O Grande Festival Dos Chapéus De Coração escrita por Hana chan


Capítulo 5
Capítulo 5:Possessividade e medo


Notas iniciais do capítulo

Yooh, galerinha!Como vão vocês?
Não tenho tempo para grandes apresentações, a minha imouto quer usar o pc e tá me expulsando aqui...adolescentes ¬¬ Rsrs!
Enfim, aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/232451/chapter/5

O pequeno Mestre fumava o seu cachimbo tranquilamente, ignorando solenemente o que rondava a sua guilda naquela manhã tumultuada.Ria internamente ao perceber o desconforto e o rosto em ebulição de Alzack e Bisca, um de costas para o outro em lados opostos de uma mesma mesa.A ausência de coragem de declamarem os sentimentos pra lá de óbvios era há muito algo de piadas e apostas na guilda.

-Ah, os jovens...como eles são tolos!

Uma sombra encobriu a pequena figura, uma aura negra se fez mais do que evidente, e ele viu uma parte de sua vida correndo por sua mente.Mas só uma parte, o filme todo seria demorado.

-Y-yooo, minha bela Mira!O que me trás de novidade?

Ele tentou ser gentil, mas ela não estava paar brincadeiras.

-Mestre...pare com a sua brincadeira agora mesmo.

-Mas porque? - Ele sentia a coluna arrepiando. - Estão todos se divertindo, não estão?

-Eu-passei-uma-hora-escutando-os-lamentos-da-Juvia.Se ela aparecer de novo aqui na guilda, o SENHOR é que vai resolver isso!

Ela deu as costas, o chão afundando a cada passo, deixando o pequeno mestre meio petrificado em seu lugar.O suor escorria.

-Are, are...imprevistos já eram esperados, não precisava dessa reação!

-QUE REAÇÃO, MESTRE?

-N-nenhuma, minha Mirajane!Ohohoho!

"Essa garota é perigosa, preciso lembrar de tomar cuidado com o que digo perto dela..."

-Epa, onde está?

Essa não...cadê o papel que estava em sua mão?Não podia perdê-lo, senão....

Mandando a compostura  - e, junto com o pacote, o pouco de dignidade que lhe restara - o anãozinho rastejou de quatro numa posição que poderia ser descrita como qualquer coisa, menos máscula, buscando nos arredores o maldito papel fujão.

-Vem cá, sua porcariazinha, onde você se enfiou?

Debaixo da mesa não, nem das cadeiras.Talvez tenha voado para trás do balcão?Negativo!Onde será...

-Procurando alguma coisa, Mestre?

Ele tratou de ficar de pé em um salto, venso os castanhos afetuosos da Titânia o encarando com curiosidade.

-Pedi um papelzinho, minha cara, será que não poderia me ajudar a encontrá-lo?

-Claro que sim.Natsu, vamos!Natsu?

O rosado ignorava criteriosamente a voz dela, irritado por ter se tornado o seu brinquedinho de arremessar por mais de meia hora.Preferiu se concentrar no lanchinho que encontrara perdido por aí.

-Natsu, o que está comendo?Ai ai, o que eu já te disse sobre colocar porcaria na boca? - Ela o ergueu pela camisa, dando vigorosos (violentos?) tapinhas nas costas.  -Vamos, cospe!

-Nhaum!

-Anda logo, senão eu te faço cuspir o estômago junto com essa coisa!

E ela o faria, não precisava ser a Cana para prever isso.Mas a necessidade de retaliação por parte do mago de fogo era mais forte do que o seu instinto de sobrevivência.Ele mastigou com mais vontade, fornecendo a língua no meio no processo.

Dois segundos depois, ela se reequipara pra um conjunto que mais lembrava um uniforme de safari e o imobilizara como a um animal selvagem.Abriu a sua boca com uma força desnecessária, puxando dali um pedaço de papel grosso e dobrado, quase que totalmente chamuscado.Makarov teve um péssimo pressentimento nesse momento.

-Erza, me dê isso aqui! - Ela entregou o objeto babado, emquanto punia o nakama pela insubordinação. - Essa não...

-Algum problema?

-Hohohoho. nenhum minha querida, pode ficar tranquila!

