Filho De Uma Akatsuki! escrita por Nanigiri


Capítulo 17
Capítulo 17: Alguém precisa de um abraço


Notas iniciais do capítulo

* para Pein *
Lá fora está chovendo, mas assim mesmo vou correndo só pra ver o meu amor...



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Kakuzu coçou o queixo e perguntou para Konan, com uma expressão confusa: "Qual deles? O gordinho de cabelos pretos ou o magro de cabelos prateados?"

Konan deu uma risada e desligou a tevê. "Não me diga que o Tobi está dormindo com o titio Hidan..." Kakuzu pegou um de seus livros da estante e deu de ombros.

"Eles estão no meu quarto, na minha cama.", e disse, não tirando os olhos do livro: "A influência do Hidan deixou o moleque preguiçoso, também."

"Se Kisame não estivesse dormindo, eu pediria a câmera dele emprestada..." Konan se levantou para dar uma espiada no quarto em que o bebê e o albino estavam. Antes de fazer isso, olhou para Kakuzu ternamente. "Você gosta do bebê, só não sabe disso, seu grande cabeça-dura." E deu-lhe um beijinho maternal na cabeça encapuzada, o que o deixou corado.

"Olha que um dia desses eu ponho o Tobi a leilão, hein?", murmurou Kakuzu, que era tímido demais para tentar ser engraçado.

O anjo de cabelos azuis abriu a porta do quarto vagarosamente; quase teve um ataque de fofice quando viu os dois. "Tão kawaii..." Decidiu não acordar Tobi para lhe dar algo de comer, ele poderia dormir mais um pouco, parecia estar confortável nos braços de Hidan, e tinha um sono tão pesado que nem se abalava com os roncos de seu "titio", talvez porque ele também estivesse roncando.

Konan foi para seu quarto, de novo, para aproveitar um pouco mais de tempo junto a seu amado, era uma tarde tão agradável que não poderia ser desperdiçada. Sentia-se segura, o bebê estava em boas mãos.

Todos os membros da Akatsuki estavam dormindo em seus respectivos quartos, menos Kakuzu, que não estava com sono e decidiu ler um de seus livros antigos na sala. Sasori também não estava dormindo, sempre encontrava algo para fazer, como consertar marionetes, envernizar os móveis e até mesmo bater um papo. Decidiu ir até a sala para conversar com Kakuzu, às vezes ele não podia deixar de se sentir entediado quando estava só.

"Ei, Kakuzu..." O ruivo acenou ao entrar na sala. "Também resolveu não dormir?"

"Estou até lendo pra ver se o sono chega, mas não consigo relaxar totalmente." Kakuzu fechou o livro e o pôs de lado. "Incrível como aquele moleque dorme tanto durante o dia, Tobi não faz nada além de... ser um bebê."

"Até você gosta dele, não negue.", disse Sasori, pegando o tabuleiro de shogi e a caixa com as peças. "Vamos jogar um pouco..."

"Aah, por favor, não comece você também esse papo de 'Kakuzu gosta do bebê'...", disse o outro, arrumando as peças. O jogo prosseguiu por uma hora e meia, e os dois, enquanto moviam as peças durante a partida, conversavam sobre as missões e sobre Tobi, que mudou a rotina da Akatsuki desde que se transformou num bebê indefeso.

Sasori estava claramente ganhando de Kakuzu, não só em shogi, mas também em resistência: o nukenin mais velho parecia já estar tonto, talvez já estivesse começando a ficar com sono. "Mais uma partida, Kakuzu, ou você quer dormir?", o ruivo desafiou.

"Uaaah... Eu não estou com sono, desta vez eu ganho de você...", disse Kakuzu, entre um bocejo e outro. De repente, ele caiu como uma árvore, de cara no tabuleiro de shogi, derrubando algumas peças no chão e dando um susto em Sasori. Este ajudou Kakuzu a encostar no sofá e o escorou com algumas almofadas.

"Durma bem, Kakuzu, foi um prazer ganhar de você.", riu Sasori, enquanto guardava o tabuleiro e a caixa de peças do jogo. Depois, fechou-se em seu quarto para organizar sua bancada de ferramentas.

