Sob Medida escrita por Little Angel


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Como eu prometi, mas um capitulo



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Enquanto na Califórnia os ponteiros marcavam nove horas, na Nova Zelândia os ponteiros ainda estavam às três. Christopher estava saindo do colégio, acompanhado por Mandy, e mais três amigos.

- Vamos sair hoje á noite? – perguntou um dos amigos.

Chris: Nem rola. To cansadão, e cheio de exercício atrasado. 

Mandy: Não tem nem um tempinho pra mim? – fazendo charme.

Chris: Bem que eu queria, mas não. – ele se virou pra ela – Amanhã a gente se vê, prometo que recompenso o tempo perdido. – sorriu malicioso.

Mandy: Vou cobrar. – sussurrou no ouvido dele, e em seguida, depositou um beijo ali. Os cinco se despediram, e cada um tomou seu caminho.

Chris chegou em casa, arrumou a sala, que era uma de suas obrigações diárias, passou na cozinha, pegou um suco, e foi pro quarto. Ligou o computador, entrou no msn e Christian foi o primeiro a falar com ele.

Christian! diz:
E aí cara? Não vai mais voltar? 

Chris. NZ diz:
Fala Christian! ;) Po, to pensando seriamente em ficar por aqui! Rs

Christian! diz:
Você não é nem louco! HUAUA Cara, você nem sabe... Sua irmãzinha é a sensação do colégio. Gostosa pra caralho!

Chris. NZ diz:
Puta que pariu, fala sério! A Beli disse que ela é do tipo sem graça! 

Christian! diz:
Ela é uma invejosa! Rs A Dul só precisa de uns reparos, nada que eu não possa fazer ;)

Chris. NZ diz:
Dul? Que intimidade, hein? Rs Bom, vai fundo, é toda tua. HAHAH

Christian! diz:
Valeu! Essa semana tem festa na casa do JP, vou chegar nela... Vai perder uma festa e tanto.

Chris. NZ diz: 
Semana que vem to aí... Vou fazer uma festa lá em casa, pra compensar.

Christian! diz:
Então ta, já vou avisando o pessoal. Escuta, já ta meio tarde aqui, acabei de chegar do Point, ainda tenho que tomar banho, e ler uma merda de um livro pra uma prova amanhã... A gente se fala depois! Se cuida cara!

Chris. NZ diz: 
Valeu cara, manda um abraço pra todo mundo!

- Christian! parece estar offline.

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Dul: Vou comer alguma coisa. – disse quando chegou em casa.

Poncho: Vai fundo. Vou tomar banho e dormir. – largou as chaves em cima da mesa, e subiu. – Pai? – perguntou, batendo na porta de seu quarto.

Glauco: E aí meu filho? Cadê a Dul? – cumprimentando o filho

Poncho: Na cozinha, comendo. Vou dormir, precisa de algo? 

Glauco: Não meu filho. Pode ir... – eles deram um meio abraço, e Poncho foi pro quarto.

Chegando lá, ele tirou o tênis, a camisa, e caiu na cama, ainda de calça. Ficou olhando pro teto, perdido em pensamentos. Mais precisamente, perdido em um certo par de olhos azuis...

Poncho: Fala sério... – se levantou, indignado – Devo ta ficando louco. – ele tirou a calça, e foi tomar banho.

O banho não demorou muito, ele desejava dormir e tirar da cabeça os últimos pensamentos confusos da noite. Ele deitou na cama, e mais uma vez o teto se tornou sua paisagem.
Poncho: Que droga de garota. – murmurou, se virando na cama.

Depois de virar para um lado, para o outro, de se mexer muito, e murmurar coisas sem sentido, Poncho finalmente adormeceu.

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Any: Oi mãe. – ela a cumprimentou, e já ia subindo para o quarto...

Marichelo: Minha filha! – a chamou antes que ela subisse – Você tem planos para o fim de semana? – Any pensou na festa na casa de JP, mas preferiu não falar nada.

Any: Não mãe, por que? – quis saber.

Marichelo: Seu pai vai viajar a trabalho, e eu pensei em ir junto. – ela se aproximou da filha – Será que você não pode falar com a Mai, pra ela vir fazer companhia a você? Eu ficaria mais tranqüila... – acariciando o rosto da filha.

Any: Claro! – adorando a idéia – Falo com ela amanhã. – ela se virava para subir, quando teve uma idéia e se virou novamente. – Mãe... – a chamou.

Marichelo: Que? – se virando também.

Any: Posso chamar a Dul também? – sorrindo com cara de pidona.

Marichelo: Quem é essa? – estranhando.

Any: Ela é nova no colégio, entrou hoje. Mas eu e a Mai nos demos super bem com ela. – explicou.

Marichelo: Não sei não Any... – pensando – Vocês nem conhecem ela direito. E se a família dela for daquelas estranhas...?

Any: Nada mãe. Ela mora na casa do Seu Glauco... – informou – Ele se casou com a mãe dela, e agora, ta morando lá. Entendeu?

Marichelo: Hmmm, tudo bem, tudo bem. Mas olha, juízo vocês três. – sorrindo, e abraçando a filha em seguida.

