Tarde Demais Para Esquecer 2 escrita por PitufAny


Capítulo 10
Capítulo 10




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Pedro Narrando

Era fim de noite de sexta-feira e eu estava voltando antes do previsto da turnê, decidi fazer uma surpresa pra Hanna e fui busca-la na faculdade, mas ela já não estava lá, decidi ir na casa dela, sabia que ela com certeza estava acordada e gostaria de me ver, no caminho, sem motivo nenhum fui prestando atenção nos becos e em um deles vi uma menina estirada no chão, mas não era uma menina, era a [b]minha[/b] menina. Sai do carro desesperadamente e Hanna estava desacordada no chão apenas de roupas intimas, senti meu olhos arderem e um ódio tomando conta de mim, a peguei no colo e a coloquei deitada no banco de trás, fui dirigindo até seu apartamento não ligando para os sinais vermelhos e para a alta velocidade, o vento secava minhas lágrimas e só conseguia pensar em se eu tivesse chegado mais cedo, isso não teria acontecido. Cheguei em seu apartamento, a deixei no carro e peguei algumas coisas e coisas dela e fui em direção ao meu apartamento. Assim que cheguei, vesti um pijama nela e a deitei na cama, fiquei um tempo a observando e vi que havia marcar em todo seu corpo.

- Filho da ... – Soquei de leve a mesa de cabeceira e deixei as lágrimas tomarem conta de mim, Hanna não merecia tudo aquilo, não merecia o que eu havia feito com ela nem o que o idiota que seja fez, e tudo isso, de um forma ou outra é culpa minha. Mas eu havia prometido a mim mesmo que Hanna nunca mais iria sofrer ao meu lado, eu seria o seu anjo e ela minha pequena. Depois de observa-la por muitos e longos minutos, peguei uma coberta e fui dormir na sala pra ela ficar mais confortável.

(...)

Hanna Narrando

Acordei no dia seguinte sentindo uma dor no corpo e olhei em volta, não reconheci aquele lugar, será que fui sequestrada? Levantei com certa dificuldade e tinha um bilhete na mesa de cabeceira, pela foto, eu sabia muito bem onde estava.

Não se assuste, você ta na minha casa e eu estou na sala. Vai ficar tudo bem, eu prometo. –Pedro

Li e coloquei de volta onde estava, Pedro provavelmente tinha me achado ontem  me trouxe pra cá, e pela minha bolsa em cima da cadeira, também trouxe alguma roupas minhas. Sentei na cama e a única coisa que veio na minha cabeça naquele momento foi chorar, mas de nada adiantou. Fui em direção ao banheiro que tinha no quarto do Pedro e tomei banho vestindo uma roupa que eu tinha achado na bolsa, ajeitei meu cabelo e passei um pouco de maquiagem que também estava na bolsa, Pedro tinha sido esperto. Respirei fundo e abri a porta com cuidado indo até a sala, tudo o que eu precisava era dele, somente dele, do sorriso dele, do abraço dele. Cheguei na sala e estava tudo enfeito com balões escrito: “ Você é linda” , “Eu te amo” e tinha um pequeno bolo na mesa, com umas bolinhas marrons e outras coloridas, um urso no sofá e um buquê enorme num canto, (http://m.i.uol.com.br/album/restart_2012_jovem_pan_sunday_festival_f_001.jpg) Pedro estava de costas mexendo em alguma coisa que eu não pude ver.

- P-Pedro... – Falei com a voz rouca e ele se virou na hora, comecei a chorar e fui correndo abraça-lo, era tudo que eu mais necessitava, minha lágrimas molhavam sua blusa branca e ele acariciava meu cabelo enquanto me abraçava.

- Feliz aniversário Han! – Ele falou se separando de mim e olhando bem nos meus olhos.

- Eu senti tanta saudade.—Foi a única coisa que pude dizer, ele me guiou até o sofá e limpou minhas lágrimas.

- O que aconteceu ontem?

Contei tudo pra ele que ficou perplexo com tudo que tinha acontecido.

- Se acalma ok? A gente vai passar seu aniversário feliz e depois vamos dar queixa na policia, isso não vai ficar assim e me desculpa por não ter chegado antes, se eu não tivesse demorado, isso não teria acontecido.

- Pedro, nada disso foi culpa sua ok? E obrigada por ainda gostar de mim. – dei um meio sorriso e ele retribuiu.

- Bom, eu tenho algumas surpresas pra você hoje!

- Surpresas pra mim?

