Love You Till The End escrita por Priih_Cullen


Capítulo 1
Capitulo Único - Que Seja Eterno Enquanto Dure


Notas iniciais do capítulo

Hey...
Pessoas, esta One Shot era para ser postada no dia dos namorados,mas como sempre eu sou uma retardatária -porém, com uma boa intenção,rs - por esse motivo só estou postando hoje.
Espero que gostem desta shot,fiz com muito carinho e amor.
Agradeço de antemão a todos(as)que comentarem.
Enjoy...



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Capitulo único


‘’As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar. ’’

(Leonardo da Vinci)


Inverno... 1986

Hoje o dia estava terrivelmente frio e triste. Sim, triste... O céu cinzento sempre me trazia uma certa tristeza e com ela uma pontada aguda em meu coração. Lembrava-me de papai, que agora esta com o papai do céu segundo minha mãe. Era tão chato não ter mais ele para brincar comigo. Pensei.

Agora estou sozinho. Murmurei baixinho para que a mamãe não ficasse triste comigo. Agora éramos apenas nós dois. Eu era o homenzinho da casa, eu tinha que cuidar de tudo.

Olhei para os lados no escritório e mamãe não estava ali. Peguei o meu potinho azul com giz de cera multicoloridas e duas folhas em branco e sair em direção à floricultura.

Mamãe amava flores, obvio que ela estaria lá cuidando pessoalmente de cada uma. Claro que a Frida cuidava bem das plantas e do lugar. Entretanto mamãe se sentia feliz ali e de eu também de certo modo.

Contudo o movimento vinha caindo cada vez mais. Forks nunca foi um lugar ensolarado, aqui parecia inicio de inverno todos os dias, e quando este chegava. Os temporais eram intensos, o céu parecia não clarear nunca mais. E nessa época as flores perdiam todo o seu encanto. Parecia que até elas ficavam tristes, o perfume não era mais tão inebriante.

As pessoas pareciam mais tristes. E isso era um saco.

Rumei até o balcão onde minha mãe olhava atenta para uma folha de papel e a todo o momento levava o lápis preto a boca concentrada enquanto escrevia algo de novo.

–Mamãe... – chamei, e seus olhos verdes encontraram os meus totalmente surpresa por eu estar ali.

–Oh, meu amor...Você já acordou? – abriu os braços mais eu ignorei, apresando-me a tirar minha duvida.

–Por que o nome da loja é flor de lótus se aqui não tem flor de lótus? – perguntei o obvio.

Mamãe piscou algumas vezes, antes de suspirar e levar sua mente para não sei onde.

–Oh...- piscou mais algumas vezes, só que dessa vez espantando as lagrimas. E eu me entristeci por fazê-la chorar, mesmo sem saber o motivo. – Carlisle deu esse nome à floricultura por que...Dizia que a pureza de meus olhos verdes eram tal qual a pureza da flor de lótus quando nos conhecemos.

Aproximei-me dela e agarrei a sua cintura. Mamãe abaixou o rosto e beijou os meus cabelos.

–Não chora mamãe...

–São lágrimas de lembranças, elas não são ruins. São as lembranças boas que nos fortalece.

Mamãe girou um pouco seu corpo e me abraçou apertado. Tão apertado que chegava a me sufocar e a situação ficou mais critica quando ela começou a encher meu rosto de beijinhos.

–Para com isso mãe eu já sou um homem não fica me agarrando não. Tenho dez anos. –ralhei com ela. E a mamãe sorriu docemente.

–Você pode ter cinquenta anos, mas ainda assim será o meu bebê, Edward.

Larguei sua cintura e sorri para ela. O cheiro de minha mãe era tão gostoso.

Sentei em sua cadeira acolchoada que antes ela estava sentada e me pus a desenhar os meus super-heróis preferidos.

Mais tarde eu estava cansado, queria ir para a minha casa e dormir, mas mamãe teria que terminar muita coisa ainda.

O sininho da entrada tocou e eu olhei entediado para quem pudesse vir à empata a mamãe acabar logo suas coisas.

No entanto sorri quando os meus olhos encontraram os olhos mais lindos que eu tinha visto. Cor de chocolate, parecia um oceano de doçura.

Bella estava mais linda do que nunca, acho que sempre que a via mais bonita ela ficava. Meu coração batia mais que tambor quando ela sorria para mim daquela forma.

A garota mais linda que eu conheci, o seu sorriso perfeito me fazia ri junto com ela. Eu sentia a plena felicidade, a mesma quando papai ainda morava conosco.

–Esme querida. – falou a Renée enquanto abraçava minha mãe.

–Renée...Oi Bella.- mamãe falou docemente tocando em suas bochechas vermelhas.

–Esme, tem begônia? Minha sogra esta ai, e eu queria agrada-la. - falou rindo, e mamãe juntou-se a ela.

–Infelizmente não tem Renée, mas tenho Gérberas, e elas estão lindas para presentear.

Bella continuava segurando firme as mãos de sua mãe enquanto elas se encaminhavam até onde as flores e plantas se encontravam. Meus olhos a seguiam. Ela era tão linda. Suspirei.

–Filhas não são lindas?- Renée perguntou, enquanto analisava um buquê de Gérberas coloridas.

–São sim mamãe. – respondeu dando uma risadinha.

Estufei o peito e me enchi de coragem e segui até as três damas.

–Humhum...-pigarreei chamando atenção.- Bella, você quer brincar comigo?

–Quero sim, Edward.- riu levando as mãos na boca.

Mas quando ela ergueu seu pescoço e levantou a cabeça para pedir permissão a Renée com o olhar, eu vi a pequena falha que tinha ali. Seu dente havia caído e ela estava com a janelinha aberta. Eu já estive assim, só que o meu dentinho novo nasceu e tapou o buraquinho. E ainda ganhei um dólar por ele.

Sorri amplamente para ela e Bella retribuiu só que levou a mãozinha à boca.

Segurei sua mão e saímos de mãos dadas.

–Ei, sabia que você esta linda?

–Sério?- quando ela ai levar a mãozinha a boca, para cobrir a falha eu não deixei.

–Não faz isso, seu sorriso é lindo.

–Você acha? – ela sorriu mais ainda, revelando aquele sol que iluminava a floricultura de mamãe.

–Humhum...- aproximei-me dela a beijei no rosto e sai correndo.

–Edward seu bobão me espera. – correu ao meu encontro rindo.

–Tente me pegar. - gritei de volta.

–É um, é dois, é três e ...JÁ.

Corri o quanto minhas pernas permitiram por entre as roseiras e demais plantas. Mamãe estava entretida demais para chamar minha atenção por entrar ali.

Fui seguindo por uma determinada Bella, mas eu não ia perder para uma garota. Humpf...

Já cansados de tanto correr – e Bella não conseguir me alcançar- decidimos brincar de esconde-esconde. Bella iria se esconder e eu procura-la. Claro que eu iria encontra-la rápido. Mesmo ao redor de milhares de flores o seu cheiro era inconfundível e único.

Mas depois de muito ‘‘você se esconde e eu procuro. Não, você procura e eu me escondo’’. Eu decidir ser o procurado da vez.

