Ferrada eu?Capaz.Eu to é morta.Sinceramente?Eu não entendi nada.Até meu irmão?Pelo menos deveriam acreditar em mim.Eu to falando a verdade.E eles acham que eu to mentindo?Então vou pra casa,pelo menos tentar ter meu irmão.

-Paai. – Falo desanimadamente vendo ele e meu irmão me encararem,meu irmão pega e sobe.

-Eu não acredito que você fez isso.Você é uma vadia,como sua mãe. – Oh no.MERDA.

-COMO ASSIM? – Berrei.

-NÃO GRITA COMIGO.ME RESPEITE SOU SEU PAI. – Ele berrou colocando o dedo na minha cara.

-EU...eu juro que não fui eu,eu não fiz nada.E eu não sou uma vadia como minha mãe. – Falo a ultima parte ofendida.

-Estranho o modo de que você sempre me lembrou ela,de um jeito meio louco.Mas no final,acaba sozinha. – O que ele quer dizer com isso?

-Mas,eu achava que não tava sozinha. – Falo segurando minhas lagrimas.

-Agora ta. – Ele pega e sobe também.

O que eu fiz pra merece isso.Aquela puta varrida da Ka..Ke.. sei lá o nome dela e nem quero saber mais,vai me pagar.

-COMO VOCÊ PODE? – Entrou Mary berrando na minha casa,acompanhada de todos os outros.Digo os caras e ELA.

-Eu,pude? – Pergunto assustada grudada com as costas na parede.

-Como você foi baixa Lia,fazer isso com o Zayn. – Mary falou.

-Mas... – Comecei.

-Mas nada vadia,você nunca vai estragar meu relacionamento com o Zayn. – Falou a vadia.Irônico não?

-Vadia é a sua... – Comecei.

-A sua mãe querida. – Ela falou.

-TO NEM AI SE MINHA MÃE É VADIA OU NÃO.EU QUERO É QUE ACREDITEM EM MIM.MAIS QUE BOSTA. – Berro já chorando.

-Olha,se fazendo de coitada. – Fala a vadia ali.

Não consigo falar mais nada.Eu to destruída por dentro e por fora também.Afinal nem com fome eu to.Sinto algo na minha cara.Era uma Mary raivosa.Acho que mereço,eu não sei.Eu já não entendo mais o motivo de ter nascido,afinal meu pai pelo jeito nunca me quis e fui abandonada pela minha mãe.Já meu irmão,meu pai sempre amou ele,claro,filho homem.Sim,eu nunca fui aquelas meninas todas queridinhas e sentimentais,sempre fui a palhaça,a Lia distraída,que vivia caído,digo,que vive caindo.Mas essa sou eu,e pelo jeito não gostam dessa Lia.

-NUNCA MAIS FALE CONOSCO. – Berrou Mary.

Eles saíram,eu permaneci imóvel olhando a porta na esperança de um deles entra.Mas nada,subi correndo pro meu quarto.Se ele não me querem,não precisam mais me ver,se meu pai não me quer,não precisa mais me ver.Não,eu não vou me matar.Mas pretendo ficar no meu quarto por um longo tempo.Pelo menos até passar tudo isso.Acho que um mês está bom.Isso.

Um mês depois...

Faz um mês que to no meu quarto,é claro que eu saio atrás de comida,na verdade sai nos primeiro três dias,ai descobri que tinha uma nova empregada aqui em casa,o nome dela é Maria,ela me entendeu,ou não,mais pelo menos fala comigo.E me trás comida.Sim,um mês não é tanto tempo.Mas até que é.Vejo pela janela todos felizes.Isso inclui aquela Ka..Ke.. junto,todos eles felizes.Acho que eles não gostavam daquela Lia.Mas eu vou mudar,vou virar alguém pelo qual eles não vão nem reconhecer.Afinal minha mãe me ligou e vou sair da casa do meu pai.Ela me ligou falando que voltou para Londres para abrir uma agencia de modelos aqui,e me convidou para ser modelo,o que achei estranho,por eu nunca gostei disso.Mas ela falou que eu era bonita e blá blá.E bem,eu aceitei.

Eu não sei o por que,ao certo eu ter aceitado.Mas faz um mês que to no meu quarto.Pude pensar bastante,e bem,eu vou mudar.As pessoas não vão mais conhecer a Lia estranha que vivia fazendo estranhisses.Sendo que essa palavra nem deve existir.E eu muito menos sei como escreve ela.Agora eles vão conhecer Lia,a modelo.Nassa humilhei agora.Vamos rir eu vou cair na primeira passarela que eu pisar.E bem,decidi deixar uma carta pro meu pai.

“Estranho não?Você sempre foi meu herói,meu pai,eu sei que posso por fora parecer minha mãe,não estou a julgando,eu a amo,assim como amo você.E por te amar pai,eu resolvi sair de casa,e ir morar com minha mãe.Sei que você vai ler isso com raiva.Ou até feliz por enfim te deixar em paz.Mas enfim,depois de um tempo,a gente percebe que nem tudo é como sonhamos,e um dia temos que mudar,e pra mim poder mudar,tive que te abandonar,até rimou,eu riria se pudesse estar feliz agora.Sempre tentei ser forte,forte pra mim.Mas não consegui mais.Não aguentei.Você não deve estar entendo,vou te explicar.Resolvi ir morar com minha mãe,ela voltou pra Londres,vou virar modelo.Tai uma coisa que eu nunca me imaginei,modelo.Certo,espero que um dia me perdoe por sei lá o que,que eu fiz.Não pense que foi fácil pra mim esse mês vendo você me olhar com certo nojo.Ou não pense que foi fácil escutar você me chamar de vadia.Eu sinceramente não entendo o motivo disso.Então,qual quer que seja ele,me perdoe.

Com amor,

Lia.”

Deixei a carta em cima da minha agora ex-cama.E fui me despedi de Maria.

-Tchau Maria.Obrigada por tudo.Por me aguentar principalmente. – Me despedi de Maria e fui para o taxi.

Meu pai e meu irmão não estavam em casa.E na rua do condomínio?Totalmente vazia.Melhor pra mim.Vi Maria com uma lagrima no rosto,e também chorei.Sim eu tenho sentimentos agora.Não que eu não tivesse antes.A e pra deixar bem claro,eu vou usar rosa,por mais que isso me doa.Não que eu vá virar uma patricinha como minha tia lá.Mais vou usar rosa.Cheguei na frente de um prédio.Onde vou morar com minha mãe.Tudo minhas coisas estão aqui.Eu fui mandando durante essa semana,hoje é sexta-feira.,e minha mãe falou que vai me levar numa daquela festa de frescos pra ela divulgar bagaça de modelo lá.

-FILHA,quanto tempo. – Levei um susto com minha mãe me abraçando.O porra.

-Que susto. – A abracei. – Ta mó gatona mãe.

-Vem vamos subir.Eu fiz questão de arrumar seu quarto.E não,eu não coloquei rosa nas paredes. – Ela falou.