Escuridão - A chave escrita por Queen K


Capítulo 6
Demônio?!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente já estava com saudades de vocês. Então eu sei que disse que só iria postar sabado, mas consegui terminar o capitulo hoje.
Espero que gostem ^*^



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Eu não acreditava no que via, era Matheus que me segurava em seus braços, me apertando e nos fazendo subir ainda mais, eu o abraçava forte, pois estava com medo de cair, eu que sempre tivera medo de altura estava agora voando entre as estrelas.

O brilho mais lindo que vi lá em cima não fora o das estrelas, pois estavam ofuscadas pelo forte brilho intenso dos profundos olhos verdes de Matheus, que me olhava preocupado.

_ Você está bem?

_ Sim, eu só...- Olhei para baixo, senti uma tontura e um desequilíbrio. _ Tenho medo de altura. - Disse envergonhada.

Ele sorriu e disse: – Não precisa ter medo, eu te seguro. – Apertou ainda mais o meu corpo contra o dele.

Ele me fitava com os olhos, para desviar o olhar, olhei para suas asas batendo muito rápidas. Deu-me vontade de senti-las, tocar aquelas penas negras com mechas douradas.

Estávamos descendo, acho que ele percebeu que eu estava nervosa, mas não era apenas por causa da altura.

Descemos em uma casa próxima á escola, pois quando estávamos descendo dava para ver suas grandes torres.

Estávamos em um jardim novamente, mas esse era muito mais simples do que o da escola, era um jardim normal, havia apenas umas flores, grama e uma piscina iluminada que ficava na direção da porta duas folhas de vidro, que dava na sala de estar da casa que por sorte a luz estava apagada e aparentemente não havia ninguém na parte de baixo da casa.

A casa tinha dois andares era pequena, estava pintada de um amarelo fraco e havia varias janelas de vidro.

Matheus olhava preocupado para o chão parecia estar com medo de algo.

_ Matheus você está bem?

_ Eu? Sim, mas e você não se machucou?

_ Não, mas... – Me fez lembrar de Keity, eu precisava saber se ela estava bem.

_ Mas?- Diz ele se aproximando.

_ Keity, estou preocupada, o que será que aconteceu com ela?

_ Não faço ideia, mas era pra ter acontecido com você. – Ele coloca sua mão em meu rosto, me fazendo olhar nos seus olhos.

_ O que você é?

Ele se retrai um pouco se afastando e volta a olhar para o chão preocupado.

Não me diz nada, suas asas ainda estão abertas, vou até ele e coloco minha mão nelas, são macias e delicadas.

_ São magníficas. – Digo e após uma grande pausa, pergunto:

_ Você é um anjo?

Ele me olha abre a boca como se fosse dizer algo, mas a fecha como se, se arrependendo do que iria dizer. E após mais uma longa pausa diz num tom baixo e calmo. _ O contrario.

_ O que você quer dizer com isso? V-você é um demônio.

_ Sim.

_ Serio? – Digo meio eufórica, olhando para suas asas.

_ Não acredito um demônio, i-isso é incrível.

_ O que? – Diz ele assustado.

_ Mas você é muito bonito para ser um demônio, é... quero dizer essa é a sua aparência normal? Ou é só um disfarce?

_ É minha aparência normal, por que, o que esperava?

_ Há olhos vermelhos, chifres, garras enormes e outras coisas que vejo em livros e filmes.

Ele riu. _ Então te desapontei.

_ O que? Não claro que não, assim é muito melhor, é... há você entendeu.

_ Você é muito esquisita.

_ Esquisita, eu? Por que?

_ È a primeira pessoa que fica assim após saber que está sozinha com um demônio.

_ É não pensei por esse lado, mas mesmo assim você não pode me machucar.

_ Como você pode ter tanta certeza? – Riu novamente. _ Srta. Esquisita, é melhor a gente voltar para a escola, pois devem estar procurando por você.

_ É temos que voltar.

Voltamos a subir, Matheus me segura firmemente nos seus braços fortes, aberto fortemente os meus olhos por causa do medo.

_ É só não olhar para baixo. – Diz ele. - Assenti com a cabeça.

_ Escuta, ninguém naquela escola pode saber que sou um demônio, se não eu nunca estaria lá para começar.

_ Está bem.

_ Quando a gente chegar iremos dizer que estávamos o tempo todo no jardim. Eu estava te procurando quando ouvi gritos e fui em direção ao jardim, e lá eu te encontrei. Certo?

_ Certo.

Mal percebi e já estamos descendo no jardim da escola. Lá dentro estava uma correria, isso me deixou ainda mais preocupada. Na porta de uma sala estavam Jenny, Thomas e Anny desesperados, fui correndo até eles.

_ Cade a Keity? Onde ela está?

_ Alicia? Meu Deus, você está bem? Estão todos te procurando.

_ Sim, sim, mas e Keity?

_ Está ai dentro. – Diz anny chorando.