–Olha eu vou me esconder, você depois que contar até dez. Pode ir me procurar.

–Eu já entendi Edward. – revirou os olhos impaciente.

–Tá bom...Então fecha os olhos que eu vou me esconder Bella.

–Vai...- ela fechou os olhos e virou de costas para mim. – vou contar.- avisou.- um, dois, três...

Quando eu vi que ela não me olhava, abri o armário em que minha mãe guardava as coisas da loja – como, por exemplo, os papeis para embalar as flores, ou vasos... – e me joguei ali, ficando completamente encolhido.

Ouvi passos próximos ao armário. Mas eu fiquei estático, parecia uma estatua. Levei às mãos a boca, para não permitir que eu emitisse nenhum tipo de barulho.

Esperei mais uns dois minutos não sei precisar o tempo. Até ouvir um suspiro alto e um chorinho baixo.

Bella. Um estalo forte surgiu em minha cabeça, ela poderia ter se machucado.

Abri a porta do armário e pulei sem me importa se me machucaria ou não, a segurança dela era o principal.

Bella fungava segurando sua mão, e lágrimas caiam por sua face de porcelana.

–O que foi Bella?- perguntei baixinho, aproximando-me dela.

Sua mãozinha estava colada em seu peito. Quando ela ergueu a cabeça olhando em meus olhos, meu coração perdeu uma batida, seu rostinho estava banhado de lamentos.

–Eu, não quero mais brincar... Eu me machuquei Edward. – balançou o dedo médio onde havia uma gotícula de sangue, seus lábios em formato de coração formava-se um biquinho trêmulo.

–Olha pra mim bebê, não fica assim não. –segurei em seus pequenos ombros e seus olhos verteram mais água.

–Oh...Não chore, eu estou aqui com você Bella.- abracei o seu corpinho e do mesmo jeito ela me abraçou. Forte, cheio de carinho e intensidade.

Afastei-me um pouco dela, apenas para enxugar suas lágrimas e levar sua mãozinha até a pia para lavar o sangue que escorria do furinho pequeno.

–Obrigada! – sussurrou quando o seu dedo não havia mais vestígio de sangue.

–Bella?! Desculpe isso foi tudo culpa minha.- abaixei minha cabeça tristonho.

–Não foi não, Edward. Foi culpa do espinho feio. – fez uma careta que se eu não estivesse tão chateado pelo que aconteceu com ela eu teria rindo.

–Mas eu deixei você sozinha. - puxei o seu corpo agasalhado para o meu e a abracei. Beijei os seus cabelos cheirosos e me sentir bem por o seu dedinho tá melhor. Apertei o seu corpo com mais força e ela riu.- eu não vou te soltar nunca mais.

–Eu não quero que você me solte mesmo. – deu de ombros e me abraçou mais.

Parecia que a minha vida estava completa com a sua presença ali. Era tão bom.

–Não vou te deixar nunca bebê...Nunca. – falei baixinho e Bella apenas sorriu enquanto ouvia o meu coração bater acelerado por tê-la assim. Tão minha.




Primavera...1996

’Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.’’

(Antoine de Saint-Exupéry)


For Annabelle

Toda a minha atenção e todo o meu coração estavam voltados para a garota mais linda que eu havia conhecido todos os meus sentidos estavam ligados nela, para ela e por ela.

A ela e somente a ela, entreguei o meu coração e minha vida e o mesmo ela estava fazendo.

Eu estava literalmente vidrado na figura pequena com vestido de noiva- o que devo ressaltar a noiva mais linda que eu já vi- Bella exalava pureza e sensualidade naquele vestido feito exclusivamente para ela.

Dali a alguns minutos ela seria a minha esposa. Senhora Cullen. Esse nome me parecia tão perfeito para ela!

O padre continuou, tirando-me dos meus alheios...

– Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimônio, unam-se as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.

E assim o fizemos. Por impulso peguei sua mão e a levei ao meu coração e em seguida aos meus lábios num toque sutil.

Para depois fazermos a nossa promessa que seguiria até o fim da nossa vida. Meus olhos sempre conectados nos dela. Eu podia ler sua alma e saber que aquele momento único para os dois era também o mais feliz de nossas vidas.

– Isabella Swan, deste dia em diante, estaremos juntos para dividir tudo que estar por vir. Todos os momentos de alegrias e tristezas, conquistas e derrotas, as angustias e os sonhos. Eu te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. E assim sendo aconteça o que acontecer eu vou sempre te amar, até o fim dos nossos dias.

Minha linda noiva estava com os olhos banhados de lágrimas, olhei para a sua mão um pouco trêmula e acarinhei sutilmente o local. Bella odiava atenções e, no entanto todos os olhares estavam voltados para a garota de vestido branco.

Ela respirou fundo, e sorriu.

–Edward Cullen, hoje eu lhe aceito como o meu esposo, prometo amá-lo e respeita-lo com toda a ternura que há em meu coração. Estarei contigo em todos os momentos felizes e tristes, na saúde e na doença e tenho a absoluta certeza que juntos conseguiremos realizar todos os nossos sonhos. Que Deus nos mantenha sempre no caminho do amor. Assim como eu te amo hoje, te amarei até o fim de nossas vidas.

Meu coração bateu acelerado com aquelas palavras, cada um escreveu seus votos e entregamos com antecedência ao padre. Mas o que mais me deixou feliz foi que como não vimos o voto um do outro, mas o jeito que cada palavra se encaixou. Não precisávamos dizer nada um ao outro para saber o que sentíamos.

Unimos nossas mãos direitas e meus olhos ficaram úmidos ao notarem seus orbes com lágrimas descentes. Suas palavras doces e sinceras inflaram meu coração de amor, como se isso fosse possível. Levantei a mão esquerda e pousei em seu rosto tocando delicadamente a cútis delicadamente maquiada.

–Para sempre. - sussurrei para ela olhando em seus olhos.

–Sempre. - respondeu sussurrando, mas com a mesma intensidade que eu havia lhe dito.

O padre proferiu mais algumas palavras às quais eu não fiz questão de entender. Meu universo era apenas a minha esposa e a minha atenção também.

–(...) Não separe o homem o que Deus uniu... – ele fez o sinal de benção sobre nós e concluiu. - Eu vos declaro marido e mulher.

–Minha mulher. –sussurrei só que para ela ouvisse. Sorri bobo diante dela e nossos amigos.

–Só sua.

Segurei em seu rosto com as minhas mãos delicadamente, e depositei um beijo cálido em sua testa.

–Minha Bella, para sempre.

–Até o fim... – ela murmurou.


Cinquenta anos depois


‘’Só existe uma lei no amor; tornar feliz a quem se ama. ’’

Stendhal


–Eu tive o meu conto de fadas realizado naquele dia. – ela cochichou com a cabeça colada em meu peito.

Cinquenta anos de casamento, não são cinquenta dias e tampouco cinquenta horas. É quase meio século convivendo um ao lado do outro. Hoje estávamos comemorando Bodas de Ouro. Iriamos comemorar do jeito que amamos. Com a nossa família.

–Então eu sou o seu príncipe? – perguntei divertido, enquanto colava a minha boca na sua.

