Escuridão - A chave escrita por Queen K


Capítulo 4
Ostorford




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Estou morrendo de sono, são 10h da manhã e minha mãe quer que eu me arrume para ir a tal escola, qual é o nome mesmo?

_ Ostorford.- uma alma disse, aquela que é mais clara que as outras. Ela sempre esteve me observando, em vários momentos da minha vida.

- Como sabia no que eu estava pensando? E porque agora posso ouvi-las?

_ Me escute Alicia, muita coisa na sua vida está para mudar. Você está preste a descobrir coisas que pra você eram impossíveis. Poder nos ouvir não é nada comparado com o que está por vir. Eu te peço que seja forte e não desista.

_ Porque você está querendo me ajudar?

_ Na hora certa você iria saber.

_ E porque as outras almas querem que eu as libertem? Mas liberta-las do que?

_ Tenha cuidado com elas, elas não podem te matar mas eu vi o que elas fizeram com você.

_ Não tenho medo delas.

_ Não é delas que você precisa ter medo, outros seres viram atrás de você, e esses sim poderão mata-la.

_ Filha vamos, se aprece. - Minha mãe grita, acho que da sala.

_ Já estou quase pronta.

Quando viro, a alma não está mais lá. Então me levanto, olho pro espelho e vejo a minha imagem refletida, uma menina feia, pálida, de olhos castanhos, cabelo loiro escuro e lábios ressecados.

Abro o Guarda-roupa, minhas roupas todas deprimente e sem graça. Pego uma camiseta preta e um jens escuro, me visto, coloco meu all star preto, penteio meu cabelo e vou.

_ Já estava na hora, filha, vamos entre no carro.

Entro, me sento no banco do passageiro e começo a lembrar da conversa que tive com a alma.

_ Filha sobre ontem a noite, eu não sei o que te dizer. Só quero saber se você está bem?- Ela olha pra mim depois volta a olhar para frente.

_ E você não vai me explicar nada, né? Como sempre, é eu já esperava por isso.

_ Filha eu te amo muito e quero que você entenda que eu não sei como te contar isso, mas lá na Ostorford iram te explicar tudo.

_ Ótimo, uma escola que eu nem sabia que existia sabe mais da minha vida do que eu. É eu nunca sei de nada mesmo. – Paro um pouco, olho pra baixo e digo num tom de voz mais triste. _ Só queria saber o por quê de isso tudo estar acontecendo.

_ Filha, seu pai...

_ Há não mãe não quero saber e nem ouvir a palavra pai, você nunca quis falar nele e eu também não quero. Eu não tenho pai.

_ Meu bem, o seu pai não me abandou grávida como eu te disse, seu pai não era um humano.

_ O que?

_ Seu pai, era um ser...

_ Ele era um bruxo.

_ Mãe, se você quer me enrolar, para não dizer a verdade, tudo bem, agora não precisa inventar essas esquisitices. Bruxo Há-há, é pra rir.

_ Filha, não estou mentindo.

Olho para ela, que estava me olhando fixamente e paro de rir.

Não pode ser, almas e agora bruxos. Isso não é possível, bruxos não existem.

_ Chegamos, dessa.

Saio do carro e caminho com minha mãe até uma entrada, sem dizer nada, ela também não diz.

Paramos em frente a um portão enorme, preto de duas folhas, em cima estava escrito Ostorford. Por fora parecia uma enorme prisão com muros muito altos e sem nenhuma outra entrada.

O portão se abre e entramos, uma senhora vem nos encontrar.

_ Olá Sra. Mesut.

_ Olá diretora Riviere.

_ Entrem. Alicia espero que goste daqui, pois será a sua casa a partir de agora.

_ Minha mãe não me contou que eu iria morar aqui, nem trouxe minhas coisas. – Olho com cara de brava para minha mãe.

_ Não se preocupe meu bem, depois eu trago as suas malas.

_ Esperem um segundinho aqui irei pedir para San, uma de nossas supervisoras, mostrar a nossa escola a vocês.

Fico encantada com o tamanho daquele lugar, é a maior escola que já vi. Sua arquitetura é daqueles grandes castelos velhos, mas sua aparência, seu design, a decoração são muito modernos. O jardim é perfeito, muitas arvores, flores das mais lindas que existem, é tudo perfeito. Pela primeira vez fico feliz em morar em uma escola, pois se eu não gostar das pessoas daqui, pelo menos tenho a paisagem pra me deixar feliz. Me senti feliz, mas de repente uma voz que já me é conhecida me trás de volta a infelicidade.

