Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 62
No seu devido lugar


Notas iniciais do capítulo

Capítulo de hoje. Tem um pouco de tudo. Espero que gostem...
Boa leitura!



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Os dias estavam passando rápido. A reforma da casa de Elena e Damon estava chegando ao fim, ela e Caroline estavam se empenhando ao máximo nos detalhes finais da decoração, inclusive no quarto de Samuel. Damon sugeriu os tons verde e branco, Caroline sugeriu safári para o tema, bem comum, mas Damon pareceu gostar bastante e assim ficou decidido.

As coisas estavam voltando aos eixos, Damon de volta aos plantões do hospital -embora Alaric protestasse, a verdade era que ele não estava mais reagindo tão bem aos medicamentos e estava trocando por cada vez mais fortes que lhe deixavam bastante debilitado com os efeitos colaterais – ele ajudava Stefan e o pai e ainda estava ajudando Elena e Caroline em algumas coisas do evento, mesmo com toda esta disposição ele se debilitava ainda mais. Rose ainda seguia de olho na saúde dele, porém Damon dava cada vez menos ouvidos a ela, que não entendia muito bem sua nova postura, afinal ela só falava para o bem dele. A verdade é que Damon, com sua culpa, estava tentando se afastar mais dela, ele se sentia cada vez mais desconfortável com tudo aquilo. Elena por outro lado estava radiante. Entrou no quinto mês com tamanha disposição, cada vez mais bela e sua alegria contagiava a todos na casa.

Stefan estava dividido entre o trabalho e suas viagens para resolver seus novos negócios com o irmão. Com o fim de seu namoro com Rebekah, não souberam muito sobre os Mikaelson. Klaus estava nos Estados Unidos e aparentemente Rebekah foi lhe fazer uma visita, o que Stefan agradeceu de verdade, ele podia respirar melhor assim, pois ela não aceitou bem o fim do namoro é claro, mesmo sendo um porre às vezes, era incontestável o quanto Rebekah gostava de Stefan. Caroline não tomava nenhum partido e a situação entre os dois esfriava cada vez mais. Outro fator que fazia com que Stefan procurasse cada vez mais desculpas para viajar, ele não suportava vê-la todos os dias, não sem estar mais próximo dela.

Quanto a Rose, finalmente ela havia finalizado o seu curso e estava resolvendo toda a papelada do diploma para voltar a Paris, isto com certeza influenciava ainda mais o humor de Elena, Damon não via a hora desse dia chegar, de certa forma ele respiraria melhor, mas havia algo mais complicado, ter que falar com Elena sobre tudo, não seria fácil, mas ele acreditava que seria menos complicado com Rose bem longe dos dois.

...

Eu estava no meu quarto, um tanto cansada, Caroline foi visitar meus pais e eu esperava Damon chegar do hospital. Todas as noites ele vinha jantar comigo, às vezes ele só vinha comer e voltava, pro plantão, ele só fazia isto pra estar mais presente, eu não me queixava, a única coisa ruim era que ele parecia se cansar muito, mas ele fazia questão. Eu estava vendo TV e estava saboreando um belo pedaço de torta de limão, então eu senti algo estranho, no meu ventre, fiquei um tanto assustada e depois de perceber o que era, sorri largamente. Eu havia sentido Samuel se mexer, pela primeira vez. Damon me falou que demoraria mais pra notar, era minha primeira gravidez, mas eu tinha certeza que aquela sensação só podia ser ele mexendo, fiquei parada e tentei desfrutar ao máximo. Bem nesta hora eu ouvi Damon entrar no quarto, ele havia chegado pro jantar e esta noite não precisaria voltar.

-Oi querida! - ele falou batendo a porta, eu levantei a mão o chamando pra sentar na cama ao meu lado, sem nada falar, ele me olhou cauteloso. – O que foi? – ele me perguntou meio assustado, se livrando do casaco.

-Senta aqui amor. – pedi batendo no espaço da cama ao meu lado, sem me mexer demais, tinha medo que ele parasse de se mover.

Damon obedeceu, sentou-se ao meu lado e ficou me encarando curioso, eu estava meio estática aproveitando a sensação, era como se uma borboleta se movesse em meu útero, era leve, como cócegas.

