Please Let Me Be... The Other Me escrita por VanBlack


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

*Notas iniciais:
Oiii galerinha!
Leiam sem moderação.
E leiam à notinha final também.



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Eu nunca quis essa vida, eu nunca quis ser imortal, mas como dizem por aí se te dão um limão... Faça uma deliciosa caipirinha... Rsrsrsrs... Ok não é exatamente assim esse ditado popular, mas pegaram o conceito né? 

Não entenderam? Humpf! Então devem ser todos parentes do meu amado, idolatrado, salve, salve irmão Stefan, ou não. Quem sabe são apenas mais um monte de humanos deliciosamente patéticos. Enfim... Onde parei mesmo? Ahhh sim essa triste vida de ser um imortal.

Ok no inicio eu realmente repudiei essa existência e ate cogitei a hipótese de acabar com tudo e me “matar” definitivamente, mas aos poucos percebi que não era assim tão ruim. Mentira!

Fiquei muito, mas muito tempo mesmo odiando essa minha nova condição de ser um vampiro. E principalmente odiando o meu amado irmão Stefan. O que aquele idiota e descerebrado do cabeçudo tem naquele capacete que ele insiste em chamar de cabeça hein?

Tudo bem que eu amava aquela cretina da Katherine mais que a mim mesmo, naquela época, mas daí sobreviver matando outros seres humanos apenas para satisfazer nossa sede, o que naquela época eu realmente repudiava, era loucura demais ate pra mim.

Mas o idiota me ouviu? Não, ele não me escutou e agora fica ai chorando as pitangas pelas conseqüências desse seu ato que mudou nossas existências.

Eu queria muito entender como a Katherine e a Elena se envolveram com ele. Serio meu maninho é extremamente patético, sempre foi e será, infelizmente. Acho que os genes interessante, atraente, lindo e sexy, ficaram todos para mim, fazer o que né?

Então tive uma idéia que a principio foi realmente como um balsamo em minha alma dolorida e solitária, pois foi por culpa daquele chupador de viadinho que a vadia porca da Katherine aparentemente foi presa nas catacumbas dessa cidade amaldiçoada.

Pelo ao menos era isso que eu acreditava, mas como tudo naquela cadela não passa de mentira. Ela fingiu ser prisioneira naquelas catacumbas e isso foi uma forma de me manter cativo a esse amor obsessivo e claro também de afastar o chifrudo do Klaus para longe da vadia.

Em pensar que eu perdi anos, décadas, mais de um século procurando uma forma de trazê-la de volta a vida, para te-la em meus braços mais uma vez... É insuportável sequer cogitar a idéia de que fui apenas um brinquedinho nas mãos daquela psicopata egocêntrica. Mas infelizmente, ou felizmente, toda aquela palhaçada de caça aos vampiros não passou de uma grande armação para encobrir sua fuga. Vadia!

Mas como um bom cego pela paixão que eu estava, não consegui enxergar isso e fiz muitas coisas das quais eu realmente me arrependo, algumas nem tanto, outras faria de novo. Mas apenas uma eu queria muito voltar no tempo e deletar algumas partes ou fazer diferente, sei lá, apenas...

Atormentar a patética existência do Stefan foi uma forma de me manter próximo, de ser aquilo que eu mais odiava, mas ao mesmo tempo era o que me fazia sentir vivo.

Esse nosso “lance” de irmãos foi estimulante, faze-lo pagar por ter me transformado nessa criatura das sombras não foi assim tão difícil, ou complicado, Stefan é tão previsível. Mas com o passar das décadas, isso não me trazia mais tanto prazer ou satisfação. Então resolvi sair pelo mundo em busca de distrações e divertimento.

Vaguei pelo mundo, visitei paises que sempre tive vontade de ir, principalmente a Itália terra natal dos nossos ancestrais, fiz amizades interessantes em Nápoles e Sicília, Dom Corleone é fichinha perto de certos Capo´s da terrinha, mas enfim...

Tive minhas aventuras em Praga, Istambul (melhor rachiche do mundo, fato), Sidney, Havaí, Fidji (melhores ondas, minha opinião), Escócia onde é feito claro o mais perfeito whiske do mundo.

Não posso esquecer dos paises latinos, a Espanha, por exemplo, em Ibisa as melhores baladas desse século. E não menos importante, Brasil o pais de mulheres de sangue quente, literalmente. Hummm deliciosas...

