Another World escrita por Gabriela


Capítulo 18
Falecimento




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Estávamos no avião ainda, passaram se 2h e parecia que se passou um dia. Queria ligar para meus avós só que não dava, minha prima não tava online no MSN e nem no Face. O único jeito era rezar e ouvir música, a única coisa que me deixa calma é música.

– Mãe, como você soube do vô?

– A vó ligou e falou que estava no hospital com seu avô.

– Não quero que o vô morra - disse chorando

O Lu me abraçou - Seja otimista Gabi, não vai acontecer nada com ele.

Eu esperava que nada acontecesse mesmo, me aconcheguei no ombro do Lu e dormi. Meia hora antes de chegar no aeroporto a Giu me acordou, fui no banheiro e lavei meu rosto. Voltei pro meu lugar e fiquei olhando pela janela. No aeroporto meu pai foi alugar o carro enquanto nós fomos pegar as malas. Meu pai “voou” para o hospital. Na entrada vi carro do meu padrinho e do meu tio.

– Queremos ver um senhor, ele se chama Euclides - minha mãe disse para a recepcionista

– Oh! Sim, ele está no quarto 113 é só subir as escadas, é o corredor esquerdo

– Obrigada

Eu queria ver meu vô o mais rápido possível, então fui pulando 2 degraus por vez. Minha madrinha, padrinho e tios estavam do lado de fora.

– Cadê o vô? - disse

– Calma Gabi, se acalme antes de entrar - disse a madi

Respirei fundo e entrei, ele estava meio que sentado e meio que deitado na cama e minha vó tava do seu lado em uma poltrona, com os olhos cheio de lágrimas.

– O que aconteceu? - disse e sentei na beira da cama e coloquei minha mão encima da dele

– Ele tava fazendo café, ai ele foi pegar o açúcar no armário, escorregou e bateu a cabeça. - disse a vó

– Mãe vai pra casa, durma um pouco que nós vamos ficar aqui - disse minha mãe

– Eu vou, mas se ele acordar me liga - ela se levantou, nos deu um beijo e saiu

Meu celular começou a tocar, tive que sair do quarto para não incomoda-lo e meus tios já tinham saído de lá.

– Oi

– Oi amor, ele ta bem?

– Não muito, ele caiu e bateu a cabeça - disse chorando - não sei o que vai acontecer.

– Não, não chore. Eu vou para ai.

– Não amor, não precisa - disse secando as lágrimas

– Tarde demais já estamos fazendo as malas.

– Todos vão vim?

– Sim. Te vejo daqui algumas horas ok?

– Ok, vou te mandar o endereço do hospital

– Tudo bem. Te amo.

– Também te amo. - desliguei

Sentei na poltrona e fiquei olhando pra ele, me inclinei e penteei seu cabelo, me sentei de volta e encostei na parede. Acabei dormindo e acordei com alguém me cutucando, era o Zayn. Me espreguicei e o abracei.

– Oi - disse, deu risada e me abraçou de volta.

Abracei a todos e beijei o Nini. Ele me puxou pra poltrona para sentar em seu colo. Ficamos conversando por um tempo e meu vô acorda, perguntando sobre a minha vó, minha mãe ligou pra ela e ela ia vir em alguns minutos. A voz dele tava fraca e ele tava tossindo bastante, tentei conversar com ele, mas ele só queria falar com a minha vó. Ela chegou e ele ficou feliz, ela segurou sua mão, que estavam tremulas. Ele olhou pra ela e disse:

– Não importa... se eu morrer hoje, você... foi a melhor coisa que... me aconteceu.

Ela deu um selinho nele e começou a chorar, ele secou suas lágrimas e sorriu. Eu não aguentei e comecei a chorar.

Ele se virou pra mim - Queria estar vivo pra ver meus netinhos - sorri e deu um beijo em sua bochecha

– Você vai estar vô - quando disse ele sorriu e voltou a olhar pra minha vó

Um barulho agudo me fez chorar mais ainda, arrumei seu cabelo de novo e o beijei. Me desabei de tanto chorar, eu amava meu avô, ele quem cuidou de mim quando meus pais trabalhavam, brincava comigo, ele fazia tudo pra mim quando eu pedia, isso não podia acontecer agora. Me enfiei no meu mundo e o imaginei cuidando de mim quando eu era pequena, imaginei ele brincando comigo quando não tinha ninguém pra brincar comigo. Senti alguém me pegar no colo, provavelmente era o Niall, ele me colocou no carro e me levou para um hotel, ele me deitou na cama, tirou minha roupa e colocou em mim uma camisola. Dormi com ele cantando. De manhã eu ainda estava depressiva, comi devagar, demorei no banho e sempre pensando nele. Íamos ficar uma semana aqui, até minha vó se acalmar. Como os meninos estavam no Brasil, algumas pessoas de programas de TVs queriam entrevista eles, o Paul disse para eles irem, concordei com ele, eu ia com eles para as entrevistas pra me distrair.

Eles teriam entrevista, amanhã, domingo, terça, quinta e sexta. Hoje á tarde fomos para a praia e pra casa da minha vó, ela estava melhor do que eu, isso eu garanto, jantamos e fomos pro hotel. Amanhã vamos pra São Paulo e segunda voltaremos e assim por diante. Me deitei na cama e liguei a TV, tava passando Atividade Paranormal em Tókio, esse filme me assusta muito, mas mesmo assim eu assisti, gosto de filme de terror, mas depois fico com medo. Foi difícil para dormir, não consegui dormir, liguei o computador r contei sobre meu vô, não queria ver as pessoas falando “meus pêsames”, desliguei o computador e dormi.

Me acordaram 7hrs, tava morrendo de cansaço, tomei banho, café e fomos para a casa da minha vó. Foi difícil convencer a minha mãe, mas como a Giu e o Lu iam ela deixou. Na estrada os meninos tentaram me animar e conseguiram, ainda bem, pois eu não queria ficar pra baixo.



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