Mais duas horas se passaram; Hidan acordou vagarosamente e lembrou-se de que estava no quarto de Kakuzu, em sua cama. "C*****o... Onde será que o Kakuzu foi dormir?" Sentou-se na cama e reparou que Tobi não estava ao seu lado. "P-Pestinha-chan? Cadê você?" De repente, o bebê apareceu, ao lado da cama, tentando dar um susto em Hidan.

"Ah-buuuuu!", gritou Tobi, agitando seu ursinho de pelúcia. E o albino fingiu estar aterrorizado, levantou os braços e arregalou os olhos, exagerando o tom da voz.

"AAAAH, um monstro de chupeta!" Tobi deu uma risada e se abaixou, desaparecendo do ângulo de visão de Hidan, que continuou a brincar com o bebê.

"Bom, acho que eu estava sonhando com o monstro, agora vou voltar a dormir..."

"Ah-buuuuu!" Tobi apareceu de novo repentinamente, tentando ser ameaçador para Hidan. O Jashinista voltou a gritar, "assustado":

"AAAAH! É ele de novo!" E o bebê riu e subiu na cama, não sem esforço porque, afinal, Tobi estava um pouco pesado, como já haviam observado alguns de seus "titios". Assim que o pequeno alcançou os braços de Hidan, este disse: "Konan tem razão quando ela diz que você é kawaii." E Hidan acrescenta, depois de olhar para todos os lados e dar-lhe um beijinho na testa: "E o titio acha que você é kawaii pra c*****o, também." Logo depois, fingiu fazer cara de sério. "Mas não conte pra todo mundo que eu disse isso!"

"Tarde demais, Hidan, eu ouvi isso." Sasori estava encostado no batente da porta, de braços cruzados e sorrindo. Hidan ficou vermelho como um tomate.

"Agora f***u..." Tobi acenava para o ruivo, que o pegou no colo.

"Nanna, Nannannannannanna!"

"Não se preocupe, na verdade todos nós achamos que o Tobi é... kawaii." Sasori conversava com o bebê. "Ei, nenê, encontrou dinheiro no chão do quarto do tio Kakuzu?" Tobi, que não sabia o que era dinheiro, fazia uma cara confusa. "Porque eu sei que você engoliria as moedas...", continuou, rindo.

"Falando no muquirana, onde foi que ele dormiu? Na banheira?", riu Hidan, ainda sentado confortavelmente na cama de seu parceiro.

"Ficamos jogando umas partidas de shogi, e ele, que diz nunca conseguir dormir, pegou no sono depois de um tempo...", Sasori afirmou, ainda balançando Tobi.

"Hahahaha, deve ter ficado cansado de tanto perder de você, Sasori-chan!" O albino conhecia as habilidades de seu amigo ruivo. Pein apareceu de surpresa à porta, usando um roupão.

"Kakuzu e Sasori são bons estrategistas, tenho que admitir, até eu perdi... para os dois!" Todos riram.

"Pappapappapappa!" Tobi estendeu os braços para Pein, que o abraçou.

"Está com fome, Tobi? Vamos para a cozinha, papai vai preparar algo para você."

Sasori e Hidan foram para a sala; Kakuzu ainda estava roncando no sofá, meio deitado em algumas almofadas. O albino voltou ao quarto só para pegar o ursinho de pelúcia de Tobi. Konan também entrou na sala e percebeu que o albino e o ruivo estavam rindo baixinho enquanto observavam Kakuzu com Kuma-tan em seu colo (obra de Hidan). Pein passou por eles com Tobi e este notou que Kakuzu dormia ruidosamente.

"Gagudu pepepee?", disse, tirando a chupeta. Todos que estavam na sala (exceto Kakuzu, claro) tiveram um ataque de fofice como os grandes babões que eram.

"Você quer dar a chupeta pro titio Kakuzu dormir bem, Pestinha-chan?", disse Hidan, desmanchando os cabelos de Tobi.

"Não vai ser preciso, nenê, olhe, ele nem acordou..." Sasori sorriu para o bebê, que colocou de volta a chupeta na boca.

