Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 78
Samuel


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo... E eu aqui rindo feito boa e choramingando.Apeguei-me demais a eles ^^
Espero que gostem.
Boa leitura!



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–E então Ric? – Damon perguntou para Alaric enquanto segurava a minha mão. Forte. – Elena não pode sofrer grandes emoções então não enrola.

–Por acaso eu estou esmagando sua mão? – perguntei sorrindo e ele me olhou sem jeito enquanto afrouxava o aperto. – Anda Ric, ou seu amigo enfarta.

Alaric sorriu. Estávamos em seu consultório, e finalmente iríamos saber se toda a terapia tinha surtido o efeito esperado. Se Damon estava curado da Leucemia.

–Bem... - Alaric falou num tom meio sombrio enquanto olhava pros papéis diante dele.

–Ric... – Damon repreendeu.

–Não detectamos mais nenhuma célula cancerígena Damon. – ele disse analisando tudo e meu coração se apertou, Damon paralisou ao meu lado. Alaric olha pra ele. – Você está bem. De verdade. Curado. – eu olhei pra Damon que ainda estava paralisado.

–Amor... – minha voz saiu num misto de choro e riso. Os olhos de Damon cravados no de Alaric, que sorria para o amigo.

–Já sabíamos disso, a única razão para a sessão de consolidação é garantir que elas não voltem. Você ainda terá que fazer exames mensalmente é claro, monitorar, mas depois de uns seis meses acho que você já pode se considerar livre de hospitais por um tempo. – Alaric explicou passando as pastas pra Damon que as recebeu e começou a olhar todas elas, parecia que era disso que ele precisava para acordar ou acreditar no que o amigo disse, pois depois de olhar tudo ele pode finalmente me olhar. E aquele olhar. Foi o mais libertador em meses.

–Eu nem acredito. – disse me olhando e se permitindo respirar.

–E porque não? – Alaric perguntou. – Você desobedeceu bastante no início, mas parece que aprendeu e bem, agora está colhendo os frutos de um tratamento eficiente e bem complicado, mas compensador.

Damon me olhou e eu já chorava emocionada. Poderia receber notícia mais perfeita? Damon finalmente curado.

–Ouviu isso campeão? – ele falou afagando minha barriga enquanto eu acariciava seu braço, ele olhou pra mim e então me beijou. – Inteiro pra você Elena, finalmente.

–Você sempre esteve amor. – disse chorando-sorrindo.

–Uau Ric. – ele pulou da cadeira e foi na direção do amigo que o recebeu com um abraço forte, eu fiquei sentada enxugando minhas lágrimas e sorrindo, ele estava radiante. – Tenho que ligar pro Stefan e meu pai e ... Seus pais. Uau. – ele falava sem controle nos fazendo rir. Neste momento Andie entra na sala esbaforida.

–E então? – ela pergunta atordoada me olhando e eu só posso lhe dirigir um sorriso de extrema alegria. Damon avança para ela e a abraça e ela parece finalmente entender.

–Meu Deus! – ela suspira recebendo o abraço sorridente.

–Graças a meus amigos queridos, profissionais e extremamente pacientes. – disse Damon e Andie deixava lágrimas escaparem de seus olhos.

–Eu nunca iria deixar meu colega de faculdade favorito numa pior. – ela disse o soltando.

–E nem eu meu estagiário mais aplicado. – disse Ric. – Bem, vocês tem que dar a notícia, certo?

–Uau. Isso! – disse Damon vindo pra cima de mim e me ajudando a ficar de pé. – Vamos amor, vamos pra casa. Vou ligar pra todo mundo. Vamos almoçar todos juntos. Tenho certeza que Caroline vai adorar a ideia de uma reunião de última hora. – eu estava de pé e juntos nos fomos do consultório. Durante todo o caminho de volta Damon, falava com o irmão. Enquanto eu ligava pra minha mãe. Chegamos finalmente em casa e ele correu logo para abrir a porta pra mim. – Tenho um plano maldoso. – ele disse.

–Que plano? – perguntei confusa e sorrindo a cara dele estava ótima.

–Susto na Carol. – disse ele.

–Não Damon. – eu bufei entendendo tudo o que ele queria fazer.

–Ah vamos lá. É uma brincadeira. – pediu manhoso.

–Sabe que você vai levar uma surra, certo? – eu disse sorrindo e ele assentiu.

–Eu aguento. – disse piscando, eu dei de ombros.

–Vamos então.

Ele me ajudou a descer e entramos. Mal pisamos na sala Caroline voou da direção da cozinha.

–Ouvi o carro. Como foi lá? – eu olhei a cara do Damon e, meu Deus! Ele merecia um Oscar. Pura cara de desolação. Caroline logo notou a cara dele e me olhou alarmada. – Len? – me perguntou engolindo em seco e Damon se aproximou dela, suspirando, segurou seu ombro e ela me olhou com uma olhar que dizia: ‘ por favor, diga que não é o que estou pensando...’ Damon encarou Carol e eu segurava o riso, ele era terrível.

–Carol, eu sinto ter que te dizer... – os olhos dela pularam ainda mais. Tadinha! – Mas você vai ter que me aturar muito tempo ainda. – e ela estava confusa me olhando. – Ainda não foi dessa vez Caroline. – Damon disse sorrindo – E eu vou estar por aí por muito tempo. – piscou e ela arregalou os olhos e entendendo pulou no pescoço de Damon o abraçando e sorrindo eufórica.

