Capitols Flower escrita por Lana6Willa


Capítulo 15
Capítulo 13: Arena


Notas iniciais do capítulo

E que os jogos comecem...



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Entrei cautelosamente no cilindro que me conduziria para dentro da arena. Dei o primeiro passo e voltei-me para trás.

_Obrigada Henlyr. Por tudo.

Ele acenou e gesticulou para que eu entrasse logo. E foi o que eu fiz.

Em um tempo extraordinariamente curto, Henlyr preparara as roupas que usaríamos sob o macacão negro que agora envolvia meu corpo. Eu entedia o suficiente de tecidos para ver que aquela roupa lidaria bem tanto com o calor quanto com o frio. E era um material resistente, que não se rasgaria com muita facilidade.

Senti o chão começar a subir. Por alguns instantes, a escuridão era quase completa. Então uma claridade surgiu acima de minha cabeça. Minhas mãos tremeram de leve com a visão da famosa Cornucópia.

E então teve início a contagem regressiva. Olhei ansiosamente ao redor. Estávamos em uma clareira, cercada por árvores, a silhueta de uma montanha no horizonte. Os tributos formavam um círculo ao redor da Cornucópia. Haviam algumas mochilas na minha frente, seria fácil alcançá-las. Mas o que chamou minha atenção foi um estojo de facas poucos metros a minha direita. As facas e algumas daquelas mochilas, planejei, o máximo que eu conseguisse carregar.


5...

Preparei-me para correr

4...

Respirei fundo

3...

Dei uma última olhada ao redor

2...

Grudei meus olhos no estojo de facas.

1!

Corri com todas as minhas forças.


Alcancei as facas sem problema e comecei a recuar, puxando uma mochila no braço. Senti alguém bater com força contra meu braço. Reconheci aqueles olhos castanhos. Antoniette.

_Desculpe-me. - murmurei, agarrando uma faca e enfiando-a em seu pescoço, puxando-a rapidamente de volta e agarrando a mochila que a garota deixara cair.

Vi Caesar a alguns passos de mim, lutando com Coslyn por uma aljava cheia de flechas. Golpeei o garoto nas costas com a faca que matara Antoniette, empurrando-o para longe e segurando firmemente o braço de Caesar. A montanha se destacou em minha visão, e decidi que iria naquela direção. Comecei a correr, e pude sentir que ele me acompanhava de perto. Fiquei mais tranquila quando chegamos na cobertura das árvores, embora não conseguisse mais ver a silhueta da montanha. Continuamos andando por um tempo, tentando nos distanciar o máximo possível dos outros tributos. Vi uma estranha claridade à frente, então me aproximei cautelosamente.

Recuei um passo ao ver o imenso abismo que se estendia a nossa frente. Franzi o cenho. A arena não podia ser tão pequena...

_Tem algo ali. - disse Caesar. - Parece... uma ponte.

Fomos até a suposta ponte, mantendo um olho no abismo. Não era uma ponte. Era uma árvore caída, apoiada precariamente nas duas bordas da arena. Pousei o pé no tronco que parecia prestes a despencar.

_A maioria dos tributos vai preferir ficar aqui mesmo... - pensei em voz alta – Vamos! - completei, levando o pé esquerdo para cima do tronco. Atravessei com cuidado, olhando meus próprios pés fixamente. Quando cheguei ao final, dei um salto para o outro lado. Meus tornozelos doeram com o impacto. O chão daquele lado da arena era mais rígido, pedregoso, ao contrário do solo macio e terroso do outro lado.

Caesar olhava com desconfiança para o tronco apodrecido daquela árvore.

_Ah, qual é! - reclamei – Se eu passei, você pode passar também!

Ele fuzilou-me com os olhos, mas atravessou, embora lentamente.

_Vamos andar por mais um tempo, ver se conseguimos achar água e então vamos ver o que conseguimos – balancei uma das mochilas que eu conseguira pegar. Achar água tinha sido o primeiro conselho de nossos mentores.

Parecíamos já ter andando por uma hora, quando Caesar parou subitamente.

_Ouviu isso?

Prestei atenção nos sons ao nosso redor, mas não ouvi nada de diferente.

_Parece água... e vem dali – ele rumou para o lado direito e fui atrás dele. Depois de andar mais um pouco, comecei a ouvir também o ruído de água corrente, e andei mais rápido. Foi então que achamos uma cachoeira que caía em um rio largo que ia se estreitando até praticamente desaparecer.

Coloquei as bolsas na margem junto das facas e abri uma delas. Dentro dela haviam fósforos, uma corda grossa, um cantil vazio, um pacote de biscoito e algumas tiras de carne seca. Examinei a outra. Outro cantil, um pacote com dois pães que reconheci como sendo do Distrito 4, uma espada curta e meio curvada e uma rede que poderia ser usada tanto para pescar quanto para montar uma armadilha. Contei as facas que tinha conseguido. Oito, entre elas uma coberta com o sangue de Antoniette e de Coslyn.

Caesar havia se sentado ao meu lado, observando-me examinar as mochilas.

_O que você conseguiu? - indaguei.

Ele estendeu a aljava que ele tinha disputado com Coslyn, junto de um arco e uma besta. Ele também conseguira uma mochila, com um cantil, tiras de carne seca e um recipiente contendo uma substância estranha que eu não reconheci.

_Veneno. - disse Caesar, mal acreditando em sua sorte – Posso usar nas flechas.

Foi então que ouvimos um ruído atrás de onde estávamos. Peguei uma faca e pus-me de pé, enquanto Caesar tirava uma flecha de sua aljava.

Alguém saiu do meio da floresta. Alguém que eu conhecia muito bem.

_Felly?


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