–Não...O meu príncipe é o Ethan.

Franzi os lábios fingindo ressentimento.

–Quer dizer que eu deixei de ser seu príncipe?- Bella sorriu o mesmo sorriso doce de mais sessenta anos atrás.

Tocou meus lábios com os seus, num leve roçar, e tocou em meu nariz com o seu em um beijo adolescente de esquimó.

– Você é a minha vida bobão.

Ufa...Pensei que tinha deixado de me amar só por que eu sou um pobre velho aposentado. – brinquei.

Ela riu alto me abraçando. Ali naquele quarto cabia uma vida inteira, de união, confiança, companheirismo e muito, muito amor.

Agarrei sua cintura, colando seu corpo no meu. Minha vontade era de fundir-me a ela. O que era impossível, infelizmente.

O seu cheiro delicioso de frésias inflava minhas narinas, sua fragrância reconfortante me trazia paz, e naquele momento em especial, me trouxe uma enxurrada de lembranças de tudo o que vivemos. Namoramos, noivamos, casamos, procriamos e agora aproveitávamos a vida a dois e contávamos os minutos para a chegada de nossos netos e bisnetos. Sim, nós já tínhamos dois bisnetos, um ainda estava para chegar, mas desde a concepção já era um Cullen.

–Eu te amo sabia? – perguntei mergulhando naqueles orbes, que mais pareciam um grande e enorme mar de chocolate derretido.

–Eu tinha uma leve impressão disso nesses sessenta anos juntos. – falou no geral entre namoro e casamento. – Sabe?! Eu também te amo...Eu acho. – riu.

–Oh...Você acha?! Você acabou de ferir meus sentimentos Bella Cullen. – levei minhas mãos ao peito como se tivesse me sentindo ofendido.

–Hm...Eu te amo, muito, muito, muito. – jogou-se por cima do meu corpo, salpicando meu rosto de beijos. – Wow...Caralho, minha coluna. – gemeu.

Eu ri.

–Esta velhinha, hein senhora Cullen? – ela me beliscou e eu gemi. –Porra, Bella.

–Não me chama de velha, Edward. Fique sabendo que na aula de hidroginástica o instrutor...

–Quem? Aquele rapazote?

–Humhum...O nome dele é Jacob...E bem que fica olhando minhas pernas.

Fiquei rígido, que merda era essa?! Que filho da puta, dando encima da MINHA senhora.

–Bella que conversa é essa?! Pois, agora eu vou fazer essas aulas com você. – fui sucinto.

E ela riu descaradamente em minha cara, por causa dos meus ciúmes. Sim, não vou negar. Tenho ciúmes dela sim, pode se passar mil anos, eu ainda sentirei.

–Ai...Edward... – tocou em meu peito, colocando a mão em meu coração. –O meu coração, só bate por esse aqui. E no dia, em que ele não demonstrar mais esse amor... É por que ele parou.

Não queria pensar em nada mórbido. Só a menção de seu coração parando, me fazia sufocar.

–Sua pele parece um alabastro de tão claro e brilhante que é... Seu rosto é de uma beleza sem igual parece porcelana delicada...

–Para de conversa Edward, para ser galanteador não precisa mentir. – Interrompeu-me.

–Não estou mentindo e você me magoa achando que eu faria isso com você. –falei firme.

–Desculpe.- Bella parecia a mesma menina que ia brincar comigo na floricultura de Esme e que mal desgrudava da mão de Renée.

–Nunca mais diga que eu estou mentindo quando falo que você é linda, entendeu?! – ela assentiu com o rosto rubro de vergonha.- Para mim, você é perfeita...Linda e...Gostosa.

Bella pendeu a cabeça para trás e eu aproveitei para abocanhar seu colo cheiroso.

–Edward...- gemeu.- você esta tentando me persuadi para me levar para a cama?!- sorriu, encarando-me com a sobrancelha erguida.

–Só estou seduzindo a minha esposa, que esta louca para ser... Seduzida. – lancei um sorriso torto, o qual eu sabia que lhe deixaria caidinha.

–Não fica me dando esse sorriso não, que eu não caiu... - beijei sua clavícula e ela murmurou algo que não conseguir entender.

–Eu ainda vislumbro você?

–Muito...

–Bom saber, por que eu quero você...

–Me deixa ver como esta o edzinho. – tocou em meu pênis e sorriu ao encontra-lo meio rígido. As leis da física chegam para todos não é?!

Uma ereção agora era algo raro mesmo tendo uma linda mulher ao meu lado, e eu também preferia algo natural, nada de recorrer aos azuizinhos (Viagra).

Fizemos amor, como sempre fazíamos calmo, lento e cheio de palavras doces sussurrados com carinho enquanto nos amávamos.

Não que fossemos o casal perfeito e não brigássemos claro que isso acontecia vez ou outra. Quantas vezes já dormir no sofá por Bella achar que a minha antiga secretaria- na época em que eu trabalhava- era linda e eu olhava diferente para ela? Tantas outras vezes discutimos até altas horas pela educação de nossos filhos? Mas nada disso nos fez pensar que poderíamos ter tido outras escolhas. Éramos um do outro e isso nos bastava.

Tomamos banho juntos, mas logo fui expulso do banheiro, já que a Bella queria se apressar para encontrar nossos filhos e minhas mãos incansáveis não aguentavam ficar longe de seu corpo. No auge de seus –quase- sessenta e oito anos, Bella fazia inveja em muitas mocinhas de vinte anos ai... Claro que a ação do tempo era implacável com todos. Não seria diferente com ela. Mas suas curvas sinuosas continuavam perfeitas –claro que maiores do que já fora-

Tudo em Bella inspirava jovialidade e disposição. Às vezes essa sua hiperatividade me irritava. Como por exemplo: Mesmo no maior frio às sete da manhã ter que estar pronto para a nossa caminhada matinal. E ainda tínhamos que tomar um, tal suco de luz. Quando eu me recusava a fazer isso – pelo cheiro não ser nada atrativo e o gosto não é nada agradável- ela me dava uma verdadeira aula sobre todos os benefícios que aquele suco me traria. Era bom para a circulação sanguínea, para o sistema imunológico e para controlar o nível de colesterol e mais um par de coisas. Que na nossa idade não podíamos nos descuidar, e nisso eu concordava piamente. Passávamos muito bem como um casal cinquentão ou menos. E isso era ótimo.

Vesti uma calça social preta e uma camisa branca de botões, não costumava ficar em casa assim, mas hoje era uma data especial. Nossos filhos, netos E bisnetos nos esperavam na sala para comemorarmos.

–Bella?! Vou descer querida, ou quer que eu te espere? – perguntei borrifando o perfume preferido DELA.

–Eu ainda não acabei o meu banho, Edward. Vai lá, vou demorar um pouco mais. – berrou do banheiro.

–Mulheres. – retruquei.

–Homens. - ela replicou se conheço bem minha esposa, ela falou revirando os olhos.

Peguei o meu celular e disquei para um número tão conhecido por mim e sair do quarto. Caminhei pela sala movimentada e sorri para os meus netos brincando.

–Princesinha do vovô cuidado para não se machucar. – chamei atenção da Erin filha do meu filho mais velho o Ethan.