–Oh meu Deus! Você está bem. Está bem. – ela gritava e abraçava Damon, eu sentei no sofá e fiquei o olhando a cena e rindo. – Meu Deus você está... Você é... – e então ela mudou parecendo se dar conta de algo mais – Você... – ela franziu o cenho. – Ora seu idiota! – ela grunhiu e Damon me olhou confuso, logo o abraço virou sequencia de tapas em Damon. Ombro, peito. Por todos os lados.

–Hey! – Damon meio que gritou se defendendo do ataque me olhou por baixo e eu soltei um ‘eu te avisei’ surdo pra ele que ria de minha amiga.

–O seu marido... É a criatura mais... Idiota que existe... Infantil... E... E... Ah!

Damon e eu sorríamos e logo depois Carol nos acompanhou e estávamos os três rindo feito bobos e sentados no sofá.

–Chamei todos para um almoço aqui. – disse Damon.

–Ótimo! – disse Caroline

Ficamos na sala juntos e depois Damon foi para o escritório, tinha muito o que fazer. Subi com Caroline, pra tomar um banho e tentar relaxar. Eu fiz questão de ir com Damon no hospital hoje cedo, mas isso me custou um pouco, estava me sentindo muito cansada e vez ou outra sentia uma pressão em meu ventre e costas. Eu precisava de um banho.

Damon subiu quando eu estava me vestindo, bem devagar. Parecia que eu estava prestes a explodir de dentro pra fora.

–Caroline está bem eufórica. – ele disse chegando perto de mim.

–Deve estar. – falei e foi mais um gemido.

–Está cansada? – assenti. Ele veio pra perto de mim e me beijou suavemente. – Você me aparece que vai explodir a qualquer hora. – falou divertido me olhando com doçura.

–Estava pensando sobre isso. – eu disse rindo também.

–Vou tomar um banho. – disse e me deu um breve beijo antes de ir até o banheiro.

Terminei de me vestir, logo depois fiquei esperando Damon e logo descemos juntos. Nossos convidados estavam chegando. Primeiro veio Stefan e o pai e foi uma verdadeira farra Salvatore, Maria veio em seguida e trouxe mais drama com ela e por fim meus pais. Logo estávamos todos diante da mesa.

Depois do almoço estávamos na sala desfrutando de uma conversa bem amigável.

–E o casamento Stefan? – perguntou Damon fazendo Caroline corar.

–Estou esperando a decisão de minha noiva. – respondeu Stefan afagando o ombro de Caroline e o olhou ainda mais vermelha.

–Vocês têm que esperar Samuel nascer. Não acho que vão querer a madrinha dando a luz no pé do altar certo? – eu disse divertida.

–Ah! Com certeza não. – Damon falou fazendo falsa expressão de pânico e todos sorriram.

–Não tem uma data ainda querida? – perguntou minha mãe a Carol.

–Como Elena disse, depois do nascimento de Samuel pensaremos nisso. – falou séria.

–Bem sobrinho, não demore a nascer. – Joseph, Damon e Stefan gargalharam e nós reviramos os olhos, todas as mulheres. Homens!

Logo Stefan e o pai tiveram que voltar pra empresa, não antes de Stefan chamar Caroline para jantar, ela ficou bem satisfeita. Eles tinham mais é que curtir esta fase mesmo. Meus pais também se foram logo e Maria foi com eles. Eu fui dormir um pouco, enquanto Damon ficou no escritório. Adoraria saber o que ele tanto resolvia por lá.

Acordei com Caroline me chamando pra avisar que já estava de saída, o que me assustou. Eu dormi tanto assim?

–Onde está Damon?

–Ainda trancado no escritório. Você tem que descer e jantar. Pedi pra Vilma fazer coisas deliciosas pra vocês.

–Obrigada Carol.

Movi-me com certa dificuldade e senti uma pontada forte no meu baixo ventre.

–Uow! – exclamei arregalando os olhos. Caroline me olhou alarmada.

–Elena... – sua voz era uma súplica. Ela estava paralisada me olhando.

–Foi uma pontada apenas. – falei me endireitando e ficando de pé. – Jenna disse que é bem comum agora, está mais perto. – expliquei.

–Tenho a impressão de que mais do que julgamos.

–Não começa e vamos descer porque estou com fome. Estamos. – disse sorrindo e a senti relaxar. Eu sabia que o próximo passo de Caroline após ver o que viu seria propor não sair com Stefan e ficar comigo, mas eu não queria estragar a noite então menti, pois o incômodo e as dores ainda estavam lá.

–Bem, eu tenho que ir, mas chamei o Damon então, você já pode pedir pra servirem o jantar. Vai se cuidar? – me olhou com cautela.

–Claro. E estou certa que Damon também cuidará. – ela revirou os olhos – Vai tranquila, estou bem.

–Vai me ligar certo? Se ...

–Carol estou com oito meses, não vai acontecer. Vai tranquila.

–É cunhada, eu cuido desses dois aqui. – disse Damon surgindo do escritório e me abraçando por trás.

–Viu. – disse convencida.

–Ok. Se cuidem. – disse ela saindo.

–Porque ela estava tão preocupada? – a voz especuladora de Damon me fez tremer.

–Eu senti uma pontada um tanto... – hesite - desconfortável e ela pirou. – ele me olhou estreitando a vista.

–E você está mesmo bem, ou só disse isso pra ela não desistir do jantar? – Damon e sua assombrosa habilidade de me conhecer mais que tudo.

–Estou bem. Foi apenas inesperado. – ele me olhou mais um pouco e relaxou.

–Vamos jantar? – falou oferecendo o braço pra mim.