Mesmo com tantas distrações, com tantos lugares agradáveis a se visitar e cardápio altamente selecionado a dedo, não me sentia satisfeito, completo ou feliz.

Então sempre voltava para perto do único ser que me fazia sentir uma misera fagulha do que foi uma imensa fogueira em meu peito, que queimava o sentimento mais puro existente em um ser humano, o amor, o sentimento de pertença a algo bom e certo, a família. 

Reaproximar-me do Stefan sempre me fazia lembrar de toda dor causada pela “prisão” da Katherine, eu queria muito não culpa-lo, mas era impossível, principalmente quando o via seguindo com sua vidinha “vegetariana”. Aquilo me enfurecia e fazia-me cometer as mais loucas atrocidades, buscando sempre atingi-lo de alguma forma.

E quando aquele idiota decidiu voltar a Mistic Falls, foi à gota que transbordou o oceano de ódio e rancor que habitava em mim. Juro que ate eu mesmo me espantei e temi o que minha mente brilhante já estava planejando para esse lugar, e claro para meu amado irmãozinho.

Mas bastou meus olhos encontrarem a figura de Elena para tudo ficar confuso dentro de mim. E mais uma vez uma mulher dominava minha mente e coração.

Mesmo sem perceber Elena foi conquistando espaço cativo em mim, me enfeitiçando com seu olhar, sua voz, seu cheiro tão tentador. Seu corpo, e principalmente com aquela língua afiada que me desafiava a cada instante me instigando mais e mais.

Confesso que a principio eu me aproximei pelo interesse do Stefan e por sua semelhança com a Katherine, mas ao passar do tempo pude ver o quanto elas são diferentes, diria ate serem opostas.

Katherine sempre usou de sedução para obter favores e ter sempre muitos homens aos seus pés e claro usando de sua manipulação vampiresca. Mas depois de brincar, usar e abusar, ela os descartava ou se alimentava na pior das hipóteses, como uma boa parasita que é. Nunca Katherine se preocupou com os sentimentos dos outros apenas com os seus próprios. Nos os irmãos Salvatore somos a prova viva disso. Eu sou a prova viva-morta disso.

Ao contrario de Elena, que não deixa nada a desejar nesse quesito sedução, mas ela tem algo que a Katherine nunca terá, um coração. Um coração cheio de amor, eu sei que isso não é coisa que eu Damon Salvatore, o irmão sem alma e coração desprovido de sentimentos e blábláblá diria (fica sendo nosso segredinho ok?), mas é exatamente assim que eu a vejo.

Elena realmente conseguiu minar todas as barreiras que por mais de um século eu construí, me fazendo enxergar que havia mais de uma forma de amar e ser amado. Uma forma melhor e mais saudável e digna.

Meu amor por Katherine era doentio e obsessivo, algo danoso que me fazia muito mal, me envenenava e corroia tudo de bom que poderia nascer em mim. E com o passar do tempo esse sentimento aliado ao ódio que cultivava pelo Stefan por culpá-lo pela perda de Katherine, tudo foi ficando pior e destrutivo dentro de mim.

Minha sede por vingança foi ficando incontrolável, e minha raiva por ver a aproximação do meu amado irmãozinho com a Elena, também foi um fator dominante para meu lado mais sombrio desabrochar ainda mais devastador.

Não poderia deixar o causador da minha infelicidade encontrar a sua justamente com a “cópia” da minha amada.

A principio era apenas em vingança que eu pensava, mas com o passar do tempo, com a proximidade com a Elena e sua família e amigos, eu pude ver e sentir algo que tinha esquecido durante todos esses anos longe do meu irmãozinho. O conceito de família.

E isso me perturbava muito, pois não estava mais acostumado a me sentir assim tão humano, como quando perto daqueles seres humanos patéticos que deveriam ser apenas alimento para mim.

Estava confuso e irado comigo mesmo por me deixar levar por tais emoções, que não deveriam mais existir dentro de mim. Em alguns momentos eu conseguia suprimi-los, mas era Elena aparecer em minha frente, e pronto...

A confusão em meu peito ficava quase insuportável e uma luta interna me afligia minuto a minuto. Mas por alguns momentos, meu lado mais sombrio ganhava a disputa por controle e voltava a ser o tão temível irmão Salvatore do mal.

