Caminhando Nas Nuvens escrita por MarySwan


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

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amanhã postarei o próximo capítulo
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Caminhamos por um vinhedo muito grande até chegarmos a casa principal, era linda. O pai de Isabella abriu a porta em um rompante e começou a gritar:
_ RENÉE, RENÉE!
Percebi que Isabella tremia um pouco, me aproximei de seu ouvido e lhe disse que estava tudo bem, mas pelo que percebi não foi baixo o suficiente, pois foi seu pai que respondeu.
_ Uma ova que está tudo bem, eu não vou permitir isso, irei até o papa pessoalmente para anular isso.
Vi o desespero nos olhos da pequena Isabella, e então ela estava correndo atrás de seu pai.
_ Não nos casamos na igreja.
Eles pararam por um momento e ele olhou para mim, então novamente voltou a caminhar e ainda estava gritando.
_ RENÉE!
Uma mulher muito bonita saiu de dentro de um dos cômodos onde eu achei ser a cozinha, pois ela vinha retirando um avental que estava por cima de sua roupa.
_ Que se passa Charlie?
Antes que ele pudesse responder, Isabella se dirigiu a ela.
_ Mamãe!
_ Isabella!
As duas se abraçaram por alguns instantes então Renée se virou novamente para Charlie.
_ Qual é o seu problema?
Ele olhou para mim e apontou seu dedo.
_ Eis o problema. – Ele olhou para Isabella e a repreendeu. – Foi assim que você foi criada? Traindo a sua mãe? Traindo o seu pai?
_ Eu não trai ninguém.
Pude perceber que Renée não estava entendendo o motivo da discussão.
_ Mas do que você está falando?
_ Do que acha que eu estou falando? Do gringo!
_ O nome dele é Edward, papai.
Antes que eu pudesse me apresentar, ou que qualquer um deles pudesse falar alguma coisa, saiu do mesmo cômodo outra mulher, está era mais velha, pois seus cabelos já estavam brancos.
_ Menina linda!
_ Ah! Vovó!
As duas também se abraçaram e Renée veio ao meu encontro enquanto Charlie ainda resmungava.
_ Eu não lhe disse, o lugar de uma moça é aqui, em casa, aqui, não em uma cidade, sozinha, fazendo Deus sabe o quê.
Neste momento Charlie parou de falar e eu vi que um senhor de idade entrou na sala.
_ Estou frequentando a escola, é o que eu estou fazendo.
Novamente Renée se pronunciou.
_ Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui?
_ A sua filha, ela se casou!
A avó de Isabella a abraçou e desejou felicidades.
_ Felicidades querida.
_ MAMA!
Isabella começou a caminhar em direção a porta.
_ Vovô, faça-o parar, por favor.
_ Isso mesmo, claro, afague ela, todos vocês, mas eu digo, neste momento, isso, enquanto eu respirar não vai durar. Eu juro diante de Deus.
_ Charlie. – A mãe de Isabella ainda tentou repreendê-lo, mas o homem era osso duro mesmo.
_ Você é injusto!
_ Eu, haha, injusto? Eu voltei para casa pra contar pra minha família que eu cuspi em sua confiança, sou eu quem veio para minha casa dizer na cara deles que eu me casei com este, este... Então, o que você faz?
Pela primeira vez algo era dirigido a mim.
_ Chocolate. Vendo chocolate.
Charlie olhou para os rostos de cada um de sua família e o avô de Isabella mirou minha maleta com amostras.
_ Não. – O pai de Isabella parecia incrédulo com meu trabalho, ele se virou para o pai e disse.
_ Você, você é o cabeça da família, diga alguma coisa.
Todos estavam esperando a reação dele, o homem se aproximou de mim e falou.
_ Sou Aro Swan, bem-vindo a nossa família tão feliz.
Charlie colocou as mãos no rosto e bufou de raiva. Disse tudo o que podia em uma única palavra.
_ Obrigado.
_ Posso? – Perguntou ele apontando para minha maleta de amostras.
_ Claro. – Peguei a maleta, destranquei e a abri em frente ao senhor Aro. – Fique a vontade.
Ele escolheu um dos bombons e mostrou a Charlie sorrindo, Charlie olhou para cada rosto presente na sala e saiu bufando porta a fora.
_ Fechem a porta. – Foi seu último comando a seus empregados antes de sumir de nossas vistas.
Aro mastigou calmante o pedaço de chocolate e se virou para a família.
_ É maravilhoso! – E então começou a rir.
As mulheres foram para a cozinha, mas eu ainda podia ouvi-las conversar.
_ Por que ele não podia dizer: “Estou feliz por você Isabella, parabéns”. Por que tudo tem que ser um drama?
_ Ele ficou meio chocado.
_ Mas a vovó e o vovô não, e nem você. Por que ele faz isso? Eu o odeio.
_ Isabella! Ele é o seu pai!
_ Ele nunca aceitou bem as mudanças, mesmo quando era criança, sempre foi assim. – A avó de Isabella também começou a falar. – Só tem paciência com suas uvas.
_ Ele devia ter paciência conosco também. Seria uma boa mudança não é?
_ Poderia ao mesmo ter nos preparado, uma ligação, ou uma carta, teria sido mais sábio.
_ Eu queria fazer uma surpresa.
_ Certamente conseguiu. – Então todas elas começaram a rir.
_ Ele quer que eu me case com algum homem vinicultor que eu nunca vi. Só por que ele quer manter a linhagem. Eu não sou uma égua mamãe, eu devo escolher com quem vou me casar, não ele. Quantas vezes você já me disse, o coração quer o que o coração deseja.
_ É isso o que o seu coração quer?
_ É.
_ Mesmo? É de verdade?
_ Mesmo e de verdade.
_ Tudo ficará bem, você verá. Tudo ficará perfeito.
Decidi me retirar antes que percebessem minha presença. A noite chegou rápida e já estávamos todos sentados na mesa de jantar. Aro chegou perto de Isabella e pegou sua mão.
_ Mas que anel maravilhoso, você está linda esta noite. O casamento lhe fez isso, não?
Depois desse pequeno monólogo a avó de Isabella começou a oração. Logo após a oração Isabella se voltou a mim.
_ É sopa de flor de abóbora, uma especialidade da minha avó.
Virei-me para a pequena senhora e a elogiei. – Deliciosa.
_ Está no livro de receitas d nossa família antes mesmo de sua declaração da independência ser assinada. – Charlie soltou mais um pouco de seu veneno sobre a mesa de jantar.
_ Mas, como toda comoção, não ouvimos a história de como se conheceram.
Isabella olhou para mim pedindo por ajuda, mas nem mesmo eu sabia o que fazer nessa hora, afinal esse foi um pequeno detalhe que não combinamos, e eu não sabia nada sobre ela ou ela sobre mim, o que faríamos agora?


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Notas finais do capítulo

Mary



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