Sexy Biology escrita por Flavia Horan Styles


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Quando começar bem as cenas picantes (66' eu aviso pra vocês. Só que demora um pouquinho viu



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- Se ainda tivesse um jeito de fazer essa cisma que ele tem contigo sumir... – ouvi Mellody murmurar, me olhando vagamente como se estivesse pensando alto.
- Até tem um jeito – falei, incomodada por ter que admitir aquilo – Você sabe que o Styles vive dando em cima de mim.
- Mas você não considera isso uma opção... Considera? – ela cochichou, assustada, como se ninguém naquela escola tivesse pegado um professor pelo menos uma vez na vida – Quer dizer, você odeia ele.
- Eu jamais conseguiria me imaginar sequer num diálogo amigável com aquele idiota – respondi, sendo muito sincera – Mas não custa nada considerar essa hipótese como uma opção de emergência.
Vi o carro de minha mãe chegando e logo me despedi de Mellody com um beijinho no rosto. Enquanto caminhava até o carro, pude ouvir a voz dela falar, num tom preocupado:
- Olha lá o que você vai fazer, hein!
Revirei os olhos e entrei no carro, ignorando o que ela tinha dito. O que ela tava pensando? Que eu realmente ia me sujeitar a qualquer tipo de relação com o Styles por causa de nota? Eu jamais faria uma coisa dessas, nem que fosse pra tirar A+ em todas as matérias sem nem ter que pisar naquela escola. Um idiota embrulhado num corpinho bem definido e perfumado não vale o sacrifício, pode apostar.

Parei em frente à porta do laboratório de biologia, recuperando o fôlego perdido ao subir seis lances de escada em trinta segundos. E também respirando fundo pra aguentar alguns minutos com aquele ignorante do Styles.
- Tá enrolando aí por que, Sherllock? – ouvi aquela voz irritantemente metida perguntar, logo que soltei meu último suspiro derrotado – Não sei você, mas eu não tenho o dia todo.
Não vou nem comentar de quantas maneiras e com quantas palavras diferentes eu o xinguei mentalmente antes de girar a maçaneta de um jeito grosseiro e entrar na sala. Sentei no banco mais afastado possível dele e coloquei meu estojo sobre a bancada, sem nem olhar pro verme todo esparramado em sua cadeira. Enrolando pra pegar minha caneta dentro do estojo, tudo pra não ter que encará-lo, não pude deixar de notar um sorrisinho ridículo em seu rosto.
- Estudou? – aquela voz repugnante perguntou, se achando o maioral como sempre. Como se eu precisasse, e como se eu tivesse tido tempo de estudar em quarenta minutos.
- Eu não sei o senhor, mas eu não tenho o dia todo – respondi, mal educada, ainda sem encará-lo – Então seria ótimo se o senhor me entregasse a prova de uma vez.
Sem nada pra responder, óbvio, e com a maior cara de macarrão sem molho, ele se levantou e veio na minha direção com a prova nas mãos. Parou bem atrás de mim, e apoiou seus braços no balcão, um de cada lado do meu corpo.

- Você deve achar mesmo que eu não vou com a sua cara.
Ignorei aquela frase desnecessária, me encolhendo pra diminuir a proximidade entre nós, e arranquei a prova que estava debaixo de sua mão. Comecei a preencher o cabeçalho, e antes que pudesse fazer qualquer coisa, senti seu hálito quente bem próximo ao meu ouvido.
- E isso me deixa cada vez mais fissurado em você.
Parei de escrever, e uma onda de medo tomou conta de mim. Abri a boca pra falar umas poucas e boas pra ele, mas fui impedida por seu braço, que logo me abraçou pela cintura com firmeza e fez meu pânico aumentar.
- Me solta! – exclamei, e sem pensar, enfiei minha caneta de ponta fina em seu braço. Na mesma hora, ele soltou o ar pesadamente, tentando não gritar de dor, e se afastou. Peguei meu estojo, desesperada, e a última coisa que vi antes de sair do laboratório, com as pernas bambas de pavor, foi ele arrancando a caneta que estava fincada em seu braço.

- Bom dia, classe – a professora Keaton disse, ao chegar na sala, e assim que passou pela porta, deu uma boa olhada pro grupo de atletas da classe, que retribuíram seu olhar da mesma forma. A srta. Keaton era nossa professora de inglês, consagrada na escola por seu ótimo método de ensino e elaboração de atividades extracurriculares bem sucedidas. Atividades essas que incluíam, claro, pegações com alunos. Não devia ser fácil aguentar aquele monte de testosterona fresquinha provocando-a no auge de seus 25 anos. Loira, alta e invejada da cabeça aos pés, ela parecia uma modelo, e segundo as más línguas, um certo professor morria de amores por ela.
Ele mesmo. Louis Tomlinson. Eu nem tenho vontade de dar uma voadora nela quando vejo os dois conversando pelos corredores, sabe.
Voltando aos fatos, a srta. Keaton logo começou a passar matéria, e como eu era meio lerda pra copiar, já comecei a escrever. Após quinze minutos e uma lousa cheia de matéria, a professora se sentou em sua cadeira e de lá ficou observando os idiotas musculosos que sentavam no fundão e riam de alguma besteira que algum deles tinha falado. Sobre futebol, claro, porque era o único assunto do qual eles entendiam alguma coisa a ponto de rirem de alguma piada a respeito.

Eu particularmente não via nada de mais nessa srta. Keaton. Por mais que ela fosse linda e aparentemente simpática, alguma coisa nela me incomodava. Fora o fato de que ela podia ter o sr. Tomlinson ajoelhado aos seus pés quando quisesse. Não sei, meu santo não batia muito com o dela, acho que era isso.
- Com licença, Keaton – ouvi uma voz rouca conhecida falar da porta, e quando ergui meu olhar da folha, dei de cara com o último professor que queria ver.
- Entra, Styles – ela sorriu, toda gentil, e ele logo caminhou até ela, ficando de frente pra classe.
- Eu tenho um recado pra dar – ele disse, e todos pararam de copiar pra ouvi-lo (menos eu) – Os alunos que estão de recuperação em biologia laboratório farão a prova na última aula de hoje. Procurem o professor Turner e façam a prova na classe onde ele estiver.

Quando ergui meu olhar pra lousa, tentando continuar copiando sem ligar pra ninguém ao meu redor, notei que todos me olhavam. Lancei olhares incomodados pro lado, e encarei o professor Styles, que devolvia meu olhar de um jeito furioso. Sua camiseta branca meio colada ao corpo me distraiu por alguns milésimos de segundo, até que eu bati os olhos em seu antebraço. Havia um curativo nele, bem onde eu o tinha machucado com a caneta ontem. Fiz aquela legítima cara disfarçada de ‘se fodeu’, e comecei a balançar uma caneta entre meus dedos, num sinal claro de que se ele resolvesse aprontar alguma, eu ainda tinha várias canetas de ponta fina pra enfiar onde eu bem entendesse nele.
Captando a mensagem, ele logo tratou de sair da classe, agradecendo a professora Keaton. Segurei muito uma gargalhada e continuei copiando, com um sorriso maligno no rosto. Canetas de ponta fina eram ótimas aliadas na luta contra professores desagradáveis, dica.


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