Alguns poucos anos depois

Narrado em Terceira pessoa

Algum tempo passou e Hanna e Pedro continuavam namorando firme, estavam morando juntos no apartamento de Pedro, pareciam duas crianças grudadas com seus brinquedos, nada parecia ser forte o suficiente para destruir o amor dos dois. Hanna estava a ponto de se formar na faculdade de psicologia pra começar a trabalhar, Pedro continua com sua carreia e coma banda, agora mais famosa que nunca. Agora com seus 22 anos, Pedro Gabriel não tirava da cabeça a ideia de pedir Hanna em casamento, eles já haviam passado por tantas coisas juntos, ficaram separados por tanto tempo e agora, era o momentos perfeito para os dois realmente ficarem juntos. Sophia e Thomas e Jessicka e Lucas finalmente haviam assumido o namoro e Tabata e Pedro Lucas já estavam noivos. Com os meninos fazendo um turnê mundial, agora as meninas tinha tempo para planeja todo o casamente de Tabata, apesar da saudade ser muito grande.

Hanna Narrando

- Já escolheram os vestidos? – Perguntei passando alguns cabides daquela imensa loja.

- Eu já, e vai ser este aqui! – Jessicka colocou um cabide com um vestido tomara que caia rosa claro junto ao corpo e se olhou no espelho.

- Ficou legal em você. –Sophia disse desanimada.

- Sem estresse Sophi, só mais uma semana e meia os meninos, consequentemente o Thomas, voltam! – Tabata apareceu vestindo seu vestido de noiva, e realmente estava linda!

- Linda!—Falei pegando um vestido tomara que caia vermelho.

- Você usar este? Uau.. Vai estar mais bonita que a noiva, isso não vale!  -Jess, brincou e piscou para Tabata.
- Na verdade, esse não é pro casamento, é pra alguma ocasião especial.

- hmmmmmmm! – As meninas brincaram e terminamos de comprar as coisas que faltavam já que em 2 semana Tabata realizaria seu maior sonho e a coitada já estava uma pilha de nervos, mesmo as coisas indo melhores do que ela esperava.

Os dias foram passando e finalmente chegou quarta feira, Pedro voltaria de turnê hoje, então organizei tudo para que ele chegasse e se sentisse realmente em casa, com sua comida e sobremesa já preparadas e mesa posta, agora faltava eu me arrumar, não iria receber meu namorado com roupa de faxineira. Tomei um belo banho e vesti uma roupa  simples. Alguns minutos que pareciam eternidade a maçaneta da porta começou a girar e Pedro passou pela porta com a cara de pessoa mais cansada do mundo e com sua pouca bagagem, corri para abraça-lo e acabei pulando em cima dele de tanta emoção.

-Meu amor, que saudades! – Dei um beijo nele e ele apenas sorriu.

- Também estava com muita saudades Han. – Ele disse desanimado e me abraçou forte.

- Está cansado não é?

- Demais, queria ter mais animação pra poder falar com você.—Reparei que a voz dele estava mais do que rouca e baixa, me deu uma pena naquele momento, ele se esforçava tanto por aquilo que sonhava, se dedicava tanto que .. nem tenho palavras pra descrever.

- Não precisa ter animação, só o fato de você está aqui já é suficiente.

- É por isso que eu te amo, obrigada por entender a vida que eu levo. – Ele sorriu e me beijou com saudade.
- Também te amo, está com fome?

- Demais! –Ele respondeu respirando fundo e se jogando no sofá cansado.
- Preparei seu prato preferido.
- Você está linda. –Ele disse ignorando o que eu falei e eu simplesmente sorri ficando meio boba e tímida.

-Obrigada, você gostou?
- Adorei, você pode usar papel de pão embrulhado no corpo que ainda vai ficar linda... quem sabe sem o papel... –ele falou maliciando as coisas e taquei uma almofada nele.

-Seu tarado pervertido!
- Ah Han, foram meses longe de você, mereço uma recompensa né?
- E vai ter senhor Pedro Lanza, agora suba para tomar banho e depois desça para comer, depois o senhor vai dormir porque está muito casado!

-Poxa mãe! Isso é tão injusto! – Ri e ele se levantou indo para o banheiro.