Konan deu um beijinho em Tobi antes de Pein levá-lo para a cozinha. "Papai vai fazer a papinha pra você, meu bem..."

"Não é engraçado como o Kakuzu parece ser indefeso quando está dormindo?", disse Sasori, dando uma risadinha e cutucando Hidan com o cotovelo.

"Indefeso até a hora em que você o acorda, aí ele vira um p**a monstro!" Hidan cruzou os braços.

"Vocês não se corrigem mesmo, não é, meninos?" Konan sussurrou, sacudindo a cabeça. Percebeu que Kakuzu se mexeu um pouco enquanto dormia e parecia murmurar algo.

"Zzzzzzzzz... Okaachan... Zzz..." Hidan queria explodir de tanto rir, mas teve que se segurar.

"Hi-hi-hi... Konan, você virou mãe do Kakuzu..." Konan lançou um olhar zangado para os dois, que estavam tentando conter o riso bravamente. Kakuzu continuou murmurando, como se estivesse choramingando em voz baixa enquanto dormia.

"Zzz... Kaku-chan... não quer ir... Zzz... pra escola..."

"Prrrfffttttkk, Kaku-chan..." O albino lutava para não se acabar de rir. Sasori fez um sinal para que Konan conversasse com Kakuzu, que ainda dormia. O anjo sussurrou:

"Er... Por que você não quer ir pra escola, Kakuzu?" O semblante do nukenin da Vila Oculta da Cachoeira tornou-se triste.

"Zzzzz... Mmh... Kaku-chan não tem amigos." A voz de Kakuzu estava dissonante, como se ele quisesse chorar. Hidan e Sasori pararam de rir; Konan estava consternada. A brincadeira acabava por aqui; ela só pôde sussurrar uma vez mais.

"Durma, Kakuzu." Não foi preciso muito para que o rosto de Kakuzu ganhasse uma expressão mais tranquila.

"Hai... Okaachan... Zzzzzzzz..." E Kakuzu, com um grande suspiro, continuou a dormir, desta vez mais profundamente.

Konan olhou para seus amigos como uma mãe que estava prestes a dar um sermão. "Já imaginaram que Kakuzu provavelmente foi uma criança rejeitada por todos?"

Konan sabia que, para Kakuzu, os primeiros dias na Akatsuki foram um pouco dolorosos.


"Kakuzu, está tudo bem? Você não disse nada a manhã inteira e nem tocou seu cereal..." Konan, que era como uma irmã protetora para todos, aproximou-se de Kakuzu, que estava debruçado à mesa suspirando, e tocou-lhe o ombro.

"Na verdade, não..." E Kakuzu não tirava a máscara e nem queria comer. "Eu sei que é bobagem, mas..."

"Alguém o deixou chateado? Foi o Hidan, não foi? Olhe, você sabe como ele é... Ele diz as coisas da boca pra fora, mesmo." Konan tentava consolá-lo. Kakuzu só respondeu com um "hmpf".

Hidan entrou na cozinha, olhou para Kakuzu e disse para Konan:

"Pelo amor de Jashin, Konan, como é que você consegue ver que ele está p**o? A m***a da máscara tapa a cara dele!"

"Só estou fazendo um favor para você, Hidan, já que você fez aquele comentário estúpido hoje de manhã na reunião." Hidan congelou, lembrando-se de que Kakuzu não estava falando com ele desde a tal reunião.

"Ah... Eu... O que foi que eu disse, Kakuzu?" Perguntou o albino, que se sentou ao seu lado.

"Que ninguém precisava ver minha cara feia." Kakuzu franzia a testa mas não olhava para Hidan.

"E o que você disse pra mim?" Hidan adotou uma expressão pensativa.

"Nada, eu saí da frente de vocês porque todo mundo estava rindo." O nukenin moreno suspirou.

"Aah..." Hidan fez uma pausa e continuou. "E... O que foi que eu disse?"

"Que ninguém precisava ver mi... AH, VÁ PRO INFERNO!" Kakuzu corou, tirou a máscara e começou a comer, ainda chateado. Hidan não perdia uma oportunidade para provocar, mesmo que só ele saísse dando risada. Mas sabia que havia deixado Kakuzu magoado e queria de algum modo pedir perdão.