-Você está me assustando. – Damon falou com a sobrancelha erguida, eu estava olhando pra ele com os olhos meio marejados e sorrindo feito boba.

-Acho que ele está mexendo. – Damon arregalou os olhos.

-Tem certeza? – eu assenti. -Que maravilha! – ele falou sorrindo e se aproximando mais de mim.

-Acha que você consegue sentir? – ele negou com a cabeça.

-Acho que não querida. Não por agora. – ele sorriu meigo e eu fiz bico, queria que ele sentisse. – O que está sentindo? – me perguntou se apoiando na cama ao meu lado.

-É como cócegas por dentro do útero, sabe? Como se houvesse uma borboleta mexendo as asas. É gostoso, meio estranho, mas gostoso. – ele sorriu.

Damon ficou me encarando em silêncio, depois de mais alguns segundos eu não senti mais nada, fiz uma expressão de frustrada e Damon percebendo me perguntou se havia parado de sentir algo, o que eu assenti. Ele se levantou da cama e foi tomar banho para podermos descer e jantar. Eu não via a hora de contar a novidade a todos.

...

Após o jantar, todos estavam bem contentes, enquanto comentavam sobre o que aconteceu com Elena. Rose interrompeu o clima, não desagradavelmente, ela apenas resolveu alegrar ainda mais a noite.

-Eu queria fazer um comunicado e também um agradecimento. – ela começou olhando pra Damon que franziu o cenho. – Consegui resolver todos os papéis e estou bem satisfeita em dizer que estarei voltando pra Paris depois de amanhã. – todos olharam pra ela, Elena quase abre a boca.

-Tão cedo? – Damon falou e Elena o olhou instantaneamente, assim como Stefan e Maria. Joseph apenas fingiu não estar na mesa.

-Sim, eu já estava meio atrasada. Enfim, eu só queria agradecer a você e seus pais, também ao Stefan e Elena por me receberem bem nesta casa e eu sinto se causei algum problema e espero ter te ajudado de alguma forma. Eu fiz tudo o que pude. – ela ainda olhava pra Damon, mesmo se referindo a todos na mesa, seus olhos não saiam dos dele. Damon engoliu seco e pigarreou um pouco.

-Foi um prazer Rose. Você me ajudou muito em uma época muito difícil e ainda seguiu minha ajudando numa ainda pior. Sempre fomos amigos, foi um prazer de verdade. – Elena olhou para o marido e assentiu. Elena sabia o quanto Rose representava na vida dele e isto estava quase superado, pelo menos ela contava não ter mais nada pra considerar.

Depois de mais algumas conversas de agradecimentos e falas de despedida, o jantar chegou ao fim. Elena e Damon subiram pro quarto onde Damon se jogou na cama, logo Elena o seguiu após se vestir pra dormir.

-Seria muito óbvio se eu comentasse o quanto este dia terminou perfeito? – Elena perguntou ao marido, logo após sentar ao seu lado e sorrir, o fazendo rir também;

-Você não precisaria nem comentar. – Damon falou simplesmente e logo depois se curvou pra frente pra levantar e ir trocar de roupa, porém sentiu um aperto forte em seu peito que o fez voltar, queixando-se pela dor aguda.

-O que foi? – perguntou Elena de olhos arregalados.

-Levantei de mal jeito. – Damon falou respirando fundo, branco como um papel. Em seguida ele começou a tossir, a tosse começou bem discreta e logo depois se tornou uma crise incontrolável, que depois de o fazer suar, o forçou a levantar-se da cama indo quase que correndo pro banheiro. Elena o seguiu preocupada.

-Damon?! – ela chamava da porta, atenta ao movimento do marido, que estava molhando o rosto.

-Está tudo bem querida, foi apenas uma crise de tosse. Vamos deitar? – perguntou se virando pra ela, forçando um sorriso. Isso era cada vez mais frequente ultimamente.

Elena estava tão focada em outras coisas, Damon a fazia agir assim, sempre a tranquilizava e ela estava muito ocupada com tudo o que tinha pra fazer. Mesmo não sabendo que ele não estava reagindo tão bem, ela era confortada por Damon, Alaric e a própria Andie. Todos é claro, faziam isso a pedido do próprio Damon, que queria poupar a esposa ao máximo. Ele realmente estava ficando mais fraco a cada dia, mesmo se cuidando bem. Não sabia os motivos disso, mas também tinha muitas coisas na cabeça pra focar só no tratamento. Eles foram dormir.

