Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 3
Elena, Stefan e Damon


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo eu fiz para que ficasse bem claro o porquê da decisão que a Elena irá tomar mais adiante. Nele vocês poderão ver o que cada irmão sente em relação a e ela e o que ela sente por cada um deles.Espero que vocês entendam como se configura os sentimentos entre eles, principalmente o de Stefan por Elena. É um capítulo complexo, extenso, mas totalmente necessário. Boa leitura!



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(Elena)



Stefan estava bem preocupado com
o que havia acontecido, mas eu consegui acalmá-lo com a desculpa de que era
apenas ansiedade pela proximidade de nosso casamento. Depois de alguns minutos
Damon voltou ao quarto como me prometeu, ficando feliz por já me ver de pé e me
recompondo da crise, eu estava refazendo a maquiagem e Stefan ainda estava
sentado na minha cama. Após me examinar ele percebeu que foi tudo uma ligeira
síncope mesmo, nada mais sério. Os dois se despediram para que eu pudesse
terminar o que fazia e logo Caroline surgiu para me ajudar na tarefa.



Doze anos antes...



-Nossa, você já parece uma
noivinha minha princesa, que linda!



Mamãe e Nana realmente estavam me
testando, eu não estava nem um pouco entusiasmada com aquele dia, ele seria um
chato, implicante, metido como a maioria dos garotos de nossa classe e muito
esnobe. Argh! Só de imaginar me dava náuseas.



-Mamãe me poupe disto por favor,
vamos logo pra forca.



As duas abriram uma gargalhada
muito prazerosa o que só fez eu aumentar meu bico. Mamãe muito doce como sempre
veio até mim e falou:



-Querida tente se divertir um
pouco, baixe sua guarda, ele é apenas mais um amigo, seu pai e eu estamos lhe
dando uma chance única, quantas garotas tiveram a oportunidade de conviver com
seu marido desde de a infância? Pense nisso, além do mais você pode moldá-lo
aos poucos e deixá-lo perfeito pra você. Como minha mãe sempre dizia: è a
mulher que faz o homem. Nossa família é tradicional, você não pode se opor a
este compromisso com as Salvatore, sinto muito.



-Tá mãe. Entendi. Vamos!



Ela me deu a mão e me conduziu
sala a dentro, ele já estava me esperando e pelo o que a Nana me falou quem
veio com ele foi o pai e o irmão mais velho . Stefan esse era o nome dele.



Ao entrar na sala reparei logo
num garoto alto, alto até demais, olhos azuis, cabelos negros, face corada. Tá
ele parecia a definição dos príncipes das histórias que eu lia. Eu dei um
sorriso largo. Uau! Meu noivo é um gato! Ao terminar de comemorar em mente outra
figura se põe ao lado do meu príncipe, outro garoto, muito menos bonito que o
primeiro, olhos verdes, cabelo mais claro, esquisitinho, nem sei por que eu
reparei nele, o outro o deixava quase invisível, coisas de mulher observadora
eu acho.



Papai veio na minha direção, com
um sorriso de orelha a orelha, me desvencilhou das mãos da mamãe e me levou pra
mais perto dos dois garotos. O outro homem da sala não tirava os olhos de mim,
senhor Joseph Salvatore, figura assustadora. Ignorei.



-Elena, este é o seu novo amigo,
Stefan.  – Estávamos indo na direção dos
dois garotos eu não tirava os olhos do mais alto e ele olhava pro outro ao seu
lado com um riso no rosto. Nossa e que sorriso.



Daí veio o choque, papai me virou
pro garoto mais baixo e disse a ele: Stefan, esta é Elena! Minha boca abriu na
hora, aquele magrelo, fala sério. Ele me olhou feio ainda por cima, como se não
tivesse gostado do que via e soltou um “Oi” seco. Há! Fiz o mesmo, eu queria o
outro, não ele.



(Stefan)



-Cara ela é terrível! As vezes
sinto vontade de voar no pescoço dela.