Nesses momentos a fera, o monstro que habita os seres da noite como eu, me dominava por completo e me impulsionava a fazer coisas realmente malignas e imperdoáveis.

Meu lado obscuro é frio e desprovido de qualquer sentimento “bonzinho” que um dia Damon Salvatore, o rapaz do interior filho de comerciante, e soldado “desertor”, um dia possa ter sentido na vida.

Era ate fácil me deixar levar por ele, pois a dor, e a solidão eram muito mais fáceis de suportar assim, sem ter que lidar com meu lado humano que esporadicamente aparecia para me atormentar com as lembranças de uma vida onde eu realmente fui feliz.

Isso de soltar o monstro que mora em mim, durante muitos anos não me incomodou, mas quando meus olhos encontravam com os olhos castanhos intensos de Elena, me reprovando com certa decepção, via-me sem palavras e com um misto de arrependimento e irritação, pois eu sabia que estava errado, mas ao mesmo tempo não conseguia me refrear, era como um vicio.

E tudo piorava quando a via nos braços daquele cabeçudo. Stefan! Humpf! Meu amado irmãozinho! Como eu queria estar em seu lugar, saber como é ser amado assim incondicionalmente.

Tenho consciência que Katherine apenas me usou, assim como foi com Stefan e claro muitos outros antes e depois de nós.

Antes dela não tive nenhum tipo de relação duradoura com nenhuma mulher, eu era tão imaturo ainda, tudo bem que não era mais um garotinho, mas nunca tinha me apaixonado por ninguém, nem sabia que era possível amar alguém com a intensidade que amei aquela vadia da Katherine.

E quando a conheci me deixei levar, fiquei tão encantado por sua beleza e seu jeito livre, que não percebi que eu era apenas mais um em sua vida, em sua cama, um mero brinquedinho que a divertia e satisfazia tanto sexualmente, quando não estava com meu irmão e a torcida do Barcelona*, quanto “culinariamente” falando. Ela era insaciável nos dois sentidos. Pergunto-me se a Eleninha também! Enfim...

Mas eu via o jeito como Elena olhava para o Stefan, tinha tanto carinho, admiração, afeto, que às vezes eu me via sentindo inveja dele. Agora vê se pode eu Damon Salvatore com inveja do chupador de bambi, seria ate cômico se não fosse trágico.

Por muitas vezes desejei que aqueles olhos castanhos me fitassem assim, com toda aquela intensidade inerente a ela. Mas tudo o que ela me destinava era um olhar irritado, às vezes de pena, outros de raiva, e se eu estivesse em um dia que me comportei um pouquinho melhor, Elena deixava escapar olhadelas cobiçosas.

Qual é! Eu sei o quanto à atração entre nós é forte e quase irresistível. Mas nunca seria o bastante para ela me escolher, infelizmente.

Eu sei que a culpa, a maior parte dela pelo ao menos, é minha. Eu poderia ter sido menos Damon Salvatore pós Katherine vadia, e ter sido mais o Damon de antes de tudo isso de ser vampiro.

Sei que poderia fazer a Elena feliz, eu teria sido feliz. Nunca imaginei que depois de tudo o que a cachorra da Katherine fez, eu pudesse sentir algo tão diferente e bom assim por outra mulher. Ainda mais sendo a Elena, justo ela.

Mas não se pode mandar nos sentimentos, não se pode controlar o que é incontrolável.

E inacreditavelmente eu me via desejando mudar. Eu queria ser tudo o que não me permiti ser mais de um século. Por Elena, apenas por ela.

Contudo o destino ou sei lá o que, não facilita em nada a minha vida, não que eu mesmo faça isso, mas eu realmente não entendo como a minha sorte no amor pode ser tão... Se é que eu tenha alguma sorte nessa área da minha vida!

As coisas sempre se complicam e acredito que minhas atitudes do passado vieram enfim cobrar a conta de tudo de ruim que fiz.

Logo quando tento mudar nem que seja só um pouquinho, aquela cretina da Petrova, ressurge das cinzas do inferno para atazanar nossas vidas.

O que se seguiu foi um completo desastre, como tudo que envolva aquela desgraçada, mas eu pude nem que seja na base da chantagem, me aproximar ainda mais da Elena e te-la em meus braços.

Meu sentimento por ela só aumentava com o passar do tempo. Tivemos muitos desentendimentos, ainda temos é inevitável visto nosso temperamento, mas eu sentia que aos poucos ela se deixava levar assim como eu. E nesses momentos eu sabia que meu coração seria para sempre dela, assim como uma pequena parte de seu coração sempre será meu.

