Dark Secrets - Livro I: My Immortal escrita por Daphne Delacroix


Capítulo 4
Capítulo 3




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O Show

Não sei o que deu em mim para sair de lá daquele jeito. Angustia, talvez... não sabia o que estava acontecendo comigo. Um bolo de coisas que se misturavam formando algo que nunca tinha sentido antes.

Na manhã seguinte acordei antes que o despertador tocasse. Não estava nem um pouco afim de levantar para ir a escola, mais matar aula duas vezes na semana numa matéria que eu estava indo mal não era uma boa ideia.

Ouvi umas batidas na porta.

-Entra! - falei com voz um pouco rouca.

Minha mãe entrou no quarto, o perfume dela estava forte demais e me deixou um pouco zonza.

-Oi – disse – Pensei que estivesse dormindo.

-Acabei de acordar – falei limpando os olhos – Esta tudo bem?

-Sim, só queria ver como estava antes de sair para o trabalho.

-Já vai sair? - perguntei. Era a segunda vez na semana que ela saia mais cedo.

-Sim – disse – Eu preciso conversar com você. Acha que pode me esperar chegar hoje a noite?

-Claro – respondi sem ter tanta certeza.

Ela veio e me deu um beijo na testa.

-Tchau – disse fechando a porta do quarto.

Fiquei ainda uns cinco minutos deitada, o despertador tocou, se eu demorasse mais um pouco ficaria atrasada. Levantei-me da cama de má vontade, queria, se pudesse, ficar dormindo o dia inteiro.

Não demorei muito para ficar pronta, comi qualquer coisa na cozinha e sai de casa. Mais uma vez, meu carro demorou para funcionar.

Era só o que me faltava”.

Cheguei a escola atrasada, já era a terceira vez essa semana e pra piorar, tinha uma moto na minha vaga do estacionamento. Não ia deixar aquilo passar sem fazer nada.

Parei meu carro atrás da kawasaki prata, bloqueando totalmente sua saída.

Entrei na escola e fui direto para a sala de aula, não me importei muito com o sermão do professor.

-Oi – disse Clair.

-Oi – falei sem dar muito assunto a ela.

-Esta tudo bem? Você saiu ontem tão apressada, parecia que tinha acontecido alguma coisa – murmurou.

Suspirei, não queria tocar naquele assunto.

-Ah, sim, eu só precisava ficar um pouco sozinha – eu disse.

Ela não falou mais nada depois disso.

A manhã passou rápida e de uma forma entediante pra mim.

-Vamos sair? - Clair perguntou.

-Hum...

-Ah, vamos! Vai ser legal – insistiu.

Até que sair não me pareceu uma ideia tão ruim assim.

-Ok! Eu vou com você, mais não vou comprar nada – falei.

-Você é quem sabe – disse ela sorrindo.

(...)

-O que... cade meu carro? - falei olhando no estacionamento, ele não estava ali.

-Serve aquele? - Clair apontou na direção que ele estava e não era onde eu tinha deixado.

Procurei pela moto, não estava em lugar algum.

-O que foi? - Clair perguntou.

-Nada – definitivamente não era nada, mas contar a ela agora que alguem entrou no meu carro, tirou ele de onde estava e colocou-o em outro lugar, não ia ser fácil pra mim, só ficaria ainda mais nervosa.

Entrei no carro, certifiquei-me se não estava faltando nada, seja lá quem for que mexeu no meu carro eu ia descobrir.

Entramos no carro, fomos até minha casa, deixei meu carro na garagem e fomos para o shopping. Clair estava super animada.

-Tem certeza de que não vai comprar nada? - perguntou ela entrando na primeira loja.

-Sim – falei.

Demoramos pouco mais de meia hora em cada loja que entravamos, a quantidade de sacolas em nossas mãos era muito grande, ela deve ter estourado o limite do cartão de crédito. Paramos para comer alguma coisa e depois fomos para casa.

-Obrigada por ter saído comigo – disse.

Sorri abrindo a porta de seu carro.

-Até amanha – falei.

-Ah! Antes que eu esqueça... - ela desceu do carro apressada e abriu o porta-malas.

