menininha estivesse bem e viva, mas um pensamento veio em sua cabeça, mas e se ela não estivesse? O que Alice faria?

                - Está tudo bem meu amor?

                - Não. – A voz de Alice estava trêmula e meio chorosa.

                - O que você tem?

                - Eu não consigo ir lá... Eu não vou agüentar se...

                - Fique calma irá tudo ficar bem. – Jasper suspirou forte, mesmo não tendo mais esperanças como ele já não tinha há algum tempo atrás.

                Os dois caminharam de mãos dadas até a recepção, à secretária os encaminhou para a sala de Suzana, e durante o caminho algumas pessoas os olhavam de um modo estranho e Alice havia percebido isso, de um modo de piedade e pena.

                Quando chegaram a mesmo os recebeu de bom grado, mas com um olhar e um sorriso que lhe transmitia tristeza.

                - O que aconteceu Delegada? Você tem uma notícia da minha filha? – Jasper perguntou apreensivo.

                - Jasper eu espero que você e Alice sejam fortes, pois o que tenho para dizer não é nada agradável.

                Neste momento a mão de Alice apertou a mão de Jasper fortemente, ela sabia que seus pressentimentos ruins não eram atoa.

                - O que aconteceu com minha filha? – Alice já estava com lágrimas contidas nos olhos, contidas por pouco tempo, pois em seguida as lágrimas já rolavam pelas formas de seu rosto.

                - Venham comigo. – Ela disse abrindo a porta esperando que o casal passasse e em seguida fechou a porta, enquanto caminhavam pelo longo corredor da delegacia Alice não conseguia mais segurar as várias lágrimas que insistiam em cair.

                Jasper tentava se manter bem estruturado e também já esperava o pior, já sabia que ali a morta era certa. Nunca pensou que poderia nunca mais poder abraçar e beijar as bochechas de Kath.

                - Eu queria que isso fosse mentira, mas... – Suzana parou para suspirar. – Eu sinto muito, tentamos fazer de tudo para encontrá-la antes.

                Jasper puxou Alice para perto de si, ela já chorava antes de Suzana terminar de falar, sabia que aquilo aconteceria, mas não queria acreditar.

                - Meu amor se acalme. – Jasper disse deixando as lágrimas rolarem.

                - Não pode ser Jazz... – Ela disse entre soluços.

                - Sei que é um momento muito difícil para ambos, mas preciso que vocês confirmem que o corpo encontrado é de Kath, ela é idêntica a fotografia que vocês nos deram, mas é procedimento.

                - Você tem certeza que quer entrar? – Jasper perguntou.

                - Eu tenho que vê-la Jazz... – Alice não tinha certeza se deveria fazer aquilo, mas entrou no necrotério seguindo Suzana. O casal ainda continuava abraçados enquanto Suzana abria uma das respectivas portas. Mostrando logo em seguida o corpo de uma garotinha de aproximadamente de quatro anos, de cabelos longos e loiros, com uma marca visivelmente roxa no pescoço.

                - Não pode ser. – Ele chorava, ele não conseguia agüentar ao ver sua filha ali, morta e pensar que nunca mais a tocaria. Alice escondeu seu rosto no peito de Jasper não conseguindo mais tirar a imagem de Kath da sua cabeça.

                - Ela foi estrangulada com uma corda, a marca é bem visível... Os assassinos estão presos e... Eu realmente sinto muito... – Suzana não sabia mais o que dizer sua voz já estava aparentemente trêmula e seu nervosismo as alturas. Ela franziu a testa passando a mão logo em seguida na mesma. Ela estava por um triz de desabar também. Não havia conseguido, havia falhado.

                - Jazz... Como puderam? – Alice estava nervosa demais, seus batimentos cardíacos estavam a mil, ela não conseguiria passar por todo aquele pesadelo. Jasper não sabia o que responder, apenas sabia que não conseguiria viver assim, com algo faltando em sua vida, com alguém importante em falta. Porque com ela? O que ela havia feito de tão ruim para merecer isso? Ela era apenas uma criança e inocente que não sabia sobre a maldade do mundo e nem imaginava.

                Mas a vida daquela família como ficaria agora? Depois de uma perda tão significativa? Alice precisaria de muito apoio e consideração. Em seus pensamentos não passavam nada a não ser ‘Eu deixei minha filha morrer’. Logo teria seu trabalho e as cobranças dele, pensaria em desistir de tudo, de seu trabalho e de suas mordomias, mas aí se lembraria, ‘tenho mais um filho para criar’ e só de pensar que teria que contar para Nicolas que sua irmãzinha nunca mais estaria entre eles lhe fazia chorar cada vez mais e mais.

                O carinho de Jasper já lhe fazia sentir bem, mas ela queria alguém que lhe entendesse alguém que ela a considera como mãe e como ligaria para Esme e diria ‘Minha filha está morta’? Iria parecer como uma criança queria o colo dela, queria que ela lhe amparasse nesses momentos.

                - Alice... Alice...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Calma gente, por favor, não me matem e também não parem de comentar ou ler a fic... Surpresas ainda virão....
Mas conte-me o que vocês acharam do capítulo, deixem seus comentários e criticas...
Bjos e até a próxima!



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