O tom de voz dele soava mais do que falso, mas ela não tencionava fazer mais perguntas.Achou mais urgente arrastar seu parceiro pelo cachecol até uma mesa próxima.

-Vamos, Natsu, você precisa comer antes de voltarmos ao treinamento!

-Mas era isso o que eu tava fazendo quand...espera, vai ter MAIS? - Seu corpo estremeceu só de pensar.

-Claro que vamos, ué, acha mesmo que pde vencer o Gray em sua forma atual?Nem em sonhos!

Ela apertara o botão correto; o ânimo do Dragon Slayer se materializou como um jato de fogo, em meio a berros de "Estou empolgado!" e "Aquele picolé vai ver só uam coisa!'

-Ufa, estou salvo...

O mestre suspirou de alívio, o suor escorrendo pelas têmporas enquanto guardava o documento no bolso.Mas seu pânico retornou ao sentir uma mão delgada furtando-o.

-O que é isso?

Olhos azuis encararam o papel curiosos, depois intrigados, e por último enfurecidos.Makarov previa uma onda assassina dirigida a si, e tentou fugir de mansinho, pé ante pé.

-Mestre... - Mirajane o puxou de volta pela gola, sorrindo de uma forma cruel. - o que significa isso?

É, ele estava mais do que morto.

XOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXO

Aquela devia ser provavelmente a décima nona loja de roupas à qual ele era arrastado naquela manhã.Nee-san...será que ela se enganara, ou mentira pra ele?

-Vamos embora, Evergreen, eu não vou entrar em mais nenhuma loja de roupas com você? - O tom de voz irritado era sufocado pela dúzia de pacotes e de sacolas de lojas que bloqueavam a sua visão.

-Ah, o que disse?Me desculpe, querido, não dá pra te ouvir debaixo de todo esse glamour, hohoho...

O "querido", dito de forma ácida, só serviu para ampliar a sua frustração.O mago precisava admitir, não era bem aquilo o que ele esperara quando ficara atado a Evergreen.Na verdade...ele não sabia muito bem o que esperara, mas certamente não podia ser aquela bizarra escravidão voluntária.

-Nossa, quem diria... - ela segurava um vestido rosa cheio de babados e com motivos de docinhos na frente do espelho.Elfman corou só de imaginar como ela ficaria fofa vestindo aquilo. - parece que, contrariando os meus cálculos, vou precisar agradecer a sua irmã, estava mesmo precisando de um voluntário a carregador urgentemente!

-Eu não sou seu empregado, sua bruxa! - A arrogância dela já estava ultrapassando os seus limites, fazendo com que uma veia saltasse em sua testa.

-E eu não escolhi a sua companhia, e muito menos ser arrastada como uma boneca de trapos por dez quarteirões, então agora é a minha vez de se divertir!

Ele não estava nada feliz com aquilo, mas não sabia o que fazer pra mudar a situação.

Ou...será que ele sabia?

Observou mais uma vez o sorriso dela, provando o quarto conjunto seguido, desta vez azul-claro e turquesa.Mais uma vez, o fluxo sanguíneo se reverteu para o rosto, obrigando-o a desviar o olhar para a entrada da loja.Concentre-se, concentre-se...

Bingo!Um plano se formulara, e era perfeito!Huhuhu, agora  aquela maldita ia ver só quem é que mandava ali...

XOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXO

Lucy estava ansiosa; se escorara na entrada da guilda, olhando de um lado para o outro tentando saber se era seguro ou não entrar naquele momento.

O problema é que ela ainda não sabia muito bem qual seria o melhor momento para entrar sem ser alvo de gritaria e atenção desnecessária...

-Com vergonha de mim, hime?Isso me magoa...

Loke fazia um beicinho adorável, causando uma sensação controversa de dó e raiva nela.

-N-não é nada disso, idiota, é só que...

-Se não está com vergonha, então não precisamos de cerimônia!

Ele a pegou no colo com delicadeza e firmeza, um sorriso gigante estampado no rosto.A loira se debatia, corada e desesperada, mas ele nem se importava.

-O-o-o-o que v-você pensa que está fazendo?Me coloque já no chão, Loke!

-Hehe, nem adianta lutar, eu não vou te soltar.

-F-fechar portão do leão, agora!