Durante o jantar Damon tagarelava sobre as coisas no hospital e o fato dele estar mais que empolgado com tudo, as coisas indo bem com os negócios com Stefan e a sua cura tão maravilhosa. Eu estava ouvindo tudo e sorrindo, mas só queria mesmo terminar e ir me deitar. Eu não estava aguentando mais, as pequenas e doloridas dores que eu sentia, pareciam cólicas infernais e me tiravam do eixo, eu fazia as minhas melhores caras pra que Damon não percebesse nada, ele perderia seu humor. E eu estava apenas cansada.

Terminamos o jantar. Damon foi pra sala e ficou no notebook, eu tentai ficar um pouco com ele, mas já não aguentava mais minhas costas.

–Amor, eu vou subir. Estou cansada. – ele me olhou distraidamente.

–Eu não vou demorar. Suba mesmo, eu vou ficar aqui por mais uns minutos apenas, é importante. – ele falou e se inclinou pra me beijar na testa.

–Boa noite então.

–Boa noite querida. – falou sorrindo e ficou me olhando até eu sumir de suas vistas, assim como eu.

Cheguei ao quarto e fui trocar de roupa, vesti minha camisola e me envolvi com um roupão, a noite estava fria, cheguei na cama e larguei o roupão na base dela e me inclinei para puxar os lençois.

–Au! – ok, outra pontada, mas desta vez não ficou só nisso, senti toda a minha barriga rígida e a dor estava verdadeiramente horrenda. Inclinei-me pra frente e minha respiração falhou. Certo, Damon e Jenna me falaram sobre isso e também o pessoal do grupo sobre a respiração que Jenna me recomendou e que eu fui umas duas ou três vezes. Isso definitivamente era uma contração. – Hummm – eu gemia, me apoiei devagar na cama e não tinha trégua, quando sentei e me joguei nas almofadas só piorou tudo. – Meu filho, calma. Você ainda não está pronto... Calma. – eu pedia a Samuel, afinal estava com oito meses e não queria ele nascendo antes da hora.

A dor foi suavizando, ela era demorada, meu corpo tremia com toda pressão que era feita pra baixo. Minha respiração se normalizou e eu esbocei um sorriso.

–Isso bebê, ainda não está na hora.

Fiquei ali acariciando minha barriga e respirando devagar, quando fui me mover outra vez, em o quê? Dez minutos depois? Já foi devido a uma nova dor que me inquietou, tão forte contra a outra.

–Ai! – eu gemi. Estava de verdade muito forte e eu tive que chamar por Damon, eu estava assustada. – Ai, Damon! – gritei – Damon!

...

Estava compenetrado no meu trabalho e foi aí que eu ouvi um grito. Elena! Subi as escadas feito um maluco e fui direto pro nosso quarto, Elena estava toda desajeitada, jogada nas almofadas, ofegante e gemendo.

–O que houve? – perguntei chegando perto dela, toquei imediatamente seu pulso, bastante rápido por sinal. Segurei sua mão e ela me olhava totalmente agoniada.

–É uma... Contração. – falou com dificuldade.

–Uma... Uma o que? – eu acho que gaguejei.

–Damon, ai! – ela gemia e revirava os olhos.

–Ah certo, contração. Eu... o que eu...? – foca Damon. – Vou ligar pra Jenna.

–Amor... Não está na hora. – sua voz era um choro. Segurei sua mão firme e beijei sua testa suada.

–Calma, ele só é... apressado. Acontece, você vai ficar bem, estou com você, vai dar tudo certo. – ela revirava os olhos e fazia uma negativa com a cabeça. – Escuta amor... – segurei seu rosto em minhas mãos. - Tem que ser forte, só depende de você. Não se altere, ficará tudo bem.

–Dói muito. – falou quase sem ar.

–Eu sei. Todas dizem a mesma coisa, mas você tem que ser forte. – olhei nos seus olhos, ela gemeu e assentiu. – Ótimo, vou ligar pra Jenna.

Peguei o celular em meu bolso e digitei o número que tinha em memória.

–Jenna?! Ah! É Damon Salvatore, estou indo aí com Elena.

Elena? O que houve?

–Acho que o garotão aqui se adiantou, - Elena apertou minha mão e gemeu meu nome. – ela está com contrações.

Sabe o tempo dentre elas?

–Amor, - chamei Elena, eu não sabia – pode me dizer de quanto tempo estão vindo? – ela fez careta, mas respondeu.

–Talvez dez minutos. Damon são fortes. – gemeu – Demoram.

–Fique calma. – pedi, ela estrangulava minha mão – Jenna!

–Eu ouvi. Traga ela pra cá. Estou esperando.

–Tudo bem. – desliguei e me voltei pra Elena. – Vou te levar ok? – ela assentiu.

–Precisamos ligar pra Caroline, meus pais, os seus. – disse chorosa, gemendo.

–Eu sei. Vilma fará isso. Agora vou te levar. – ela assentiu. – Vem, vamos trocar de roupa.

Peguei Elena no colo, a tirando da cama. Coloquei-a de pé no closet, ela se inclinou nas gavetas.

–Vem aqui. – puxei sua camisola e peguei o primeiro vestido que vi, passando ele por cima de seu ombro. Ela segurou meu braço com força quando sentiu outra contração.

–Ai, amor... – ela gemeu de verdade, nessa hora eu agradecia ter controle, mas devo reconhecer que ele estava por um fio.

–Calma amor, já vamos. – pus ela em meu colo outra vez, e sai do quarto. – Vilma! – gritei enquanto desci as escadas, Elena agarrada em mim. – Vilma!

–Chamou Senhor. – ela aparece.

