Em uma noite qualquer, eu estava vagando pelas ruas, voltando ao meu esconderijo, quando ouvi um barulho. Muitos pensam: mas voce esta em Manhatan, a cidade-barulho… Mas aquele barulho era diferente. Peguei a unica arma que estava comigo: um simples martelo. Me preparei para atacar. Me posicionei atras de alguns caixotes de papel. Não era seguro, mas era o suficiente.

Certa de que era um monstro, tento me encolher o maximo possivel, mas já era tarde, me alcancaram.

Quando cortaram a caixa que eu estava, parti para o ataque, sem nem mesmo ver quem ou o que era. Imediatamente uma mao forte me segura pelo pulso de modo que meu martelo cai no chao. Desarmada, comeco a me bater, para tentar escapar. Quem me segura não faz o minimo esforco para me virar de ponta cabeca.

De pernas para o ar, paro de me mecher, mas continuo de olhos fechados gritando

– MONSTROS! Me deixem em paz!! ME DEIXEM EM PA…

Quando estava prestes a acabar a fraze uma voz me enterrompe:

– O-opa. Calma ai, garotinha, não somos monstros!-

Mas eu ainda não estava segura disso.

–São sim, monstros! Voces que atormentam todas as noites! ME DIXEM EM PAZ!! ME DIXEM!!!!- eu gritava para eles. Nessa altura, eu estava curiosa para saber que monsrtos eram, mas permanecia de olhos fechados.

Eu tomei coragem de abrir os olhos quando o “monstro” me colocou suavemente no chao… e quando abri, tomei um susto: não eram monstros, e sim, dois adolescentes. Uma menina e um menino. Ambos lindos, e eu me sentia envergonhada de achar isso. O menino era o que estava me segurando. Uma mao pousava sobre o meu ombro, a outra segurava uma espada. Sim, uma espada. Ele com certeza era mais velho. Seus olhos azuis, olhando diretamente nos meus, se contrastavam com seu cabelo loiro. Ele parecia mais calmo que a menina. Ela estava, notoriamente aflita, olhando para os lados. Estava com as maos cravadas na espada e no seu medonho escudo-com-uma-simples-cabeca-de-meduza-na-frente.

–Thalia, guarde seu escudo. Esta assustando ela.- Disse o menino e logo depios, a menina, que deveria ser Thalia, deu um tapinha no centro do escudo o qual comecou a girar (magicamente) ate se transformar em um bracelete de metal. Ele se vira pra mim. – Meu nome e Luke e essa e Thalia. Como e o seu nome, garota?-

–Annabeth. Meu nome e Annabeth!- digo eu esbocando um grande sorriso.

–Muito bonito o nome- diz Thalia, ainda indiferente e perdida em pensamentos.

–E verdade, Annabeth. Muito bonito seu nome. E, me diga, voce estava gritando para que monstos deixassem em paz. Voce já viu algum monstro?-

Pergunta Luke.

–Sim, eles me perseguem em todos os lugares que eu vou. Eu não consigo nem dormir mais. Eu odeio isso.

– Eles tambem nos perseguem. E nos odiamos tambem. E nos lutamos contra eles... Temos que lutar.

Eu estava maravilhada! Alguem como eu.

– Voces sao como eu?- Perguntei. Os monstros tambem chamam voces de ‘semideus’ ? Voces sabem o que isso significa?- Eu tinha tantas perguntas mas eles trocam olhares desesperados, como se soubecem, sim, de o que eu estava falando, entao decidi nao perguntar.

–Bom, Annabeth, e complicado. Voce acredita nos deuzes gregos? Nos monstros e nos titans?-

–Acredito, sim, eu já vi os monstros, os outros dois nunca vi-

–Entao, todos eles ainda existem. E os deuzes, bom, eles se apaixonam pelos humanos mortais. E foi isso que voce e, semideusa... Com quem voce vive?-

–Com ninguem. Minha familia me odeia. Agora eu moro com as ruas.-

–Bom, com quem voce vivia? Seu pai, ou sua mae?-

–Meu pai, eu nunca conheci minha mae, ela nos abandonou.-

–Entao, sua mae e uma deuza. E ela não te abandonou. Ela não poderia te visitar, se não os monstros iriam saber onde estava e te atacar. Lea fez isso para o seu bem.

Eu estava em choque. Minha mae, uma deusa… era incrivel.

–Mas, quem e a minha mae?-

–ainda não sabemos, mas logo que chegarmos la, iremos saber. Falando nisso, temos que ir, Luke.- Disse Thalia

Quando Luke se levantou, consegiu ver uma faca na cintura dele. E ele percebeu isso. Ele olhou pra mim e sorriu.

–Sabe, voce e uma guerreira muito corajosa e uma guerreira assim pode ser util.-

–Serioo?- perguntei eu desconfiada de que ele estava brincando.

–Ah, mas e claro!- Disse Luke me estendendo o cabo da faca que estava na sua cintura.

–Mas, que tal uma arma que mate monstros de verdade? Nao um simples martelo que nao faz mal nemum neles.-

Eu pego o cabo e olho pra ele, meu olhos estao totalmente arregalados. Era perfeita!!

Thalia se vira para mim

–Facas sao apenas para guerreiros inteligentes! Elas podem ser facilmente escondidas, podem servir para matar o oponente quando esta perto dele. As facas sao usadas para entrar nas fissuras das armaduras. Voce e inteligente o suficiente para usar uma faca?-

–Sou, sim- respondo, pegando a faca.

–Esta tarde demais, e melhor nos irmos...- Fala Luke nos apressando.

Eu fico assustada com isso.

–Voces nao vao me levar pra minha antiga familia, ne?-

–Annabeth, agora nos somos sua familia.- Diz Luke, me reconfortando.

–Promete?-

–Prometo, nao vou deixar ninguem te maxucar. E eu nao vou te desapontar que nem nossas familias fizeram com agente.-

*-*

Seguimos por alguns dias. Somos atacados e nos defendemos, somos atacados, nos defendemos… e assim seguem os dias. Thalia estava ferida na perna, entao estava com dificuldades para andar.

Entao Luke decide que deveriamos visitar a mae dele, para pegarmos comida, já que nosso estoque tinha acabado, e remedios, para nos curar de gripes e machucados.

Quando chegamos na frente da casa da sra. Castellan (mae de Luke), -uma casa comum, com algumas flores mortas na varanda- pedimos para entrar, mas Luke estava de mal-humor naquele dia e nao nos deixou entrar.

Ele estava prestes a bater na porta quando um clarao nos deichou cegos por alguns segundos. Escutamos uma voz grossa. Todos nos estremecemos, pois sabiamos quem era. Eu ate que fiquei animada.

Eu nunca havia presenciado um deus antes. O primeiro deus que conheci era, justamente, o pai de Luke: Hermes.

–Voce nao deveria ter voltado pra casa- Dizia ele, com rancor.