Escuridão - A chave escrita por Queen K
Notas iniciais do capítulo
Oi gente já estava com saudades de vocês. Então eu sei que disse que só iria postar sabado, mas consegui terminar o capitulo hoje.
Espero que gostem ^*^
Eu não acreditava no que via, era Matheus que me segurava em seus braços, me apertando e nos fazendo subir ainda mais, eu o abraçava forte, pois estava com medo de cair, eu que sempre tivera medo de altura estava agora voando entre as estrelas.
O brilho mais lindo que vi lá em cima não fora o das estrelas, pois estavam ofuscadas pelo forte brilho intenso dos profundos olhos verdes de Matheus, que me olhava preocupado.
_ Você está bem?
_ Sim, eu só...- Olhei para baixo, senti uma tontura e um desequilíbrio. _ Tenho medo de altura. - Disse envergonhada.
Ele sorriu e disse: – Não precisa ter medo, eu te seguro. – Apertou ainda mais o meu corpo contra o dele.
Ele me fitava com os olhos, para desviar o olhar, olhei para suas asas batendo muito rápidas. Deu-me vontade de senti-las, tocar aquelas penas negras com mechas douradas.
Estávamos descendo, acho que ele percebeu que eu estava nervosa, mas não era apenas por causa da altura.
Descemos em uma casa próxima á escola, pois quando estávamos descendo dava para ver suas grandes torres.
Estávamos em um jardim novamente, mas esse era muito mais simples do que o da escola, era um jardim normal, havia apenas umas flores, grama e uma piscina iluminada que ficava na direção da porta duas folhas de vidro, que dava na sala de estar da casa que por sorte a luz estava apagada e aparentemente não havia ninguém na parte de baixo da casa.
A casa tinha dois andares era pequena, estava pintada de um amarelo fraco e havia varias janelas de vidro.
Matheus olhava preocupado para o chão parecia estar com medo de algo.
_ Matheus você está bem?
_ Eu? Sim, mas e você não se machucou?
_ Não, mas... – Me fez lembrar de Keity, eu precisava saber se ela estava bem.
_ Mas?- Diz ele se aproximando.
_ Keity, estou preocupada, o que será que aconteceu com ela?
_ Não faço ideia, mas era pra ter acontecido com você. – Ele coloca sua mão em meu rosto, me fazendo olhar nos seus olhos.
_ O que você é?
Ele se retrai um pouco se afastando e volta a olhar para o chão preocupado.
Não me diz nada, suas asas ainda estão abertas, vou até ele e coloco minha mão nelas, são macias e delicadas.
_ São magníficas. – Digo e após uma grande pausa, pergunto:
_ Você é um anjo?
Ele me olha abre a boca como se fosse dizer algo, mas a fecha como se, se arrependendo do que iria dizer. E após mais uma longa pausa diz num tom baixo e calmo. _ O contrario.
_ O que você quer dizer com isso? V-você é um demônio.
_ Sim.
_ Serio? – Digo meio eufórica, olhando para suas asas.
_ Não acredito um demônio, i-isso é incrível.
_ O que? – Diz ele assustado.
_ Mas você é muito bonito para ser um demônio, é... quero dizer essa é a sua aparência normal? Ou é só um disfarce?
_ É minha aparência normal, por que, o que esperava?
_ Há olhos vermelhos, chifres, garras enormes e outras coisas que vejo em livros e filmes.
Ele riu. _ Então te desapontei.
_ O que? Não claro que não, assim é muito melhor, é... há você entendeu.
_ Você é muito esquisita.
_ Esquisita, eu? Por que?
_ È a primeira pessoa que fica assim após saber que está sozinha com um demônio.
_ É não pensei por esse lado, mas mesmo assim você não pode me machucar.
_ Como você pode ter tanta certeza? – Riu novamente. _ Srta. Esquisita, é melhor a gente voltar para a escola, pois devem estar procurando por você.
_ É temos que voltar.
Voltamos a subir, Matheus me segura firmemente nos seus braços fortes, aberto fortemente os meus olhos por causa do medo.
_ É só não olhar para baixo. – Diz ele. - Assenti com a cabeça.
_ Escuta, ninguém naquela escola pode saber que sou um demônio, se não eu nunca estaria lá para começar.
_ Está bem.
_ Quando a gente chegar iremos dizer que estávamos o tempo todo no jardim. Eu estava te procurando quando ouvi gritos e fui em direção ao jardim, e lá eu te encontrei. Certo?
_ Certo.
Mal percebi e já estamos descendo no jardim da escola. Lá dentro estava uma correria, isso me deixou ainda mais preocupada. Na porta de uma sala estavam Jenny, Thomas e Anny desesperados, fui correndo até eles.
_ Cade a Keity? Onde ela está?
_ Alicia? Meu Deus, você está bem? Estão todos te procurando.
_ Sim, sim, mas e Keity?
_ Está ai dentro. – Diz anny chorando.