- Sim, achou que eu tinha esquecido do seu aniversário? – Sorri e ele ligou o rádio. – Dessa vez que eu quero poder fazer tudo certo Hanna e pra isso funcionar, preciso que você me responda com muita sinceridade nessa momentos. – Olhei pra ele não entendendo o que ele queria dizer com aquilo.

- Pode perguntar.

- Você ainda me ama? –Ele disse sem fazer rodeios fazendo meu coração parar e voltar a bater ao mesmo tempo.

-Eu nunca deixei de te amar Pe, agora você eu...

-Eu nunca deixei te amar também. – Sorrimos um para o outro e ele se aproximou mais de mim.

- Então, se ainda nos amamos, você me da outra chance? Não quero mais ficar de carinho, ficar, quero que você seja a minha namorada de novo Hanna, com aliança e tudo.. então você aceita?

- V-você ta pedindo? –Falei meio desnorteada e ele apenas riu.

-Sim, to te pedindo.. Hanna McLorey, quer namorar comigo?

-Quero! –Respondi e pulei em cima dele o abraçando como ainda não tinha abraçado antes, sentindo todos aqueles sentimentos de quando tínhamos apenas 15 anos.

-Eu te amo tá?

- Eu também te amo Pe. – Ele tirou uma caixinha preta do bolso onde tinha duas alianças, coloquei nele e em mim e ficamos nos olhando por um tempo e fui me aproximando selando nossos lábios iniciando um beijo calmo que aos poucos ia se intensificando. Ficamos um tempo daquele jeito até que finalmente nos separamos. Pedro olhou pra mim sorrindo, sim, era daquilo que eu precisava, do sorriso dele.

- Vai ficar tudo bem ok?

-Ok!

-Confia em mim?

-Mas é claro que confio! –Respondi e sorrimos um para o outro.

- Então, eu preciso ir numa lojinha terminar de pegar as coisas pro seu aniversário, quer ir comigo?
- Vai ter festa? – Perguntei com os olhos brilhando.

- Claro que vai e o pessoal daqui a pouco está aqui.

- Ok, vamos. – Fomos andando até a loja que ele falou e enquanto ele resolvia alguma coisa coma vendedora eu olhava uns bonequinhos de casamento.

- Vamos amor? – Ele falou me fazendo arrepiar e sorrir.

- Vamos... deixa eu te ajudar. – Pedro estava com várias caixas na mão, não sei de onde ele tirava tanta força se era tão magrelo, mas meu magrelo. Voltamos pra casa dele e arrumamos as caixas. Pouco tempo depois o pessoal chegou fazendo aquele cerimonia toda de “Feliz aniversário” , “Felicidades” e afins. Percebi que Pedro me observava de longe, o que me deixava um pouco envergonhada.

--

- Gente, eu tenho que contar uma coisa. – Pedro interrompeu a conversa paralela e a música.

- Você e a Hanna estão namorando? – Thomas gritou e ele o fuzilou.

- Obrigada Thomas, agora não tenho mais que contar uma coisa. – Rimos e o pessoal começou a fazer o que amigos sempre fazer, bater palmas, assobiar, gritar “até que enfim”. A festa foi divertida, Pedro conseguiu me distrair e eu não me incomodava mais com o tinha acontecido. Depois da festa ficamos arrumando as coisas em silêncio o que me incomodava muito.

- O que achou da festa, Hanna?—Ele falou baixinho.

- O melhor presente que alguém poderia ter me dado. – O Olhei e sorri, ele retribuiu e sentou no sofá pensativo. – Alguma coisa tá te incomodando Pe?
-Sim, é que... o que aconteceu ontem.. você.. tá bem? –Ele perguntou suspirando forte e jogando a cabeça pra trás. Sentei do lado dele e fiquei o observando.

- Sim, eu estou bem e se estou bem é só por sua causa.

- Mas é que... tudo é culpa minha Hanna.

- Pedro Gabriel, a gente já falou sobre isso. Nada do que aconteceu é culpa sua, eu não quero lembrar mais disso, não quero entrar em depressão por causa disso, nem querer morrer por causa disso porque eu tenho você, você é o que me torna forte, então por favor Pe, tenta esquecer isso assim como eu? – Pedro me olhou surpreso e um sorriso lindo, aquele que só ele sabia sorrir nasceu em seu rosto fazendo minhas pernas amolecerem e o coração acelerar.

- Eu te amo ok? – Ele me abraçou  e eu retribui o abraço dando um beijo na bochecha dele. A partir daquele dia, tudo mudaria pra mim, pra Pedro e para sempre. 


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