–Sim. Ligue pros meus pais e então pros de Elena, avise a eles que estou saindo com ela pro hospital.

–Meu Deus! – ela ofega.

–Escute Vilma. Ligue para Caroline primeiro, a faça vir aqui e pegar as coisas do bebê e de Elena, ela é boa com isso. Depois faça o que eu disse. Entendeu? – eu já estava indo pra porta.

–Sim, senhor!

–Ótimo! – disse e saí. Fui direto pro meu carro, mas espera. - Droga!

–Que foi? – Elena me pergunta.

–As chaves, eu vou voltar e pegar, pode ficar aqui? – ela responde positivamente e devagar a coloco no chão e voo de volta pra casa, voltando como um jato. – Estou aqui. – Elena estava inclinada no capô. – Estou aqui, vamos. – destravei o carro e coloquei Elena no banco do carona, dei a volta e voei pra dentro do veículo. – Vai dar tudo certo amor, não se preocupe, eu estou aqui. – falei segurando sua mão e comecei a dirigir.

Elena se movia e ora gemia, ora respirava pesadamente, tudo isso enquanto apertava minha mão, já quase dormente. Eu tentava prestar atenção na estrada e nela, enquanto dirigia não tão devagar.

–Damon... – a voz dela estava apavorada e eu a olhei.

–O que? – ela mexia no vestido e ... Oh droga!

–Minha bolsa. – ela ofegou. – Amor vai depressa. – ela nem precisou pedir uma segunda vez, afundei o pé no acelerador.

...

Damon acelerou ainda mais o carro, Elena arrastava a respiração. Mais alguns minutos e eles chegaram ao hospital.

–Ok amor escute... Eu vou entrar e volto pra te pegar, vamos direto ver a Jenna ok? – ela assentiu sem nada dizer.

Damon entra no hospital e segundos depois volta com uma cadeira de rodas.

–Ok, vamos lá querida, estou com você. – Elena se agarrou a nuca do marido e ele a pôs na cadeira, Damon guiou Elena pelos corredores até o elevador e depois a maternidade do hospital, era bom saber exatamente pra onde ia e o que fazer, poupava tempo.

Chegaram à área da maternidade e Jenna os esperava na recepção.

–Que surpresa hein mamãe? – ela falou pra Elena sorrindo, que até tentou responder o gracejo a altura, mas não pode, com outra contração.

–Melhor a gente correr Jenna. – disse Damon já nervoso.

–Vamos levar ela pra sala e ver como está tudo. – Jenna disse.

Logo a equipe de Jenna vestiu e acomodou Elena no quarto. Damon entrou logo em seguida, acompanhado pela médica.

–Como estamos Elena? – perguntou Jenna se aproximando enquanto Damon se colocava ao lado dela segurando sua mão.

–Dolorida demais. – ela meio riu.

–Bem, vamos ver... Estão em grandes ou pequenos intervalos?

–Estão em pequenos.

–Fortes?

–Cada vez mais.

–Ótimo. Vamos ver. - Jenna examinou Elena, a tocou, isso fez ela soltar pequenos gemidos, mas nada tão exasperante quanto os demais. – Você está com pouca dilatação. Teremos que esperar até que você esteja com uns 10 cm. Damon conhece bem o processo e vai te ajudar. – falou olhando pra Damon que assentiu. – Quando a hora chegar eu vou querer que se esforce bastante, mas agora temos que esperar. – Elena entendia tudo. Damon já havia conversado com ela, a própria Jenna.

–Estarei aqui o tempo todo pra você. – disse Damon a olhando. – Quando sentir a contração tudo o que tem que fazer é respirar. Não se desespere ou grite, só vai piorar. Respire. – ele dizia.

–Exato. – disse a medica. –Não sei pra que vocês me querem aqui. Elena Damon poderia fazer ele mesmo o parto. – disse Jenna brincando e Elena sorriu.

–Nem pensar. É seu trabalho, mas significa que eu não possa ajudar.

–Perfeito então, você será meu assistente o que me diz?

Elena olhou Damon com cara de pidona, ninguém melhor do que ele.

–Precisamos de você. – ela disse e Damon sorriu.

–Tudo bem. – ele disse.

–Maravilha. Eu volto logo. – Jenna falou saindo.

Damon se inclinou pra olhar Elena de frente enquanto compulsivamente beijava a sua mão.

–Ficarei mais tranquila com você por perto.

–Eu também. – disse sorrindo e depositou um beijo singelo nos lábios da esposa.

Os minutos estavam passando e as contrações cada vez mais fortes. Elena estava no seu limite.

–Jenna pelo amor de Deus. Eu não aguento mais. – ele se queixou. Damon ao seu lado.

–Fique calma respire. – ele pediu. – Jenna. – olhou a médica com súplica.

–Só mais um pouco Elena.

–Você disse isso a mais de meia hora Jenna, não dá mais.

–Só mais dois centímetros, você está indo bem. Continue respirando. – ela pediu.

Outra contração... Outra...

–Amor, não dá... – Elena chorava olhando pra Damon.

–Claro que dá. Você é forte, apenas respire. Vamos amor assim... – ele fez a respiração segurando sua mão firme, Elena tentava seguir, mas estava ficando muito fraca.

–Não consigo... não aguento... eu... – e então Elena estava desmaiada.

–Amor?! – Damon chamou acariciando a testa dela – Elena! – nada – Jenna, pelo amor de Deus.

–Calma Damon, vou acordá-la. – e logo um enfermeiro foi pra cima de Elena.

–Isso é um péssimo sinal. – disse Damon acariciando a mão e testa da esposa, enquanto o enfermeiro tentava despertá-la. – Vamos amor, abra os olhos.