Damon apenas ria, já fazia dez
minutos que eu não parava com as reclamações, e com toda razão ela era mesmo
horrível, ele me gozava é claro, a noiva dele era perfeita e semana que vem ele
se casaria com ela, mas a minha era um pesadelo. Eu não sabia mais o que fazer
com Elena, eu gosto dela, sério, no começo era difícil, mas com o tempo ela se
tornou uma bela jovem, muito meiga e delicada, mas isso só se você conseguisse
romper a parede de altivez dela, era muito complicado, mas eu gostava mesmo
desse desafio, o problema é que as vezes eu cansava. Demais.



-Relaxa Stefan. O que você
queria? Mais uma dondoca que só sabe falar sobre vestidos e coisas domésticas?
Elena é uma garota com opinião, ela não se acomoda, ela quer uma carreira e
você deve aceitar isto, é raro e muito bom, vindo de uma mulher, Chega de
burguesas.



-E se eu gostar das burguesas? Quer
dizer elas não são tão ruins. Pelo menos elas não ficam te corrigindo na frente
dos seus amigos, nem ficam opinando sobre assuntos que não lhe cabem, elas só
ficam afastadas destas conversas, ao lado de outras burguesas, falando de
bailes, seus respectivos maridos ou noivos e sim, sobre vestidos.



-Stefan ela é mais que isto. É
uma jovem de ambições, você deveria agradecer, ela tem um perfil forte, será
boa companheira, você pretende seguir a frente com os negócios do papai e ser
um grande empresário, precisa de uma mulher forte, decidida, que saiba te
apoiar e aconselhar, Elena é tudo isso e você sabe.



-Ela parece muito a sua noiva. A
única diferença é que a Katherine não é rica como ela. O que me faz pensar que
este é mais o perfil de garotas como a Katherine.



Damon me olhou feio desta vez.



-Defina “garotas como a Katherine”.
– ele fez sinal com as mãos acentuando a expressão que eu usei.



-Ah! Você sabe Damon, classe
média.



-Pois saiba que não troco a minha
classe média por nenhuma da nossa classe. Katherine é companheira, é forte, é
justa, ela sabe o que quer da vida, batalha por isso, nada é fácil e ela sempre
consegue com esforço. Não tem nada de mão beijada pra esnobar. Eu a amo e ela
não vale menos que ninguém só pelo fato de não ser rica, pelo contrário.



Eu realmente o irritei.



-Tá, senhor apaixonado! Não está
mais aqui quem falou. Eu gosto dela, primeiro por que ela é uma pessoa muito
boa na verdade, e segundo porque ela te deixa muito feliz. – Ele piscou pra mim
e eu ri.



Damon amava muito a Katherine,
ele foi contra o papai para ficar com ela, contra tudo e todos na verdade. Isto
não é muita novidade, Damon sempre foi do contra em relação as expectativas da
família. Não quis assumir as empresas, fez medicina e o noivado dele com a
Katherine não agradava em nada o nosso pai, nossa mãe foi a mediadora, mesmo
assim após casar Damon e Katherine morariam em outra cidade. Damon assim
decidiu. Eu já estava com saudades do meu irmão. De certa forma ele não me
deixava pirar por causa da Elena. Eu só a suportei na fase ruim por que ele
estava lá, e mesmo agora que ela conseguiu me envolver e encantar com sua
beleza, pulando de magrela chata pra sexy linda, não sei se estaria com ela sem
o Damon por perto.



-Respeite a opinião de sua noiva
irmão. Tem que dar pra receber.



-Anotado! Se ela começar primeiro
ficarei feliz em retribuir.



Ele riu.



-Chega de ter resposta pra tudo,
saber sobre tudo, ela tem que ser mais mulher, parece até que estou noivando
com outro homem.



A gargalhada de Damon foi
estrondosa.



-Você não muda Stefan.



-Não mesmo.



(Damon)



-Por favor Alaric, nãon pode ir
mais rápido?



-Sinto muito Damon, a estrada
está um lixo.



Eu não conseguia respirar
direito, estava muito ansioso. Minha mulher em casa prestes a dar a luz e eu ainda
preso na estrada de volta pra casa. Isso parecia uma piada, mas aquele
congresso era importante demais pra mim e Katherine foi a primeira a dizer que
eu tinha que estar lá, como se fosse diferente ela sempre diria isto. Eu devia
ter ignorado desta vez, mas eu sempre gostei de ter alguém me apoiando,
principalmente porque ninguém que me importava além dela fazia, a não ser
talvez meu irmão mais novo.



