Meu nome é Asuka. Acabei de me mudar para Tóquio. Eu morava em Osaka: um lugar muito lindo, onde tinha muitos amigos, onde conquistei coisas... mas... tive que abandodar tudo e me mudar pra esse lugar, também bonito, mas onde não conhço ninguém.

     – Então, essa é a casa? – eu perguntei para meu pai, Kenji, apontando para uma casa nem tão grande, e nem tão pequena.

     – Sim, filha. – ele respondeu – Essa é a nossa nova casa.

     – Ah, que legal! Tem um bom espaço pra brincar... – disse Kenshin, meu irmão mais novo.

     Kenji parou o carro, nós descemos, e ele disse:

     – É um lugarzinho legal sim!

     Ele ficou olhando por um instante a nova casa, até se dirigir a Kenshin:

     – E agora, vai me ajudar com as malas ou não?

     – Claro que sim, papai! – disse Kenshin, sorridente.

     – Pode deixar que eu pego as minhas coisas. – eu disse, pegando minhas malas e indo em direção à casinha. Não demorou muito e eu já estava na porta. Abri a porta receosa. Por dentro, a casinha parecia ser maior. O primeiro cômodo era uma sala-cozinha com uma escada e quatro portas. Subi as escadas e vi que fiz bem. Havia um quarto com banheiro lá. "Já era! Agora é meu!", eu pensei.

     Joguei as malas no chão e pulei em cima da cama. é, parace que nem tudo estava perdido... "Pelo menos a cama é legalzinha", eu pensei.

     Acho que eu cochilei um pouco, pois quando fui ver, minhas malas estavam encostadas em um cantinho do quarto e vinha um cheiro delicioso de waffles lá de baixo.

     Desci as escadas e vi que estava certa, Kenji estava fazendo waffles. Só achei estranho o modo que Kenshin olhava... parecia tão interessado...

     – Que legal! – eu disse para animar – Waffles era tudo o que eu estava precisando!

     – Que bom que você gosta de waffles, filha. Deu um trbalhão pra trazer as coisas para dentro e só tinha isso para comer... – ele aliviou-se – Mas agora, mudando de assunto... você gostou da nova casa, do seu quarto?

     – É... é melhor do que eu esperava! – eu disse siceramente – Tem até um banheiro no meu quarto! – Acho que ele se animou por eu ter gostado da casa... mas, não é pra menos, eu raramente gostava de coisas novas...

     – Huuum... acho que estão prontos! – disse Kenji – Prontos para comer?!

     – Tô sim, papai! – Kenshin estava tão animado... eu até estranhei...

     Ficamos comendo e conversando sobre o que iríamos fazer no dia seguinte... ah, o tempo passou tão rápido...

     – Estou indo dormir, pai – eu disse quase bocejando – Konbanwa (boa noite)!

     – Tudo bem, filha, eu também já vou dormir... – ele disse – Só vou levar o Kenshin pra cama.

     Ele pegou Kenshin e levou-o para uma das portas – devia ser o quarto dele –, enquanto eu subia para o meu quarto.

     Eu apenas tomei uma ducha rápida e pulei na cama outra vez – eu não cansava de fazer isso. Dormi tão bem, quer dizer, nem tão bem assim. Tive um pesadelo no meio da noite. Não sei explicar bem, parece que eu viajava, e quando voltava tudo estava destruído... ah, esquece, é melhor nem lembrar.

     Já era manhã. Eu acordei, dei uma arrumada na minha cama, escovei os dentes, e tomei uma ducha. Estava pronta para o primeiro dia de aula. Só faltava tomar café... huum, por falar nisso, parecia que Kenji estava fazendo omeletes.

     É, eu estava certa mais uma vez... a comida deliciosa de Kenji não enganara meus sentidos...

     – Huum... devem estar uma dilícia! – eu disse animada.

     – Ohayou (bom dia), filha! – ele disse sorridente – Dormiu bem?

     – Dormi sim, pai... – eu disse, e logo desanimei por causa da hora – Pai, não vai dar pra eu comer não, eu tô atrasada! Você leva o Kenshin, né?

     – Pode deixar, filha. Eu levo sim... – ele disse, mas eu nem ouvi direito. Estava encima da hora, e eu não podia me atrasar no primeiro dia de aula na nova escola.