Logo o dia de Rose ir embora chegou. Damon a levou até o aeroporto, Elena não pareceu se importar em nada, ela apenas queria se ver longe dela. Quando ele voltou parecia que uma nova fase estava começando para a todos naquela casa. A prioridade de Elena estava no evento de Damon agora, ela tinha pouco mais de duas semanas pra deixar tudo pronto, do jeito que ele aprovasse, queria festejar o aniversário dele também, mas como ele não gostava de festa, resolveu fazer algo a dois, só entre ela e ele, claro ela sempre pensava “nós três”. Caroline estava ajudando em tudo, assim como Maria, quase todas as noites elas apresentavam novidades a Damon, que estava começando a temer algo muito grandioso. Outra coisa boa era a mudança para a casa nova dos dois, o quarto de Samuel já finalizado e tudo do jeito que eles dois queriam. Elena transformou sua nova casa na casa dos sonhos dos dois, tinha um pouco de cada um, o estilo rústico e romântico de Damon, mesclado genialmente com o estilo moderno e jovial de Elena, era um belo lugar. E como amantes das artes, era uma casa muito alegre e inspiradora.

...

O dia começou com uma energia diferente. Fazia uma semana que Rose havia ido embora, eu estava um tanto mais aliviado, porém ainda tinha um peso no meu peito. Não fosse tudo o que me atormentava, eu seguia cada vez mais frustrado, estava ficando cada vez mais doente e mesmo todos os cuidados sendo seguidos a risca, os remédios pareciam não mais funcionarem, Alaric estava começando a considerar um transplante, mas isso seria num momento de muito desespero, meu quadro ainda não estava assim. Eu só precisava ter um pouco de paciência, não queria nem pensar no pior. Eu estava me ocupando ao extremo, me dedicando como nunca no hospital, nas empresas de papai e com Stefan e meus negócios, eu tentava fugir ao máximo das preocupações e ver como Elena está a cada dia mais linda e feliz, me deixava melhor e às vezes triste e pensativo, tinha dias que eu realmente considerava não falar nada a ela nunca. Rose não seria problema algum nesse caso, muito menos meu irmão. Eu realmente pensava cada vez mais nisso. A coisa mais especial no dia de hoje era o fato de que quando eu voltasse do trabalho, seria para a minha casa. Minha, de Elena e de meu filho. Finalmente.

-Bom dia Elena! – eu falei acordando ela, que relutava se mexendo preguiçosamente, sua barriga estava tão linda. Ela é tão linda!

-Posso ficar e sonhar mais um pouco? – ela me perguntou ainda de olhos fechados, se jogando em meu peito.

- Melhor acordar e vivenciar um sonho mais real... Tipo se mudar pra nossa casa. – ela ergueu a cabeça e me olhou enfim. De olhos arregalados.

-Verdade amor! Finalmente, vamos nos mudar hoje! – ela falou me encarando com um sorriso lindo.

-Melhor você acordar de vez então. A Carol vai te ajudar certo? – eu perguntei, fazia dois dias que Carol havia voltado pra casa dos pais de Elena, embora ela não soubesse me dizer direito o que  a fez apressar a volta, Elena e eu sabíamos de um nome. Stefan.

-Sim, ela vai me ajudar.

-Preciso levantar querida. – falei e ela fez bico.

-Um beijo antes? – me perguntou risonha.

-Claro! – falei e ela me deu um beijo suave e cheio de carinho. No meio do beijo ela se afastou bruscamente.

-Uoww! – ela soltou levando as mãos até a barriga.

-Que foi? – perguntei preocupado.

-Samuel realmente sente ciúmes de você. Ele se mexe cada vez mais e sempre fica pior quando te beijo ou estamos juntos. – eu gargalhei.

-Ele vai me dar trabalho. – Elena se ergueu de cima de mim e eu pude levantar. Fui direto pro banheiro, tomei um banho e depois me vesti pra sair, esperei ela se aprontar e me acompanhar.

