Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 5
Capítulo IV - Tenho que parar de me surpreender.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa. :
Eu não pude nem chegar perto do computador ontem, brigas de família, vai entender...
Enfim, aqui o capítulo. Espero que gostem.
Boa leitura. (:
OBS: O Eric vai ser bem... Eric, aqui. -q "Sacomé" Sexo, sangue e sexo. q



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   Alguns dias se passaram desde meu aniversário, eu passava a maior parte do tempo olhando para o tempo e pensando sobre aquela noite.

   - No que você tanto pensa? – Patch perguntou numa noite, uma semana depois do acontecido. Ele estava deitado em minha cama e eu estava com minha cabeça sobre o peito dele.

   - Nada demais...

   - Está escondendo alguma coisa de mim, anjo? – Patch perguntou agora com uma expressão séria. – Sabe que pode me contar tudo...

   - É, eu sei. – Um silêncio se seguiu depois disso, acabando quando meu novo celular tocou. Novo, já que o meu tinha sido destruído por Pam.

    Pulei da cama e fui até a mesa do computador, onde revirei minha bolsa até achá-lo.

    - Alô.

    - Nora, é a Vee. Ainda não colocou meu número no novo celular?

    - Na verdade, eu acabei esquecendo... – Virei-me e olhei para Patch deitado em minha cama. Ele era a minha distração.

    - O que aconteceu mesmo com seu celular? – Eu mal escutava a voz dela, no fundo, dava para ouvir o som auto e a TV ligada.

    - Eu o derrubei dá escada. – Tentei mudar de assunto. - E ai, o que vai fazer hoje à noite?

     - Foi por isso que eu te liguei, querida. Abriu um novo bar... E como todos temos mais de 18 agora... Estava pensando...

    Soltei um longe suspiro e fui em direção à cama, Patch se sentou e eu me sentei em seu colo. Ele passou um braço pelas minhas costas me fazendo ficar mais colada com ele.

     - Não sei não, Vee... – Ele agora beijava meu pescoço, me fazendo ter cócegas. Eu soltei um risinho e depois tapei o alto falante do celular para beijar Patch.

     - Patch, dá para parar de distrair a Nora?! Eu sei que você está ai! – Vee gritou pelo telefone, o que fez sua voz ficar fina e aguda. Mesmo com o celular um pouco afastado, eu ouvi e coloquei-o de volta do ouvido.

     - Desculpe. – Patch aproximou sua boca da minha para falar mais perto do telefone.

     - Enfim, vamos? – Ela o ignorou, tive certeza que agora ela revirava os olhos.

     - E onde fica esse tal bar?

     - Na saída da cidade, fica quase no meio do nada, mas depois que abriu teve muito movimento.

    Olhei para Patch e ele só deu os ombros.

     - OK, que hora nós passamos ai?

    - Passamos? Esse Patch é muito entrão mesmo, era uma noite de garotas. – Vee resmungou pelo celular.

    - Qual é, Vee?

    - OK, OK. Mas ele paga a conta. – E desligou, joguei o celular na cama e me levantei puxando Patch comigo.

    - Eu tenho que tomar um banho... – Disse tentando me soltar dos braços de meu namorado.

    - Boa idéia. Vamos. – Um sorriso malicioso apareceu em seu rosto.

   Eu ri, mas acabei entrando no banheiro sozinha. Meu banho foi rápido já que Vee se arrumava e tudo mais em menos de 10 minutos.

   Meu cabelo estava uma zona, então o penteei antes de sair do banheiro. Coloquei um short jeans claro e fui para o quarto, sem blusa.

    Patch já estava arrumado, sua camisa abotoada e já estava com tênis. O olhei da cabeça aos pés e fiz uma cara de aprovação. Ele sorriu e levantou-se para vir me abraçar por trás, enquanto eu escolhi uma blusa em meu guarda roupa.

     - Essa não. – Ele sussurrou em meu ouvido quando eu peguei uma blusa azul que era quase toda aberta atrás.

     - Por que não?

     - Prefiro a preta. – Puxou uma outra blusa, bem fechada atrás e com um decote pequeno.

    Olhei para ele, que me empurrou a blusa. Sem falar nada a vesti. Fui para o espelho passar o mínimo de maquiagem possível. Patch não gostava quando eu passava alguma coisa pesada, dizia que eu não precisava daquilo.

     Saímos ainda em silêncio do quarto, seguimos para o carro de Patch, já que ele sempre insistia em dirigir. A casa de Vee era um pouco longe da minha, mas do jeito que ele dirigia, chegamos em no mínimo quinze minutos.

     Ela esperava na porta com a roupa mais... Mais exagerada que eu já vira ela usar. Um vestido verde brilhante, no meio da coxa com um decote em V, que mostrava muito de seu busto. Um salto preto, com uma bolsinha de contas rosas.

     Vee me pegou olhando boquiaberta para seu “look” de hoje e só jogou o cabelo para trás.

