Imponente Carvalho escrita por Lúcia Hill


Capítulo 2
Capítulo - Sad Eyes Follow Me


Notas iniciais do capítulo

A jovem fora entregue ao Lorde Oliver, a palavra de um homem deve ser honrada, devolvera a jovem e doce Amy em um ano quando o trato para quitar a dívida estará quitado



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Aquela manhã de quinta nascera triste para os Morgan's, Isaac preparava sua velha carroça para levar sua jovem Amy para as garras do destino, com ajuda do mouro e da velha criada terminaram de colocar as pequenas bagagens dentro da carroça.

– Meu senhor o cavalo esta pronto pra levar a senhorita Amy pra casa do Lorde. - disse.

A feição do velho Morgan se entristeceu, Amy era doce e amável nunca lhe causara problemas como os demais filhos, eram pequenos agricultores de grãos.

–Ótimo mouro vá chamá-las. - ordenou.

Rapidamente o escravo correu para chamar as senhoras, até as brisas se negam a soprar, Isaac montou na carroça e aguardou as, Eleanor se aproximou em prantos enquanto a jovem Amy não manifestou reações.

Isaac observou bem o pequeno e gracioso rosto de sua jovem Amy, era de cortar o coração vê-la daquela forma tão tristonha e conformada que havia sido trocada por uma divida.

Mas a vida não estava sendo fácil para ninguém, dar se em casamento a um estranho era absolutamente normal, algum dia a jovem iria ter que se casar com um estranho.

A trajetória era de difícil acesso e Eleanor não parava de chorar.

–Ora mulher pare com essa choradeira. - vociferou Isaac impaciente.

–Não fora justo com nossa filhinha a deu em troca de uma divida de setenta tostões. - murmurou entre soluços.

Amy enlaçou os largos ombros de sua mãe e a confortou, seus olhos azuis celeste pareciam sem brilho, o chacoalhar da carroça era constante.

–Espero que um dia entenda meus problemas. - disse Isaac desconsolado.

–Não te preocupes meu pai, sabia que um dia teria que me casar com um estranho, não lhe guardo magoas e entendo seus problemas fizera a melhor opção que tinha já que não possuía outra. - indagou Amy de forma serena.

Isaac se virou para encará-la por um instante, continha uma jóia rara, Amy era de forma angelical com cabelo negro feito a noite e olhos azuis iguais do céu de verão.

Não demorou muito a avistar a imensa plantação de Carvalhos, Isaac sentiu seu coração gelar, Amy pela primeira vez mostrou um tímido sorriso.

Assim que se aproximaram dos portões de entrada um dos criados do Lorde Oliver os fizeram parar, era um mouro alto que carregava nos ombros uma cartucheira de dois tiros.

–Quem são? - perguntou.

–Vim trazer a futura esposa do Lorde. - disse.

O mouro caiu na risada, como assim aqueles pés rapados achavam que estava enganado alguém, Lorde Oliver poderia escolher suas pretendentes a dedo se desejasse.

–Ora não me veja com essa meu senhor, acha que eu acredito um pobre coitado igual a ti querendo se passar por importante.

Amy tomou coragem e disse.

–Viemos trazer a encomenda do lorde, não ligue para meu velho e cansado pai. - mentiu de forma relevante.

Isaac a encarou estupefato com aquelas palavras Eleanor nem se mexeu boquiaberta.

–Agora sim, minha bela e adorável jovem. - disse o mouro todo risonho na direção de Amy.

Ele abriu os portões dando acesso a eles, assim que passou com a carroça Isaac pode ouvir o mouro se estabacar de tanto rir, se voltou para Amy e com o cenho franzido questionou a.

–Por que dizeres mentira?

–Não menti meu pai apenas disse em palavras apropriadas, sou a encomenda do Lorde agora. - disse cabisbaixa.

Os cachorros começaram a latir desesperadamente deixando o cavalo impaciente e chamando atenção dos criados da enorme fazenda, a velha moura Eileen fora a primeira a recepcionar-los.

–Boa Tarde. - saudou Isaac.

–Boa tarde. - disse risonha.

Isaac desceu da carroça e aproximou enquanto Amy e Eleanor continuavam sentadas, a criada conversara com o velho Morgan para saber o porquê da presença deles no casarão, pois não era de costume Lorde Oliver receber visitas, pois não gostava das sanguessugas da rodinha social.

Eileen pediu para que ele aguardasse um minuto para ir chamar seu senhor, Isaac permaneceu inerte próximo ao pilar de entrada retorcendo as mãos.

Oliver apareceu na porta com a expressão fechada nem ao menos saudou o velho Morgan direito.

–Boa Tarde meu senhor. - disse Isaac.

–Onde ela esta. - perguntou impaciente.

Isaac correu até a carroça e segurou no fino braço de Amy que caminhava de forma apressada e desajeitada, assim que pararam na frente do belo e frio Lorde os pequenos olhos castanhos se cruzaram com os olhos verdes de Oliver, não havia vida neles apenas frieza.

–Entregue agora podem ir. - vociferou.

O tom de voz gélido do Lorde Oliver fez com que o coração de Amy desse um salto. O pai tristemente aproximou-se da filha dando-lhe um último abraço.

– Cuide-se querida, é apenas por um ano. - disse o pai com o coração na mão antes de se afastar dali temendo a fúria do Lorde.

Mal o velho se afastou, Oliver avaliou a jovem de feições delicadas que estava parada diante de si mantendo a cabeça baixa.

Era bela, sim e como! Tinha um belo corpo com curvas e seios no tamanho certo. Não tinha como evitar sentir desejo por ela, mas como era um homem de palavra, cumpriria o acordo. Não deixaria que aqueles olhos inocentes o enganassem e nem que o fizessem amolecer.

– Muito bem, o mouro vai levar sua bagagem até o quarto de hóspedes. Enquanto isso deve começar os afazeres de casa, pois não está aqui a passeio. Deve começar varrendo todo o chão da casa e tirando a poeira dos móveis. Quando terminar tudo quero que vá até a Sala de Jantar para me acompanhar na refeição. - disse o Lorde com uma voz gélida que chegou a amedrontar a jovem.

Ele era um homem bonito, isso ela não poderia negar embora não entendesse muito sobre homens por ser uma virgem inexperiente.

– Sim milorde. - respondeu enquanto olhava para as próprias mãos brancas.

– Se entendeu tudo o que disse então já pode se retirar. - falou o Lorde enquanto a Eileen fazia sinal para que Amy a acompanhasse até a cozinha.

A moura sentiu um pouco de pena da jovem, mas não havia nada que pudesse fazer por ela. Simplesmente levou-a até o armário onde ficava o material para a limpeza e entregou-lhe a vassoura.

Apesar da aparência delicada, Amy sabia fazer tarefas doméstica, pois nascera filha mulher naquele tempo em uma casa cheia de irmãos. Era comum naquela época que a filha ajudasse a mãe quando era de uma classe social mais inferior. Além disso, era uma jovem prendada e tratou de fazer o trabalho para pagar a dívida de seu pai sem reclamar.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!