O café foi bem estranho, minha mãe estava com uma cara péssima e eu bem sabia o porque, o mesmo com Stefan e até meu pai.

-Pelo amor de Deus. Vocês podem parar de agir, como se fossemos pro outro lado do mundo? Minha casa fica a menos de 20 quilômetros daqui.

-Estava tão acostumada com vocês aqui, as coisas do bebê, a agitação, as risadas no fim de semana. Sem Elena , Caroline, tudo vai ficar muito ruim. – choramingava minha mãe. Stefan bufou.

-Damon tem razão querida. – falou meu pai. – Você pode visitá-lo e a Elena todos os dias se quiser. – Elena assentiu olhando pra minha mãe. – Não é como se ele fosse morar em outra cidade, como da última vez. – meu pai me olhou sugestivo e Stefan e Elena riram discretamente, eu suspirei.

Depois de mais alguns dramas de minha mãe, meu pai, Stefan e eu saímos pra trabalhar. O dia seria bem intenso.

...

O dia correu rápido entre a mudança e a ansiedade de Elena. Logo estava tudo finalizado e ela estava dando as ordens para o primeiro jantar com seu marido, em sua casa. Estava radiantemente feliz. Não demorou muito para Damon retornar do trabalho, o coração de Elena palpitou ao ouvir o carro estacionar a frente da mansão. Ela tinha acabado de se aprontar e desceu eufórica, o sufocando com um abraço assim que ele cruzou a aporta.

-Nossa! Vejo que deu tudo certo e você está bem feliz. – ele falou correspondendo ao abraço.

-Sim. Muito feliz! Ficou tudo lindo não amor? – Damon estava entrando pela primeira vez na casa finalizada, nem mesmo o quarto de Samuel ele havia visto como tinha ficado.

-Você tem muito bom gosto amor. Está tudo lindo. – ele arregalou os olhos ao perceber o quadro que centrava a sala. – Elena acompanhou o olhar e sorriu largamente, ao notar que ele adorou uma das surpresas que ela preparou pra ele. Damon se soltou do abraço dela, indo em direção ao quadro, sorrindo bobamente. – Amor é... – ele nem conseguia falar.

-É Monet. – Elena sorriu completando a frase. - Sei que é seu pintor favorito. – Damon chegou mais perto da pintura, depois voltou a encarar a mulher com um riso largo na face.

-Você é maravilhosa. – Damon disse, indo até a mulher e lhe dando um beijo intenso.

-Humm! Gostei disso. –n disse Elena maliciosa. – Espera a te você ver o escritório que eu montei pra você e o quarto do Samuel. – Damon anda a tinha presa pela cintura.

-Verdade, eu ainda não vi como ficou, mas estou bem satisfeito com o que já estou vendo. Tudo de muito bom gosto. – ele disse a dando outro beijo. – Gostou dos empregados? – perguntou Damon a esposa, ele escolheu a  todos minuciosamente, queria pessoas confiáveis e competentes.

-São todos maravilhosos. Obrigada! – ela sorriu satisfeita. – Vai tomar banho antes do jantar?

-Não, eu já tomei no hospital. Podemos ir direto pra mesa de quiser.- Elena assentiu, a verdade era que ela estava morrendo de fome.

Eles começaram a comer, Elena comia com bastante apetite, Damon olhava admirando a beleza da mulher que estava a cada dia mais estonteante, a gravidez conseguiu deixar Elena ainda mais linda.

-O que foi? – ela perguntou meio sem jeito enquanto devorava a sobremesa.

-Você é tão linda! – Damon falou simplesmente, com um sorriso meigo. Elena parou o que fazia se focando mais na conversa o encarando quase que sem jeito. Damon se levantou e foi até ela, se pôs de joelhos e começou a acariciar a barriga dela. – A cada dia mais linda amor. – ele falou olhando para Elena, que nesse momento fez um bico.

-Estou ficando muito mais gorda, quase nenhuma roupa cabe em mim e acho que vou ter que mudar todo meu guarda roupa outra vez. – ela falou com uma expressão de desagrado, Damon acariciou seu rosto.

– Você está tão linda assim. Levando nosso filho. – ele ainda tinha uma das mãos na barriga dela.

