Down In The Flood escrita por sakaki-san
Notas iniciais do capítulo
Para ninguém ficar perdido: em itálico, estão as reflexões da Nana. Entre aspas, estão as lembranças (literalmente copiadas do volume 5 ). E, sem aspas e sem itálico, estão as ações dos personagens, baseadas no capítulo 81 do mangá.
Pode parecer o fim da picada colocar legenda em fic, mas eu não gostaria de ver gente "boiando" na leitura.
E, antes que eu esqueça, Aiko-san, obrigada pela betagem, te amoooo!!!!!!!! *surta*
Boa leitura a todos!
A chuva caía do lado de fora, ensopando as ruas de Tóquio. Nobu continuava a seu lado, dedilhando suavemente a guitarra.
A guitarra. A água. Tudo lembrava. Tudo fazia doer.
Especialmente a água.
"- Ai, ai... O que você fez? As rosas pareciam tão caras? – perguntou Ren, já dentro da banheira, enquanto a abraçava.
- Não seja pão-duro. Você é o guitarrista do Trapnest, não é? – respondeu ela, sorrindo, zombeteira – Flores têm vida curta. Então, estou fazendo bom uso delas enquanto têm algum valor.
- Que metáfora triste... – ele disse, segurando uma pétala.
Os olhos cerrados dela se abriram, assustados.
- Você não terá vida curta, Ren."
Será que ele não tinha entendido que isso era uma ordem? Que ele estava proibido de morrer?
O barulho da chuva aumentava cada vez mais, abafando o som da guitarra, e doía em seus ouvidos.
- Faz muito barulho – murmurou Nana, deitada.
Nobu olhou para ela, e parou de dedilhar a guitarra.
- Desculpa.
- A CHUVA FAZ TANTO BARULHO!!
Ela não tinha pedido para voltar? Há menos de um ano, naquela banheira?
"Ren – começou, enquanto ele ensaboava suas costas – É verdade o que disse há pouco?
- O quê?
- Sabe... Agora, por causa do meu orgulho... Eu não poderia viver com você como antes. Mas se pudesse gostaria de... Te encontrar assim, de vez em quando... Pra gente se abraçar, conversar... E então, quando eu for mais velha... E estiver cansada de cantar...
As lágrimas escorriam pela face de Nana quando ela concluiu.
-... Eu também posso voltar para aquele cantinho?
Ele apenas a abraçou."
E ele não tinha aceitado? O abraço que ele lhe deu não podia significar outra coisa!
Por que ele havia feito isso com ela? Por que ele fez Nana se apaixonar?
E por que ela não tinha se afogado naquela banheira? Se fosse assim que ia acabar morrendo? Sufocada, afogada, sem ele...
- Venha depressa! – suplicou Nobu a Hachi, pelo celular.
Ela estava a sete passos da porta, mas o tempo para alcançá-la, abri-la e chegar à sua amiga pareceu uma eternidade. Uma vez dentro do apartamento, eles lutaram para não deixar Nana ir embora.
Mas a vontade dela havia ido embora muito antes do corpo.
Para o fundo do mar, junto com as cinzas, e os acordes únicos de guitarra... E dele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado, deixem reviews, boa tarde, e tudo o mais (pro caso de eu não voltar depois).
Beijos e byebye!