"Kakuzu, eu estava p**o da vida porque não vi minha foice no quarto. Pensei que você a tinha escondido e fui discutir com você, até a hora em que enxerguei as lâminas embaixo da minha cama... He-he-he... Que coisa, né?" Hidan sorria desajeitado, enquanto punha a mão na nuca. "Eu fui mesmo um babaca... Né, Konan?"

"Se você está dizendo... Né, Kakuzu?" Konan sorriu para Kakuzu enquanto colocava um copo de suco de laranja para ele sobre a mesa.

Mas o parceiro do albino não retornava o olhar, só assentia e continuava comendo; só assim ele se poupava de explodir na cara de Hidan. Este lhe deu um tapinha amigável no ombro.

"Oi, oi... Você me perdoa, Kakuzu?" O Jashinista parecia estar sendo sincero. "Eu falo qualquer m***a quando fico nervoso, você sabe disso..." Hidan dava um sorriso cômico, na esperança de chamar a atenção. "Aww, gomen, seja razoável, Kakuzu-chaaan..."

Bem, isso conseguiu chamar a atenção de Kakuzu. "O que... De que você me chamou?" Os olhos verdes e vermelhos faiscavam de constrangimento.

"Kakuzu-chan, claro!" O sorriso de Hidan ficou curiosamente largo. "Meu parceiro, meu amigão..." Hidan não pôde continuar, Kakuzu havia virado toda a tigela de cereal sobre sua cabeça. "Aaargh!"

"Desculpas aceitas." Kakuzu finalmente afirmou, com um sorriso cínico, enquanto tomava seu suco e olhava para seu parceiro totalmente encharcado.


"Aposto que a infância dele foi tão amarga como foi a minha...", disse Sasori, olhando para o chão e pondo a mão na nuca.

"C*****o... Agora eu me sinto como um grande filho da p**a..." Hidan estava chateado, sentia-se mal por ter caçoado dos sentimentos de Kakuzu, quaisquer que fossem naquele momento. Konan deu um pequeno sorriso ao ver os dois tão preocupados com Kakuzu.

"Bem, sabem o que a gente pode fazer? Que tal mostrarmos para o Kakuzu que ele não está sozinho, afinal de contas?", disse, olhando para Kakuzu, que se mexia e estava acordando vagarosamente. Hidan assentiu, animado, e sentou-se ao lado de seu parceiro, que bocejava.

"Oi, que p***a de preguiça é essa, eh, Kakuzu? Dormiu bem?" E deu um soco de brincadeira no braço de Kakuzu, que esfregava um olho e fazia uma cara de tonto.

"Muito bem, obrigado... Er, o que há com vocês, hoje?" O nukenin mascarado esticava os braços lentamente enquanto olhava de lado para os três em volta dele, com sorrisos inexplicavelmente... doces?

"Aah, Kakuzu, deixe-me ajeitar sua almofada, você está quase caindo...", disse Konan, levantando-se.

"Não precisa fazer isso, Konan, estou bem..." Kakuzu disse, desajeitado. "Mas... Valeu."

"Vou buscar um copo de chá pra você, Kakuzu, é muito tempo até a hora do jantar pra você esperar." Sasori foi para a cozinha.

"Mas é você que não gosta de esperar, Sasori." O nukenin da Vila Oculta da Cachoeira estava confuso. Enquanto isso, Hidan estava ao seu lado, com uma expressão que denotava, antes de tudo, simpatia.

"Bom... E você, o que tem a dizer, Hidan?" Kakuzu cruzou os braços, olhando tranquilamente para seu parceiro. Hidan começou:

"Eu? Ah... Vou contar uma piada pra você! Esta é gozada pra c*****o, ouça só... Quantos..." Kakuzu interrompeu, pondo uma mão na testa.

"Oh, não, não aquela da Akatsuki trocando lâmpada... Aquela é horrível." Zetsu apareceu do chão, de repente.

"Aww, Kakuzu, aquela é uma boa piada!", disse Zetsu Branco.

