Nicole.

Kátia estava estava esquisita. Passava muito tempo trancada no quarto.

Um dia ela havia esquecido a porta aberta e eu entrei.

Ela estava em um jardim. Pois é. Deveras estranho, eu diria! Um jardim dentro do quarto dela.

Por que essas coisas nunca aconteceiam comigo?!

_Ká...

_Nick, sua maldita, quem deixou você entrar aqui?!

Eu sabia que ela estava brincando. Ela estava sorrindo e logo correu para me abraçar.

_O que você estava fazendo aqui?!

E aí ela me contou uma história muito, muito, muito estranha (ao quadrado). Algo sobre um tal de Bento que ela havia conhecido e se apaixonado. E havia sido ele quem esfaqueara o Renato por ciúmes.

Ela disse que ele era incrível. Cavalherio, cortês, educado e lindo (já ouviu falar do William Moseley? Pois é, Kátia disse que eles são idênticos!). E, como estava perfeito demais, ela disse que ele já havia morrido. Ou melhor, que ele era um fantasma.

Eu me assustei, mas minha prima não estava mentindo. Eu li o bilhete que ele havia deixado, vi a foto da tal Maria, vi o buquê velho de amores-perfietos e até onde estava entalhado "princesa" na porta do quarto dela.

E bem, haviam as cicatrizes de Renato.

Essa história era estranha, mas vai saber né?

As aulas recomeçaram e eu e Ká fomos parar num internato. Mais fácil do que ficar indo e voltando pra cidade todos os dias.

Foram dias bem interessantes... Kátia se aplicou mais nos estudos e, cá entre nós, eu sou uma nerd incurável.

Alguns feriados nós passávamos na Santa Edwiges. E, bem, digamos que eu e Renato estávamos enrolados. Finalmente, não estava aguentando esperar mais!

Finalmente julho!

Não, as férias não foram alegres.

Nunca vou me esquecer e por isso estou aqui, contando essa história pra vocês.

Eu, Kátia, Renato e alguns amigos no internato estávamos tomando banho no lago e... Minha prima sumiu. Ou melhor, ela se afogou.

Eu chorei, chorei ao quadrado.

Kátia não era só minha prima, mas minha melhor amiga também! E ela havia partido.

Naquele dia Renato me beijou. Nós tinhamos uma dor em comum.

Foi um mês triste. Todos estavam sentido terrivelmente a falta de Kátia. A mãe dela, coitada, tivera até que ser internada.

Mas eu melhorei... Depois de ter lido um bilhete que estava sobre a minha cama.

"Estou bem, Nick.

Estou com quem amo. Estou feliz, descanso em paz!

Por favor, reze por mim e pelo Bento... E felicidades à você e ao Renato!

Diga a mamãe e papai que eu os amo.

Sabe, prima, o amor, quando é de verdade, é eterno!"