Sete Coisas Que Odeio Em Frank Iero escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 4
Ele é um teimoso


Notas iniciais do capítulo

Wazzup.
Estou meio chocada, não vou falar muito '-' Aconteceram muitas coisas nesse sábado... '-'
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/234741/chapter/4

–Cara, Gee, você não vai acreditar na gostosa que eu peguei ontem na boate! Ela era... Ei. Gee? Gerard, maninho, tá me ouvindo?

Vi que Ray estalava os dedos na minha frente.

–Hmm? Desculpe, Ray, eu ando meio aéreo esses dias.

–Isso eu notei! – replicou ele, incrédulo – O que houve, Gerard?

–Nada. – disse ele, esquivando-se da pergunta. Ray arqueou as sobrancelhas, visivelmente desconfiado.

–Nada? Pelo amor de deus, Gee, você anda estranho já faz dois dias! Pode ir contando o que houve. – disse ele, debruçando-se sobre a mesa e encarando o amigo de frente. Gerard observou os olhos perfurantes do outro por alguns segundo, até que suspirou fundo e começou a falar:

–Lembra-se de que eu falei que Frank havia ligado para mim no meio da aula?

–Claro que lembro.

–Então, eu fui discutir com ele sobre isso quando voltei para casa... E o telefone tocou... E ele atendeu. Era a Lisa.

Ray fez uma careta. Já havia namorado Lisa e ela era o tipo perfeito de namorada grudenta, irritante e chata.

–O que ela queria?

–Pois é, ele se recusou a me dizer o que aconteceu... E disse que a Lisa não presta.

–O que é verdade. – comentou Ray.

–É claro que é verdade. Mas desde quando ele decide com quem eu vou falar ou deixar de falar?! Enfim, eu conversei com ele, e... Acho que ele estava com ciúmes. – mordi o lábio inferior. Ray quase cuspiu o refrigerante que tomava, e olhou para mim de uma forma incrédula.

–Mas é o QUÊ?! Porque porras o Frank estaria com ciúmes de você?!

–Eu não sei. – encolhi os ombros – Só sei que foi o que me pareceu?

Ray ficou em silêncio por algum tempo, até que começou a gargalhar.

–Gee, maninho... Acho que o Frank caiu de amores por você!

Foi minha vez de me engasgar com a surpresa. Quase parti para cima dele, mas resolvi permanecer na minha cadeira.

–Ray... Pelo amor de deus... – rosnei – Nunca mais repete isso, ok?

–Por quê? Você é bem bonitinho, eu consigo imaginar alguém se apaixonando por você. – opinou Ray – É, você é bonitinho, mas não faz o meu tipo, só pra deixar claro. – emendou ele, rindo ao ver minha cara horrorizada. Eu sou algum tipo de ímã para gays?

–Tá, mas o Frank é um baixinho irritante. Eu nunca teria nada com ele. – fiz uma careta.

–Ué, ele é seu melhor amigo. Qual a diferença entre ser melhor amigo e dar uns pegas nele?

–Não ironize a situação, Ray.

–Ok, ok, estressadinho. Desculpa.

Bufei em descontento. Ele pode ser meu amigo, mas só fala merda.

–Vai me ajudar ou não?

–Ajudar em quê? Ele está apaixonado por você, fim de história!

–RAY!

–Tá, tá. Desculpa. Bom, tente conversar com ele, né, cara. Não tem muito o que fazer.

–Eu sei... – suspirei – Eu gostaria de saber o que se passa naquela cabecinha de vento.

Ray riu baixinho.

–Impossível, meu caro. Frank é muito elétrico.

–Eu que o diga. Dê graças a deus que você não mora com ele! – exclamei. Ray gargalhou e assentiu.

–Vou me lembrar disso. Ei, falando nisso... Como está o Mikey?

–Bem, por quê?

–Sabe se... Ele vai fazer alguma coisa hoje?

–Não, eu acho que não... – franzi a testa.

