A Menina Que Não Sabia Falar escrita por Soledad
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! *-*
Esse é um dos capítulos mais fofos da história! Leiam e se sintam num conto de fadas! ♥
Sr. Nóbrega sentou-se confortavelmente em sua poltrona, chamou sua filha Manoela, e começaram juntos a ver o álbum da família.
- Filha, tu sabes que nunca amei de verdade sua mãe... mas nunca quis que ela sofresse por causa disso, certo?
- Sim, meu pai. Tenho certeza de que ela partiu feliz, por ter dado-lhe uma filha, e por tu tê-la respeitado enquanto casados.
- Tu sentes falta de uma mãe?
- Quando eu era menor, sentia... e muita. Não sabia se contava coisas de menina para ti ou para uma das babás... Lembras quando tive minha menarca*?
- Lembro-me sim. Tu gritastes do banheiro e pensei que estavas a passar mal... quando chego, tu tinhas virado mulher! - disse, aos risos, ao recordarem a cena engraçada.
- É verdade... Tu ficastes completamente envergonhado ao chegar ao banheiro!
- Sim...
- Então, pai... Tu nunca amastes minha mãe, mas ainda não compreendo porque não foras atrás de teu verdadeiro amor, principalmente depois de ela haver aparecido em sua vida mais uma vez.
- Ela não me dera chance, ora pois...
- Então por que não vais agora? Ainda dá tempo de ser feliz, pai! Ela sofre, tu sofres, e com isso, eu sofro, Nicolas sofre, e a pobre da Angelina também. Isso não é justo...
- Está bem, minha filha. Vou trocar-me de roupas e vou-me até ela.
- Faça uma serenata!
- E levarei um buquê de rosas vermelhas!
- E o anel da mamãe, para pedi-la em casamento!
- Obrigado, filha! Amo-te.
- Amo-te mais, meu pai... Mas vá logo, pois sabes como esse povo reclama de barulho após as oito da noite.
[…]
Sr. Nóbrega estava mais eufórico e nervoso que um adolescente prestes a se declarar pela primeira vez. Com um buquê de flores em mãos, um anel para pedi-la em namoro, uma gaita que tocava quando a conheceu, todo arrumado, ele se aproximava da casa de sua amada.
Ao perceber que alguém se aproximava, Angelina logo começou a escrever: “Se é amor, então por que rejeitas?” e guardou, pois tinha um forte pressentimento.
Então Sr. Nóbrega chegou à janela da casa, e começou a tocar sua gaita, uma melodia que Núbia conhecia bem...
- É nossa música... - disse, ao sair pela porta.
- Sim, minha preciosa.
- Que está fazendo aqui? Já te disse que nós dois... não dá mais certo.
Eis que surge Angelina, e entrega seu papel à mãe. Núbia lê, e com lágrimas nos olhos, entrega ao seu amado.
- Até a pequena concorda que devemos ficar juntos, anjo meu. - Não me rejeites, pois te amo como sempre, talvez até mais!
Núbia não podia mais aguentar. O amor de sua vida estava ali, na sua frente. Sua filha pedira para que não rejeitasse essa oportunidade, e para ela, nada negava.
- Eu... quero que aceites ser minha namorada. Como antes. Aceitas? - disse Sr. Nóbrega, abrindo a caixinha do anel.
E com lágrimas nos olhos, coração acelerado, explodindo de felicidade, mãos tremendo e suando frio, respondeu em alto e bom tom:
- Eu aceito!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
*menarca: primeira menstruação da mulher.
E aí gente? Gostaram? Estou sentindo falta dos leitores, hein... *-*