Eu entro, na sala, Keity está em cima de uma maca, morta com o seu corpo todo dilacerado, com marcas de garras por tudo o corpo e muito sangue escorrendo. Me desesperei, chorando comecei a gritar.
_ Não, era pra ser eu ai, era pra mim estar morta e não ela, ela não tinha nada haver. – Me ajoelho no chão, chorando convulsivamente.
_ Tinha que ter sido eu, eu e não ela, não, não.
_ Se acalme Srta. Mesut. Srta. San traga um copo de água, por favor.
Eu continuava a chorar desesperadamente, estava com medo e me sentindo culpada, olhando à deitada naquela maca morta, me deixava com um sentimento de impotência, o sangue que escorria pelo seu corpo parecia aumentar cada vez mais, era como se eu tivesse tendo uma alucinação, novamente como naquele dia na floresta havia sangue por todo o lugar em todos os rostos me olhando preocupados, rostos que começaram a mudar, se deformar virando criaturas horríveis.
Meus olhos doíam, meu braço começou a queimar, as criaturas se aproximavam de mim, me balançando, eu estava completamente apavorada.
_ Não, não, parem. – Começo a gritar horrorizada.
_ Srt. Mesut, Srt. Mesut, você está bem olha pra mim, se acalma.
E de repente comecei a voltar a si, as criaturas horríveis estavam voltando a serem os professores, a diretora Riviere e os supervisores. O sangue estava sumindo, meus olhos estavam parando de arder, mas a minha cicatriz em meu braço estava vermelha, vermelha como fogo, queimando e completamente inchada, dando ainda mais ênfase á palavra morte.
_ Meu Deus ela está ardendo em febre, aqui beba isso. – Disse a direto Riviere me dando o copo de água.
Tomo a água, minha temperatura e minha cicatriz começam a voltar ao normal.
Fraca, respiro fundo tentando me acalmar, fecho os olhos e me encosto na parede para sustentar meu corpo.
_ Ei diretora Riviere, esse garoto disse que encontro Alicia no jardim.
_ Matheus onde ela estava?
_ Matheus. – Corro para seus braços como se eu fosse uma garotinha de cinco anos apavorada e buscando segurança, que apesar de ele ser um demônio me sentia segura em seus braços.
Ele me abraçava forte e acariciava meus cabelos para que eu ficasse mais calma. Eu não queria demonstrar fraqueza, mas naquele momento eu estava muito abalada.
_ Eu estava a procurando, quando ouvi gritos no jardim, então corri para lá e acabei topando com Alicia que corria desesperada, nos escondemos atrás de umas arvores e ela me contou o que estava acontecendo. Após os gritos terem parado esperamos um pouco para volta para dentro da escola.
_ E a Srta. Keity você a viu?
_ Não.
_ E o professor Roger?
_ Também não, por quê? Ele está sumido?
_ Desde o incidente não o vimos mais.
Um homem bate na porta que já estava meio aberta, acho que era outro supervisor.
Todos voltam sua atenção a ele.
_ Com licença, Diretora Riviere, encontramos o professor Roger.
_ E onde ele está?
_ Está inconsciente no chão da sua sala.
_ Prestem atenção supervisores, levem todos os alunos para os seus quartos, e após fechem toda a escola.
_ Srta. Mesut e Matheus subam e chamem os outros. Amanhã conversarei com vocês melhor.
Chamamos Jenny, Thomas, Anny, e subimos.
Matheus me leva até a porta do meu quarto e me abraça.
_ Vai ficar tudo bem. – Diz num tom de voz calma e reconfortante.
_ Obrigada por tudo.
_ Agora você precisa descansar, é melhor você ir dormir.
_ Se eu conseguir.
_ Pelo menos tente. – Dá um beijo na minha testa e sai.
(Matheus POV)
Me sinto estranho, diferente, algo mudou dentro de mim.
Estou muito cansado preciso descansar, abro a porta do meu quarto pensando que enfim iria descansar, quando vejo Paulo sentado na minha cama.
_ O que está fazendo aqui?
_ Só vim te visitar irmãozinho. Como está na sua missão?
_ Bem.
_ Bem? Você chama aquilo de bem, eu sinceramente não te conheço mais.
_ O que? Do que você está falando?
_ Eu vi tudo que aconteceu hoje. E sinceramente irmão se apaixonado pela “Chave” não é o melhor jeito de se cumprir uma missão. Logo você, que tratava os humanos como brinquedos para sua diversão, foi se apaixonar.
_ “Chave”? Como assim chave? E pode parando com esse papo que eu não estou apaixonado.
_ É o que vim te contar, eu ouvi uma conversa de Lúcifer e ele chamou a sua namoradinha de “Chave”.
_ E o que isso quer dizer?
_ Não faço ideia, foi só isso que ouvi, achei que deveria saber. – Diz ele saindo pela janela e me deixando lá completamente confuso.
Apaixonado eu? Ele não pode estar falando serio.
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Então o que acharam? Mandem suas opiniões.
Fico muito feliz quando recebo reviews ;D