Tradução da Música: Yoline Sensei

Fonte do Original: http://vagalume.uol.com.br/guns-n-roses/november-rain.html

Música de Tema: November Rain – Guns n’ Roses

Boa Leitura^^

Cold November Rain

(A Chuva Fria de Novembro)

A chuva Caía Sobre a janela e eu me lembrava daquele rosto macio, sua pele alva e principalmente de seus olhos profundos e Azuis.

“Quando eu olho dentro dos seus olhos,

Eu posso sentir um amor reprimido

Mas querida quando te abraço

Você não percebe que eu sinto o mesmo?

Mas nada dura para sempre

E nós sabemos que estes sentimentos podem mudar

E é muito difícil carregar uma vela Chuva fria de Novembro”  

Eu conseguia sentir de novo o frio e nebuloso abraço que ele me afava, e o que mais me fazia feliz eram aqueles momentos misteriosos que nunca saiam de minha mente.

  “Nós estivemos tentando mostrar isto por um longo tempo

Só tentando matar a dor

Pois amores sempre vêm, e amores sempre vão

E ninguém realmente tem certeza de quem está se deixando levar por hoje Indo embora”

Quando abri meus olhos naquele dia, vi a imagem dele sussurrando algo para mim, logo depois se dissipando em nuvens negras como o céu chuvoso de Novembro.

“- I Love You, But I Have to Go… For “somewhere…”  - E assim Keito me abraçou sumindo.

Por alguns instantes permaneci ali parada, olhando para onde ele havia me abraçado. A cada instante que permanecia ali imóvel, uma grande dor se apoderava de meu peito, pois eu tinha cada vez mais certeza que aquele era seu último adeus e não era uma mera ilusão de minha mente.

“Se nós pudéssemos voltar o tempo para deixar tudo esclarecido

Eu poderia descansar minha cabeça

Apenas sabendo que você é minha, toda minha”

Eu disse a ele que não era necessário ir à um lugar que não quisesse. Seus pais queriam que ele se alistasse para a marinha e foi o que ele fez.

“Portanto, se você quer me amar Então, querida, não se reprima

Ou eu acabarei caminhando na chuva fria de novembro”

Tão jovial, no meio de uma guerra sangrenta, ele cumpriu seu destino e a vontade dos pais deixando a minha de lado. Disse que não me amava mais e me largou. Desesperei-me, chorei, gritei e ele foi mesmo assim. Agora com esta visão, e neste instante sinto meu coração latejar nesta chuva de novembro.

“Você precisa de um tempo... para você Você precisa de um tempo... sozinha

Todos precisam de um tempo... para estar só

Você não sabe que precisa de um tempo... totalmente só?”  

Eu sei que ele me amava mais do que a própria vida, e talvez por achar que eu sofreria muito mais ele estando longe, ele quis que eu o odiasse. Mas no fundo, eu nunca o Odiei, sempre o amei.

“Eu sei que é bem difícil deixar o coração aberto para mim

Quando até seus amigos parecem querer seu fim

Mas mesmo que você pudesse curar esta dor

Eu não teria tempo suficiente para te conquistar”

Nesta tarde, recebi pessoalmente um oficial da Aeronáutica, que me consolou depois de me contar que ele havia falecido. Neste momento, as lágrimas escorriam em meu rosto como as chamas de um vulcão. Por um lado, o odiava com todas minhas forças por ter me deixado, por outro, a tristeza me corroia por dentro, pois o queria muito de volta, ao meu lado.

“Você precisa de um tempo... para você Você precisa de um tempo... sozinha Todos precisam de um tempo... para estar só

Você não sabe que precisa de um tempo... totalmente só?”

Agora estou aqui, lembrando das belas palavras que Ele me dizia. Não me esqueço de cada frase, cada momento vivido...

“Quando seus medos se abrandarem

Mas se assombras ainda permanecerem

Eu sei que você ainda vai me amar

Quando não houver mais ninguém para quem chorar

Então você deve deixar a escuridão

Ainda acharemos uma solução para isto

Porque nada dura para sempre

Nem mesmo esta Chuva fria de Novembro”

Eu agora compreendo cada palavra dele. Dizendo que deveria me manter forte, haja o que acontecer, aquilo era uma despedida... Não suporto Mais... Desculpe-me Keito, mas não posso fazer a sua vontade novamente.

“Você não acha que precisa de algumas pessoas? Você não acha que precisa de alguém?

Todos precisam de alguém

Você não é a única que precisa de alguém... Você não é a única...”

Depois deste meu último lapso de memória, naquela noite, cai em prantos, mas desta vez gritava com todas as forças o quanto fui idiota por deixá-lo morrer sem ao menos ter tentado segurá-lo de todos os jeitos possíveis. A guerra e a vida nos separaram, mas o amor não se dissipou.

-EU TE AMO KEITO!!!! –Repeti infinitivamente por inúmeras vezes, aos berros até que minha garganta se cansasse.

Em um movimento brusco, me apoderei de uma faça que estava sob a mesa, aproximei-la de meus punhos murmurando ofegante:

-Minha vida não existe seu a sua Keito...

A chuva continuou fria e calam, dissipando com ela todos os nós que nos impediam de nos encontrar novamente.

FIM.