Elena era corajosa, destemida, guiada por sentimentos apaixonados, mas eu via o quanto confusa ela ficava em minha presença. Mesmo amando Stefan, ela sentia algo por mim. Algo forte e intenso, todos já notavam, mesmo ela negando era possível sentir a atmosfera quente entre nós.

Como disse antes não se pode mandar nos sentimentos, não se pode controlar o que é incontrolável.  

O que a deixava nervosa com ela mesma. Muitas vezes há via um pouco triste e reflexiva. Nesses momentos Stefan a deixava quieta, mas eu não. Gostava de saber e ver que não era o único confuso e atormentado, coisa que eu realmente odeio.

Eu precisava saber que não estava me iludindo de novo, dessa vez eu não suportaria e nem sei do que seria capaz de fazer se descobrisse que Elena estivesse fazendo à mesma coisa que Katherine, apenas me usando.

Mas Elena é o oposto de Katherine, acho que ela nunca seria capaz de usar alguém deliberadamente assim nesse sentido.

Com isso em mente e vendo tudo o que ela passou desde que voltamos a Mistic Falls, decidi fazer algo realmente altruísta. Nem acredito que pensei mesmo nisso!

Resolvi que já era hora de fazer algo bom para alguém que não seja eu, ou seja, depois de presenciar o quanto essa confusão de sentimentos estava afetando Elena de um jeito nada bom. Decidi partir dessa cidade que sempre foi uma maldição na minha vida, com exceção da Elena claro.

Mas antes eu tinha que me despedir dela, tinha que olha-la nos olhos e dizer tudo o que sentia por ela. Como ela havia me mostrado que ainda existia em mim algo bom e que eu poderia sim ser e fazer alguém feliz.

Poderia não ser o certo, pois ela é namorada do meu irmão, mas isso nunca me impediu de fazer nada antes, não seria agora que faria, então...

Antes mesmo de perceber eu já estava na janela do seu quarto, mas para meu total desespero ela não estava sozinha.

Stefan estava com ela em seus braços e estavam se beijando. Mais uma vez senti meu coração sangrando. Tudo bem que já presenciei intimidades dos dois antes, mas eu nunca estava com a guarda baixa como agora.

Não contive uma lagrima solitária a rolar por minha face, dei uma ultima olhada para o casalzinho, sentindo que uma grande parte minha, a melhor parte de mim, ficaria ali naquele quarto.

E parti com a intenção de jamais voltar aquele lugar de novo.

Deixaria os dois serem finalmente felizes e buscaria a minha própria felicidade. Tentaria pelo ao menos não ser tão amargo e insensível.

Claro que isso seria um processo lento, visto o quanto meu sentimento por Elena estava ainda mais forte e latente em meu peito, fazendo-me deseja-la ainda mais e querer estar ao seu lado.

O que dificultava um pouco minha intenção de deixar fluir meu lado nobre, mas vou tentar, por ela eu tentaria ao menos ser melhor do que jamais sonhei ser um dia...

Sou Damon Salvatore um ex-soldado guerreiro, um ser ex-humano, um vampiro sedento pela vida... Pelo amor...

Fim...


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Notas finais do capítulo

*Torcida do Barcelona, dizem ser a maior do mundo... E como a Katherine era meio hemoninfomaníaca... kkkkk
Essa one surgiu em minha mente, muito louca, depois de mais uma vez pensar em como o nosso vampi lindão e super sexy, é tremendamente incompreendido, pelas team Stefan e companhia.
Alem, claro por algumas das team Twilight! Não me entendam mal, eu também sou twilighter forever, mais team Wolfpack que qualquer outra coisa, mas curto a saga da tia Steph.
Enfim, estou tentando dizer que, nosso querido Damon É SUPER INJUSTIÇADO! Mesmo sendo muito mal, adorooladonegrodaforçanele! So sexy! Ele também tem um lado bom, yin e yang galera, ninguém é inteiramente mal ou bom. Dentro de cada ser humano (vampiro, lobisomem, bruxo e etc kkkkk) existem os dois lados da moeda, cabe a cada um de nós escolhermos qual lado se sobressai.
Então comentem, recomendem, e deixem uma autora super feliz!
Beijinhux!



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