PV EDWARD

Bonnie estacionou seu carro no estacionamento da escola, vim com ela que fez questão de dirigir. Ela adora dirigir rápido, mas só é permitida a fazer isso se tiver com algum de nós no carro, por medida de segurança. E nossos outros irmãos vieram no jipe de Emmet.

Comecei a massagear as minhas têmporas.

Eu sabia que ia ser difícil. Um século sem ler mentes e de repente ter uma enxurrada deles na minha cabeça não ia ser fácil de suportar. Os três dias que passei com minha família não foram o bastante para me acostumar com muitos pensamentos em minha mente.

— Ed o que você tem? 

— Faz um século que não lido com tantos pensamentos.

— Vai desistir?– perguntou triste.

Ela que insistiu para que eu frequentasse a escola, eu seria da mesma turma que ela, estudaríamos no penúltimo ano e nossos outros irmãos no último.

— Não pequena eu falei que ia recuperar o tempo perdido ficando com você o máximo de tempo possível e vou cumprir.

Se não fosse por Bonnie eu não voltaria à escola, decidi voltar para minha família, mas pensei em ficar em casa, sem me preocupar com o disfarce humano.

Mas ela havia me conquistado imeditamente, me tinha praticamente em suas  mãos e eu estava adorando ter essa bruxinha como irmã mais nova. E me arrependi de não tê-la visto crescer, meus irmãos me mostraram os vídeos que fizeram ao longo da vida dela e perdi muita coisa, mas o tempo infelizmente não volta.

— Mas eu vou ficar mais um tempo aqui no carro, quando eu achar que consigo eu entro. Ok? 

— Ok. – concordou me dando um beijo na bochecha e sai do carro se juntando aos nossos irmãos indo em direção a entrada da escola.

E todos que estavam no estacionamento pararam para olhá-los, admirando a beleza deles como sempre, isso nunca vai mudar. Já vi que seremos o assunto da semana, só para variar.

Encostei minha cabeça no banco e fechei meus olhos tentando me acostumar com o caos. Os pensamentos era um tremendo zunido em minha cabeça, eu estava me sentindo como quando era recém criado quando tinha dificuldade de lidar com tantos pensamentos. Só ouvia a barulheira, mas não conseguia distinguir nada.

— Olá! Vocês devem ser os Cullen, não é? – ouvi uma garota dizer parando na frente dos meus irmãos.

Olhei pela janela do carro. O vidro era fumê ninguém saberia que eu estava aqui dentro. E com muito custo me foquei nos pensamentos dela.

— Exatamente. – respondeu Alice.

— Bom eu sou Brooke e sou responsável por dar as boas vindas a vocês.

— Muito obrigada e eu sou Alice e esses são meus irmãos Emmet, Rosalie, Bonnie e meu namorado Jasper. – diz indicando para ela quem era cada um.

Uau! Que gatos pena que eles namoram entre si. Mas também tendo irmãos adotivos como esses eu também não ligaria para convenções. E as meninas não ficam atrás, a Bonnie é um pouco diferente dos outros, mas é tão linda quanto. Diferente? Há claro né Brooke estranho seria se eles fossem todos parecidos já que são irmãos adotivos.— pensou Brooke.

Maninho o que ela está pensando? – me perguntou Alice por pensamento.

— Que vocês são lindos e que toda a cidade já sabe que alguns dos irmãos Cullen namoram entre si. – respondi num som inaudível para humanos.

E meus irmãos relaxaram sabendo que o segredo estava seguro.

Aff! Cidade pequena é fogo, mal colocamos os pés aqui e todos já sabem da nossa vida. Mas pensando bem, melhor assim, nos poupa trabalho de ficar explicando. - pensou Alice.

— Sejam bem-vindos, mas vocês não são em seis Alice? 

— Ah! Meu irmão vai atrasar um pouco, mas ele vem. 

— Hoje não vai haver aula, como são novos não devem saber que essa semana de aula é destinada a organização da parada. 

— Parada?- perguntou Emmet curioso.

— Uma tradição da cidade, onde homenageamos as famílias fundadoras de Mystic Falls. Bom vocês saberão tudo logo, a diretora sempre faz um discurso explicando isso, por que sempre tem alunos novos. Falando em alunos temos de ir ao auditório, a diretora é pontual.

  Brooke indica o caminho a eles.

Ótimo! Todo mundo da escola concentrado num mesmo lugar era tudo o que eu preciso agora. Pensei ironicamente.

— Alice o que faz aqui? - questionei quando entrou no carro meia hora depois.

— Maninho vá para casa.

— Nem pensar, já vim até aqui não vou desistir.

— Por favor, confia em mim. Vá embora agora!

— Não sem me dar um motivo.