-Alaric por favor...



-Fique calmo amigo, dará tudo
certo.



Eu estava contando com isso
Katherine era forte, sua gravidez foi tranquila, nós estávamos muito felizes
com nossa filha, talvez a única coisa ruim nisto tudo fosse o fato de eu estar
longe de minha família, Katherine já era órfã quando a conheci. O apoio da uma
família era importante pros dois, mas estávamos seguindo adiante muito bem.



Eu estava saindo do hotel quando
o recepcionista me entregou o telegrama que recebera naquela manhã, nele a dama
de Katherine, Rose, me dizia:



“ MARIA SE APRESSOU UM POUCO
SENHOR SALVATORE, TERÁ MAIS UM MEMBRO NA FAMÍLIA QUANDO REGRESSAR. ROSE.”



Aquilo foi muito tenso de se ler,
uma mistura de euforia e agonia, corri junto com Alaric, meu chefe de equipe,
ele iria dirigir pois caso contrário nenhum chegaria vivo. Quando eu fico
nervoso esqueço de tudo, desde pequenas coisas até como dirigir ou exercer
medicina.



(Elena)



Era um momento muito triste,
tenso e difícil para todos, pela primeira vez encarei todo esta acordo nupcial
de uma forma mais branda, éramos uma família, era um momento terrível e Damon
precisava de todos que importassem pra ele. Senhor Joseph Salvatore era um
homem muito duro, Damon tinha muito do pai, mas de uma forma um pouco mais
positiva, ele deixava a máscara cair vez ou outra, senhor Joseph nunca o faria,
não em público, pelo menos pra mim. Sendo assim ele não foi para o enterro na
nora e da neta.



Era tão triste ver o Damon assim,
ele nunca foi de falar muito, ou mesmo rir demais, era mais reservado,
centrado, só quando ele estava com sua mulher era possível ter vislumbres de
seu romantismo e sua doçura. Como eu disse, parecido com o pai. Ele não saia de
perto daqueles caixões, não parava de encarar a Katherine, era como se ele não quisesse
perder um segundo sequer antes de despedir-se para sempre dela. Após tudo
acabar voltamos para a casa dele, Stefan estava sempre perto do irmão e eu
sempre perto de Maria, mãe dos dois, minha futura sogra. Minha mãe e meu pai
estavam de viagem eu vim com minha dama de companhia.



A casa estava vazia, só a família
estava lá agora, todos os amigos e conhecidos de Damon já tinham partido. Maria
havia subido para descansar, eu fiz Caroline acompanhá-la e fiquei com Stefan e
Damon na sala. Logo ficamos sozinhos, Stefan e eu, seu irmão foi em direção a
varanda da sala. Stefan me fez um sinal de que iria se retirar para a cozinha,
eu assenti e retribui com um sinal de que seguiria o irmão dele. Ele sorriu
como se me agradecesse.



-Oi. – eu disse, ele parecia não
estar ali.



-Oi. - respondeu enfim.



-Talvez você devesse descansar um
pouco. Eu soube que você fez uma longa viagem, não está cansado?



-Não quero dormir naquele quarto.
Não quero estar fazendo nada em nenhum cômodo desta casa por hora.



-Damon...



Ele se virou pra mim neste
momento, seu olhar era ressentido, doloroso, pesado, ele tinha uma mistura de
fúria e dor na face, eu sabia o porquê, ele se culpava. Seu gesto me parou.



-Talvez você devesse fazer isto,
afinal você também veio de longe, deve estar cansada.



Ele saiu da varanda após dizer
isto, se dirigiu ao centro da sala onde havia um pequeno bar montado, com
algumas bebidas, ele se serviu de uma garrafa inteira, se afastando do bar e
indo em direção a lareira do outro lado do cômodo. Aquilo me assustou, Damon
não bebia.



-Não vai começar com isso agora
vai?



-Bem, sempre ouvi dizer que era
bom pra esquecer, não custa nada.