-Achei meio estranho só você e eu á mesa. Vou demorar a me acostumar, estamos só nós dois aqui. É tudo tão grande. – ela falava meio tristonha.

-Estarei aqui todas as noites pra jantar com você. – Damon falou sorrindo.- Virei almoçar algumas vezes e sempre te acordarei pro café. – Elena franziu o cenho.

-Você levanta muito cedo. – ela fez bico.

-Então não te acordo. – Damon falou fingindo tristeza na voz e Elena arregalou os olhos.

-Não! Pode me acordar, mesmo que eu relute quero tomar café com você todos os dias. – Damon assentiu em silêncio.

-O que acha de subirmos pra dormir? O jantar estava ótimo, eu adorei tudo, mas estou cansado. – Elena o olhou como se ele houvesse falado asneiras.

-Ainda vou te mostrar o escritório e o quarto do Samuel amor. – ela lembrou e Damon fechou os olhos.

-Verdade. Vamos então? – ele perguntou se erguendo e oferecendo o braço a esposa.

Elena o seguiu e o guiou até o escritório, Damon ficou bastante satisfeito com tudo, era bem a cara dele, simples, aconchegante, sem parecer local de trabalho, com o toque de sofisticação adequado. Quando foi lhe mostrar o quarto de Samuel, Elena vendou os olhos do marido.

-Não é muito exagero? – ele perguntou se queixando, enquanto Elena lhe guiava com cuidado.

-Não! Cuidado, tem os degraus agora. – Damon sorriu e continuou seguindo, tropeçou em um dos degraus. – Cuidado amor! – Elena falou num tom risonho.

-Eu disse que era uma má ideia, sou muito descoordenado. – ele falou ainda vendado e Elena ignorou tudo.

-Chegamos! – ela falou, Damon ouviu o barulho de uma porta abrir. -Mais uns passos. – Elena disse e então soltou o laço da venda e disse que ele podia olhar. – Abre o olho amor! – Damon abriu devagar, um tanto atordoado ainda pela venda, quando sua visão abriu, ele pode notar a decoração. Era tudo muito simples, porém bem moderno, fazia mais o estilo de Elena, porém com as cores e tema que ele aprovou e mais uma vez, tinha um pouco dos dois.

-Está muito lindo! – Damon falou enquanto entrava e via tudo atentamente, ele olhou um porta retrato com uma foto onde estava Elena e ele abraçados e sorridentes enquanto ele segurava ela por trás com as mãos sobre a barriga dela. No outro lado havia um quadro bem maior na parede, Com três fotos de Elena e espaço pra mais cinco. Eram dela registrando cada mês de gravidez, desde que se descobriu grávida. Damon não pode evitar sorrir, ele largou o porta retrato que ainda tinha em mãos, se aproximou do quadro e ficou olhando feito bobo.

-Ainda falta tirar a foto do sexto mês, eu farei na próxima semana assim que eu completar, depois a de sete, oito, nove e finalmente um com ele em meus braços. – ela explicava. - Foi ideia da Carol. Ela disse que seria mais original você conosco desde a primeira, mas digamos que você demorou pra saber então... – Elena meio que suspirou ao lembrar de toda a tensão da época, mas logo quis se livrar de tudo aquilo. Havia ficado pra trás. – Gostou amor? – ela perguntou e Damon a encarou depois de virar para ela que ainda o olhava da porta.

-Ficou lindo! – Damon falou simplesmente e foi até ela lhe ergueu e a levou no colo até o quarto dos dois, que ele sabia muito bem onde ficava.

-Que bom que gostou. - Elena falou e depois beijou o rosto do marido recostando a cabeça em seu ombro.

Damon chegou na porta do quarto e guiou Elena até a cama dos dois, deitou ela lá bem devagar, e começou a olhar pra sua esposa intensamente. – Você está feliz? – ele perguntou a Elena que sorriu envolvendo a nuca dele.

-Como nunca. – ela disse e o puxou para um beijo.

Damon intensificou o beijo, apertando a cintura de Elena, colando o corpo dos dois ao máximo que podia, mas o suficiente para notar o quanto o coração dela palpitava por ele. Ele começou a se livrar devagar da sua roupa, começou pela gravata, depois o terno, evitando ao máximo separar os lábios dos dois. Logo estava sem camisa e começou a beijar o pescoço de Elena, que estava tão envolvida que não conseguia reagir.