Assim que ouvir a voz do meu garoto sorri.

–E então filho, comprou o buquê e mandou personalizar o cartão para sua mãe?- perguntei eufórico, tal qual um menino de quinze anos, ansioso pelo ‘’sim’’ de sua primeira pretendente.

Papai, fique tranquilo. – notei uma conotação de sorriso em sua voz.- Comprei o mais lindo e o maior buquê de frésias.

–Filho, não esquece que tem que ser bem, coloridas e perfumadas.

–Pai, são perfeitas. Fica calmo...Esta parecendo um menino. – ele riu e eu não pude deixar de ri junto.

–Vem logo, Ethan.

Vou desligar pai, até já.

Eu adorava essa cumplicidade que nós tínhamos com os nossos filhos. Éramos mais do que pais, éramos amigos e muitas vezes confidentes.

Um cheiro delicioso inflou minhas narinas e eu corri para a cozinha, minha filha Hellen e sua filha Amber minha neta mais velha e gestante de nossa segunda bisneta preparavam algo ali. Estaquei na porta observando-as. Quase quatro gerações ali naquele cômodo.

–Hm... Pelo cheirinho gostoso, aposto que a comida esta uma delicia.

–Vovô... – Amber veio me abraçar. – cadê a vovó?

–Está se arrumando querida. – respondi afagando o seu barrigão de quase oito meses.

–Pai eu estou terminando de preparar Linguado com molho de alcaparras, espero que o senhor e a mamãe gostem.

–Hummm...Já estamos adorando Hellen.

–E para a sobremesa...Fiz duas, a preferida da mamãe e do senhor. Sabe quais são?

Estalei a língua podendo sentir o gosto dos doces feitos por nossa filha, que era chef de cozinha.

– Crumble de pêssego com chocolate da mamãe e o crumble de morangos do jeito que eu gosto com a crosta mais durinha? – ela assentiu rindo.

–Essa é a minha filha preferida. – agarrei pelos ombros e beijei o topo de sua cabeça.

Hellen era a copia fiel de sua mãe. Até os olhos chocolates de Bella a nossa filha herdara, já o Ethan era uma copia totalmente minha, sem nenhum traço de sua mãe a não ser pelos cabelos cacheados. Sua única interferência em nosso filho.

Alguns minutos depois minha mulher desceu perfeitamente bela, um vestido de botões até os joelhos marrom, saltos da mesma cor e poucas joias. Simples como sempre fora. Os cabelos com alguns fios brancos, mais ainda assim marrons contrastavam impecavelmente com sua pele alva salpicada apenas por algumas sardas as quais eu achava charmosas.

–Linda como sempre. – peguei em suas mãos ajudando-a a descer das escadas.

–Obrigada meu amor.- agradeceu-me, tocando seus lábios nos meus.

–VOVÓ...- nossos netos e nosso bisneto Cullen mais novo – por enquanto- correram em sua direção.

Davi nos seus três anos exigiu mais da atenção de sua avó, então pediu colo. Minha mente e os meus olhos captaram o momento em que Bella abaixou-se para bota-lo no colo e logo em seguida fez uma careta respirando fundo.

–Bella?!- sussurrei aflito.

–Eu estou bem, meu amor, eu estou bem...- aproximou-se de mim, acariciando-me o maxilar. – foi só um cansaço.

Olhei-a atormentado. Não era a primeira vez que Bella sentia-se cansada. E a minha preocupação aumentou significadamente quando ela tomou duas respirações profundas e soltou vagarosamente. Como se sentisse... Dor, sim dor...

Minha expressão não estava nada boa, pois Bella levou os seus dedos finos até o vinco de minha testa e esfregou ali gentilmente.

–Eu estou ótima, Edward. Pare de se torturar e não faça essa cara na frente dos nossos filhos, você sabe como o Ethan e a Hellen são.

–Isabella...- já ia lhe dar uma bronca, mas ela começou com aquele jeito doce, que só ela tem e eu me desarmei por completo.

–Para de ser preocupado demais, Edward...Hum?! Não estrague a nossa maravilhosa manhã. – sorriu e eu não pude deixar de apesar da preocupação rir junto.

–Mas...

–Se eu sentir qualquer coisa eu te digo. Juro!

–Palavra de escoteiro? – perguntei divertido, querendo sair daquele papo de incômodo.

–Palavra de escoteira raio de sol. – nós dois rimos, raio de sol era um acampamento ao qual nós frequentávamos. Os meninos ficavam em um e as meninas no raio de sol.

Agarrei minha esposa pelos ombros e caminhamos assim com os nossos netos ao nosso redor.

Logo nos reunimos a grande mesa, para provarmos as deliciosas especiarias feitas por nossa filha, nosso genro e nossa nora juntou-se a nós também e aproveitamos para degustarmos de um delicioso vinho encorpado William Fevre Chablis saborosíssimo que combinava com a carne branca do peixe e o seu molho de alcaparras.

Nosso almoço especial foi regado a risadas gostosas e muitas, muitas historias desse cinquenta anos de união.

Tanto nossos filhos quanto eu queríamos uma festa com todos os nossos amigos e conhecidos, só que Bella bateu o pé e não aceitou. Dizendo que esse momento deveria ser celebrado apenas ao lado de quem amamos. E como sempre ela tinha razão, era maravilhoso ver a casa cheia, reunida com as pessoas que fazem parte de nós.

Depois da nossa pequena, mas imensa e significativa confraternização deixei todos sentados na sala de estar e encaminhei-me até onde havia combinado com o Ethan para pegar o enorme buquê de frésias coloridas.

Quando retornei com o buquê os olhos de minha esposa embargaram-se pelas lágrimas, meu coração se enchia de plenitude ao notar o sorriso incomensurável de felicidade em seus lábios cor de rosa.

–Eu te amo. – ela sussurrou.

–Para sempre. - completei enquanto lhe entregava as flores e deixava um sutil selinho em seus lábios.

Seus braços rodearam meu pescoço. Abraçamo-nos com ternura e paixão, enquanto sorriamos por ouvir risinhos abafados das crianças.

–Ler. – cochichei em seu ouvindo apontando para o bilhete.

–Em voz alta mãe. – pediu Ethan abraçado a sua esposa.

Bella segurou o bilhete rosa perfumado e começou a entoa o soneto do poeta que sempre falou ao nosso coração.

''De almas sinceras a união sincera

Nada há que impeça: amor não é amor

Se quando encontra obstáculos se altera,

Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,

Que encara a tempestade com bravura;

É astro que norteia a vela errante,

Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora

Seu alfange não poupe a mocidade;

Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma para a eternidade.

Se isso é falso, e que é falso alguém provou,

Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.''

William Shakespeare

Esse poema foi escrito por William Shakespeare grande poeta que arenga o coração. Ele expressou nesse soneto Bella, tudo que eu queria dizer, mas as palavras me faltam.

