Imponente Carvalho escrita por Lúcia Hill


Capítulo 18
Capítulo - Missing Amy




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– Lorde Richard Gavin, o senhor está preso por roubo e fralde de documentos - disse o oficial enquanto Oliver observava montado em seu cavalo logo ao lado de seu amigo Philipe II.

– Não Richard, por favor! - chorava a pobre esposa de Gavin, um choro que fez com que Oliver se apiedasse da pobre mulher, mas não havia nada que pudesse fazer por ela, mais uma vítima de um marido sem caráter como Gavin.

– Isso é mentira! Sou inocente, Oliver vai me pagar caro por isso! - Richard ameaçava enquanto era levado pelo policial algemado.

Lorde Oliver observava a cena com satisfação por finalmente estar sendo vingado.

Depois que Gavin foi levado, saiu dali trotando com seu cavalo de volta para sua propriedade.

Era um alívio saber que um bandido agora encontrava seu lugar na cadeia, mas não sabia o porquê ainda estar sentindo um aperto em seu peito.

Não estava de todo feliz ao ter assistido aquela prisão.

Assim que entrou em casa foi recebido por Eileen que mantinha os olhos baixos em uma expressão triste. Ele não precisava perguntar para saber o motivo: a moura sentia falta de Amy.

Ela não era a única, era como se todos naquela casa sentissem falta da jovem Morgan.

– Deseja alguma coisa, milorde? - perguntou Eileen como de costume.

Oliver sentou-se em sua poltrona retirando os próprios sapatos.

– Conhaque. - pediu mal-humorado.

A moura tratou de servi-lo em silêncio, o Mclachlan ultimamente andava sempre de mal humor.

– Deixe-me só. - ordenou e rapidamente Eileen deixou a garrafa ao lado do copo sabendo que Oliver iria querer mais e tratou de se retirar dali, fazendo como ele havia mandado.

A cada gole que dava, olhava para aquela sala e lembrava-se de Amy andando por ali, da primeira vez em que brigaram e ela fugiu perdendo-se nos bosques de Carvalho adoecendo logo em seguida e depois do dia em que havia lhe dado uma surra e expulsado-a dali.

Seu coração foi ficando mais apertado. Como pudera acreditar nas palavras de alguém como Gavin?

Os olhos amendoados de Amy assombravam-lhe a mente, como podia haver tanta inocência neles? Por que não pudera enxergar todo o mal que estava lhe causando?

Lembrava-se de seu choro, as lágrimas que escorriam por sua face tão pálida.

Quando ela chorava seus lábios ficavam ainda mais avermelhados, o que o fazia pensar imensas coisas indecentes, eles eram convidativos e seu desejo era tomá-los para si enquanto suas mãos acariciassem todo aquele corpo.

– Maldição! - socou o braço da poltrona e em seguida levantou-se servindo-se de mais bebida enquanto caminhava agora de um lado para o outro.

Por que aquela garota não saía de sua mente?

A culpa assolava-lhe o peito, culpa por ter aceitado aquele acordo e manchado sua reputação, pois embora Gavin tivesse sido preso, o mal já estava feito e Amy jamais arranjaria um bom marido.

Aquilo não lhe pareceu de todo mal, pois estranhamente percebeu que odiaria a idéia de ver Amy tornando-se esposa de outro homem. Sabia que seu pensamento era egoísta e muito errado. Deveria desejar que ela se casasse e fosse feliz, que tivesse filhos como deveria ser, só que a idéia simplesmente parecia inflamar-lhe o sangue.

O pior de tudo não era apenas isso, mas sim o fato de tê-la acusado injustamente e surrado-a daquele jeito como se fosse um de seus criados. Havia sentido um imenso prazer ao ver sua cinta estalando contra a pele suave de Amy enquanto estava tomado pelo ódio, mas a verdade era que aquele prazer era simplesmente por poder tocá-la de alguma forma, ao menos através da surra já que não podia fazer dela sua mulher de verdade ou uma amante em sua cama.

A verdade era que desejava o corpo de Amy Morgan, por mais que tentasse negar.

Sentia falta dela, mas não apenas de seu corpo, também de sua doçura.

Queria Amy ali em sua casa, por mais que sua presença fosse incômoda justamente por ser proibido de tocá-la como desejava, afinal era um homem de palavra e havia feito uma promessa para o velho Isaac Morgan.

Foi retirado de seus devaneios ao ouvir o som da voz de Eileen.

– Milorde? - a moura chamou sua atenção.

– O que você quer? Já não disse que quero que me deixe sozinho, mulher! - ralhou, a simples presença de Eileen o irritava mais do que já estava.

– Perdão, mas é que tem visitas. Sua mãe, Lady Margareth Mclachlan está aqui e deseja vê-lo. - anunciou a criada.

O olhar de Oliver se suavizou e de repente seu tom de voz mudou de forma que havia desaparecido seu tom de voz rude que costumava usar com seus criados.

– Minha mãe? Deixe-a entrar, Eileen. - falou.

– Claro que sim, milorde. - a moura respondeu e logo em seguida uma mulher bem mais velha com cabelos brancos presos em um coque e vestidos elegantes que haviam sido caríssimos se aproximou.

– Meu filho, que bom vê-lo. - disse estendendo os braços para Oliver.



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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!