-Vamos inaugurar nossa casa como se deve. -ele sussurrou rouco o pé do ouvido dela e depois seguiu com beijos e mordidas em sua orelha até descer por seu pescoço e dar alguns beijos no colo de Elena. – Você está tão tentadora. – ele falou soltando um riso e Elena sentiu-se satisfeita em saber que seu marido a inda a desejava, mesmo ela estando enorme. Ao menos ela pensava assim. – Era verdade.

Ambos ficaram envolvidos em carícias, Elena deixava Damon conduzir tudo, apenas desfrutando das sensações que ele lhe proporcionava, quando ele se livrou do vestido que ela usava, sentiu todos o pelos de seus corpo arrepiarem cada vez que a respiração quente de Damon entrava em contato com sua pele desnuda. Não demorou muito para Damon estar dentro de Elena, seu desejo por ela ficava cada vez maior, ele sabia o quanto ela estava cada vez mais sensível e o quanto precisava sentir-se amada e desejada, então ele caprichou para que assim fosse.

-Eu te amo tanto Damon – Elena falou já deitada no peito do marido, depois de fazerem amor.

-Eu nem sei mais como te dizer o quanto te amo, apenas tento te fazer sentir agora. - ele falou com uma voz vacilante, sonolenta. Elena entendeu que ele estava a ponto de dormir e em breve ela também o faria.

...

Dentro de todo esse clima de paz e desfrute se passou mais uma semana e Elena finalmente completara seis meses, ela vibrava ao pensar que faltava tão pouco tempo. Em uma noite em especial, ela decidiu ir jantar com os pias e matar as saudades de todos e também de Caroline, fazia uns dias que elas não se viam mais, apenas se conversavam por telefone para programar tudo sobre a festa pra Damon, o jantar dos dois e tudo mais. Damon falou que não estaria em casa antes das dez e preferia que ela dormisse na casa dos pais, na manhã seguinte ele a pegaria. E assim ela fez.

...

Chaguei em casa depois de mais um dia de trabalho, exausto. Meu corpo inteiro doía, eu dispensei o jantar e subi pra um banho. Já estava deitado quando ouvi a campainha, já eram vinte duas e trinta, eu já havia dispensado todos os empregados, então tive que descer e fiquei meio bobo ao notar que era o meu irmão. Stefan ainda não havia vindo me visitar aqui em casa, por conta do corre-corre do trabalho, foi uma surpresa.

-Já está vestido pra dormir? – ele me perguntou entrando e me dando um abraço. – Desde quando se tornou tão chato assim? – eu o encarei e revirei os olhos.

-Entra quieto! – falei apontando o centro do hall e fechando a porta.

-Nossa! Ficou mesmo muito bom. – ele falou admirando o ambiente.

-Sim, minha esposa e sua pretendente tem bom gosto. – falei apontando a sala de estar e ele me olhou revirando os olhos, aparentemente as coisas estavam mais que geladas entre ele e a Carol.

-Eu sei que é meio tarde pra visitas, mas estava aqui por perto, voltando de uma reunião chata, decidi passar aqui e tentar espairecer com meu irmão. – ele falou sentando.

-Que bom. – disse sorridente. – Aleluia! – ele gargalhou.

Ficamos conversando, eu fui mostrar o resto da casa, um pouco do jardim, os quartos, enfim. Depois o chamei para conversarmos no escritório, seria melhor, mais adequado.

-Sabe sobre o assunto Rose...- eu comecei e ele me olhou.

-Falou pra Elena?

-Justamente isso. Andei pensando seriamente em nem mencionar. – ele arregalou os olhos;

-Como é que é?

-Isso que você ouviu. – ele me olhou perplexo. - Rose se foi, não volta tão cedo. Eu e Elena estamos bem. Muito felizes até. Não vejo por que falar sobre o que aconteceu, não significou nada, não mudaria nada só a deixaria triste. Não vou falar.

-Damon, você sabe que isto é bem complicado. Você achou que aquela mulher estava no seu passado e ela voltou. E se ela faz isso outra vez? E se dessa vez ela resolve falar?