Bella, ou melhor, Amor da minha existência... Você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida. Querida, você apareceu em como uma gostosa e perfumada brisa numa tarde quente de verão. Completou o que antes era incompleto. Apenas comecei a viver com plenitude no momento em que você passou a ser a minha vida. Sua essência de vida é tão maravilhosa que preenche todos os poros do meu ser, imperfeito. A única grandiosa perfeição em minha vida – nossa vida- é o amor que desabrocha em cada ano, a cada dia mais e a evolução disso é única. O amor, que eu sinto por você em todos esses anos.

Cinquenta anos Bella, cinquenta anos que vivemos como eternos namorados. Todas as dificuldades que passamos momentos esses que nos fizeram mais fortes e unidos.

Queria dizer muita coisa, mas o que são palavras?! Palavras são apenas palavras e não expressão nem a metade da imensidão do meu amor. Ah!! Se a minha boca pudesse articular tudo que o meu coração sente...

Mais quero que saiba que a cada sorriso, a cada suspiro, a cada batida de coração eu te amo mais e mais.

Te amo intensa e eternamente.

Do homem que não sabe viver num mundo onde você não exista.

Edward Cullen

Sua voz era embargada assim como o mar chocolate de seus olhos que estavam marejados.

–Eu te amo bobo. – gritou, fazendo todos nós rir. – Para sempre. – a sinceridade em sua voz era um balsamo para minha vida.

O nosso dia foi irrigado a muito amor e a declarações. Sentamos nas espreguiçadeiras próximas para aproveitarmos um pouco ainda do cálido calor da tarde primaveril. Nossas mãos grudadas uma na outra. Minha Bella tinha deixado o salto de lado e estava descalça, parecia uma garota, aquela mesma que eu havia me casado.

Nossos netos corriam alegres por toda a casa, nossos filhos conversam animadamente entre si e nós dois apenas olhávamos maravilhadas, as vidas que trouxemos ao mundo enquanto aproveitávamos o bom tempo de Forks - raro- tomando um delicioso chá gelado de pêssego.

–Hoje eu poderia morrer... Por que eu morreria feliz. – falou olhando ao redor sorrindo.

Senti o meu sangue gelar. Esse não era o tipo de conversa que eu queria ter em minhas bodas de ouro. Essa não era a conversa que eu queria ter. Nunca!

–Oras...Não fale bobagens Bella. –ralhei.

–Oras por quê?! Hein Edward Cullen?! – olhou com as sobrancelhas erguidas, me desafiando a continuar.

–Por que eu não quero que você morra. –confessei.

–Hm...Você sabe que todos nos temos que morrer um dia não sabe?!- falou daquele jeitinho divertida de sempre.

–Eu sei disso, mas antes de você morrer, eu quero morrer primeiro. – fui sucinto em minha afirmação. Por que era verdade, um mundo sem Bella perderia a graça e com ela iria a minha vontade de viver.

–Por que me deseja tanto mal? –perguntou séria. Não entendi essa pergunta. Como assim?! Eu estava lhe confidenciando que não poderia viver em um mundo que ela não existisse e ela estava dizendo que eu estava lhe desejando mal?! Olhei-a chateado com um tanto de magoa na voz continuei.

–Por que eu te amo demais para te ver partir. – segurei suas mãos finas e olhei em seus olhos úmidos.

–Eu peço a Deus todos os dias para ir antes de você Edward, eu não posso viver no mundo onde o meu amor não exista.

~~~~

Ao chegar o crepúsculo nossos filhos tiveram que ir, afinal todos eles tinham os seus afazeres. E nós continuamos ali, conversando amenidades até as estrelas apontarem no céu e a escuridão cobrir o azul claro do céu que era maculada por suas nuvens em formas habilmente disformes. Mas com a sua beleza intacta. Riamos de suas formas belíssimas. Coelho, crianças com cabelos ao vento, cachorrinhos com suas gravetas, mas isso poderia ser também fruto de nossa imaginação afortunada. Que fosse! Isso era o de menos, afinal eu tinha suas risadas para completarem toda a atmosfera. Perfeita!

–Esta vendo aquela estrela?

Bella assentiu, olhando para onde eu apontava.

–Aquela é a mesma estrela para que eu olhava quando estava viajando e sentia tua falta.

–Eu olhava para ela também...A mais brilhante, você que me mandou olhar...Por que se eu a olhasse na mesma hora que você, estaríamos juntos rapidamente.

Era Orion a constelação que poderia ser vista e abrangida por todos, já que suas estrelas brilhantes eram inconfundíveis. Por serem as mais brilhantes em todos os hemisférios.

–A Alnilam é a que mais esta brilhando para nós...

Ficamos em silencio por um tempo. Palavras não precisavam serem ditas, nós nos entendíamos pelos movimentos que fazíamos ou até mesmo a nossa respiração.

Depois de alguns minutos ouvindo apenas a respiração do outro, resolvi quebrar o silencio. Precisava ouvir sua voz.

–Que tal amanhã ir para a reserva? – perguntei empolgado com a ideia, Bella adorava aquele lugar e eu também. Leah, uma amiga antiga continuava a morar lá.

–Por que não passamos o dia todo na cama? Não estou com disposição para passar o dia na casa dos outros. – levou às mãos a cabeça e fechou os olhos respirando fundo. – o cheiro das frésias vem até aqui.

–Esse é o cheiro que eu sinto todos os dias Bella...Em você.

Bella levantou o tronco, apoiando-se no cotovelo apenas para me dar um selinho cheio de carinho.

–O cheiro de sua pele impregnada na minha é o que eu sinto dia após dia. – eu sorri amplamente para ela como retribuição para o seu sorriso luminoso que ainda deixava-me sem ar.

–Às vezes parece que vivemos um sonho, sabe Bella?! Como se algum momento eu fosse acordar, e ver que nada disso foi verdade, foi apenas uma ilusão de minha cabeça excêntrica.

Larguei o ombro vencido, às vezes parecia que eu vivia um fantasia ao lado da mulher maravilhosa que eu tinha. Isabella era a meiguice e a fortaleza em pessoa, se isso fosse um sonho e se a qualquer momento eu fosse acordar para a minha realidade sem a menor duvida eu preferiria a morte.

–Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. O que interessa mesmo não é à noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado." (Sonhos de uma noite de verão - William Shakespeare)

Bella citou uma das passagens mais bonitas, do livro que ela mais gostava.

–Eu associo o nosso amor com as escritas de Shakespeare, intensas e perfeitas.

–Eu também ... – fui interrompido por um gemido de dor.

–Hm...- ela respirou forte, e crispou os lábios.

–Bella...- levantei rapidamente analisando o seu rosto, mais pálido que o normal, e não era pela luz da lua, a falta de sua resposta deixou-me apavorado.

–Edward...- Sussurrou com aparente dificuldade, levando as mãos ao peito.

–Bella, fala comigo... Pelo amor de Deus, o que esta doendo? –meu estado já era desesperador, agarrei meus cabelos, puxando-os com força.

– Pe...ito.

Porra de vida, por que eu não tinha mais forças para pegar minha mulher nos braços bota-la num carro e disparar para o primeiro hospital?! Simples, a lei da vida é essa, eu envelheci não tenho a maldita força de um cara de trinta anos.

Tirei o celular do bolso e disquei para o primeiro numero que vi. O do meu filho Ethan, agradeci aos céus por meus filhos morarem próximos.


