Então aqui está ela, a garota que me aprisiona em sonhos reais. Sério, não conheci ninguém como ela. E também ninguém jamais me propiciou uma vontade infindável de beijar como ela me dá. Letícia, com aquela sua carinha de sono que tanto adoro, está deitada em minha cama brincando com meu leãozinho de pelúcia, furado na orelha, por causa de Kika, minha papagaia.

-  Realmente aquele seu passarinho é o capeta, hein? - disse Lety, com seu timbre único de voz, levemente preguiçoso.

- Lety, já falei que Kika é um papagaio... - respondi enquanto rolava meus olhos castanhos médio para cima, não deixando de soltar um risinho. Realmente Kika era um tanto.. revoltada. Logo em seguida ouvi um 'Tanto faz!' e suspirei. É... ela não tem jeito.

Virei a página de um livro de meu interesse, onde se constata o suicídio de Hitler. Bem, ao menos eu deveria aparentar tal interesse. Eu estava presa  a análises daquela menina-mulher de longos cabelos castanhos escuros e olhar perdido pelo meu teto. É inevitável, ela estando tão perto, meu sorriso dispara um alarme repetitivo em exposição.

- Cecília... - passou pelos lábios sua úmida lingua para amortecer a própria  secura, gesto comum seu, mais um pequeno detalhe a me causa impaciência para meus futuros atos. -  Eu vim aqui para te dar uma forcinha nesse seu trabalho de para o colégio, já que é sobre animês e mangás, e você apenas fez metade... - Lety me dirige um calmo e interrogativo olhar. Seus mestiços olhos fixam-se no objeto que eu deveria estar lendo - E.. por favor... pode ignorar por alguns instantes sua fatídica leitura sobre o Mr. Bigodinho Bizarro? - fechou os olhos com uma força um pouco maior, em sinal de desaprovação. Rí daquele apelido que ela deu ao líder nazista, como smepre a ironia a escorrer pelo canto dos delineados lábios. Em três meses de contato eu já a conhecia tanto...

- Yes! Voltemos! - concordei. Na verdade foi mais uma desculpa para manter minha linda 'otome' perto de mim no final de semana, afinal, estudamos em colégios diferentes. Fomos apresentadas por uma de minhas melhores amigas, Marília. Ain, devo muito, realmente muito a ela.

Vou até meu cartaz sobre o referido assunto que me custaria nota, e de soslaio acompanho aquela saída da cama diferente que ela faz. Lety se aproxima da beirada e aparenta cair no chão e se espatifar, quando na verdade apoia-se no mesmo com uma mão. Reparo muito naqueles braços de ex-jogadora de basquete juvenil. Fortes e musculosos na medida ideal.

Lembro-me quando minha Neko* confidenciu-me ser lésbica. Bem que era de se esperar de uma amiga da Mari. O que não podia imaginar é que essa meiga garota, me faria interrogar sobre tal preferência para mim mesma. Na confusão passei a 'jogar' com ela pelo MSN. Eu mesma não me encontrava no que queria, até que ela diretamente me perguntou o que eu vinha a sentir por ela. Mari não brincou no quesito de sinceridade de mensagens diretas da garota oriental. Ela não curte demoras e indecisões. Definitivamente.

Admiti. Sim, falei com ela sobre meu amor. Que ela é a primeira a me enlouquecer, e quanto que eu duvido que haja outas como ela. E não eu não era lésbica antes de conhece-la. Mas garotos não em motivam mais, desde que a conheci. Vejo garotas, mas ela em específico, me encanta.

Apesar do 'Love Game' online, eu admitir ama-la, pra valer, foi a exatamente quatro longos dias atrás. Essa é a primeira vez que a tenho em carne e osso desde então. Minhas artérias tamborilam por dentro. Por que ela ainda não fez nada, por quê? Pelo telefone ela me diz que retribui...me chama de amor!!! Por quê não fala, ou diz algo!!!?

- CEL!!!!! - me dá um peteleco na testa.

- AIIIIIIIIIIII! Quê isso garota! - retruquei com a mão sobre a pele abatida.

- Que viagem é essa!??? - interrogou-me com sua sobrancelha arqueada - Tô aqui a um minuto.... - olha para o relógio - não... nem tanto... QUARENTA E QUATRO SEGUNDOS e você no mundo anti-social fourever!

- Sorry, Neko! - coço a testa - Eu juro que...

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Sua MALA!!! - Lety pula e dá um berro. A olho assustada e com a caneta que eu segurava já a tilintar no assoalho.

- Que que foi agora sua louca?! - ela é uma figura. A vejo apontar e ficar mexendo a mão em direção de um pacotinho de balas de goma que meu mano comprou pra mim naquelas banquinahs do shopping. - Ahhh... você gosta? - Pergunta obvia. É claro que eu sabia que 'sim'!  A maluca gastou trinta contos escolhendo docinhos naquela última saída nossa no shopping junto com a Mari e a namorada dela, melhor amiga de Lety. Até que... em veio uma sádica ideia....

- SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIm - ela me responde empolgada! - Ah, vamos vamos, abra-o eu tenho que comeeeeeeeer! - Esse é um dos momentos em que ela mostra como na verdade é animada e agitada, até digamos, um pouco hiperativa. Seu ar 'soneca' é apenas uma 'porta de entrada' de sua instigante complexidade.

Resolvo por em prática meu plano de tortura. Vou até meu criado-mudo, pego o pacote abro-o devagar. Observo a dona de meus pensamentos (forma que acostumei-me secretamente de chama-la), e ela está com os olhinhos puxaos redoondos de surpresa. Direciono uma ' minhoquinha' de gelatina em direção a minha boca... em 2 segundos ela entendeu tudo.