–Ótimo. – sussurrou Ray, visivelmente feliz. Ele tirou o telefone do bolso e começou a discar um número que não pude identificar qual era, e começou a falar. Minha mente logo se desligou da conversa de Ray e comecei a pensar em Frank. Na frase escrita no caderno. No desenho que havia feito dele. O que estava acontecendo entre nós, afinal?

Ah sim, e havia a pergunta mais importante: o que ele sente por mim? E o que eu sinto por ele?

–Então... Onde estávamos? – disse Ray, despertando-me dos meus devaneios, de repente. Pisquei os olhos, tentando voltar à realidade, afastando os pensamentos sobre Frank do meu cérebro.

–X-

–Mi, por que está vestido assim?

–Vou sair com o Ray.

–O Ray?

–É, ué. Por quê?

–Nada, só achei estranho.

Mikey deu de ombros. Estava vestido com uma calça jeans, uma camiseta vermelha e tênis novos. Apesar de ter só 17 anos, Mikey era bem bonitinho, apesar do corpo magro e dos óculos, mas ele estava diferente daquela vez. Ele estava... Atraente. Levemente sexy... Sei lá, estava, de certa forma, estranho. Mas um estranho bom.

–Tem certeza de que está tudo bem? – indaguei, pela milésima vez.

–Tenho sim, porra! Já disse que só vou sair com Ray e volto antes das onze! – disse ele, também pela milésima vez.

–Sei, olha lá. – repliquei, desconfiado.

–Oooooooolha quem está todo engomadinho, meu filho!

–Cala a boca, Frank.

–O que é isso, meu bem? Não vai querer ficar todo estressadinho pra encontrar o amor da sua vida, o Ray. – disse o gnomo, recostado na porta do quarto de Mikey, com um sorriso zombeteiro estampado no rostinho infantil e, em sua mão, estava um iPod. Pra ser mais exato, o meu iPod.

Por causa da brincadeirinha de Frank, Mikey jogou uma almofada nele, que desviou habilmente dela, revirando os olhos.

–Só estou falando a verdade.

–Cala a boca, Frank.

–Ok, ok. – disse ele, levantando os braços, em um gesto de rendimento. Mikey saiu do quarto, com uma expressão perturbada no rosto.

–Até depois, Gee. – disse ele.

–Até, Mi. – acenei enquanto ele fechava a porta. Encarei Frank, que me olhava de um jeito estranho.

–Tá olhando o quê? – perguntei, ligeiramente ríspido, mas aquela não era a minha intenção.

–Você. – respondeu ele, irônico.

–Tanto faz. – revirei os olhos – Agora me dá meu iPod.

–Não. – respondeu ele.

–Agora.

–Não.

–Para de agir feito uma criança.

–Eu não vou dar, porra! Eu estou ouvindo música!

–Ah, não me diga?! – respondi, com um tom fortemente irônico. Ele estreitou os olhos e não me deu o iPod – Anda, porra, me dá essa merda!

–Não! – teimou ele.

–Puta que pariu... – rosnei.

Ele é um tremendo teimoso.

–Anda, cacete!

–Não vou dar, Gerard! Preciso deletar umas coisas!

–Meu bem, o iPod é meu, EU comprei com o MEU dinheiro! Agora me dá essa merda!

–Não!

Ficamos mais uns cinco minutos discutindo, até que parti para a força física e consegui tomar o iPod à força. Na tela, estava selecionado o bloco de notas. No quadradinho amarelo que imitava um post-it, estava escrito:

I Love you, my darling.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sim, estou atrasada com a dos Killjoys. Uma amiga minha operou e eu estava preocupada, falow? Tenho uma desculpa para a demora o.õ
Btw, é a PRIMEIRA VEZ que eu escrevo Raykey, falow? E só estou fazendo porque certa pessoa pediu (né, gêmea? u.u), portanto, se estiver ruim, podem me xingar -q
Beijo :3