-Qual é Damon... Você é médico,
sabe que álcool não faz bem pra nada. É tudo ilusão.



-Então tudo o que você tem a
fazer é ficar longe dele, ou seja, pode sair se quiser.



Aquilo foi grosso, mas eu não o
culpei. Fiz uma expressão de rendição e dei as costas pra ele. Já estava quase
saindo do cômodo e indo de encontro a Stefan na cozinha quando senti uma mão me
puxar para a outra direção, me virei num gesto quase bruto pela força do puxão
e dei de cara com Damon totalmente arrasado, senti uma dor no peito ao mirar
seu rosto, aquilo estava doendo demais.



-Sinto muito Elena, não quis ser
rude com você, me perdoe. Obrigado pelo apoio, pela preocupação, vai demorar,
muito, mas eu supero. Descanse, faça o Stefan subir com você para descansar
também. Eu estarei bem. Sua face estava mais relaxada agora. Ele quase
conseguiu sorrir, mas foi só isso, quase.



-Tudo bem Damon, eu entendo.
Farei isto. Boa noite.



Eu sempre admirei meu cunhado,
ele era um homem de fibra, forte, não era arrogante como a maioria dos de nossa
classe, era justo, bondoso. Eu sempre disse a mim mesma que qualquer mulher
neste mundo seria feliz ao lado de alguém como Damon, principalmente alguém
como  eu. Ele era diferente de Stefan,
que era bem previsível para a sua idade e sua posição social, mas o diferencial
no Stefan era que ele conseguia passar por cima de seu orgulho burguês só pra
me agradar. Eu adorava o esforço dele pra suportar meu jeito “moderninho”, mas
sempre soube que para isto ele devia se espelhar em alguém e eu sabia exatamente
quem era esse alguém, o que só fazia com que eu o admirasse mais, Damon era um
companheiro mais que perfeito, ele era único.



(Damon)



Dois anos se passaram desde que
eu a perdi. Pra mim parecia toda uma vida. Eu teria que sair daquilo, Katherine
com certeza não iria gostar de me ver assim, preso a lembranças, morrendo junto
com cada detalhe daquela casa, que tinha tanto dela. Ela era muito alegre e
gostava de liberdade, viver intensamente, eu era mais levado por ela, ela me
contagiava. Minha mãe passou o ultimo verão inteiro insistindo para que eu
voltasse para casa, eu não estava muito disposto a isso, mas ficar ali sozinho,
eu me recusava a isto também. Meu pai havia vindo me visitar uma vez depois de
tudo, o que é engraçado no meu pai é que ele chega perto de você te dá um tapa
nas costas e diz: “Você vai ficar bem.” E você tem que encarar isto como um: “Senti
sua falta meu filho, volte para casa.” Eu estava satisfeito com isso, sei que
era o máximo que teria dele. Eu o amava demais e também sentia sua falta.
Depois de tanto pesar e pesar prós e contras decidi voltar pra Londres e morar
outra vez com meus pais. Aquela casa não tinha mais nada haver comigo e com a
proximidade do casamento de meu irmão, minha mãe precisaria de mim mais do que
nunca, seu caçula era seu dengo maior.



-Olhe só como ele está metido.
Saia de trás desta mesa rapaz.



Stefan me olhou eufórico levantando
subitamente e vindo em minha direção para me dar um demorado abraço.



-Damon... por fim irmão. Pensei
que não se resolveria nunca.



-Bem vim direto pra empresa
porque sei que você não sai mais daqui, estou oferecendo carona pra casa. Mamãe
não sabe que eu vim então você desenvolve a surpresa. Onde está nosso pai?



-Viajando pra variar, eu irei
encontrá-lo semana que vem. Por falar nisto depois preciso de um favor seu, é
uma coisa meio infantil, mas você não vai se negar.



-Que mistério. Bem eu acho muito
bom você estar cada vez mais dentro disto aqui, papai está ficando com idade
avançada, talvez não seja mais bom pra ele.



-Diga isso você então. Eu e mamãe
já desistimos.