"Fui eu que fiz, viu? E não é horrível, é um sucesso em todas as festas!", falou Zetsu Preto, irritado. O Jashinista continuou:

"Não, não, é outra! Quantos membros da Akatsuki cabem numa carroça?"

"Tenho até receio de dizer que não sei..." Kakuzu pensou um pouco. "Mas, tá, não sei..."

"Todos, menos Orochimaru, que está embaixo da roda! Hahahahaha..." Hidan batia no joelho enquanto se acabava de rir; Kakuzu riu timidamente.

"É, é engraçada..." E ele não pôde deixar de notar o ursinho de pelúcia de Tobi no seu colo. "Er, Hidan... O que isto faz aqui?"

"Ahahahaha, hi-hi-hi... Eh? Aah, isto..." Hidan começou a se mexer, desajeitado, coçando a nuca e corando. "Isto é..."

"Kuma-tan!" Tobi entrou na sala, caminhando vagarosamente, seguido de Pein, que estava todo orgulhoso. O pequeno apontava para o urso no colo de Kakuzu.

"Salvo pelo bebê..." Hidan cochichou para Zetsu, aliviado. Pein ajudou Tobi a subir no sofá.

"Acho que o Tobi quer conversar com você, Kakuzu...", riu Pein, ao ver Tobi sentando-se no colo de Kakuzu; o bebê segurava Kuma-tan e recostava-se em seu peito.

"Ei, moleque, não sou uma cama, sabia?" O tom de voz de Kakuzu estava mais brincalhão do que bravo. Hidan se abaixou para falar com o bebê:

"Pestinha-chan, viu como o titio Kakuzu consertou Kuma-tan? E como é que se diz pra ele, p***a?" Tobi alegremente olhou para Kakuzu.

"Aiatou, Gaguduuuuuuu!" E abraçou Kakuzu pelo pescoço, deixando-o envergonhado. O nukenin mascarado colocou o bebê cuidadosamente no chão e disse, depois de fazer um carinho nos cabelos de Tobi:

"Não foi nada, moleque, agora vá brincar por aí..." Kakuzu aceitou o copo de chá que Sasori trouxe para ele e Konan aproveitou para conversar sobre a ideia de um aniversário para Tobi.

"Mas a gente não sabe que dia ele faz aniversário, c*****o..." Hidan coçava a cabeça.

"Isso não importa, é só para que ele se sinta amado." Itachi, já acordado e usando um roupão preto, entrou na sala. "Eu até já comprei um presente para ele...", disse, em uma voz mais baixa que a usual.

"P***a, Kakuzu, você viu? A gente precisa também comprar um..." O albino deu uma risada enquanto Kakuzu deixou uma gota de suor anime cair da testa só de pensar em gastar dinheiro.

"Vai ter bolo, né? Adoro bolo de aniversário! Eu como até as velinhas!" Zetsu Preto estava babando. Deidara também entrou na sala, animado.

"Eu ajudo você a fazer e a decorar o bolo, Konan, hmm!" Hidan arregalou os olhos magenta.

"Você, Deidara-chan? O bolo vai explodir e vai dar trabalho limpar a sujeira na casa!" Deidara se irritou e modelou outra borboleta para assustar Hidan e fazê-lo correr. "Aah, de novo, c*****o?" Kisame também se juntou ao grupo.

"É melhor resolvermos logo, ou o bebê cresce sem aniversário algum!" O espadachim de pele azul riu, olhando para Tobi.

"Talvez amanhã não tenhamos missões...", disse Pein, decidido. "Podemos dar um aniversário para Tobi."

O anjo de cabelos azuis foi à cozinha, já estava quase na hora de preparar a janta e Zetsu foi ajudá-la.

Tobi, que estava brincando no tapete da sala, encontrou, debaixo da mesa de centro, uma peça de shogi que Sasori não tinha visto quando estava guardando o jogo. Bebês tendem a pôr quase tudo que encontram na boca, e, além de tudo, a peça de madeira parecia um daqueles biscoitos que o bebê ganhava de vez em quando de Konan ou de seu querido senpai. Pois bem, Tobi engoliu a peça e ninguém viu. Só notaram quando o bebê puxou pelo roupão de Itachi e este viu que Tobi estava ficando com o rosto azulado e a respiração chiando.