-O que foi? - perguntei.

-Isso é para você. - Ela me entregou uma das sacolas das lojas que entramos.

-O que é isso?

-Um presente – ela deu de ombros – Vi numa loja e achei a sua cara.

-Obrigada – falei abraçando-a.

-Até amanha – disse.

Entrei em casa e fui direto para o meu quarto, ainda faltava muito para minha mãe chegar, deixei a sacola que Clair me dera, sem olhar o que ela comprara na cadeira, e fui tomar um banho.

Uns quinze minutos depois, sai do banheiro e voltei para o quarto, coloquei algumas musicas para tocar e deitei na cama. Senti um aperto muito grande no peito. Odiava quando isso acontecia.

Desci até a cozinha e peguei um copo d'água, por um segundo apenas, tive a nítida impressão de que alguem estava me observando da janela. Do mesmo jeito que começou o aperto que estava sentindo, sumiu de repente.

Fui para sala, deitei-me no sofá e liguei a televisão num canal qualquer sem prestar atenção, deixei a musica tocando no quarto. Uns minutos depois ouvi um barulho de chaves na porta e minha mãe entrou, sentei-me no sofá.

-Oi – disse ela.

-Oi. Saiu mais cedo do trabalho?

-Ah, sim, dei uma desculpa qualquer e vim embora. Quero falar com você lembra?

-Claro – eu disse bocejando, estava ficando com sono.

-Você espera até eu tomar um banho e comer alguma coisa? - perguntou.

Assenti.

Meia hora depois ela já tinha feito tudo e agora estava sentada ao meu lado no sofá.

-E então? - perguntei.

-Do inicio seria bom – dei de ombros.

Ela suspirou hesitando antes de começar.

-Eu conheci uma pessoa e... - ela olhou pra mim para ver minha reação – Nós estamos juntos há alguns meses.

-Hum... isso que queria me contar?

-Sim, mas...

-Mas?

-Nós combinamos de sair amanha depois do trabalho, então...

-Não vai dormir em casa? - eu a interrompi.

Ela assentiu.

-Não vai ficar chateada comigo por isso? Acho que te deixo muito sozinha.

-Claro que não! Fico feliz por você – falei.

Ela sorriu e me abraçou.

-Vou ir dormir agora – eu disse bocejando novamente.

Levantei-me e fui para o meu quarto. Confesso que não esperava ficar sabendo daquilo assim, mais não fiquei triste nem chateada, ao contrario, minha mãe tinha que continuar vivendo sua vida. E se ela esta feliz, fico também.

Desliguei meu aparelho de som, apaguei a luz, deitei na cama e deixei que o sono me dominasse por inteira.

Uma sensação muito boa tomava conta de mim quando acordei no dia seguinte. Era estranho estar assim mesmo depois de uma boa noite de sono. Em geral eu sou muito mal humorada de manha.

Me arrumei para sair, minha mãe já não estava em casa, mas tinha deixado um bilhete em cima da mesa da cozinha.

Eu saí mais cedo para o trabalho,

tenha um ótimo dia.

Qualquer coisa que precisar, me ligue!”

Coloquei o bilhete no mesmo lugar de antes, peguei minha mochila, as chaves do meu carro e sai de casa.

-Ah, só pode ser brincadeira! - disse, depois de muitas tentativas, meu carro não queria ligar.

-Maravilha! – Ia ter que ir andando para escola.

Fechei o carro e comecei a andar. Minutos depois cheguei a escola, vi Vitor conversando com um menino encostado em seu carro, fui até ele. Esse mesmo menino, assim que me viu, disse alguma coisa a ele e saiu.

-Oi gata! - disse Vitor me abraçando.

-Engraçadinho

Ele riu.

-Tudo bem? - ele quis saber.

Respirei fundo.

-Péssimo! - falei.

-O que aconteceu?

-Cheguei trés vezes atrasada essa semana, um idiota roubou minha vaga do estacionamento aqui na escola e pra piorar, meu carro ficou ruim – eu disse.

-É – ele franziu a testa – Eu não queria estar na sua pele.

Fiz uma careta pra ele.