 Como eu não tive uma visão com uma coisa dessas? - se sente frustrada não deixando claro em seus pensamentos do que se trata.

— O que você não viu que ia acontecer naquele auditório? Você me viu atacando alguém ou eu surtando com os pensamentos?

— Nem um e nem outro. Agora vá para casa, prometo que te explico tudo quando eu voltar da escola.

— O que há lá que eu não posso ver?

— Só faço o que eu pedi.

— Não, eu vou vê o que há lá.

Sai do carro andando rapidamente em direção ao auditório com Alice andando logo atrás de mim.

— Bella! – digo quando entrei no auditório e a vi no palco.

Não é a Bella infelizmente, é apenas uma vampira da outra espécie fisicamente parecida com ela.— Alice fala a mim por pensamento.

Percebe meus irmãos olharem para mim preocupados, com o que a semelhança entre elas poderia me causar.

— Mas ela...- tentei dizer, mas estava impressionado de mais com a semelhança. Até parecia fisicamente ter dezoito anos, a mesma idade que Bella tinha quando morreu.

Ela é Isabella Salvatore irmã do Stefan Salvatore o vampiro que está ao lado dela no palco. — diz Alice por pensamento.

Tem até o mesmo nome.

— Vem, você não está bem. – Alice segura meu braço me puxando discretamente em direção a saída.

— Não, eu vou ficar. – digo soltando meu braço - Resolvi frequentar a escola e é o que eu vou fazer.

— Já vi que não vai mudar de ideia, então venha se sentar com a gente. - e me guia para onde nossos irmãos estavam.

— Estou muito contente que este ano a parada contará com os descendentes dos Salvatore dessa vez. – diz a diretora feliz.

— O irmão mais velho de vocês virá? – a diretora perguntou a eles.

— Bom, ele está em uma viagem de negócios, não sei dizer se ele vem. – respondeu Isabella.

Minha nossa! Até a voz é a mesma também.

— Mas ligaremos para ele e veremos se ele pode estar presente. – diz Stefan.

Stefan e Isabella olham diretamente para mim e meus irmãos.

Me foquei nos pensamentos deles.

Ótimo mais vampiros.—pensou Stefan ironicamente.

E não ouvi nada na mente de Isabella.

Mas não é possível! Até o fato de eu não poder ler a mente dela é igual.

Fiquei a encarado e vi um brilho estranho no seu olhar, mas seja o que for sumiu rapidamente.

Isso não pode está acontecendo. Eu surtei de vez só pode.

Edward se acalme. - pediu Jasper por pensamento.

— Eu er... não dá mais para ficar aqui. – e me levanto.

— Vamos com você.

— Quero ficar só Jasper. 

E saiu dali, meus irmão ficaram preocupados, mas fizeram o que eu pedi.

Quando vi que não havia ninguém por perto corre o mais rápido que pude para longe da escola.

Como ela ousa ser idêntica a minha Bella? Pensei com raiva.

Parei de correr quando vi que a minha frente era um penhasco. E cai de joelhos no chão como se de repente não tivesse mais forças nem para me manter em pé.

— Porque Deus? Porque está me punindo dessa forma? Eu sei que se eu não a tivesse deixado ela não teria sofrido aquele acidente, eu podia ter evitado. Mas Deus o senhor é testemunha de que eu a deixei pensando que era o melhor para ela, Bella corria risco estando tão próxima de mim e da minha família. Você viu que Jasper quase a matou no dia do aniversário de dezoito anos dela. E antes disso teve os nômades, James quase a matou também. E ainda tinha o fato dela ser minha cantante também. Eu sacrifiquei minha felicidade para que ela tivesse uma vida longa e feliz. Mas depois de seis meses após tê-la deixado Alice teve uma visão de Victória indo atrás de Bella e isso me fez repensar minha decisão. Bella é uma imã para problemas, ela corria um certo risco comigo e minha família perto dela, mas havia muito mais perigo a cercando, perigo bem piores que nós. Mas o que o senhor fez quando eu decidi reparar o meu erro? Colocou um humano bêbado dirigindo um caminhão no caminho dela. Porque me tirou ela no dia em que eu resolvi voltar e pedi perdão a ela por tê-la deixado? E agora porque o senhor coloca uma imortal idêntica a ela nesse mundo? É para me lembrar por toda a minha existência do meu erro. É isso? Eu não preciso disso eu não esqueço um segundo se quer do que fiz.

— Te fiz muitas perguntas e o senhor não me deu uma mísera resposta.  

Olho com raiva para o céu.

— E agora o que fazer? Isolar-me novamente ou enfrentar a convivência com uma vampira idêntica a minha Bella?

— E essa também o senhor não vai me responder? – perguntei em forma de desafio.