Silly, Louis, Liam, Zayn e Niall entraram no carro, depois de colocarem minhas malas no bagageiro. Sentei-me ao lado de Sily e Liam, enquanto Louis dirigia, Niall ia ao seu lado e Zayn do lado de Liam. Devem se perguntar o porquê do Harry não estar ali, mas acho que não preciso responder né? Eu queria ficar ali com ele, mas o certo era eu voltar pra Paris, onde tudo ficaria correto novamente. Um dia eu acharia o grande amor da minha vida, alguém que me amasse do mesmo jeito que eu o amaria. Um amor para a vida inteira, a minha outra metade que está faltando.

“Cara, cala a boca... Manchester é melhor que qualquer time.” Louis reclamava com Silena, a torcedora fanática do Chelsea. Era engraçado ver aquilo... Eles dois tem implicado o tempo inteiro, parecem até irmãos...

“Silly, desculpa amiga, mas dessa vez eles estão certos...” Eu disse tentando me enturmar e animar. O que foi em vão, já que problemas não se esquecem tão facilmente.

Rimos muito – ou seja, eles riram e eu fingi alegria – e conversamos sobre diversas coisas. O difícil era notar que eles estavam tentando me alegrar de todos os jeitos, mas não adiantava. Isso só me fazia lembrar o quão difícil era tomar decisões repentinas para o resto da vida – tais decisões, frutos de algum conflito amoroso (pra variar) –, que deixariam tudo mais confuso e isolado... Eu confesso que aqueles dois anos e meio que passei sem ele me mataram por dentro. Não, aquilo nunca me tornou uma pessoa fria ou uma espécie de robô contra o amor. Muito pelo contrário, aquilo me fez mais forte... Mas por mais que eu tentasse voltar a abrir meu coração para viver um novo amor, eu não conseguia. Simplesmente não conseguia amar outra pessoa. E por quê? Porque eu ainda o amava. Eu amava o Harry como antes e como sempre, amava-o com todas as minhas forças – e até as que eu não tinha.

Eu realmente esperava que um dia me apaixonasse novamente.

Não queria me apaixonar do mesmo jeito que me apaixonei pelo Harry, porque eu o amava tanto que doía. E isso não é nada bom. Quer dizer que ama-lo era uma coisa ruim, algo que me machucava tanto quanto uma estaca no peito.

Chegamos ao aeroporto e Louis foi pegar as malas com o Liam e Niall. Silly foi pagar logo o estacionamento e Zayn foi entrando comigo.

“Prim, você tem certeza disso?” Ele disse com algum receio, como sempre disse que eu tinha que ter certeza de que isso era o certo a fazer, se não eu me arrependeria amargamente depois e etc...

“Eu tenho certeza... Quase absoluta” Falei reclamando pela vigésima milésima vez com ele. Ele me advertiu dizendo:

“Não, esse quase não pode existir. Tem que ser certeza absolutamente absoluta. Não quase absoluta. Isso não pode existir se você acha mesmo que tem que fazer isso e que será o melhor p...” Ele dizia sem parar e então, finalmente, interrompi-o.

“Ok Zayn, tudo bem. Eu não posso ter certeza absoluta porque eu ainda amo o Harry. Você, eu e todos sabemos disso. Eu só vou voltar pra lá para tentar esquecer isso.”

Esquecer o amor por ele. Esquecer minha vida aqui. Esquecer tudo o que aconteceu. Eu acho que eu era capaz de fazer isso. Quer dizer, deveria ser fácil né?

(...) “Atenção senhores passageiros, embarque para o voo 436 com destino a Paris no portão 5. Última chamada para o voo.”

Olhei para eles e dei um último abraço a cada um.

“Boa sorte Prim...” Louis disse segurando meu rosto e me abraçando novamente.

“Galera... Vocês estão chorando?” Perguntei e todos começavam a esfregar os olhos. “OH MEU DEUS, VOCÊS ESTÃO CHORANDO?” Disse rindo da única coisa que me alegrou o dia. Era bom saber que eu faria falta e que eu era importante. Abracei cada um mais forte e não resisti, chorei. Eles me deixavam feliz, ou seja, triste por ir embora.

Esse era o valor da amizade.