~~~~~~***~~~~~~


The Scientist



–Edward...Eu quero ir a praia. – disse minha mulher, cuja beleza continuava impregnada em sua pele, acho que ainda mais depois de todos esses anos.

–A senhora não pode mamãe. – se opôs o Ethan. – não podemos sair do hospital assim.

–É melhor não mamãe, a senhora esta debilitada e não bom pegar mais friagem.

Eu sabia que por trás do seu pedido havia algo a mais.

A mais de uma semana ela estava internada fazendo uma bateria de exames, os quais me deixaram mais angustiado. Bella não era dada a reclamações e a pedidos extravagantes o seu pedido não era um mero capricho infundado.

–Quando você quer ir meu amor?- perguntei sentando-me na cama ao seu lado.

Meus filhos olharam-me como se eu fosse um insano. Contundo, prevaleceria o que a minha vida quisesse. Estávamos em perfeito estado de discernimento.

Nosso filho primogênito Ethan, conversou com o médico, e claro que este não acharia adequado leva-la, todavia meu filho que também é médico se responsabilizou.

Seguimos para a praia erma a qual amávamos passar as manhãs nas férias das crianças. La Push, guardava lembranças maravilhosas de uma época que nunca vai voltar. Nossa juventude onde insanos e loucos apaixonados fazíamos amor ali, ou a infância de nossas crianças que corriam serelepes por toda a praia. Minha Bella sempre tão atenta para que nada acontecesse aos nossos filhos. Uma esposa e mãe jovem excepcional. Sempre se deixando para escanteio, que se muitas vezes não fosse por mim, nem ao medico ela iria por sempre se achar ótima de saúde. Como eu fui relapso com ela dessa vez, se eu tivesse dado atenção em seus pequenos sintomas ela não estaria no estado em que se encontrava. Fazendo mais exames e mais exames, sem sabermos o que vamos encontrar no meio do caminho. E apenas a menção disso me matava.

Segurei sua mão com firmeza. Ali era a minha corda de salvação, enquanto o meu braço estava protetoramente agarrado a sua cintura lhe dando algum apoio, começamos a caminhar vagarosamente pela areia fofa e incrivelmente morna daquela praia –que geralmente era fria- e as ondas rasteiras quebravam em nossos pés.

–Você cuida tão bem de mim. – quebrou o nosso silencio, parando um pouco para olhar o mar. – mais do que eu cuido de você, sempre foi assim. – sorriu. – Lembra?! Por quê?!

Sua voz arrastada doía em meu peito e machucava minha alma.

–Você é a minha vida, a minha querida, você é o meu amor Bella.

Embora eu não tenha passado nenhum dia da minha vida sem lhe dizer o quanto eu lhe amava e ouvir também. Eu sentia uma necessidade alucinada de dizer o que sentia naquele momento. Bella parecia tão frágil que muitas vezes me remetia a uma nuvem de fumaça que no primeiro sopro se desfazia em mil partículas.

–Eu te amo muito. – murmurei.