     - Nora, short jeans? Sério? – E entrou no banco de trás arrumando de minuto em minuto alguma coisa que faltava em sua maquiagem.

    A noite estava quente e o céu estrelado, dos dois lados da pista só se via árvores e grama alta, até que um pontinho azul apareceu em meio ao matagal. Perto de um acostamento e rodeado por carros, o bar, que parecia mais uma casa de strippers, surgiu. Ao estacionarmos, um pouco afastados já que não tinha uma única vaga perto dele, pude ver o nome:

     - Fangtasia? – Perguntei olhando para Vee, que seguia normalmente para o bar, sem ligar para vários homens que assoviavam do outro lado da estrada.

     - Eu gostei. – Ela deu os ombros e entrou pela pequena porta do bar. Patch estava atrás de mim, com as mãos me minha cintura quando entramos.

     O lugar estava com pessoas para todo o canto, a música era alta demais e tinha fumaça artificial para todo o lado. Placas néon indicavam os banheiros e o bar.

     Patch ficou tenso atrás de mim, ele pareceu parar um pouco, ficar duro, como se tivesse visto um fantasma. Virei-me, vendo sua expressão, que era uma mistura de surpresa e raiva.

     - O que foi? – Olhei para os lados procurando ver o que chamava tanto sua atenção.

     - Nada. – Ele já foi me empurrando para frente, onde nos juntamos á Vee, que estava sentada numa mesinha circular bem num dos cantos.

     - O único problema é que é sempre assim, lotado. – Ela cochichou em meu ouvido já que a música abafava qualquer voz.

     Confirmei com a cabeça, dando um leve aceno. Eu observava o local, como se desse para ver alguma coisa com um monte de gente dançando na sua frente. Patch continuava estranho e Vee... bem, ela não gostava muito da companhia dele, ela sempre dizia que eu passava tempo demais com Patch e mal ficava com ela. Em geral, eu só dava os ombros e puxava outro assunto, mas hoje ela estava decidida á implicar.

    - Eu estava pensando... Em arrumar alguém para mim, Nora ia me ajudar, sabe... – Vee falava olhando nos olhos de Patch, como se eu nem existisse.

    - Posso te ajudar se quiser. É mais fácil se eu for falar. – Ele também não era nada fácil, gostava de revidar sempre que ela mexia com ele.

    - Eu não quero sua ajuda, eu queria a minha amiga por uma noite! – Vee bateu os punhos do seu lado da mesa e eu afastei um pouco minha cadeira.

    - Nossa, isso é um azar, já que ela também é minha namorada. – O tom de voz dele era o que mais irritava a todos, tranqüilo e calmo.

    - Escuta só, seu... – Não quis deixar ela terminar a frase, não ia ser bom para nenhum de nós.

    - Ei! Ei! Chega!

    - Ele começou! – Vee apontou para ele do outro lado da mesa.

    - Eu?! – Patch disse parecendo indignado com a acusação, mas ele estava preste a rir.        

    - Eu vou buscar bebida. - Levantei-me apressada e depois me virei olhando bem para os dois. – Nada de brigas, por que vocês não podem se entender?!

    Sai batendo o pé em direção ao bar, que ficava no outro canto do bar, era bem mais movimento e... “Amoroso”, já que ficava perto dos banheiros, muita gente estava se agarrando por ali. Vi de relance um homem alto de cabelos loiros, prendi minha atenção por um instante, infelizmente, não era quem eu queria ver. A fumaça já estava me fazendo mal aquela altura e eu suava feito louca.

     Fui até a placa néon que indicava o banheiro feminino, bati uma vez e nada. Empurrei a porta, que precisou de um pouco de força para abrir completamente.

      Na mesma hora em que a fechei e me virei para o banheiro, quis não ter entrado ali.

     Eric tinha uma garota presa em sua cintura, e estavam fazendo sexo. Ali no meio, sem mais nem menos. Ela estava com a saia levantada e ele só com o zíper da calça aberto. Estava de lado para mim, ainda sim não viu minha presença, estava ocupado demais com o pescoço enfiado no pescoço da garota, e a mesma se concentrava mais em gritar.

      - Ah, meu Deus! – Tapei meu olho e me virei para a parede.

      - Desça. – Ele mandou, e imediatamente ouvi o barulho do salto dela. Um zíper se fechou e a torneira se abriu.

      Voltei a olhar para eles. Eric estava impecável, nenhum fio de seu cabelo estava fora do lugar, já a menina, que devia ter uns 18 anos, estava com a cabeça enfiada na pia passando a mão em seu pescoço. Levei minha mão a boca para não gritar quando vi o que ela lavava.

       - Você a machucou! – O sangue escorria pela pia e ela fazia caretas de dor.

       - Me poupe de seu drama, Nora Grey. – Ele passou a mão no canto da boca para limpar um pouco de sangue.


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Notas finais do capítulo

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