Eu entro, na sala, Keity está em cima de uma maca, morta com o seu corpo todo dilacerado, com marcas de garras por tudo o corpo e muito sangue escorrendo. Me desesperei, chorando comecei a gritar.

_ Não, era pra ser eu ai, era pra mim estar morta e não ela, ela não tinha nada haver. – Me ajoelho no chão, chorando convulsivamente.

_ Tinha que ter sido eu, eu e não ela, não, não.

_ Se acalme Srta. Mesut. Srta. San traga um copo de água, por favor.

Eu continuava a chorar desesperadamente, estava com medo e me sentindo culpada, olhando à deitada naquela maca morta, me deixava com um sentimento de impotência, o sangue que escorria pelo seu corpo parecia aumentar cada vez mais, era como se eu tivesse tendo uma alucinação, novamente como naquele dia na floresta havia sangue por todo o lugar em todos os rostos me olhando preocupados, rostos que começaram a mudar, se deformar virando criaturas horríveis.

Meus olhos doíam, meu braço começou a queimar, as criaturas se aproximavam de mim, me balançando, eu estava completamente apavorada.

_ Não, não, parem. – Começo a gritar horrorizada.

_ Srt. Mesut, Srt. Mesut, você está bem olha pra mim, se acalma.

E de repente comecei a voltar a si, as criaturas horríveis estavam voltando a serem os professores, a diretora Riviere e os supervisores. O sangue estava sumindo, meus olhos estavam parando de arder, mas a minha cicatriz em meu braço estava vermelha, vermelha como fogo, queimando e completamente inchada, dando ainda mais ênfase á palavra morte.

_ Meu Deus ela está ardendo em febre, aqui beba isso. – Disse a direto Riviere me dando o copo de água.

Tomo a água, minha temperatura e minha cicatriz começam a voltar ao normal.

Fraca, respiro fundo tentando me acalmar, fecho os olhos e me encosto na parede para sustentar meu corpo.

_ Ei diretora Riviere, esse garoto disse que encontro Alicia no jardim.

_ Matheus onde ela estava?

_ Matheus. – Corro para seus braços como se eu fosse uma garotinha de cinco anos apavorada e buscando segurança, que apesar de ele ser um demônio me sentia segura em seus braços.

Ele me abraçava forte e acariciava meus cabelos para que eu ficasse mais calma. Eu não queria demonstrar fraqueza, mas naquele momento eu estava muito abalada.

_ Eu estava a procurando, quando ouvi gritos no jardim, então corri para lá e acabei topando com Alicia que corria desesperada, nos escondemos atrás de umas arvores e ela me contou o que estava acontecendo. Após os gritos terem parado esperamos um pouco para volta para dentro da escola.

_ E a Srta. Keity você a viu?

_ Não.

_ E o professor Roger?

_ Também não, por quê? Ele está sumido?

_ Desde o incidente não o vimos mais.

Um homem bate na porta que já estava meio aberta, acho que era outro supervisor.

Todos voltam sua atenção a ele.

_ Com licença, Diretora Riviere, encontramos o professor Roger.

_ E onde ele está?

_ Está inconsciente no chão da sua sala.

_ Prestem atenção supervisores, levem todos os alunos para os seus quartos, e após fechem toda a escola.

_ Srta. Mesut e Matheus subam e chamem os outros. Amanhã conversarei com vocês melhor.

Chamamos Jenny, Thomas, Anny, e subimos.

Matheus me leva até a porta do meu quarto e me abraça.

_ Vai ficar tudo bem. – Diz num tom de voz calma e reconfortante.

_ Obrigada por tudo.

_ Agora você precisa descansar, é melhor você ir dormir.

_ Se eu conseguir.

_ Pelo menos tente. – Dá um beijo na minha testa e sai.


(Matheus POV)

Me sinto estranho, diferente, algo mudou dentro de mim.

Estou muito cansado preciso descansar, abro a porta do meu quarto pensando que enfim iria descansar, quando vejo Paulo sentado na minha cama.

_ O que está fazendo aqui?

_ Só vim te visitar irmãozinho. Como está na sua missão?

_ Bem.

_ Bem? Você chama aquilo de bem, eu sinceramente não te conheço mais.

_ O que? Do que você está falando?

_ Eu vi tudo que aconteceu hoje. E sinceramente irmão se apaixonado pela “Chave” não é o melhor jeito de se cumprir uma missão. Logo você, que tratava os humanos como brinquedos para sua diversão, foi se apaixonar.

_ “Chave”? Como assim chave? E pode parando com esse papo que eu não estou apaixonado.

_ É o que vim te contar, eu ouvi uma conversa de Lúcifer e ele chamou a sua namoradinha de “Chave”.

_ E o que isso quer dizer?

_ Não faço ideia, foi só isso que ouvi, achei que deveria saber. – Diz ele saindo pela janela e me deixando lá completamente confuso.

Apaixonado eu? Ele não pode estar falando serio.



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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Mandem suas opiniões.
Fico muito feliz quando recebo reviews ;D



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