A Menina Que Não Sabia Falar escrita por Soledad


Capítulo 19
Capítulo 18 - A reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! *-*
Esse é um dos capítulos mais fofos da história! Leiam e se sintam num conto de fadas! ♥



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Sr. Nóbrega sentou-se confortavelmente em sua poltrona, chamou sua filha Manoela, e começaram juntos a ver o álbum da família.

- Filha, tu sabes que nunca amei de verdade sua mãe... mas nunca quis que ela sofresse por causa disso, certo?

- Sim, meu pai. Tenho certeza de que ela partiu feliz, por ter dado-lhe uma filha, e por tu tê-la respeitado enquanto casados.

- Tu sentes falta de uma mãe?

- Quando eu era menor, sentia... e muita. Não sabia se contava coisas de menina para ti ou para uma das babás... Lembras quando tive minha menarca*?

- Lembro-me sim. Tu gritastes do banheiro e pensei que estavas a passar mal... quando chego, tu tinhas virado mulher! - disse, aos risos, ao recordarem a cena engraçada.

- É verdade... Tu ficastes completamente envergonhado ao chegar ao banheiro!

- Sim...

- Então, pai... Tu nunca amastes minha mãe, mas ainda não compreendo porque não foras atrás de teu verdadeiro amor, principalmente depois de ela haver aparecido em sua vida mais uma vez.

- Ela não me dera chance, ora pois...

- Então por que não vais agora? Ainda dá tempo de ser feliz, pai! Ela sofre, tu sofres, e com isso, eu sofro, Nicolas sofre, e a pobre da Angelina também. Isso não é justo...

- Está bem, minha filha. Vou trocar-me de roupas e vou-me até ela.

- Faça uma serenata!

- E levarei um buquê de rosas vermelhas!

- E o anel da mamãe, para pedi-la em casamento!

- Obrigado, filha! Amo-te.

- Amo-te mais, meu pai... Mas vá logo, pois sabes como esse povo reclama de barulho após as oito da noite.

[…]

Sr. Nóbrega estava mais eufórico e nervoso que um adolescente prestes a se declarar pela primeira vez. Com um buquê de flores em mãos, um anel para pedi-la em namoro, uma gaita que tocava quando a conheceu, todo arrumado, ele se aproximava da casa de sua amada.

Ao perceber que alguém se aproximava, Angelina logo começou a escrever: “Se é amor, então por que rejeitas?” e guardou, pois tinha um forte pressentimento.

Então Sr. Nóbrega chegou à janela da casa, e começou a tocar sua gaita, uma melodia que Núbia conhecia bem...

- É nossa música... - disse, ao sair pela porta.

- Sim, minha preciosa.

- Que está fazendo aqui? Já te disse que nós dois... não dá mais certo.

Eis que surge Angelina, e entrega seu papel à mãe. Núbia lê, e com lágrimas nos olhos, entrega ao seu amado.

- Até a pequena concorda que devemos ficar juntos, anjo meu. - Não me rejeites, pois te amo como sempre, talvez até mais!

Núbia não podia mais aguentar. O amor de sua vida estava ali, na sua frente. Sua filha pedira para que não rejeitasse essa oportunidade, e para ela, nada negava.

- Eu... quero que aceites ser minha namorada. Como antes. Aceitas? - disse Sr. Nóbrega, abrindo a caixinha do anel.

E com lágrimas nos olhos, coração acelerado, explodindo de felicidade, mãos tremendo e suando frio, respondeu em alto e bom tom:

- Eu aceito!


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Notas finais do capítulo

*menarca: primeira menstruação da mulher.
E aí gente? Gostaram? Estou sentindo falta dos leitores, hein... *-*