Logo Elena estava acordada e mal o fez já se queixou por uma nova contração.

–Amor, você só tem que respirar. Eu estou aqui. Já passamos por tanta coisa. Não conheço ninguém tão forte como você. Estamos juntos. Nosso filho quer nascer amor, você tem que deixar. Vai ver ele em breve então fique acordada. Já vai acabar.

Elena respirava e mais uma contração, outra... Alguns minutos mais e Jenna se pronunciou.

–Ok Elena, você está pronta. Quero que preste atenção agora. Quando você sentir uma muito forte, quero que faça força pra baixo e não pare até que eu diga que sim. Nem faça força antes que eu diga. Você entende? – Elena apenas assentiu e olhou pra Damon, que lhe deu um sorriso maravilhoso em troca. - Mantenha a respiração, ela irá te ajudar.

Mais uns segundos e lá estava. Elena arfou.

–Agora? – Damon perguntou pra esposa que apenas acenou com a cabeça. – Ok, estou aqui amor.

–Vamos lá Elena, no três quero que empurre, vou contar dez. – Jenna disse tomando sua posição.

–É muito forte. – Elena arfou.

–Então vamos lá. – disse Jenna. – Um, dois, três... – E Elena fez força.

–Vamos lá amor... – Damon segurava sua mão a também beijava.

–Cinco, seis, sete... – e ela parou. – Bom Elena, foi muito bom, mas vamos tentar fazer mais força. Quando sentir, depois do meu três tente dez segundos, se conseguir mais, melhor.

–Dói muito Damon... – ela gemeu. – Não consigo.

–Claro que consegue. Falta pouco, estou aqui. Eu te amo. – disse a beijou a testa dela.

E outra... Mais uma...

–Elena, vamos lá eu já estou vendo a cabeça, mais um pouco. – E Elena fez. – Estou com a cabeça Elena.

–Ouviu. Minha linda você está quase lá é tão forte. – Damon falava emocionado. – Só uma última amor.

–Sim Elena será a última. Vamos lá. – disse Jenna.

E então veio... E logo um choro agudo cortou a sala.

–Oh meu Deus! – Elena respirou enquanto Damon olhava na direção de Jenna.

–Que belo rapaz forte este de vocês. – a médica disse e Elena respirou enfim, com lágrimas e um riso contagiante. Damon estava do mesmo jeito, não chorava, mas estava muito eufórico.

–Conseguiu meu amor. Ele está aqui. -ele disse e então a beijou repetidamente na boca, selinhos em sequencia. Elena estava afogada em lágrimas e o choro estava por toda parte.

–Venha aqui pai e corte o cordão. – Jenna disse e Damon olhou Elena que o disse com o olhar que tudo bem, agora ele podia soltar sua mão. Damon deu um último beijo e então se afastou e chegou perto de Jenna.

–Ele é tão pequeno. – exclamou e então pegou a tesou e cortou o cordão, Jenna se moveu para fazer o necessário e logo trouxe Samuel de volta pros pais envolto numa manta azul. Fez menção de entregá-lo a Damon que estava perto dela,mas ele retrucou, pedindo que ela entregasse primeiro a Elena. Assim ela o fez. E Elena agora tinha o filho nos braços e o olhava com doçura, comovida.

–Quanto cabelo. – ela falou sorrindo. - São negros como o seu amor. Ele é tão lindo, tão branquinho. – E ao olhar pra Damon Elena viu, ele estava entregue as lágrimas agora, pois a cena era linda demais.

–Ele é tão pequeno. O mais pequeno que já vi. E frágil.

–Não Damon. – retrucou Jenna. – Na verdade ele é bem grande, mesmo prematuro. Mas eu perdoo você, afinal não é sua área e bem... É só você sendo um coruja protetor. É um belo rapaz e bem forte. – Elena sorriu.

–É pequeno pra mim. – Damon sussurrou perto do ouvido de Elena, carrancudo.

–Seu pai é tão teimoso meu filho. Quer te tornar um anão a força. – Damon sorriu.

Tudo estava maravilhoso.

–Ele é perfeito. – Elena disse e sua respiração se tornou suspiros, ficou arrastada, Damon notou algo errado e Elena gemeu.

–Jenna. – Damon chamou, Elena estava revirando os olhos. Damon tirou Samuel de seus braços e passou pra enfermeira, os aparelhos dispararam. – Amor... Oh meu Deus!

–Hemorragia. – falou Jenna.

–O que? – Damon falou-respirou.

–Bem se concentre, você é meu assistente esqueceu? Sabíamos que poderia acontecer.

Um enfermeiro se aproximou de Elena e colocou uma máscara de oxigênio nela.

–Faça ela ficar acordada Damon.

–O que você vai fazer?

–Meu trabalho. – Damon assentiu.

–Amor. Ei... – ele chamou – Olha pra mim, respira. – Elena estava com o olhar perdido, pálpebras pesadas. – Escute minha voz amor, foque nela, não pode dormir. Não é hora pra isso. Você queria ver ele certo? Viu tão pouco e já quer dormir? – Elena fecha os olhos totalmente e uma lágrima cai deles. – Elena... para com isso! Olha pra mim, para de me assustar assim. – nada – Elena! Meu deus! – Damon começa a se desesperar, olha ao redor e todos se movem, seu filho ainda está na sala, Jenna focada e de repende tudo fica em câmera lenta, ele volta o seu olhar pra Elena, imagens dela vem em sua mente, dos dois, de tudo. – Não! - ele exclama. – Elena, por favor. Não faz isso comigo, não faz isso comigo.