-Pode me dar uma carona hoje á noite? - perguntei.

-Claro, mais vou te pegar mas cedo do que sairia de casa, tenho que estar lá antes – disse ele.

-Sem problemas, vou gostar de ver você passando o som – murmurei.

O sinal tocou.

-Te pego ás seis.

-Ok – me despedi dele e entrei indo direto para minha sala de aula.

(...)

Naquela manhã, Clair não foi á escola, fiquei preocupada com ela, pois ela nunca faltava, a não ser que precisasse. Cheguei em casa, peguei o telefone e liguei para ela.

-Alô? - alguem atendeu o telefone e de inicio não reconheci a voz.

-Clair? É você? - perguntei.

-Sim – ela respondeu e tossiu ao telefone.

-Nossa, sua voz esta horrível – falei – O que aconteceu?

-Resfriado, estou péssima. - ela parecia péssima.

-O que esta sentindo?

-Tudo que pode imaginar – disse.

-Bom, melhoras então, ligo pra você depois – falei.

-Tudo bem, tchau... - ela desligou.

Tomara que ela fique boa logo.” pensei comigo mesma.

Depois de almoçar, adiantei umas coisas que tinha pra fazer, como trabalhos da escola para próxima semana e quando terminei já eram cinco e meia da tarde. Guardei todas as minhas coisas e fui escolher uma roupa. Fiquei uns minutos na frente do meu guarda-roupa observando o que poderia usar.

Não estava achando nada que ficasse bem. Como ultima esperança, decidi olhar o presente de Clair.

Era uma blusa preta de mangas compridas com uma guitarra estampada na frente. Linda, ela tinha razão, era a minha cara mesmo. Normalmente eu diria que o gosto de Clair para roupas é horrível, mas hoje não.

Fiquei pronta em menos de quinze minutos, daqui a pouco Vitor vai chegar e eu não quero atrasa-lo, faltava apenas dez minutos para as seis. Peguei algumas coisas que estavam faltando, como dinheiro, meu celular e um casaco.

Escutei a campanhia tocar, desci as escadas correndo já com as chaves na mão.

-Nossa! Onde é a festa? - disse ele quando me viu, no carro o som alto de solo de bateria.

Eu ri.

-Acha que está exagerado? - perguntei

-Nem um pouco, você esta linda – falou.

-Bobo! - empurrei-o levemente.

-Vamos – disse.

Assenti e entramos no carro.

Chegamos ao local do show uns minutos depois, a fila da entrada começava a crescer.

-Você vai entrar por aqui? - perguntei apontando para fila.

Ele deu de ombros.

-É mas fácil entrar por aqui – disse, ele me puxou por fora da grade até o segurança na porta.

-Oi Bill – disse.

O segurança me fitou.

-Oi Vitor.

-O pessoal já chegou?

-Sim, estão passando o som – disse Bill.

Ele abriu o portão da grade, Vitor e eu passamos.

-Ingresso – Bill pediu.

Peguei meu ingresso e o entreguei. Ele me deixou entrar. A banda estava passando o som, Vitor me deixou a vontade e foi se juntar aos outros.

Fui até o bar.

-Um refrigerante por favor – pedi.

O Bar-man me passou uma lata de diet coke.

-Me da um refrigerante também – Ouvi alguem falar ao meu lado. Tive a impressão de já ter ouvido aquela voz. Olhei para ver quem era.

-O que está fazendo aqui? - perguntei.

Ariel estava parado ao meu lado esperando seu refrigerante. Ele olhou pra mim.

-Oi, para você também – disse ele pegando sua diet coke.

-Eu te fiz uma pergunta – lembrei.

-E eu não tenho que ficar te respondendo nada.

Dei de ombros.

Não vou deixar ele estragar a minha noite” falei em pesamento.

Ele terminou de tomar seu refrigerante e foi para a frente do palco. Já eram quase sete horas, o show ia começar a qualquer instante. Os portões se abriram e aos poucos o lugar foi enchendo. Joguei a lata de diet coke no lixo e fui para frente do palco também.