-Eu já te disse que não adianta, o portão só pode ser fechado com o consentimento de ambas as partes e você SABE disso. - Ele a beijou nos lábios com delizadeza, afrouxando um pouco sua guarda. - Fique tranquila, eu nunca a envergonharia, hime!

Ela assentiu, já conformada de que ele não a deixaria descer, e resolveu confiar nele.

Este foi o seu pior erro.

-YOOOH, MIINA!COMO VÃO VOCÊS?

Resumo da cena: Loke irrompera pela porta carregando Lucy nos braços e sorrindo exageradamente, gritando e chamando a atenção de quem estivesse atento - ou até dos desatentos, ele podia ser ouvido por mais de cinco quarteirões.

Lucy nunca desejou tanto poder morrer.

-Aêê Loke, conseguiu fisgar a loirinha, heim? - Uma voz se destacou entre as demais, mas eles não a identificaram.

-Boa, meu rapaz, meus parabéns! - Este seria...o Macao?

-Aêêê Lucy, quem diria, heim? - Natsu ria, abraçando-na.

-Arumou um belo partido, heim, Lucy? - Cana dava tapinhas em seus ombros.

-E-espero que os dois cuidem bem de mim! - Erza gaguejava, confusa e constrangida.

Metade dos membros estava parabenizando os dois, e a outra metade estava tirando um sarro.Lucy parecia estar fazendo cosplay de Igneel, tamanha a sua vermelhidão.Ela ficou tão desnorteada que nem sentiu quando seus pés voltaram a tocar o chão.

-Loke, seu...seu...

Ele a calou com um beijo épico, quase tão faminto quando os primeiros.Ela permaneceu imóvel, achando que assim seria menos constrangedor (não se tivesse como fica MAIS constrangedor, aquilo ultrapassava todos os limites que ela suportava).Os outros explodiam em gritos e palmas.

-Você planejou isso desde o começo, não é mesmo? - Ela rosnava por debaixo de deu abraço protetor.

Ele riu baixinho.

-É claro que sim!Eu precisava provar a eles que você é minha, ou algum engraçadinho podia tentar te roubar de mim.E quem é o louco que tentaria tirar algo de um leão?

Ela podia estar louca, mas jurava que sentira ondas de orgulho e possessividade irradiando dele.Olhava ao redor, meio que sentindo falta de alguns rostos que ela jurava que seriam os primeiros a parabenizá-la em uma situação como aquela.

-Loke...cadê a Levy-chan?

O ruivo a olhou, e depois olhou ao redor.

-Não estou vendo, ela não está na mesa onde deixamos...e também não estou vendo o Gajeel e nem o Lily!

Ele sorriu malicioso, com uma típica expressão de "É melhor deixarmos os dois sozinhos por enquanto...".Lucy franziu a testa, claramente preocupada.

"A Mira também não está aqui.Isso é muito estranho!"

Outro beijo roubado tirou o seu foco da ausência da garçonete.

-O que está fazendo, seu idiota? - Ela o socava com vontade, arrancando risadas.

-Eu não disse que ela ficaria vermelha?Que gracinha! - Esquivava-se dos socos furiosos com maestria.

-Loke, não seja tão malvado com ela! - Cana ria do comportamento dos dois, e não era a única.

-O QUE ESTÁ ME DIZENDO???

O grito ecoou por toda a estrutura, tendo como consequência o silêncio imediato.

A dona da voz: a demônia Mirajane.

A pessoa a quem ela fora dirigida:o pequeno Mestre Makarov.

-Sumimasen, Mira-chan, eu nunca imaginaria isso... - Ele estava de cabeça baixa e acuado como um coelhinho.

-E agora, o que nós faremos? - Ela perguntava, ainda sacudindo o papel acima da cabeça.

-Mestre, algum problema?

-Hey, velhote, o que foi?

De repente, dezenas de olhares se direcionavam aos dois.Se não morrera antes, ele tinha certeza: morreria agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Aos que sentiram falta, na próxima teremos Gruvia e Gajeevy!E sentem falta de algum shipper?É só me avisar, que farei o possível!
Agora...reviews?Fantasminhas, não se intimidem, quem nunca mandou antes mande agora, e quem manda sempre pode mandar mais vezes que eu agradecerei com toda a certeza!
Kissus, e ja ne!