–Estamos estancando Damon. Tente acordar ela.

–Amor... – Damon sacudiu um pouco a mulher. – Elena! – e devagar ela abriu os olhos. – Ei! Ai meu Deus! Só me olhe. – ele pediu em lágrimas. – Fique olhando pra mim.

–Damon... – ela gemeu.

–Shh! Só fique acordada.

–Sam... Samuel. – ela suspirou.

–Ele está bem, está bem aqui do lado aquecido, querendo te ver outra vez. Fique acordada.

Os parelhos pararam de apitar.

– A pressão arterial está normalizando, o fluxo do sangue diminuiu. Conseguimos. – respirou Jenna e Damon com ela.

–Minha nossa. Nunca mais faça isso. – ele pediu e se inclinou para beijá-la. – Não sei viver sem você.

–Eu te amo. – ela disse olhando nos olhos dele, testa com testa.

–Eu te amo.

–Vamos ver o garotão. Vou pesar, fazer todos os testes. Ele vai ficar na incubadora um tempo, mas só por precaução. Ele é prematuro apesar de tudo.

–Apesar de tudo? – perguntou Damon confuso.

–Ele é grande Damon, de verdade e forte. Mesmo assim deve ficar em observação. Assim como a Elena, vocês vão ter que descansar. Foi um baita susto. – disse Jenna. – tem que sair agora Damon. Logo Elena vai pro quarto e poderá vê-la. Depois eu levarei Samuel para ela amamentar.

Damon assentiu, saindo da sala. Ele se livrou das vestimentas que usou para assistir o parto e se encaminhou até a sala de espera, se deparando com uma multidão. Stefan e Caroline, seus pais, os de Elena, e até Alaric e Andie.

–Como está minha filha? – pediu Miranda.

–Meu neto. – disse Joseph.

–Damon... – era Caroline.

Damon levantou as mãos em defesa pedindo que o ouvissem.

–Os dois estão bem. Elena perdeu um pouco de sangue, mas está bem agora. Jenna me garantiu que mesmo sendo prematuro Samuel é forte e bem grande. Ele é muito bonito. – disse sorrindo.

Maria voou no pescoço do filho.

–Um neto. Que maravilhoso. – disse chorando, enquanto Miranda estava abraçada com o marido. Caroline com Stefan. Logo Joseph também deu um abraço no filho.

–Você pai e eu avô. Damon que felicidade. – ele disse.

–Você disse que ela perdeu sangue? – falou Grayson e Damon se virou pra ele largando o pai.

–A pressão dela subiu e o fluxo de sangue sofreu um aumento, daí a hemorragia, mas Jenna é verdadeiramente boa no que faz e ela está bem. Só precisará ficar um tempo sendo observada, assim como Samuel.

–Que bom que deu tudo certo. – disse Alaric e puxou o amigo pra um abraço.

Damon estava radiante, não conseguia para de sorrir, Logo Stefan o abraçou e os dois ficaram feito bobos, fazendo piadas. Andie e Caroline foram as próximas a festejar com Damon. Logo depois Alaric e Andie tiveram que voltar para o trabalho. Estava só a família.

–Jenna vai avisar quando ela estiver pronta para receber visitas e vocês poderão ver o Samuel no berçário também. – ele explicou.

–Eu estava pressentindo isso. – bufou Caroline. – Elena não tem jeito, ficou me escondendo o mal estar, mas eu sentia.

–Pois é, ela foi uma danadinha teimosa. – disse Maria e Miranda e Grayson sorriram, pois conheciam bem a filha.

Jenna aparece na sala de espera.

–Damon. – ela fala fazendo todos olharem pra ela.

–E então? Posso ver ela agora?

–Ela está sedada, estava bem agitada. Acho que é bom a deixar dormir um pouco. Você pode ver ela agora se quiser, mas só você. Ela chamou. Os demais podem vê-la depois que ela acordar. Mas podem ir ver o Samuel. Ele já está no berçário.

Todos assentiram. Estavam afobados por notícias. Damon foi à direção do quarto onde Elena estava e os demais foram guiados por Jenna até os berçários.

...

Eu só queria ver Damon agora. Saber do nosso filho, segurá-lo outra vez. Eu estava exausta, mas entorpecida, meu corpo totalmente relaxado, nem parecia que poucos mais de alguns minutos atrás ele parecia que iria se arrebentar de dentro pra fora. Damon entrou porta a dentro. Vindo direto pra mim com seu sorriso único.

–Ei!... – ele exclamou segurando minha mão para depositar mais um beijo e depois acariciou meus cabelos e beijou minha testa.

–Oi! – eu sussurrei.

–Você me assustou lá dentro. – ele disse me olhando – Demais mesmo.

–Desculpe. – sorri sem jeito. – Onde ele está?

–Fique calma. Ele está bem. Está recebendo a visita de nossos pais e dos padrinhos.

–Já pensou nos padrinhos? – perguntei incrédula.

–E você não? – sorrimos.

–Stefan e Caroline. – dissemos juntos.

–Isso. – ele sorriu. – Você precisa dormir.

–Como se eu pudesse evitar. – bufei – Jenna me dopou. – ele sorri.

–Não reclama.

–Não estou, só estava me segurando pra não apagar sem antes te ver. – ele sorriu sem jeito. Céus! Como ele consegue isso? Ele sempre será perfeito? – Ele é tão lindo quanto o pai.

–Descordo. Ele é lindo como a mãe. – bufei. – Vamos lá, descanse. Eu não sairei daqui. Estarei ao seu lado. – falou acariciando minha cabeça e mão.