A banda de Vitor já tinha parado de tocar, estava tudo escuro para começar o show de abertura. A gritaria aumentou quando o vocalista subiu ao palco cantando um solo, depois o guitarrista entrou e o acompanhou começando a tocar. Tinha que admitir, apesar de não conhecer a banda que estava tocando, o som deles era bem legal.

Uma hora se passou e agora a banda de abertura tocava uma musica mais lenta, fechando seu show em grande estilo. Todos nós aplaudimos.

E enquanto a outra banda, que era o destaque da noite, não entrava, fui até o banheiro ligar para minha mãe e quando peguei o celular vi que tinha três ligações perdidas.

-Alô? - ela falou.

-Oi mãe – disse – Esta tudo bem?

-Oi, sim. Liguei para saber como estava.

-Ah, bem...

-Que barulho é esse? - perguntou.

-Não é nada – falei – Estou escutando música - menti.

-Pensei que fosse sair com a Clair, já que é sexta-feira.

-Não, ela esta meio doente, então... - disse - Vou desligar agora.

-Mas... tudo bem, tchau – ela disse e depois desligou.

Agradeci por ela não fazer mais perguntas e nem falar mais nada, me lembrei que não tinha contado a ela que ia sair, então não tive outra alternativa senão mentir.

Voltei para o show, a banda tinha acabado de subir ao palco. Vi Vitor tocando com sua guitarra nova. Fiquei feliz por ver ele ali. As luzes e os efeitos sonoros estavam demais.

(...)

As horas passaram rapidamente, o show tinha sido ótimo. Mas a gritaria agora estava começando a me incomodar.

-E ai? - Vitor falou aparecendo de repente ao meu lado.

-Foi ótimo, você tocou muito bem – Sorri para ele.

Ele me abraçou.

-Obrigado – disse – Vai ficar na festa?

-Ah, não sei, estou com um pouco de dor de cabeça, acho que vou pegar um taxi.

-Tem certeza? Eu posso te levar – murmurou.

-Tenho sim – eu disse – A gente se vê depois.

Me despedi dele e sai dali deixando toda aquela música e barulho para trás.

A verdade é que eu precisava sair dali, era como se aquele lugar estivesse me sufocando. O estranho era que nunca senti isso antes.

As ruas estavam todas desertas, ônibus agora só vai passar a cada uma hora, ficar parada ali não ia resolver. Achei melhor andar até o ponto de taxi mais próximo. Odiava ficar sozinha no silencio da noite, dava a impressão de que algo ruim aconteceria.

Continuei andando por uns minutos, escutei um barulho alto de uma buzina na minha direção, não olhei para o lado e também não parei.

Outra buzina.

Andei mais um pouco.

E novamente.

Parei de andar e olhei pra ver quem estava fazendo isso, se fosse alguma coisa ruim eu correria.

Meu coração deu um salto.

-Andar a essa hora sozinha por ai é perigoso sabia? - disse Ariel parando sua moto ao meu lado.

-Ah, e quem é você pra dizer se é ou não perigoso pra mim andar sozinha a essa hora? Meu anjo da Guarda? - falei.

Ele deu uma gargalhada seca.

-Se eu fosse seu Anjo da Guarda pediria demissão do cargo, já vi que você é daquelas pupilas que dão trabalho – falou.

Olhei para o lado.

-Engraçadinho.

A rua estava mesmo deserta, a não ser por um grupo de garotos logo a frente.

-Quer carona? - perguntou Ariel oferecendo-me o único capacete que tinha.

-Ah, eu...

Olhei novamente para o grupo de garotos, todos eles estavam fumando, boa coisa não sairia dali.

-Tudo bem – suspirei, não tinha outro jeito. Peguei o capacete de sua mão, coloquei-o e subi na garupa da moto. Abracei sua cintura de má vontade e ele começou a acelerar.

Tinha que admitir, estar numa moto com ele não era tão ruim assim. Ter o vento batendo em seu rosto daquele jeito, mesmo usando capacete, era ótimo.

Mal percebi quando Ariel desacelerou e parou a moto no estacionamento de uma lanchonete.

-Porque você parou? - perguntei tirando capacete e entregando a ele.