Saímos da empresa em direção a
nossa casa. No caminho meu irmão me explicou o favor que queria de mim, ele
estava prestes a viajar com papai, Elena andava meio estranha ultimamente e ele
havia ouvidos uns rumores provincianos de que um certo rapaz andava visitando
muito a casa dos Gilbert. Ele estava muito ausente nos últimos meses, papai
estava fechando uma sociedade importante e ele não se dedicava tanto a ela, o
que a deixou um pouco mais insegura ele dizia. Falou até que ela tinha ciúmes
de uma tal de Rebekah que ele havia conhecido em mais um dos tantos coquetéis
que ele ia. Não deixei de rir.



-Pode deixar irmão eu vigio sua
noiva pra você, passarei a semana que você estiver de viagem na casa dos
Gilberts, nenhum outro rapaz chegará perto de sua noiva. Ele sorriu aliviado e
envergonhado também.



-Apenas cuidando do que é meu
Damon.- ele disse sem jeito.



-Claro! –Abafei o riso e EME me
deu um soco no ombro.



-Idiota! – acrescentou.



Mamãe realmente ficou feliz
demais ao me ver entrar logo após Stefan anunciar que tinha um presente pra ela.



Como eu prometi ao meu irmão duas
semanas após minha chegada ele partiu ao encontro de nosso pai em Paris e me
deixou de guarda noivas. Eu ria com esse comentário dele. Claro que antes disto
eu havia ido visitar Elena algumas vezes acompanhado de Stefan, geralmente eu
ficava falando com o pai dela, era mais pra que não ficasse muito estranho
quando eu aparecesse por lá para tipo para ficar uma semana inteira do nada.



(Stefan)



Eu estava mais tranquilo agora,
Damon sabia lidar bem com Elena e certamente me defenderia muito bem, assim
como a defendia também quando as queixas eram minhas. Meu irmão tinha um bom
relacionamento com ela, e eu sentia que ela admirava ele tanto quanto eu, era
uma questão de orgulho, ter um cunhado e um irmão feito ele.  Não é babação exagerada é apenas a verdade. Eu
não sabia dizer se amava Elena, só sabia dizer que não encontrei nunca ninguém
como ela, ela era perfeita pra mim.



(Elena)



Então era isso, Damon me
vigiando. Isso era mesmo sério? Eu estava bastante chateada com a ideia no
começo. Damon defendia muito seu irmão, Stefan era muito burguês e preconceituoso,
ele as vezes me dava a entender que sentia vergonha do meu jeito. O que havia
de errado em gostar de vez ou outra arrumar eu mesma meu quarto, ajudar na
cozinha ou até mesmo brincar com as crianças das empregadas? Isso me irritava.
Parecia que ele era superior. Damon dizia que era apenas questão de educação,
que a família deles dava muita importância a essas coisas, mas ele não era assim.
Ele sempre me respondia a isto: “Bem eu sou a ovelha negra da família.” E
realmente ele era, mas essa ovelha negra me agradava mais as vezes. Eu estava
cansada de tudo, de todas as expectativas de nossas famílias. Não era como se estivéssemos
nessa para sermos felizes, era como se isso fosse o certo pros outros e por
isso pra nós. Eu estava adorando a companhia de Damon, de uma maneira
inquietante, mesmo assim adorável.



(Damon)



Eu nunca tinha parado pra pensar
direito no que Stefan me dizia: “ Ela parece muito com sua noiva. Ela é
horrível.” Era verdade. Elena tinha muito da Katherine nela, a mesma paixão, o
mesmo ardor pela vida, as mesmas virtudes, a única coisa que era diferente era
o ambiente que ela cresceu, onde ela teve tudo para ser diferente, ser esnobe,
ser egoísta, e mesmo assim, ela tinha tudo o que eu mais admirava em alguém, humildade,
bondade. Ela era forte e frágil, doce e azeda, chata e adorável. A contradição
em pessoa. Meu irmão seria muito feliz ao seu lado se conseguisse enxergar tudo
isto nela.


















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Notas finais do capítulo

Bom espero que eu tenha cumprido minha missão neste capítulo e que vocês estejam mais ligados no que virá pela frente. Foi um capítulo difícil pra mim, mas me sinto satisfeita. Rebebo bem as críticas pessoal, então estejam a vontade, elas enriquecem minhas ideias. Beijos!