-Não faz sentido. Ela poderia ter contado muito antes de eu me casar se ela quisesse, mas não o fez. Rose é minha amiga. Provou isso muito bem.

-Devo reconhecer que neste ponto você está certo. Ela teve todas as chances de destruir seu casamento, mas ao invés disso ficou ali te ajudando, dando apoio, até quase ficou amiga da Elena. Só não conseguiu porque ela não abria a brecha.

-Pois é. Não quero complicar as coisas. Elena e eu estamos bem. Assim deve ficar. Quero esquecer o que aconteceu no passado e seguir em frente.

Stefan respirou fundo. – Eu nem sei o que aconteceria se ela descobrisse o que rolou entre você e a rose.

-Nem eu. Por isso nem quero tentar.

...

Eu estava me sentindo bem cansada. Mamãe e Caroline ainda estavam comigo conversando sobre um chá de bebê. Não era algo que me atraísse e elas tentavam me convencer. Já era bem tarde, vinte e três horas da noite e mesmo com Damon me pedindo pra dormir aqui, eu decidi voltar pra casa. Acontece que eu não conseguia mais dormir sem ele, eu me acostumei ao seu cheiro e também com a barriga maior eu só conseguia dormir apoiada nele, numa posição que nós dois descobrimos e que funcionava bem – por hora – sob protestos eu acabei voltando pra casa. O motorista de meus pais me trouxe e eu me animei ao notar na chegada da casa o carro de Stefan.

–Acho que o seu tio e seu pai estão dando uma festinha nas minhas costas Samy. – falei sorrindo e acariciando minha barriga. Desci do carro e fui direto pra casa, bem apressada, não os encontrando na sala fui em direção ao segundo lugar possível. O escritório do Damon. Me aproximei devagar, eu tinha em mente abrir a porta de vez e dar um susto nos dois. Seria bem divertido ver a cara deles. Ao chegar mais perto, porém, ouvi um grito do Stefan que me fez parar e prestar atenção na conversa dos dois.

-Como é que é? – Stefan gritou.

-Isso que você ouviu.  – era Damon. - Rose se foi, não volta tão cedo. Eu e Elena estamos bem. Muito felizes até. Não vejo por que falar sobre o que aconteceu, não significou nada, não mudaria nada só a deixaria triste. Não vou falar.

-Damon, você sabe que isto é bem complicado. Você achou que aquela mulher estava no seu passado e ela voltou. E se ela faz isso outra vez? E se dessa vez ela resolve falar?

-Não faz sentido. Ela poderia ter contado muito antes de eu me casar se ela quisesse, mas não o fez. Rose é minha amiga. Provou isso muito bem.

-Devo reconhecer que neste ponto você está certo. Ela teve todas as chances de destruir seu casamento, mas ao invés disso ficou ali te ajudando, dando apoio, até quase ficou amiga da Elena. Só não conseguiu porque ela não abria a brecha.

-Pois é. Não quero complicar as coisas. Elena e eu estamos bem. Assim deve ficar. Quero esquecer o que aconteceu no passado e seguir em frente.

– Eu nem sei o que aconteceria se ela descobrisse o que rolou entre você e a Rose.

-Nem eu. Por isso nem quero tentar.

Certo, aquilo foi o suficiente pra mim. Abri a porta de uma só vez e falei:

-Mas eu quero saber! – Damon arregalou os olhos.

-Elena?! – falou engolindo seco. Stefan estava petrificado de costas pra mim.

-Sim. A própria. Quero saber exatamente o que aconteceria se eu descobrisse o que “rolou” – destaquei com as mãos – entre você e a Rose. – Stefan virou pra mim devagar. Damon me encarava parado. – E então? Qual dos dois vai me deixar descobrir? – olhei para Damon. – O que houve entre você e a Rose?

Damon não falou nada, nem Stefan. Eles estavam parados, brancos, me olhando como se eu fosse uma visão indesejada e eles estivessem suplicando pra eu sumir. Como um pesadelo. No fundo meu coração e mente já me diziam o que era, mas eu tinha que ouvir, pois era muito difícil aceitar algo assim, eu não podia imaginar o que faria, mas eu queria ouvir.


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Notas finais do capítulo

Beijos!