Aye Captain escrita por carmpuff


Capítulo 8
The Ring of Thieves


Notas iniciais do capítulo

EEEENTÃAAO mais uma fic terminada KKKKKKKKKKKKK tamo aí mano



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- SAI DE PERTO DA MINHA FILHA!

Era Angelica, marchando furiosamente até a plataforma. Jack corria atrás dela. Elizabeth também vinha, mas antes de acompanha-los checou seu filho desacordado.

Pewter congelou. Somente o centro de seu peito, onde o terror começava, se tornou humano; e antes que alguém o alcançasse, um tiro soou no ar. Caterina erguera sua pistola e atirara, com a única bala que possuía. E então xingou-o em espanhol múltiplas vezes.

- Sangue latino como o da mãe. - Jack disse com uma ponta de orgulho.

Angelica chorava profusamente. Ajoelhou-se do lado de Caterina e a abraçou, seu rosto enterrado nos cabelos negros de sua filha. Repetia alguma coisa em espanhol, algo que ninguém realmente entendia.

- Mãe - Caterina falou, arrastando as vogais. - Eu estou bem. Calma.

- Bem?– Angelica esganiçou.

- Eu tenho que concordar com Angelica - Jack disse, se ajoelhando também. - Acho que tem mais sangue fora de você do que dentro.

- Mórbido. - Caterina respondeu. Se soltou delicadamente de sua mãe e levantou, segurando o anel no cordão com força. Se dirigiu à sua tripulação. - Peguem o que quiserem!

Foi uma festa. Todos os subordinados gritaram e uivaram de felicidade, enchendo os braços de riquezas. Gillian, depois de ter certeza de que Caterina viveria, pegou uma bolsa de pano do canto da caverna e começou a socar dinheiro para dentro dela.

- Lembrem-se - a Capitã falou alto o suficiente para que todos a ouvissem. - Temos que estar longe daqui a meia hora. Sejam rápidos!

Olivia sorria no meio da multidão, pegando uma coroa da pilha e a pondo na cabeça.

Então Caterina virou para a esquerda e encontrou os Turner a olhando. Elizabeth sorria, daquele jeito calmo e feliz que mães conseguem; George tinha algum brilho estranho nos olhos mas seu sorriso era contente.


Logo eles assistiam o mar levantar e esconder o recife. Seguros na costa, a tripulação do Pérola Negra e agregados estava segurando dois sacos de pano cada.

O sol estava a pino. Caterina jogou uma sacola nas costas, feliz que seu sangramento parara. Gillian cantarolava uma musiquinha de piratas à sua esquerda, Olivia salteava na frente dela e Jack, Elizabeth e Angelica estavam lá pra frente, discutindo para variar.

George estava na sua direita, arrastando um saco cheio de coroas/cetros/moedas que fazia um barulho infernal.

- Mas que droga Turner - ela disse. - Daqui a pouco você vai acordar até os mortos.

Ele propositalmente fez mais barulho. - Então - disse, depois de levar um soco no braço. - Qual era a desse anel?

- Meu pai deu para minha mãe, que deu para a Tia Dalma, que o perdeu para meu pai, que deu novamente para a minha mãe. Que me deu depois.

George demorou um pouco para absorver a informação. - E como você é uma garota, você queria de volta.

- Ei! - Gillian e Caterina falaram ao mesmo tempo.

- Não é porque eu sou uma mulher que eu faço tudo isso por uma joia! - Caterina protestou. - E além do mais, eu não te devo satisfações.

- Opa, me vou. - Gillian disse. - Em briga de marido em mulher...

Os dois a ignoraram enquanto a loira batia nas costas de Olivia, que passou a segui-la correndo.

- Acredito que deve sim - George levantou as sobrancelhas. - Já que estamos num relacionamento.

- Rá. Não leia nada no que aconteceu ontem.

- Ontem e hoje, quer dizer.

- Meu argumento continua válido. Não há nada entre nós, amor, e você precisa aceitar isso.

- Estamos juntos, Sparrow.

- Capitã Sparrow para você, Turner. - Caterina sorriu de um modo verdadeiramente indecente. - Especialmente agora. A única pessoa à qual pertenço é mim mesma, querido.

- Não era o que você estava gemendo na minha cama...

- Eu? - ela tossiu. - Você é quem gemia mais.

- Um cavalheiro permite uma dama manter suas fantasias.

- Pena que você não é um.

Mesmo assim, ela deixou George segurar sua mão. Os dois sorriam ao chegar à praia, irritando Gillian sobre o tópico do inglês bonitinho da tripulação e Olivia ajudava de vez em quando, mas passava a maioria do tempo olhando para um quadradinho de papel.

- Jack - Caterina disse quando todos estavam na areia. O Pérola Negra, com suas velas negras e bandeira hasteada, se punha contra o sol como uma escultura. - Preciso que me deixe, eu, e quem quiser vir comigo, no porto de Tortuga. Pode ficar com o Pérola.

- Está brincando? - Jack sorriu, segurando a cintura de Angelica. - Cansei de dormir em redes. O Pérola é seu. Além do mais, depois de mim, só poderia ir para um Sparrow.

Ao invés de ir até ele e o abraçar, como queria, Caterina retribuiu o sorriso. Jack e Angelica foram subindo no navio.

- Mas vai ter rum, certo? - ele perguntou a Angelica.

- Que papel é esse? - Caterina apontou para a mão de Olivia. Os marinheiros jogavam o lote de riquezas no porão e se juntavam no topo do navio. Caterina e Olivia foram andando junto com George e Gillian na direção do Pérola.

Olivia sorriu com lágrimas nos olhos. - É a minha mãe.

Era um desenho antigo; nele estava uma mulher de olhos escuros feito o breu e a pele cor de cobre. Tinha um chapéu de capitã e roupas típicas de pirata. Era bem parecida com Olivia, só que a jovem tinha os olhos azuis maníacos do pai.

Uma coisa que tinha em comum com Caterina, cujos olhos ardiam com a ânsia por aventura como os de Jack.

- Vai atrás dela? - Caterina sorriu. - Ela está viva?

- Eu e meu pai. - Olivia dobrou a foto e a guardou no casaco. - Nós dois vamos navegar qualquer mar que nos jogarem contra para encontra-la.

- Vai querer uma carona, então?

- Eu vou querer uma também. - George disse para a Capitã. Olivia saiu de perto, feliz por estarem do lado do porão e ela poder jogar o saco pesado dentro dele.

- Vai me deixar é? - Caterina sorriu. George riu baixo.

- Eu e minha mãe iremos atrás do grande Capitão Will Turner. - ele disse. - Acho que não fui justo com ele; vou dar uma chance ao velho. E eu jamais te deixaria, amor.

- Tá me estranhando?

Ele riu novamente. - É só usar a bússola vidente do teu pai. Vai apontar para o que você quer; vai apontar para mim, claro.

Caterina olhou para o chão e de volta para ele, balançando a cabeça. Ele não fazia ideia de como estava próximo da verdade. - É, é. Vou deixar vocês dois em Porto Real, depois descubram o que fazer.

E então, se virando para o deque do seu Pérola Negra, Capitã Caterina Sparrow berrou. - O que estão fazendo? Levantem, ratos! Abaixar as velas. Desancorem! Rápido!



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