Any: Sim Senhora. – bateu continência e riu.

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O lugar estava todo escuro, a luz do luar invadia o quarto por uma fresta mínima. Ele dormia, parecia tranqüilo, sereno, mas era aparente. O sono era agitado, assim como seu corpo, que mexia vez ou outra. Sua testa exibia gotas de suor, seu subconsciente clamava por ela. 
Ela estava deitada na areia, linda, completamente nua. O barulho das ondas quebrando na praia, era a trilha sonora ideal para o momento. A luz do luar sob seu corpo, era a iluminação perfeita, ainda que um corpo tão perfeito como o dela, não exigisse iluminação alguma. Ele estava ajoelhado, ao seu lado, admirando seu corpo, e fazendo carinho em sua barriga. Ele se inclinou um pouco, queria beijá-la. Ela se virou, sorrindo de canto de boca. 

- Venha me pegar. – ela disse com a voz brincalhona, enquanto se levantava, e começava a correr.

Ele sorriu, e logo, tratou de correr atrás dela. Ela corria cada vez mais rápido. Suas curvas de menina o deixavam fascinado, completamente louco. Ela se aproximava da água, molhando apenas os pés. Ele sorria, parado, fitando-a.

- Cuidado pra não se afogar! – brincou.

- Eu gosto do perigo. – ela desafiou. Correu mais um pouco, e mergulho na água.

Ele sorriu... “Menina louca” – pensou ele. Seus olhos varreram todo o mar, na busca dela. Nada. Ele gritou por ela, não obteve resposta. Gritou mais uma vez, dessa vez, com a voz embargada. Ele correu pra água, gritando. Mergulhou, e continuou gritando por ela. Ele olhou pro lado, e o corpo dela estava ali, lindo, nu, perfeito... Sem vida! Um nó se formou em sua garganta, seus olhos marejados...
.

Poncho: ANYY! – ele gritou, acordando de repente, assustado. Passou a mão pelo rosto – Eu devo ta louco, só pode. – disse inconformado. 

Ele se levantou, foi lavar o rosto, e voltou para a cama, para tentar dormir. Mas isso, não foi uma tarefa fácil.

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Any: E aí, como você ta? – chegando ao colégio e encontrando a amiga.

Mai: Bem! Não sei o que me deu ontem... – envergonhada.

Any: Pois eu sei muito bem. – ela riu – Ciúmes. 

Mai: Ele não é nada meu! – indignada.

Any: Mas você bem gostaria que fosse. – sincera. Nesse momento, o carro do Poncho estacionou ali perto delas. – Olha quem chegou... – elas se aproximaram do carro.

Dul: Bom dia meninas. – descendo do carro. – Tchau Poncho. – ela acenou pra ele, que pareceu não se importar. Rapidamente ele acelerou o carro, e foi embora.

Mai: Ele parecia mais simpático ontem. – rindo.

Any: Acho que ele ta com medo de você Mai. – abraçou a amiga.

Mai: Rá- rá, engraçadinha. – dando um beijo na amiga.

Dul: Minha primeira aula é sociologia. E a de vocês...?

Mai: Química. – disse enquanto pegava um mapa na mochila – Toma, a sua sala é muito longe, se precisar de ajuda... – estendendo um mapa.

Any: A propósito, você terá aula com a garota mais popular do colégio. – fez uma cara feia – Isso não é incrível? – sorriu, batendo palmas ironicamente.

Dul: Nossa! – fingiu felicidade – É demais! – as três riram. Elas já iam se separar, quando Any falou novamente...

Any: Antes que eu esqueça, as duas passarão o final de semana na minha casa. – Dulce estranhou, afinal, a conhecia á um dia – Isso inclui você Dul! – a ruiva pensou em dizer algo, mas foi interrompida – E não, isso não é um convite, é uma intimação. – ela sorriu, e saiu dali, abraçada com Mai.

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A semana passava rápido, de forma bem agitada. O ensino médio estava ansioso pela festa na casa de JP, Dulce já estava se acostumando a ser a sensação do colégio, Any e Mai programavam uma repaginada completa para a amiga... Christian investia em Dulce cada vez mais, Christopher, aproveitava os últimos dias na Nova Zelândia, com Mandy, e outras garotas também, Poncho... Esse estava mais confuso que nunca!

Era seu último ano na faculdade, ele e Gabi já estavam juntos a um bom tempo, mas sempre, sem compromisso. Ele gostava dela, a achava bonita, interessante, mas ultimamente, uma certa garota estava lhe tomando os pensamentos e deixando-o completamente confuso.

Ele tentava se livrar de tais pensamentos, ocupar a cabeça, mas parecia cada vez mais difícil.

Pedro: E por que você não fala com ela? – perguntou o amigo, sentado á uma mesa de bar.

Poncho: Falar o que cara? – inconformado.

Pedro: Como o que? Que você ta afim dela... 

Poncho: Pedofilia é crime. – disse seco – Ela tem dezesseis anos porra... 

Pedro: E daí? Se ela quiser ficar com você... Ótimo! 