_ Hora, hora vejam quem está aqui.

_ O que você está fazendo aqui Matheus? – Diz minha mão num tom autoritário.

_ Irei estudar aqui também.

_ Mas você não pode, você não é...

_ Eu sei, mas eu dei meu jeito. Agora serei o mas novo melhor amigo de alicia, o que está achando da escola loirinha?

_ Boa até você aparecer.

_ continua mal educada.

_ Olá, sou a San, irei mostrar a escola a você Alicia.

_ San minha querida, deixe que eu mostre a escola a Alicia, enquanto você e a Sra. Marcia terminam de ver os papeis.

_ Vocês se conhecem? – Perguntou a supervisora.

_ Sim eu e Alicia somos grandes amigos, não é loirinha? – Me puxa pra perto dele.

_ Que ótimo, então podemos ver os papeis Sra. Mesut?

_ Sim.

Minha mãe se aproxima de mim e diz baixinho:

_ Não confie nele. – Depois sai com a Srt. San.

Ele estende a sua mão, eu então viro seu braço e digo próxima ao seu ouvido:

_ Se me chamar de loirinha mais uma vez quebro o seu braço. – O solto.

_ Estou morrendo de medo. – Diz zombando.

_ Quem é você? E da onde conhece minha mãe?

_ Digamos que sou seu protetor, e a sua mãe conhece muita gente.

_ Eu já disse que não preciso de babá.

_ Garota você me irrita. Olha ali fica o refeitório, ali subindo a escada esquerda as salas de aula, subindo as escadas a direita fica os dormitórios, suba, quarto 14 é o seu, e não saia de lá.- Diz enquanto olha pra um garoto esquisito que está na porta, quando termina de falar caminha em direção a ele.

São 11h da manhã e ele pensa que eu vou me trancar no quarto, sem revirar cada canto desse lugar? Há há ta muito enganado.

 Estou bem no meio do saguão principal, há vários corredores em toda a parte, para que lado eu vou?

Escolhi um dos corredores da direita havia varias portas dos dois lados no fundo ele virava para a esquerda.

Na primeira porta está escrito biblioteca, abro e entro, É uma sala enorme com muitas fileiras de livros, varias mesinhas, e perto da porta a mesa do encarregado pelos livros, sentada lá havia uma Srt. Muito bonita e jovem no seu crachá está escrito ao lado da sua foto Marye, na mesa há vários papeis, um computador e um telefone.

Havia apenas uma garota na sala lendo, me aproximei.

_ Oi. Digo meio sem jeito.

_ Oi, tudo bem? Você é nova aqui, certo?

_ Sim como sabe?

_ Estudo aqui a muito tempo e conheço todo mundo aqui. Meu nome é Jenny e o seu?

_ Me chamo Alicia.

Meu celular toca, nem lembrava que ele existia, lá naquele bairro onde passei essas ultimas semanas, não tinha sinal de jeito nenhum. Era Lucia quem me ligava. Pedi licença a garota e desculpas a Srt. Pelo barulho, mas eu precisava atender, então sai da biblioteca e voltei ao corredor.

_ Alo?

_ Alicia? – Dizia a outra voz que vinha do celular.

_ Sim, Lucia pensei que nunca mais iria falar comigo.

_ Eu te perdoo sua revoltada, você faz muita falta aqui.

_ Você faz muita mais falta pra mim. Amiga você não vai acreditar, estou morando em uma escola como aquelas de filmes sabe, muito perfeita.

_ Serio? Me conta tudo.

Matheus aparece, me olhando com cara de bravo.

_ O que está fazendo aqui? Eu não te mandei ir pro quarto e ficar lá?

_ Amiga quem ta ai? – Diz Lucia do celular.

_ É um garoto idiota.

Matheus pega o celular da minha mão e desliga.

_ Ei meu celular.

_ Te procurei pela escola inteira, e você sabe como isso é enorme, então agora vá pro quarto.

_ Quem disse que você manda em mim? – Saio.


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Notas finais do capítulo

O que estão achando? me mande reviws.



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