–Eu te amo Damon. – ele se inclina e me beija.

–Eu também te amo. Você está me fazendo o homem mais feliz de toda terra. Sempre será assim com você. – sua voz é grave e familiar, e aos poucos eu estou afundando sem medo num sono reconfortante.

Acordei e estava um pouco desnorteada, olhei em volta e vi uma cena perfeita. Damon estava com nosso filho nos braços o ninando, sentado no sofá do quarto e onde eu estava, fiquei admirando em silêncio. Não demorou muito pra ele me notar.

–Ei mamãe. Você dormiu tanto. Estávamos esperando você acordar. Estou com fome. – falou divertido vindo pra cima de mim com nosso filho no colo. Ajeitei-me na cama, sentando pra receber meu filho pela segunda vez. – Jenna acabou de deixar ele comigo. Acho que vocês estão conectados, pois ele estava começando a se inquietar. – disse sem jeito.

–Você tem mais jeito com ele que eu. – falei meio emburrada.

–Natural Elena. Mas você aprende. Instinto maternal. – falou risonho. – Quer ajuda para... – fez um gesto engraçado com as mãos.

–Não se preocupe. Jenna me ensinou o necessário, assim como o pessoal dos grupos de apoio e minha mãe é claro. – Damon riu sem jeito. E eu me apoiei um pouco mais na cama com a ajuda dele, olhei meu filho antes de colocá-lo para mamar. Ele era tão pequeno e perfeito. Quando alcançou meus seios foi uma sensação bem estranha e dolorida. – Au! – me queixei. -Com calma Samuel. – Damon bufou.

–Típico. Eu sei filho, são irresistíveis. – eu o olhei incrédula, ele estava quase gargalhando.

–Damon. Não seja pervertido. - Ele sentou ao meu lado na cama, e eu estava apoiada em seu peito agora.

–Sabe, este é um momento de ligação muito intenso. – ele começou – Algo muito especial. Vocês estão lindos. – sua voz saiu um tanto vacilante e quando olhei para ele, lágrimas escapavam, e molhavam sua face.

Eu sorri comovida. Poderíamos estar mais felizes. Depois de tudo? Poderíamos nos permitir seguir em frente afinal? Sim! Podíamos. Iríamos.

–Tem uma multidão esperando pra te ver lá fora, mas só vão poder entrar quando você terminar com o Samuel, ou ele com você. Não sei ao certo. – eu gargalhei e foi doloroso.

–Pare de me fazer rir. – bufei. Ele beijou o topo de minha cabeça. Era isso. Minha família. Damon e meu filho ali, comigo. Eu estava radiante.

Ficamos curtindo aquele momento, uma enfermeira entrou no quarto. Levou Samuel consigo logo depois dele terminar de “comer”. Como Damon advertiu eu recebi a visitas de meus pais, sogros, cunhado, Carol. Até Alaric e Andie. Estava bem cansada. Damon estava sempre por perto. Eu teria que ficar uns dias no hospital. Jenna e Damon me explicaram tudo. Agora eu apenas queria ficar bem e ir pra casa com minha família.

Os dias estavam passando e faria quase uma semana do nascimento de Samuel. Damon estava trabalhando no hospital, mas constantemente vinha me ver, entre seus plantões e cirurgias. Numa manhã em especial eu recebi uma visita. Jeremy. Ele era realmente um amigo querido demais. Estávamos conversando e eu havia colocado Samuel em seu colo. Eu tinha acabado de amamentar. Foi então que Damon entrou na sala. Geralmente Caroline ficava comigo e minha mãe, Maria também, mas hoje estava Carol e ela saiu pra um lanche assim que Jer chegou. Eu vi no rosto de Damon o olhar coruja pro filho nos braços do Jer e segurei o riso.

–Fell?! – ele falou vindo em minha direção e me dando um beijo que foi um tanto exagerado demais.

–Damon. – Jeremy disse logo depois que Damon voltou a encará-lo. – Meus parabéns, é um garotão de fato. – eu sorri, pois ele falou olhando pra mim.

–Sim. Ele é. – a voz de Damon era mais que seca, era quase um ‘se toca e vaza’. Muito engraçado.

–Está na minha hora eu acho. – Jeremy disse se inclinando sem jeito pra me passar Samuel, que estava dormindo tranquilo.

–Tão cedo Jer? – Damon me olha incrédulo.

–Tenho um compromisso. – ele falou.

–Então não vai querer atrasar. – falou Damon num sorriso sarcástico e Jeremy prendeu o riso.

–É não vou não. – se virou pra mim – Você está linda. – eu nem quis olhar Damon agora. – Ele é tão lindo quanto você. – beijou minha testa e Damon pigarreou. – Bem Damon. – Jer começou. – Até breve. – estendeu a mão e Damon hesitou, mas depois de um tempo apertou.

–Até. – foi só o que disse.

–Obrigada pela visita Jer, as flores e o presente. Eu adorei. – Damon bufou e Jeremy se foi. Mal bateu a porta e Damon se volta pra me encarar. – Por que você é sempre tão estúpido com o Jer? – meu tom não era de desaprovação, eu estava até me divertindo com tudo.

–Tão cedo Jer? – ele estava irônico. Eu o olhei exigente. -Por que quando olho pra ele só consigo lembrar da boca dele na sua. – falou num tom severo olhando pra outra direção.

–Damon...

–Orquídeas. Uau! – falou apontando pras flores ao lado da cama. Em tom amargo.

–Para com isso Damon.