-Para comer alguma coisa – disse ele andando na minha frente e abrindo a porta.

Eu agora estava a menos de dez minutos de casa, podia ir andando se quisesse, mas achei melhor esperar. Ariel escolheu uma mesa nos fundos da lanchonete e não era porque as outras estavam ocupadas, mas seja qual for sua razão, não perguntei.

Uma das garçonetes veio até a nossa mesa.

-O que vão querer? - perguntou ela com a voz cansada e entediada.

Ariel olhou pra mim esperando que eu falasse. Olhei no cardápio rapidamente.

-Vou querer um hamburger e uma diet coke – falei.

-O mesmo pra mim – disse ele.

A garçonete anotou nosso pedido e se afastou da nossa mesa indo para o balcão.

Peguei meu celular no bolso da calça e olhei a hora, quase meia noite.

-Com pressa? - perguntou Ariel quebrando o silencio.

-Não - respondi.

Um segundo depois de falar, meu telefone tocou.

-Alô? - falei torcendo para que minha mãe não ouvisse as vozes das outras pessoas falando.

-Elizabeth, liguei para para dar boa noite, mais achava que já estivesse dormindo. – ela falou.

-Ah. – respondi – Vou ir dormir agora – detesto mentir pra ela.

-Como esta a noite? - perguntei.

Olhei para Ariel, ele estava me olhando de um jeito diferente, meio sarcástico.

-Está otima – ela falou – Eu vou desligar agora, e deixar voce dormir.

-Ok, tchau – eu desliguei o telefone e guardei-o novamente.

Ariel balançou a cabeça.

-Mentir é muito feio sabia? - ele fingiu esta desapontado

-Não menti porque quis – falei.

-Então foi porque?

Dei de ombros.

Preferi não responder, ele estava certo, detesto mentiras, mal me lembro a ultima vez que fiz isso, a não ser por agora.

A garçonete chegou com nossos pedidos.

-Obrigada – falei.

Ariel apenas olhou pra ela, e foi o bastante pra que ela ficasse envergonhada.

Começamos a comer.

...

-Porque você faz essa cara? - perguntei observando enquanto comíamos.

-Não gosto disso – ele respondeu apontando para o sanduíche e para sua diet coke.

-Então porque esta comendo? - ele podia ter escolhido outra coisa.

-Porque preciso – respondeu.

Não falei mais nada depois disso.

Terminamos nossos sanduíches, ele pagou a conta e saímos da lanchonete, só tinha nós dois andando por ali aquela hora. Paramos em frente a sua moto, ele me deu o capacete sem dizer nada e foi então que eu vi uma coisa que não tinha percebido.

-Era você? - perguntei olhando sua moto – Era você o tempo todo?

Ele me olhou confuso.

-O que? Do que esta falando?

-Foi você quem estacionou na minha vaga na escola – falei pegando o capacete de sua mão.

-Eu não sabia que a vaga era sua e também o estacionamento estava cheio – disse.

-Não importa! E... como foi que você conseguiu tirar meu carro de trás de sua moto? - Fiquei tão irritada que mal me importei de estar falando alto no meio da rua aquela hora.

Ele deu de ombros.

-Ligação direta – respondeu.

-E como conseguiu abrir a porta?

-Tenho meus truques – disse subindo na moto.

-Você... - eu mal conseguia falar de tão irritada que estava.

Ele fez um gesto para que eu subisse. Obedeci.

-Espero que você não tenha mexido em nada – falei pausadamente.

Ele não respondeu, apenas ligou a moto e acelerou.

Expliquei a ele as instruções de como chegar a minha casa, o que ele fez rapidamente. Quando ele parou na entrada de carros, desci logo de sua moto e entreguei-lhe o capacete.

-Obrigada – falei.

Ele deu de ombros.

-Estou aqui pra isso.

Fiquei confusa com o que ele disse.

-Hum, eu...

-Não mexi em nada no seu carro – ele me interrompeu.

-Ok – foi só o que consegui dizer – Eu... te vejo por ai.

Um leve sorriso brincou em seus lábios.

-Tchau – ele ligou a moto e foi embora.


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