"Tobi não está conseguindo respirar!" Todos imediatamente correram para acudir o bebê. Kakuzu foi o primeiro; ele não iria entrar em pânico, era preciso manter a calma. O nukenin, que não era um médico mas conhecia a manobra de Heimlich, pegou Tobi no colo e o deitou de bruços, dando umas pancadas nas costas dele.

"Firme, moleque, já vamos resolver isso..."

Depois Kakuzu o virou de barriga para cima e começou a pressionar-lhe o peito, até que Tobi expeliu de uma vez o objeto, para espanto de todos.

"Ele tinha engolido uma peça de shogi!" Sasori estava chateado consigo mesmo. "Desculpe, nenê, eu não tinha visto essa peça no chão quando guardei tudo...", disse, segurando a mãozinha de Tobi. Este, que estava no colo de Kakuzu ainda, abriu o berreiro, abalado pelo acidente; como o bebê que era, não lidava bem com os acontecimentos.

"MBUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ... UH! UH! UÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ..." E chorava copiosamente, enquanto Kakuzu o abraçava, tentando confortá-lo.

"Shhhh, está tudo bem agora, moleque, não chore." O bebê acalmou-se e estava soluçando; Kakuzu passou Tobi o mais delicadamente possível para Deidara. "Vá com o seu senpai."

Todos sorriram ao ver Tobi gradativamente ficando mais tranquilo, enquanto estava no ombro do loiro, sendo embalado vagarosamente e sentindo seu rosto ser acariciado pelos longos cabelos. "Baka... O que foi que eu falei sobre não pôr coisas na boca? Hmm...", Deidara disse suavemente. Hidan ainda estava pasmado, olhando para Kakuzu com admiração.

"Eeh, o que é que foi, agora? Eu fiz o que qualquer pessoa faria.", disse Kakuzu, cruzando os braços e franzindo a testa. O albino ficou por um tempo parado até abrir um sorriso genuíno de satisfação.

"A gente sabe disso, Kaku-chaaan!" Kakuzu, ao ouvir o apelido de infância, levantou-se do sofá corado e indignado.

"COMO É QUE É? QUEM FOI QUE..." Não houve tempo de Kakuzu ficar zangado, todos haviam se voltado para ele para abraçá-lo. Era até engraçado, porque Kisame, o mais alto de todos, acabou abraçando todo o grupo de uma vez.

"Kakuzu, você é incrível!", disse Itachi, que esboçava um sorriso.

"Você realmente tem coração, Kakuzu, hmm!" Deidara se juntava ao abraço segurando Tobi, que estava gostando da brincadeira.

"Ele tem cinco corações, p***a!" Hidan não deixou de expressar sua opinião enquanto se pendurava afetuosamente no pescoço de Kakuzu. "E Kakuzu-chan é meu parceiro, meu amigo de fé, meu irmão camarada..."

"Hidan, cale-se ou eu o mato!" Kakuzu estava totalmente constrangido. Konan e Pein também o abraçavam.

"Você salvou nosso filhinho!" O anjo de cabelos azuis sorria, com os olhos lacrimosos.

Sasori, achando graça da situação, resolveu se juntar ao abraço grupal; sabia que Kakuzu merecia. Até Zetsu, comovido, uniu-se aos seus amigos.

"Aah, que bando de manteigas derretidas...", disse Zetsu Preto.

"Cale a boca, Kakuzu salvou o Tobi e estamos aqui para agradecê-lo.", retrucou Zetsu Branco.

"Pessoal, será que vocês podem me largar, agora?" Kakuzu perguntou.

"Nada disso.", disse Kisame, rindo e ainda com os braços em volta de todos.

Kakuzu suspirou. Nunca havia estado numa situação como essa, estava confuso e um pouco tonto por causa de todo aquele calor humano. Mas resistiu e não deixou ninguém perceber que havia um pequeno e tímido sorriso estampado em seu rosto.

Para alguma coisa a sua máscara servia, afinal de contas.



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Notas finais do capítulo

Desculpem pela demora. ^_^ Até a próxima!