–Eu...- tossiu.- te amo mais.

~~~~***~~~~

Bella e eu, sempre fomos companheiros de longa estrada. Nunca, sequer um dia, ficamos longe um do outro por querer, às vezes as questões de trabalho me obrigavam a afastar-me dela fisicamente, mas minha volta era cheio de vontade de tê-la sobre meu corpo sussurrado palavras sujas e doces. Outras pessoas poderiam ver isso como possessividade, mas para nós, isso se chama amor.

Quando essa forte dor no peito lhe atingiu, no principio pensamos que era coração, depois uma forte pneumonia. Não estávamos preparados... Eu não estava preparado para a adaga envenenada que estava sendo enfiada em meu coração. Depois de revirarem-na pelo avesso, descobriram hipertensão pulmonar. As artérias não estavam irrigando direito os pulmões e consequentemente veio também a falhar o seu coração. Como o problema de minha esposa era primário, ou seja, sem motivos aparentes e sem achados que explicassem tal coisa- já que Bella, não fumava porque o secundário era gerando do enfisema pulmonar e tampouco doença cardíaca congênita não havia explicação plausível.

Como nenhum distúrbio foi encontrado para a maldita doença ela tinha que ser urgentemente submetida a um transplante de pulmão. Mas esse órgão era tão difícil, mesmo Bella estando em um estado incerto e o seu nome estando na lista de urgência para transplantes, nada ainda havia acontecido. Se fosse preciso eu arrancaria os meus pulmões só para que ela pudesse ficar bem, mas meus pulmões... Também não estavam lá essas coisas. O transplante pulmonar era a única solução e a cada minuto de espera aqui estava me matando. Eu queria implorar por socorro, minha vida estava se desfazendo numa lufada de ar.

Quando Bella foi internada eu pedia a Deus todos os dias para que os dias passassem logo, que as horas fossem mais rápidas, que o ponteiro do relógio demarcasse os segundos quase que imperceptivelmente, para que ela pudesse ir para casa logo, lá era terrivelmente vazio e frio. Sem ela nossa casa deixava de ser o nosso lar. Entretanto agora depois dos diagnósticos, eu só peço a Deus que os dias passem vagarosamente, que as horas estejam sempre ao nosso favor, e passem lentamente cada segundo. Contudo, parecia que as minhas orações nunca eram ouvidas.

Seu corpo estava fraco, seu coração não estava mais no compasso, sua respiração era realizada através daqueles terríveis e temíveis tubos do ventilador mecânico. A cada dia que olhava para ela e via o seu estado, uma parte de mim acabava morrendo.

Beijei seus cabelos, aspirando seu cheiro ainda tão inebriante de frésias, o mesmo cheiro de mais de cinquenta anos atrás. Sentei-me em uma das cadeiras brancas que havia próxima a cama hospitalar e parei olhando-a tão frágil, tão...Tão quebrável.

Peguei sua mão, tão pequenina perto da minha e levei aos lábios. Senti meus olhos umedecerem e pisquei seguidas vezes para tentar afastar as lágrimas que teimavam em estar presente.

Bella sorriu aquele sorriso que eu tanto amava doce, amável, acolhedor.

–Como está se sentindo?! – perguntei.

Eu havia saído de perto dela, por três longas horas, ela havia insistido muito para que eu fosse para casa descansar, por que eu tinha que me cuidar e no hospital tinha gente o suficiente para cuidar dela, e fora os nossos filhos que estavam ali. Como eu não quis contraria-la sai, com o coração apertado, mas depois dos meus afazeres voltei.

–Um pouco melhor...- falou com um pouco de dificuldade tirando o aparelho do nariz.

Eu não queria puxar conversa para que ela não acabasse com falta de ar, então resolvi ficar ali quietinho, apenas segurando sua mãozinha delicada.

–Deita aqui comigo...- pediu.

–A cama não cabe nós dois, ela é estreita...- a realidade era que eu não queria incomoda-la.

–Está me chamando de gorda?! – soou divertida.

–Nunca...Você esta com o mesmo corpinho de sessenta anos atrás, quando eu me apaixonei por você na floricultura de Esme, segurando com força a mão de Renée. – ela riu. Sua risada era fraca, mas era o melhor som para os meus ouvidos.

–Eu...Me encolho...Deita comigo. – seus olhos chocolates como um grande oceano derretido, brilharam intensamente.

–Claro, minha princesa. – levantei da cadeira, mas sem nunca soltar sua mão.

Bella ajeitava-se na cama da disposição que podia, lentamente. Assim que ela me deu espaço, deitei-me desajeitadamente na cama, puxando o seu pequeno corpo para o meu... Como fazíamos quando namorávamos. Um de frente para o outro.

–Obrigada meu príncipe. – agradeceu. - Eu te amo.

–Não mais do que eu, minha princesa.

Bella posicionou a cabeça do jeito que ela mais gostava, em meu peito. Passei a acalentar seus cabelos chocolate agora com alguns fios brancos e a cantarolar sua canção de ninar que eu mesmo compus para ela.

–Estou...Com..Sono.


–Shii...Apenas durma. – tirei a máscara de suas mãos e levei ao seu rosto novamente. Bella projetou um sorriso, mas esse não chegava aos seus olhos como sempre e isso por um momento me fez vacilar. – estarei velando seu sono, meu amor.




My Love



–Obrigada. –disse letárgica.

–Obrigado, você...Que completou minha vida e fez cada dia especial e único.

Não sei se ela me ouviu, por que antes de minhas palavras ela rapidamente, aquietou-se em meus braços e sua respiração leve causou-me quietude. Quando percebi que ela adormecera, minha intenção realmente era velar seu sono, porém o seu calor e seu cheiro a muito não sentido assim por mim, me fez relaxar e acabei cochilei abraçado a ela.

Não sei quanto tempo ficamos assim. Mas sem duvida o melhor lugar era onde ela estava. Mesmo que isso significasse que eu teria que me mudar praticamente para o seu quarto no hospital.

Despertei com ela ainda aconchegada em meu peito, que subia e descia. Minha mão voltou a pentear os seus cabelos. E ainda de olhos fechados, sorri.

–Hm...Sabe o que eu comprei hoje?! Aquele sorvete de mirtilo que tanto você adora...Está lá para a gente tomar quando você sair daqui...Ah...Eu também comprei peixe, para fazer daquele jeito ao forno como você tanto ama...

Ela deveria estar dormindo, ou fingido, ela mesma havia me confidenciado isso uma vez. Que amava ouvir minha voz, por isso ficava quietinha apenas me ouvindo. E devo confidenciar que o mesmo acontecia comigo, sua voz doce e aveludada me trazia uma forte onda de calmaria.

–Quando eu cheguei em casa tomei banho e me sequei com a sua toalha só para seu cheiro impregnar em mim....Mas juro que não deixei a toalha na cama. – sorri. – Melhora logo amor, a casa sem você fica tão vazia...-solucei.

Ouvi suspiros altos e soluços meio abafados. Abri os olhos e lá estavam os meus dois filhos abraçados...Chorando?!

Tentei levantar e afastar minha esposa um pouco para que eu pudesse levantar, mas os seus braços estavam tão frios.

–Filha pegue uma colcha para a sua mãe, sim?!

Mas a Hellen me desobedeceu e sequer fez alusão de largar o irmão.

–Anda Hellen, sua mãe esta com frio, não me faça pedir novamente outra vez... A colcha.

–Papai...- murmurou Ethan, seu rosto não era um dos melhores, seu corpo soltava cada vez mais espasmos.

–EU quero a COLCHA. –falei alto demais. Eu mesmo me assustei com o meu tom.

–Pai...- foi a vez da Hellen murmurar. Maneando a cabeça e puxando o irmão para um abraço.

–Bella amor, acorda...Você esta deixando as crianças nervosa...Vamos princesa...ACORDA.

Não adiantava pedir ela não acordava, seu sono estava tão pesado. Eu sempre brincava que o seu sono era leve como de um passarinho, e dessa vez mesmo chamando-a ela não acordava.

–Princesa... Estou ficando com medo.

Seus olhos chocolates, que me remetiam a deliciosas férias de verão, não abriram para que eu pudesse vê-los.

Abracei mais forte o seu corpo, para frente e para trás do mesmo jeito que eu fazia quando ela tinha pesadelos, ou não conseguia dormir. Embalando-a enquanto entoava palavras doces, cheio de expectativa.

Depois de infindáveis minutos. Seus olhos não abriram para que eu pudesse vê-los e enfim respirar aliviado e dar-lhe uma bronca por brincar desse jeito comigo. Mas ela não brincaria com isso. Pensei.

Resolvi cair na real e aceitar por fim aquele sentimento animalesco que te corrói assim como o ácido clorosulfônico que desfaz tudo ao seu redor.

–Dói tanto meu amor, esta doendo tanto... Anjo... Acorda. - sussurrei em seu ouvido, frio. - Abre os olhinhos, deixei-me vê-los abertos... Eu não estava brincando quando eu disse que não sei viver sem você. E agora?! Eu te amo tanto, tanto... Oh, Bella eu estou... Ferido... Sangrando. Não me deixe, por favor! Você sempre disse que eu cuidei muito de você, mas não... Foi você que cuidou de mim, mudou minha vida e me amou de tal forma...- solucei.- Que eu não posso viver num mudo onde o meu amor não exista...- Volta pra mim, Bella...Abre os seus olhinhos.