Poncho: Fala sério! – mexendo a cabeça negativamente – Ela é uma criança.

Pedro: Não é pra tanto, né? Ela pode ser novinha e tudo mais, mas hoje em dia as meninas não são tão inocentes...

Poncho: Não ela! Ela não parece ser assim...

Pedro: E como você sabe? Você trocou duas palavras com ela...

Poncho: Que droga! – inconformado – Esquece isso, vamos mudar de assunto. – bebendo um gole de chopp.

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Any estava arrumando o quarto, á espera das amigas. A campainha tocou, e ela desceu correndo. 

Any: Olá! – abrindo a porta de pijama, e se envergonhando em seguida ao ver Poncho parado ao lado de Dulce. – Ah, oi Poncho. – sem graça.

Poncho: Er... – ele inevitavelmente fitou todo o corpo dela – Oi. 

Dul: Cheguei cedo? – estranhando a atitude dos dois.

Any: Não, claro que não. Eu estava arrumando o quarto. – sorriu ainda sem graça – Podem entrar. – dando passagem para os dois.

Poncho: Na verdade, só vim deixar a Dul. – sem graça.

Dul: A sua festa não é só às nove? Você ainda tem duas horas, não precisa ficar perambulando por aí.... – entregando-o.

Any: Ah, então… - sorrindo simpática – Você entra, come alguma coisa com a gente, e depois vai pra sua festa. – já puxando-o pela mão.

Poncho: Ta, tudo bem. – concordou, contra gosto.

Dul: Adorei o seu pijama. – comentou, quando entravam na cozinha.

Any: Obrigada! – ela sorriu – Meu padrinho que me deu.

Poncho: Se eu fosse seu padrinho, compraria algo com mais pano. – comentou, enciumado. As duas o olharam, estranhando – Digo, teria ciúmes da minha afilhada, sabem? – tentou corrigir.

Any: Se quiser me dar um pijama novo... – ela piscou e riu divertida. Ele ficou mais bobo que o normal. – Já volto, vou me trocar. – saindo da cozinha rapidamente.

Dul: O que te deu? – curiosa – Ta com ciúmes da Any? – estranhando.

Poncho: Claro que não. – revirando os olhos – É só que sou meio antiquado. Seus pijamas são bem maiores...

Dul: Fazia frio em Nova York. Não vou ficar com eles por muito tempo... 

Poncho: Pois então, quando você tiver com seu micro pijama em casa, não receberá nenhuma visita do sexo masculino. – ele sorriu, abraçando-a em seguida.

Dul: Como se eu recebesse muitas... – rindo.

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Mai: Não mãe, não precisa. Papai deixou o carro, ele vai ser útil pra mim e pras meninas. 

Julieta: Mas minha filha, eu posso te levar. – insistiu.

Mai: Mas não precisa, a gente vai precisar do carro, pra sair e tudo mais... 

Julieta: Tudo bem, juízo hein mocinha? – abraçando-a.

Mai: Eu sempre tive. – ela deu um beijo na bochecha da mãe, e pegou as chaves do carro – Tchau mãe!

Maite dirigia sossegada pela orla, escutando uma música tranqüila, a caminho da casa da Any. Quando o sinal fechou, ela olhou pro lado, e fitou o mar, o céu meio alaranjado, o sol se pondo às sete horas da noite, algo bem comum na Califórnia. De repente, seus olhos foram surpreendidos... JP, Rafael e Christian estavam saindo da água, segurando suas respectivas pranchas de surfe. 

Mai: Que perseguição. – disse para si mesma.

Em um ato involuntário e impensado, ela virou o carro, estacionando-o ali em seguida. Ela diminuiu a música, e ficou ali, apenas observando-os.

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Any: Pronto! – entrando novamente na cozinha, agora, de short e blusa – O que querem comer?

Dul: Podíamos pedir uma pizza. – sugeriu.

Any: Eu topo. – sorrindo e já pegando o telefone – Pode ser Poncho? 

Poncho: Arram. – desviando o olhar.

Any: Qual sabor? – perguntou enquanto discava.

Dul: Peperoni! – disse logo.

Any: E você Poncho? – tentando tira-lo de seus pensamentos.

Poncho: Hmm... Quatro queijos. 

Any: Ok! Metade peperoni, metade quatro queijos. 

Dul: Não quer escolher um sabor? – se aproximando dela.

Any: Quatro queijos é minha preferida. – sorrindo pra Poncho, que retribuiu o sorriso secamente, e desviou o olhar.

Poncho: Onde é o banheiro? – perguntou sussurrando, para não atrapalhar a ligação.

Any: Lá em cima... – disse rápido.

Poncho: Valeu. – ele saiu dali.

Any: Ta, isso mesmo. – ao telefone – Muito obrigada! Claro, troco para cinqüenta. Ok, obrigada. – desligou – O que deu no seu irmão?

Dul: Sei lá. Ele ta estranho, né? – saindo da cozinha.

Any: Muito. Acho que ele não tem medo da Mai, e sim de mim. – rindo da idéia.

Dul: Pois é, to começando a achar o mesmo. – riu junto com ela.






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Notas finais do capítulo

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