- MALDITA! - berra frustrada enquanto começo a rir já comendo agora uns ursinhos de mesmo sabor.

Corremos como duas crianças naquele quarto, eu comendo o que ia restando e ela, loucamente atrás de mim. Percebi que ela estava mais é de brincadeira, ela já haveria me alcançado a muito, sua velocidade no basquete é absurda! O que nos leva a compreenção dela rir enquanto corre e me vê atrapalhadamente topar em tudo que encontro pela frente. GENIAL! Ainda aprendo a ser Sexy..ainda!

Bem, ela tentava não em alcançar até perceber que a ultima das poucas balinhass de goma no pacote estava para ser mordida por mim. nesse dado instante, surpreendo-me ser encostada contra a parede com a balinha presa entre os dentes.

- Não... ouse... comer...a última...sozinha. - falou de forma pausada e perigosa. Meu coração começa a acelerar. Sua proximidade aumenta assim como o calor que sinto por ela ser emanado. Contato corporal. ela foi colando seu lindo corpo com o meu, e seu olhar, agora estonteantemente sedutor chocando o meu. Suas expressões faciais realmente mudam muito rápido e exibem muita diferença.

Pronto. Estava feito. mMeu coração a mil. Eu encurralada. Sua boca rasgando metade da balinha de goma com o formato de um lagarto. Observação. A balinha estava na minha boca, enquanto ela fazia isso. OH MY GOD! Ela começa a morder a parte que ela pegou, e eu por nervosismo do momento também. Engolimos ambas as partes. E ela com aquele olhar.

- Cel....- balbuciou suavemente.

Não houve mais tempo para nada.

Não pude pensar em mais nada.

E cansei de pronunciar os meus 'nãos' que ela me causa. Agora só penso em SIM.

Sim, ela encostou seus macios e quentes lábios nos meus. Com um cuidado calmo e relaxante.

Meu corpo seguiu amortecido, apesar de incondicionalmente eu envolve-la com meus braços, e tocar em sua nuca e costas.

E começa. Começa a move-los sobre mim. Entreabro os meus, como num pedido esbaforido de 'sim eu sou só sua, venha, preciso de você!". Ela reage já invadindo minha boca com aquela lingua de sabor doce. Ela é tão calma quanto a sua aparência social, faz os movimentos circulares de maneira demorada e bem perceptiva em sabor. Explora cada canto meu sem pressa e com uma demonstraçã de desejo e carinho que apenas me permitem agarrar agora em seus cabelos sedosos e sua negra camiseta da banda que compartilhamos em gosto " EVANESCENCE".

Aos poucos me desprega da parede e me envolve na cintura com sua delicada mão, e a outra segue acariciando meu rosto durante o beijo agora mais 'hottie' e sintonizando com sau característica real, mais extrovertido e guloso. Nossas linguas dançam frenéticas numa composição dedicada a nós. Imaginava realmente ser perfeito quando esse momento acontecesse. Enganei-me. Ultrapassou o esperado. FUCK! Sim, atualmente isso é elogio, certo? Certo.

Mil vezes FUCK, então! Aliás... mais. MUITO MAIS!

Letícia, foi me guiando e eu apenas concebendo as suas vontades, Aquela lingua já me provocava o pescoço e resultava a arrepios...quando dei por mim eu estava sentada, um segundo após, deitada com a danada da lingua dela dentro de minha orelha na parte superficial. Isso excita. Cara....COMO ISSO EXCITA! Ela mexe-se encima de mim sensualmente, meio que rebolando, uma das mãos arranhando minha barriga a outra como apoio no colchão da cama. Morde agora meu lábio inferior, e puxa-o de leve em direção para cima, solta-o, e captura novamente agora com um tanto mais de força. Solta. E penetra-me com o veludo de sua lingua roçando na minha com mais verocidade, mas ainda de uma maneira, não entendo como, relaxante. Até que....

Bem. Até que agora ela aperta meu seio. Eu sei como ela ama meus seios. Ela fala na minha cara isso, normalmente. Fetiche por seios grandes é um problema para ela, descontrolável. Meu corpo aumenta a combustão, mais ainda. Sinto as bochechas tonalizarem-se para o rosado. Eu realmente estava amando aqueles toques alí, aquela massagem... a lingua percorrendo o pescoço aproximando-se do busto...aiiin.....me contorciono, suspiro, abafo gemidos notados...

- Cel... - sussurra por entre a pele.

- A-ah...hã-a....? - tento responder.

Lety levanta seu rosto de semblate puramente irônico.

- Sério mesmo que você já está deixando? - abre seu sorriso sacana. AHHHHHHHHHHHHHHHHH que raiva disso!! Eu tava nas emoções a flor da pele e nem percebi que 'isto' é a famosa  'Sedutora' em ação, que a Mari tanto mencionou os prodígios maliciosos.

Falar que fiquei rubra é eufemismo.

- AHHH SUA CHATA, BOBA, CHATA, CHATA,CHATA, BOBA!!!! - começo a dar soquinhos enquanto escuto aquela risada divertindo-se as minhas custas.

- Idiota...

- O QUÊEEE?!!!!!! - grito revoltada.

- Você, já é minha. - encara-me seriamente. E a seguir, apresenta-me ao sorriso amis lindo e puro que já recebi.

- Safada....como pode parecer inocente mesmo após me apalpar desta forma? - rí sem graça.

- Huuuum? Isso sou eu. - Piscou.

- Sim, isso é você, com essa sua complexidade toda, só minha.

- Sim, Cecília. Apenas sua.

E tornamos em um beijo calmo e morno. Com pequnos toques safados, já podem imaginar de quem.