Três dias depois.


O céu estava claro, as estrelas piscavam no alto por entre as parcas nuvens dançantes. Até mesmo a Orion estava mais bela aquela noite.

As frésias que ela ainda deixara em vida, exala seu perfume por todo o quarto. Mesmo murchas as flores ainda tinham seu aroma. O perfume que ela tanta amava. O perfume dela.

Por mais incrível que pareça, aquela noite a calmaria me tomou por completo. Eu não sentia mais solidão, sua ausência parecia ser imensamente presente ali a dor em meu peito estava por fim se dissipando.

Embora eu ouvisse vozes conhecidas ao meu redor, eu não saberia dizer se aquilo era real ou irreal. Eu estava entre uma linha tênue de realidade e ilusão. Mas aquilo estava longe de me apavorar, muito pelo contrario. Pela primeira vez em dias, eu me sentia confortável. Meu corpo estava relaxado, minha mente parecia entrar em alfa e em outras dimensões.

Eu tinha plena certeza sobre o meu corpo, mas não poderia dizer se ali ainda era eu, ou outra pessoa, ou então aquelas sensações estranhas estavam brincando de faz de conta comigo. Contudo, não queria que isso passasse nunca.

Fui arrebatado pelo cheiro forte do aroma de sua pele suave, que entrava sorrateiramente por entre as frestas que os espaçados vidros da janela ligeiramente aberto deixavam passar.

As belas ondas da inconsciência dançavam em minha mente como uma nebulosa arrastando-me para um mar de desconhecimento.

Bella... Minha Bella...

Eu queria dizer, mas não conseguia, sequer balbuciar. A única coisa que eu poderia fazer era sorrir.

Por certo, aquela estranha calmaria rondando minha mente começava a me deixar assustando. Todos nós por mais corajosos que sejamos temos medo do desconhecido, do novo. E todas aquelas percepções que estavam em meu ser, diante a três dias de dor. Eram assustadoras demais. Era como se minha Bella, nunca houvesse partido. Eu comecei a apavorar-me quando me dei conta disso. Ela havia morrido, minha Bella havia me deixando... Um sufocamento empatou a passagem de ar, entre meus pulmões. Eu tinha que sair desse torpor, no entanto não foi despercebido por mim, quando um toque suave encontrou minhas mãos.

–Não tenha medo. – ela sussurrou suavemente. - eu estou aqui.

E assim como ela pediu eu fiz. Não tive medo, não por qualquer motivo ou por que eu sou aguerrido o suficiente para enfrentar o desconhecido. Em absoluto, eu não fiquei amedrontado com aquela onda súbita de angustia que me assolava por um único motivo. Ela estava ao meu lado, segurando em minha mão, enquanto sussurrava doces palavras em quanto meus olhos pediam urgência para serem fechados.

–Apenas feche os olhos e repouse... – sua voz suave me trazia lembranças de outrora.

Nós brincando quando erámos apenas crianças, quando começamos a namorar, nos casamos, tivemos nossos filhos, nossos netos vieram. Uma vida juntos. Não poderia ser diferente.

Eu apenas sorri. Minha Bella estava tão linda e serena. A mesma mulher que eu me casara, seu rosto não tinha mais as marcas do tempo. Muito pelo contrario ela estava jovem. O tempo voltara para ela. Será que voltara para mim também?!

Ou tudo não havia passado de um sonho?! Não, minha vida não podia ser um sonho, tudo era tão real. Ela estava ali ao meu lado, segurando minhas mãos. Cabelos soltos na mesma cor de chocolate que muitas vezes se associava ao mogno dos seus vinte anos, em seu corpo estava um vestido azul claro que combinava perfeitamente com sua pele alva.

Minha única reação era esboçar um sorriso. Ela voltou para mim.

Os murmúrios preenchiam o quarto, mas eu não conseguia me apegar a nenhum deles.

–Daqui a alguns minutos estaremos juntos. - ela sorriu, e os seus olhos chocolates brilharam intensamente.

Bella largou minha mão, e seguiu em direção a nossos filhos que estavam ali abraçados. Quando eles haviam entrado ali?! Por que eu não tinha os visto antes?! Minha esposa acarinhou o rosto dos nossos meninos e os abraçou.

Uma onda fulgente me tomou, uma forte luz se fez presente, eu não sabia identificar se eu esta consciente ou não naquele momento. Minha cabeça girou, no mesmo momento em que sentir uma enorme vertigem. E a escuridão me arrebatou.


~~**~~


Love You Till The End

–Ei...Veio rápido hein?! – sua voz entoou atrás de mim. E involuntariamente um sorriso espontâneo surgiu em minha face. Não pelo belo riacho que fazia seu percurso e eu admirava ali da margem. Mas sim, por que ela estava ali.

Bella caminhava vagarosamente ao meu encontro. Eu estava sentado num campo esverdeado como nunca vira antes.

Ela vestia o mesmo vestido azul clarinho, o mesmo quando ela estava em meu quarto. Esvoaçante, contrastava perfeitamente com sua pele e os seus cabelos que caiam como cascata em seus ombros.

Sorri ao vê-la com um braço segurando um filhotinho de coelho branco e na sua outra mão um ramo lindo de frésias.

–Eu disse que viria logo depois de você. – sorri, levantando-me e ficando de frente para ela. – Eu sentir sua falta. - sussurrei.

–Eu sempre estive ao seu lado.

Meus braços seguiram para o lugar de costume, eu a envolvi em meus braços e sua cabeça encostou-se ao meu peito.

–Não quero ficar mais longe de você. – falei sério enquanto beijava o topo de sua cabeça.

–Não vai ficar...Nunca. – sua voz de sino, fez meu coração palpitar.

–Como você sabe? – afastei-a do meu peito apenas para lhe olhar nos olhos.

–Somos dois corpos que dividem a mesma alma. Para onde eu poderia ir a não ser encontrar a minha outra metade?

Eu ri e ela me acompanhou.

Tirei o coelhinho de seu braço, e o aconcheguei no meu. Com a mão livre entrelacei seus dedos nos meus.

Quando meus pés descalços entraram em contato com a grama levemente molhada. Senti uma enorme sensação de bem estar. Era como se eu tivesse vivido aqui antes. O lugar era lindo, o mais lindo que eu já havia visto. Céu azul, assim como as águas límpidas das torrentes e lagos. O verde sem igual do grande e imenso carpete de grama, as flores exalavam seu perfume por onde quer que andássemos. Os pequenos animais vivem comumente com todos ao redor, que conversavam suavemente entre si. Tudo divinamente perfeito.

–E os nossos filhos? – perguntei amenamente.

–Eles ficarão bem...

Continuamos nossa caminhada. Deixei Bella me guiar por entre o vale calmamente.

–Bella... Quando nós Voltarmos... Bom... Se nós viermos separados? – perguntei num fio de voz.

–Shiii...Somos um só esqueceu?! – ela riu, deixando vislumbrado com aquele sorriso que chegava até o brilho dos seus olhos.

–Claro que não esqueci. Eu te amo. – inclinei-me e beijei sua testa.

–Para sempre. – ela concluiu.

E de mãos dadas seguimos o caminho que fora traçado antes mesmo de nascermos. Quando uma pessoa é destinada a outra nada a de separar. Foi isso que aconteceu comigo e Bella. Somos duas pessoas com apenas um coração. E se ele falha, nós dois falhamos. De algum modo. A nossa alma é interligada. Somos dois corpos e uma só alma.

Sem Bella a minha vida seria um mar de trevas. O nosso amor foi maior que todas as leias da física e medicina. Nosso amor foi maior do que qualquer obstáculo que nos foi imposto. O amor vence a vida, porque não a morte?!

Estamos juntos até o fim... Ou melhor, até começarmos novamente.

–Para o todo sempre. – murmurei.

E assim seguimos para o nosso para sempre ou para o prelúdio da eternidade.


''Eu não sei se a vida é maior que a morte, mas o amor foi maior que ambas. ''

Tristão e Isolda



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Notas finais do capítulo

Gosto de escrever com povs Edward, por que o seu amor é intransponível, sabe dizer frases bonitas num simples versinho. Edward é intenso. E tudo o que é intenso precisa ser escrito não é?! Acho que essa é a primeira coisa que eu escrevo e realmente gosto.
Enfim...Obrigada a Mareana e Olga por se habilitaram a corrigir a one( em meio a lágrimas).
Thanks tbm a minha mãe, pq foi ela que me deu a ideia das frésias. rs
Amaram?? Odiaram?? Gostaram?!
E ai mereço reviews?! recomendações?!espero que tenham gostado! Lembrem-se o meu ÚNICO combustível são os comentários de vocês,não custa nada e nem dói não é?!
Qualquer reclamação/ critica ou elogio http://www.formspring.me/PriihBeatriz
Novidades sobre fics e loucuras da minha vida @PriihCullen
Boa semana! Ótimo festejo junino(borá curtir forró gente o/)
Beijos!
Priscila =}