-Não demora hein! A água do planeta está acabando!
- chaaaaaaaaaaaaaaaaaaata!—Ele gritou do banheiro e eu ri. Quando ele voltou jantamos, ele me contava com muito entusiasmo as coisas que aconteceram na turnê e eu contava o que aconteceu por aqui e as coisas da faculdade. Percebi que Pedro já estava no quarto Pedaço de lasanha e já não aguentava comer de tanto sono que estava.
-Pe, meu amor, vai dormir! Amanha gente continua conversando, você precisa descansar!
- é tão bom saber que você se preocupa comigo!
- Sempre seu bobo, agora vai! Só vou arrumar aqui e já estou subindo também.
- Parece que somos casados sabia? Eu gosto disso.. – ele riu e eu o olhei sorrindo.
- Achei que eu fosse chata...
- Eu gosto da sua chatice!
- Então admite que eu sou chata?
-Qual namorada não é?
-Pedro!
-Brincadeira meu anjo, to indo, te vejo daqui a pouco. – Ele me deu um selinho e subiu, guardei as sobras das coisas, lavei a louça, coloquei um pijama comum e subi para dormir. Cheguei no quarto Pedro já estava dormindo, encolhido num canto como sempre fazia, ele era tão fofo. Me deitei ao seu lado e o abracei minutos depois pegando no sono.

(...)

-Respira Tabata, vai dar tudo certo! – Tabata repetia a si mesma enquanto termina de ajeitar os enfeites do cabelo.

- Menina, se acalma. Você tá perfeita, sua maquiagem está perfeita e seu vestido tá maravilhoso! O que mais você quer de perfeito? – Jessicka falou se sentando ao lado de Tabata.

- Tá quase na hora, vamos Jess! Sophia já esta esperando. – Falei enquanto terminava de ler  mensagem que acabara de receber.

-Vai dar tudo certo ok? Só fica relaxada! – Jess falou e Tabata apenas assentiu. Saimos daquela pequena sala e fomos em direção a igreja, os meninos já estavam lá e Pedro Lucas parecia super nervoso enquanto caminhava para o altar. Fui para lado de Pedro que estava realmente lindo.

- Está linda ruiva. –Ruiva era o mais novo apelido que Pedro havia me dado, sorri e entrelacei nossos braços.

- Obrigada, você também está lindo, magro. –ele riu e sentamos nos nossos lugares, aquela musiquinha que me irritava profundamente começou a tocar, no dia do meu casamento espero que toque Guns ou algo do tipo, qualquer coisa, menos essa musiquinha. Tabata surgiu na porta da igreja de braços dados com seu pai, não tinha reparado realmente em o quanto ela estava linda. Sorri quando ela passou por mim e Pedro caminhando até o altar, Pedro Lucas esboçava um sorriso maior que o rosto e quando finalmente Tabata chegou ao altar, o sorriso deve ter ficado maior que ele.

- Senhoras e Senhores, irmãs e irmãos. Estamos reunidos hoje para... – O Padre começou a falar e eu bufei baixo sem vontade de ouvir, Pedro riu e chegou mais perto de mim entrelaçando nossas mãos.

- Um dia vai ser eu e você lá! –Ele falou me parecendo bem animado com está ideia.
- Só estou esperando você fazer o pedido. –Falei baixinho e sorri, Pedro ficou me olhando sorrindo por um tempo e depois voltou a prestar atenção nas palavras que o velho padre falava, chatice.

-Tabata, aceita Pedro Lucas Convá Munhoz como seu legitimo esposo, para amar e respeitar, na tristeza e na alegria, na saúde e na doença, até que a morte os separe?
-Aceito! –Pedro Lucas sorriu.

-Pedro Lucas, aceita Tabata Heron Santos como sua legitima esposa, para amar e respeitar, na tristeza e na alegria, na saúde e na doença, até que a morte os separe?—Pedro Lucas ficou em silêncio desmanchando o enorme sorriso que havia no rosto da nova “esposa”, a igreja era puro silêncio, não se ouvia mais nada além da respiração falha de Pedro Lucas. Talvez ele estivesse tão nervoso que não conseguia expressar algum tipo de palavra, ele amava demais Tabata para fazer isso com ela.

-E-eu aceito!—Tabata voltou a sorrir aliviada.

-Tem certeza?—O Padre velho e chato perguntou olhando pra Pedro com dúvida.

-Nunca tive tanta certeza na minha vida.—Pedro Lucas respondeu mais aliviado e sorridente.

-Então eu os declaro, Marido e Mulher! Pode beijar a noiva. – Pedro se aproximou de Tabata a puxando pela cintura e a beijando. Todos bateram palmas e viveram felizes para sempre. Depois fomos direto para festa, estava animada mais eu não estava me sentindo muito bem, então a maior parte do tempo fiquei sentada observando as pessoas e coisas.

-Vai passar a festa toda ai sentada? –Pedro parou do meu lado.

-Não ‘tô me sentindo muito bem.

- Quer ir pra casa?
-Não, tudo bem, só... fica aqui comigo?—Ele puxou a cadeira e se sentou ao seu lado.
- Quero te levar em um lugar amanha.
- Que lugar?—Olhei pra ele com uma sobrancelha levantada.

-É surpresa, não posso falar ainda mas... acho que você vai gostar muito.