–Eu tenho que trabalhar, mas não antes da Caroline estar aqui. Onde ela foi? – perguntou numa carranca.

–Eu sugeri que ela fosse comer um pouco quando o Jeremy chegou. Ela anda correndo tanto com o casamento e tudo mais. Precisava comer.

–Você confia mesmo nele. Ficar sozinha com ele aqui no quarto e se bate uma loucura e ele te beija outra vez? Sei lá ele é tão... Impulsivo. Pergunto-me se você poderia reagir desta vez.

–Você está mesmo fazendo isso?

–O que Elena?

–Brigando por ciúmes do Jeremy.

–Tenho motivos. Ele te beijou e você continua recebendo ele a sós. Em nossa casa, aqui, com nosso filho. Eu não gosto dele. Não significa que eu não confie em você. Eu não o suporto. – ele bufava com as mãos na cabeça. Eu estava com Samuel nos braços.

–Vem aqui Damon.

–O que? – falou ranzinza.

–Vem aqui. Já disse. – ele bufou e veio. – Mais perto. – ele se inclinou e sentou ao meu lado. – Mais perto. – falei com um tom de malícia na voz, manhosa. Ele sorriu pra mim, relaxando. – Me dá um beijo agora. – ele revirou os olhos e me beijou. Soltei uma de minhas mãos de Samuel e o segurei naquele beijo, enterrando minha língua em sua boca, depois me afastei e ficamos com as testas coladas. – Melhor? – perguntei.

–Muito. – ele falou sorrindo e Caroline entrou no quarto.

–Oi! – disse meio vacilante. – Desculpa, não queria interromper.

–Que é isso. – disse Damon Saltando da cama. – Estava esperando você chegar, tenho que voltar ao trabalho.

Damon beijou a mim e Samuel e se foi.

–O que eu perdi? – perguntou Carol, sentando ao meu lado e eu lhe passei Samuel.

–Algo divertido.

Ficamos conversando sobre e trocando gargalhadas. A enfermeira veio recolher Samuel e ficamos vendo TV.

Finalmente chegou o dia de eu ir pra casa. Eu não via a hora, Jenna veio me dar alta e quando eu já estava pronta pra sair, Caroline veio com Samuel devidamente vestido e lindinho. Damon bem atrás dela com as bolsas.

–Pronta? – ele perguntou.

–A dias.

Fui com Damon na frente e Caroline com Samuel atrás.

Chegamos em casa e uma pequena reunião nos esperava, é claro. Não seria diferente. Passamos uma manhã ótima. Todos os perante se presentes e conversas e conselhos de mamães, troca de experiências. Amedrontamento da mais nova noiva do pedaço. Foi muito divertido.

Quando a noite chegou eu estava exausta. Caroline tinha ido passar a noite na casa de minha mãe. Na verdade eu pedi que esta fosse uma noite só para nós três na casa. Samuel já estava dormindo no quarto e Damon e eu estávamos deitados lodo a lado na nossa cama.

–Feliz? – ele me perguntou do nada enquanto acariciava meus cabelos, eu ouvia o som dos seus batimentos cardíacos.

–Demais. E você?

–Como não achei que merecesse. – falou e o sopro de seu riso passou por minha testa.

Não demorou muito pra adormecermos. Samuel consumia minhas energias e as de todos a sua volta.

Três meses depois...

Um choro agudo cortou minha mente. Céus! A babá eletrônica. Olho pro relógio, três da manhã. Samuel. Ele havia ido dormir depois de outra mamada não tinha nem uma hora. Gemi preguiçosa e ouvi a voz grave de Damon.

–Deixa amor. Eu vou. – ele falou e antes que eu pudesse protestar – o que eu não iria fazer – ele se foi.

Fiquei na cama mais ouvindo ele com Samuel pela babá eletrônica, incrível como Samuel atendia a voz de Damon, desde a barriga, era só ouvir ela que tudo parecia perder o sentido.

Ei rapaz. Qual o problema hum? Você não pode estar com fome. Cólica talvez?

Tudo ficou quieto e eu notei que Damon havia desligado a babá eletrônica. Talvez pra me deixar dormir, mas eu queria ouvir os dois. Fiquei uns minutos na cama esperando que ele voltasse, Samuel não chorava, mas já haviam se passado alguns minutos quando eu ouvi uma melodia crescendo cada vez mais em meus ouvidos, vindo do quarto. Curiosa, me levantei, me envolvi com o roupão e cheguei até a porta do quarto devagar, para que Damon não me notasse. Ele estava ninando Samuel, balançava nosso filho tranquilamente, o envolvendo com seus grandes e fortes braços protetores, Samuel estava deitado em seu peito. Acordado, porém tranquilo. Mais umas voltas ao redor de si e Damon me notou.

–Isso é Mozart? – perguntei risonha.

–Ele estava molhado e agitado. – ele disse em sussurro e eu assenti divertida. - Katherine dizia que esse tipo de música os deixa calmos. Acho que ele gosta.

–Claro que gosta. – falei entrando no quarto. – Você fica tão lindo de pai coruja. – ele sorriu e eu o abracei, deixando Samuel entre nós dois e ficamos os três ali, dançando de madrugada ao som de Mozart.

Não queria mais nada pra mim. Estava tudo tão no seu lugar agora. Quase que perfeito. Na verdade tenho medo de dizer isto, mas sim. Está tudo perfeito!



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Notas finais do capítulo

Só falta um *-*
... E quanto aquelas que falam sobre uma segunda temporada, bem... Nada é tão perfeito eternamente. Deixarei vocês entenderem como quiserem isto. MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Eu malvada!
Beijos!



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